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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


sábado, 30 de junho de 2018

SÉRIE PROFETAS: ESBOÇO BÍBLICO LIVRO JONAS

ESBOÇO

I. O profeta foge da vontade de Deus (1:1-17)

A. Deus comissiona Jonas (1:1-2)

B. Jonas foge de Deus (1:3)

C. Deus vai atrás de Jonas (1:4-16)

D. Deus preserva Jonas (1:17)

II. O profeta se sujeita à vontade de Deus (2:1-10)

A. O desamparo de Jonas (2:1-3)

B. A oração de Jonas (2:4-7)

C. O arrependimento de Jonas (2:8-9)

D. O livramento de Jonas (2:10)

III. O profeta cumpre a vontade de Deus (3:1-10)

A. Deus renova a comissão (3:1-2)

B. Jonas obedece (3:3-4)

C. A cidade se arrepende (3:5-9)

D. O Senhor tem compaixão (3:10)

IV. O profeta questiona a vontade de Deus (4:1-11)

A. O desprazer de Jonas (4:1-5)

B. Jonas é repreendido (4:6-11)
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SÉRIE PROFETAS: QUEM FOI JONAS?

QUEM FOI JONAS?

Seguindo o texto massorético hebraico, o título do livro é derivado do nome do personagem principal, Jonas (que significa “pombo”), filho de Amitai (1:1). Tanto a Septuaginta como a Vulgata lhe dão o mesmo nome.

AUTOR E DATA

A autoria não é declarada de modo direto. Ao longo de todo o livro, o autor se refere a Jonas na terceira pessoa do singular, o que leva alguns  estudioso crereque o livro não foi escrito pelo profeta. O uso da terceira pessoa pelo autor não é, contudo, uma ocorrência incomum no AT (por exemplo, Êx 11:3;1Sm 12:11). Ademais, as informações autobiográficas encontradas em suas páginas apontam claramente para Jonas como seu autor. É provável que o relato em primeira mão de acontecimentos e experiências tão extraordinários tenha sido registrado pelo próprio Jonas. O versículo introdutório não precisa ser entendido como indicação contrária, pois livros de outros profetas, como Oseias, Joel, Miqueias, Sofonias, Ageu e Zacarias têm introduções semelhantes.
De acordo com 2Reis 14:25, Jonas era de Gate-efer, nas proximidades de Nazaré. O contexto situa o relato no período correspondente ao longo e próspero reinado de Jeroboão II (por volta de 793-758 a.C.). Jonas é, portanto,um profeta das tribos do norte que exerceu o ministério pouco antes de Amós, durante a primeira metade do século VIII a.C., por volta de 760 a.C. Os fariseus se equivocaram quando disseram que “da Galileia não surge profeta” (Jo 7:52), pois Jonas era Galileu. De acordo com uma tradição judaica inaveriguável, Jonas era o filho da viúva de Sarepta ressuscitado dentre os mortos por Elias (1Rs 17:8-24).
   
 CENÁRIO E CONTEXTO

Como profeta de Israel, o reino constituído pelas dez tribos do norte, Jonas viveu no mesmo contexto que Amós. A nação desfrutava um período de relativa paz e prosperidade. Uma vez que a Síria e a Assíria estavam enfraquecidas, Jeroboão II pôde restabelecer as fronteiras de Israel ao norte, até onde chegavam nos dias de Davi e Salomão (2Rs 14:23-27). Em termos espirituais, porém, foi um tempo de pobreza; a religião era ritualista e estava
se tornando cada vez mais idólatra, e a justiça havia sido pervertida. A paz e a riqueza haviam tornado Israel espiritual, moral e eticamente corrompida (cf.
2Rs 14:24; Am 4:1ss.; 5:10-13). Como consequência, Deus castigaria o Reino do Norte permitindo que os assírios o destruíssem e levassem seu povo para o cativeiro em 722 a.C. Duas pragas (765 e 759 a.C.) e um eclipse solar (763
a.C.) podem ter contribuído para o arrependimento de Nínive e preparado a cidade para receber a mensagem de castigo proclamada por Jonas.

PRINCIPAIS PERSONAGENS
Jonas — relutante missionário aos habitantes de Nínive; precisou ser engolido por um peixe enorme para obeceder ao mandamento de Deus (1:1—2:10).
O comandante e a tripulação do navio de fuga de Jonas — tentaram evitar a morte de Jonas; jogaram-no ao mar para fazer cessar a tempestade (1:5-16).

TEMAS HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS
Apesar de ser um profeta de Israel, Jonas não é lembrado pelo seu ministério em Israel, o que pode explicar o equívoco dos fariseus no tempo de Jesus ao afirmar que nenhum profeta surgira da Galileia (cf. Jo 7:52)
Antes, o livro relata o seu chamado para pregar o arrependimento em Nínive e sua recusa a obedecer. Nínive, a capital da Assíria, era infame por sua crueldade e uma inimiga histórica de Israel e Judá. O livro focaliza a cidade gentia fundada por Ninrode, bisneto de Noé (Gn 10:6-12). Apesar de talvez ter sido a maior cidade do mundo antigo (1:2; 3:2-3; 4:11), foi destruída cerca de 150 anos depois da geração que se arrependeu por ocasião da vinda de Jonas (612 a.C.), cumprindo, desse modo, a profecia de Naum (Na 1.1ss.). A aversão política dos israelitas à Assíria, juntamente com sua ideia de superioridade espiritual como beneficiários da bênção de Deus na aliança, criou em Jonas uma postura de resistência com relação ao chamado de Deus para o trabalho missionário.
Jonas foi enviado a Nínive em parte para envergonhar Israel pelo fato de uma cidade pagã se arrepender mediante a pregação de um estrangeiro, enquanto Israel não havia se arrependido mesmo tendo ouvido a pregação de muitos profetas. O profeta não tardou em descobrir, porém, que o amor e a misericórdia de Deus são estendidos a todas as suas criaturas (4:2,10-11), e não apenas ao povo da aliança (cf. Gn 9:27; 12:3; Lv 19:33-34; 1Sm 2:10; Is 2:2; Jl 2:28-32).
O livro de Jonas revela o governo soberano de Deus sobre toda a humanidade e a criação, que veio a existir por meio dele (1:9) e atende a todas
as suas ordens (1:4,17; 2:10; 4:6-7; cf. Mc 4:41). Jesus usou o arrependimento dos ninivitas para repreender os fariseus e, desse modo, ilustrar a dureza do coração desses homens e sua recusa em se arrepender (Mt 12:38-41; Lc 11:29-32).
A cidade pagã de Nínive se arrependeu depois de ouvir a pregação de um profeta relutante, ao passo que os fariseus se recusaram a se arrepender depois
de ouvir a pregação do maior de todos os profetas, apesar das esmagadoras evidências de que ele era, de fato, seu Senhor e Messias. Jonas retrata Israel, o
povo escolhido e incumbido por Deus de servir como sua testemunha (Is 43:10-12; 44:8), que se rebelou contra a vontade de Deus (Êx 32:1-4; Jz 2:11- 19; Ez 6:1-5; Mc 7:6-9), mas que tem sido preservado miraculosamente pelo Senhor ao longo dos séculos de exílio e dispersão para, um dia, proclamar sua verdade (Jr 30:11; 31:35-37; Os 3:3-5; Ap 7:1-8; 14:1-3).
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SÉRIE PROFETAS: A CIDADE BÍBLICA DE NÍNIVE

 A CIDADE BÍBLICA DE NÍNIVE

RUÍNAS DO PORTÃO DE ENTRADA DA CIDADE DE NÍNIVE CAPITAL DO IMPÉRIO ASSÍRIO.

Nínive, a famosa capital do antigo Império Assírio, é mencionada no tempo de Hamurabi, como sendo sede do culto ao deus Istar. Em 2Reis 19.36 e em Isaías 37.37, ela é pela primeira vez, claramente indicada como residência oficial do monarca da Assíria.

Estava localizada a 450 quilômetros de Babilônia, sobre a margem oriental do rio Tigre e do outro lado do rio da moderna Mossul. Era chamada a “cidade dos ladrões”, porque seus moradores invadiam e despojavam outras regiões para enriquecer-se. Nínive teve uma história cheia de colorido, ainda que trágica, especialmente depois do nono século a.C., até a época de sua destruição final diante do ataque de uma união de forças encabeçada pelos medos e babilônicos em 612 a.C.

Nos dias do profeta Jonas, Nínive era uma cidade de grande importância e também uma grande cidade tanto que Jonas levou três dias para percorrê-la (Jn 1.2; 3.3). A sua população era calculada em 600 mil pessoas. Talvez não fosse uma cidade cheia de edifícios, já que continha grandes parques, extensos campos e casas isoladas. Quer dizer, não existiam ruas com casas ligadas umas as outras, mas existiam muitas ruas a serem percorridas pelo profeta.
RUÍNAS DA CIDADE DE NÍNIVE CAPITAL DO IMPÉRIO ASSÍRIO.

Henry Austin Layard visitou as ruínas de Nínive em 1845, e calculou que o circuito total de sua área rodeada de muralhas era de 11 quilômetros. Dentro do recinto de 728 hectares de extensão havia dois quilômetros. O do sul media 30 metros de altura, e cobria uma extensão de 16 hectares.
 
O montículo do norte media 26 metros de altura, e cobria uma extensão de 40 hectares e era chamado “Kuyunjik” (o castelo de Nínive).
Lamassu de Sargão II,Dur Sharrukin (agora Khorsabad), o Iraque720-705 aC
Antigo Oriente Médio
Cabeça de um governante acádio,Nínive (agora Kuyunjik), o Iraque2250 - 2200 aC
Antigo Oriente Médio
 
Uma pequena área de pós-imperturbável Assírio permanece cerca de 5 m. profunda foi observada no extremo oeste do palácio de Senaqueribe. Seis pisos distintos e algumas paredes de tijolos foram encontrados associados. Dois dos andares (F207 e F208) eram de construção muito similar. Cerca de 8 cm. de espessura, que consistia de um cimento duro branco sobre uma base de seixos do rio.
 

Layard cavou valas no promontório norte e desenterrou uma porta flanqueada por dois leões alados e um muro no qual estava escrito em caracteres cuneiformes, o nome de Senaqueribe. Ao adentrar ainda mais na cidade, Layard desenterrou o palácio real de Senaqueribe, cuja área de passeio estava ladeada por touros alados que tinham inscritas em seu corpo as crônicas do rei, em caracteres cuneiformes. Imensos salões de 12 metros de largura por 55 metros de cumprimento conduziam ao interior do palácio.

Arqueólogos do Museu Britânico, situado em Londres, anunciaram em julho de 2007 um achado arqueológico que se reporta a um dos oficiais (nobres) do rei Nabucodonozor mencionado pela Bíblia, mais exatamente no capítulo 39 do profeta Jeremias.(Jeremias 39.3)
Trata-se de um tablete de barro com escrita cuneiforme do décimo ano de Nabucodonosor II (595 a.C.) e mencionando Nebo-Sarsequim, príncipe que participou do cerco de Jerusalém, apresentando uma oferenda de ouro no templo principal da Babilônia, provavelmente em honra aos seus deuses.
RUÍNAS DA FORTIFICAÇÃO DA CIDADE DE NÍNIVE.


Em 1851, durante a escavação de uma parte do templo de Nebo, ao lado do palácio de Senaqueribe, eles retiraram o lixo de dois grandes quartos que tinha comunicação entre si e encontravam uma parte da biblioteca real acumulada por vários reis e dedicados a Nebo, o escriba divino que havia “criado as artes e as ciências e todos os mistérios relacionados com a literatura e a arte de escrever”, conforme crença dos ninivitas.

Em 1853 Harmuzd Rassam continuou as escavações de Nínive e pouco depois desenterrou o palácio do rei Assurbanipal, no qual havia um grande e baixo-relevo que representava o rei de pé em um carro de guerra, preparado para sair em uma expedição de caça. Em dois andares contíguos de altas cúpulas, foram descobertas amontoadas no piso milhares de preciosas tabuinhas de argila, que se constatou ser uma grande porção da biblioteca de Assurbanipal. Seus mestres lhe tinham ensinado a ler e a escrever em vários idiomas, tal como ele mesmo o expressa em uma das inscrições: “Eu, Assurbanipal, aprendi no palácio a sabedoria de Nebo, a arte completa de escrever em tabuinhas de argila de todas as classes. Tornei-me perito em várias classes de escritura... li as belas tabuinhas de argila de Sumer e a escritura acadiana, que é muito difícil de dominar. Experimentei o prazer de ler inscrições em pedra, pertencente à época anterior ao dilúvio”.
Assurbanipal e Libbali-šarrat comemorando a derrota dos elamitas em 645 aC. © O Museu Britânico.


Era tão grande o interesse de Assurbanipal pela literatura e pela erudição, que ao subir ao trono, reprimiu rapidamente um levante no Egito, conquistou a Lídia e a Pérsia, e depois de consolidar seu reino, entregou-se a tarefa da erudição até transformar-se no monarca mais poderoso e culto de sua época, e um dos maiores patrocinadores da literatura no mundo. Enviou escribas eruditos a Assur, Babilônia, Cuta, Nipur, Acade, Ereque e a outros centros estratégicos ao longo e ao largo de seu vasto império, onde foram copiados e reunidos livros (de argila) de astrologia, história, gramática, geografia, literatura, medicina e leis, como também cartas, orações, poemas, hinos, esconjuros, oráculos, dicionários, crônicas, títulos de vendas de terrenos, contratos comerciais e registros legais, além de uma quantidade de outros temas de interesse geral e específico. Todos os livros foram trazidos ao palácio de Assurbanipal em Nínive, onde ele não só os estudou ou cotejou, mas também em muitos casos mandou fabricar tabuinhas novas de argila nas quais foram gravadas cópias bilíngües em escritura cuneiforme, e mais tarde foram arquivadas em forma metódica. Ao completar-se sua biblioteca tinha em torno de 100.000 volumes tornando-se uma das maiores e mais preciosas de todas as épocas da antiguidade.
Após a derrota de Samas-Sumu-ukin, Assurbanipal retratado-se como o rebuilder e restaurador de Babilônia. Nesta estela que ele carrega um cesto de terra para a fabricação do tijolo ritual primeiro a ser estabelecidas para reparos ao templo do deus Ea, em Babilônia. © O Museu Britânico.

A destruição de Nínive se deu 200 anos depois que o profeta Jonas pregou arrependimento ou destruição total da cidade. O povo entendeu e aceitou a pregação e Deus suspendeu o juízo (Jo 3.5). A suspensão da calamidade durou por 200 anos, após os quais a cidade voltou novamente a praticar iniqüidades com mais força que no tempo de Jonas. A profecia de Jonas foi literalmente cumprida pela ação combinada dos medos e babilônios (606 a.C.).

Os escritores gregos e romanos dizem que o último rei, a quem chamam de Sardanápalo, era levado a resistir aos seus inimigos em conseqüência de uma antiga profecia que dizia que nunca Nínive seria tomada de assalto enquanto o rio não se tornasse seu inimigo. Mas uma repentina inundação, que derribou vinte estádios de muralha, convenceu-o de que a palavra do oráculo estava se cumprindo, e então buscou a morte, ao mesmo tempo em que destruía seus tesouros. O inimigo entrou pela brecha na muralha e a cidade foi saqueada e arrasada. (O profeta Naum tinha anunciado a destruição de Nínive: “E com uma inundação transbordante acabará de uma vez com o seu lugar; e as trevas perseguirão os seus inimigos” Na 1.8). “As portas dos rios se abrirão, e o palácio será dissolvido” (Na 2.6).

O historiador Diodoro Sículo descreveu os fatos de tal modo que fica claro que as palavras do profeta foram literalmente cumpridas. Conta ele que o rei da Assíria, ensoberbecido por suas vitórias, tinha determinado que houvesse dias de festa, nos quais deveria ser dada aos seus soldados abundância de vinho. O comandante dos invasores, tendo sido informado dessa situação pelos desertores do exército da Assíria, tratou logo de efetuar o ataque. Derrotando e pondo em fuga o inimigo. Deste modo tornaram-se verídicas as palavras do profeta: “Porque ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca“ (Na 1:10).

A completa e perpétua destruição de Nínive e a sua desolação foram profetizadas: “Estenderá também a sua mão contra o norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto. E no meio dela repousarão os rebanhos, todos os animais das nações; e alojar-se-ão nos seus capitéis assim o pelicano como o ouriço; o canto das aves se ouvirá nas janelas; e haverá desolação nos limiares, quando tiver descoberto a sua obra de cedro” (Sf 2-13-14).

Hoje, onde existiu a grande Nínive, os canais estão secos, não há mais água, a não ser no período das chuvas, quando os campos aparecem verdes. Podem ser vistos rebanhos de ovelhas e camelos procurando escassas pastagens naquelas terras áridas. As abandonadas salas dos seus palácios são agora habitadas por feras e outros animais, como hiena. Lobo, chacal e raposa.

Jamais, em todos estes séculos passados, alguém conseguiu reconstruir a cidade de Nínive. Provando que a Bíblia e seus profetas precisam ser levados a sério, já que trazem a Palavra de Deus.
 
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SÉRIE PROFETAS: RESUMO DO LIVRO DO PROFETA JONAS

RESUMO DO LIVRO DO PROFETA JONAS


Autor: Jonas 1:1 especificamente identifica o profeta Jonas como o autor do Livro de Jonas.

Quando foi escrito:
 O Livro de Jonas foi provavelmente escrito entre 793 e 758 AC.

Propósito:
 Desobediência e revitalização são os principais temas deste livro. A experiência de Jonas no ventre da baleia lhe proporciona uma oportunidade única para buscar uma libertação ao se arrepender durante este retiro bastante diferente. Sua desobediência inicial o leva não apenas à sua revitalização pessoal, mas à dos ninivitas também. Muitos classificam a restauração que ele trouxe a Nínive como um dos maiores esforços evangelísticos de todos os tempos.

Versículos-chave: Jonas 1:3: "Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis...."

Jonas 1:17: "Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe."

Jonas 2:2: "Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz."

Jonas 3:10: "Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez."

Resumo: O medo e orgulho de Jonas levam-no a fugir de Deus. Ele não quer ir a 
Nínive pregar o arrependimento ao povo, como Deus ordenou, porque ele sente que os ninivitas são seus inimigos e está convencido de que Deus não vai seguir adiante com sua ameaça de destruir a cidade. Ao invés, ele embarca num navio para Társis, uma cidade na direção oposta. Uma grande tempestade logo faz com que a tripulação lance lotes para determinar que Jonas é o problema. Eles atiram-no ao mar, e ele é engolido por um peixe grande. Em seu ventre por 3 dias e 3 noites, Jonas se arrepende do seu pecado a Deus, e o peixe o vomita em terra seca (perguntamo-nos por que levou tanto tempo para se arrepender). Jonas, em seguida, faz a viagem de cerca de 800 km a Nínive e lidera a cidade a um grande reavivamento. Entretanto, o profeta fica insatisfeito (na verdade, reclama), ao invés de agradecido, quando Nínive se arrepende. Jonas aprende a lição, porém, quando Deus usa um vento, uma planta e um verme para lhe ensinar que Ele é misericordioso.

Prenúncios: As palavras do próprio Jesus deixam claro que Jonas é um tipo de Cristo. Em Mateus 12:40-41, Jesus declara que Ele vai estar no túmulo a mesma quantidade de tempo que Jonas estava no ventre da baleia. Ele segue a dizer que, enquanto os ninivitas se arrependeram diante da pregação de Jonas, os fariseus e doutores da Lei que rejeitaram a Jesus estavam rejeitando Aquele que é muito maior do que Jonas. Assim como Jonas trouxe a verdade de Deus sobre o arrependimento e salvação para os ninivitas, assim também Jesus traz a mesma mensagem (Jonas 2:9; João 14:6) de salvação alcançada apenas através de Deus (Romanos 11:36).

Aplicação Prática: Não podemos nos esconder de Deus. O que Ele deseja realizar através de nós virá a acontecer, apesar de todas as nossas oposições e reclamações. Efésios 2:10 nos lembra que Ele tem planos para nós e vai assegurar que vamos nos conformar com esses planos. Quanto mais fácil seria se nós, ao contrário de Jonas, nos submetêssemos a Ele sem demora!

O amor de Deus se manifesta em Sua acessibilidade a todos, independentemente da nossa reputação, nacionalidade ou raça. A livre oferta do Evangelho é para todos os povos em todos os tempos. Nossa tarefa como Cristãos é ser o meio pelo qual Deus fala ao mundo dessa oferta e alegrar-nos com a salvação de outras pessoas. Esta é uma experiência que Deus quer que compartilhemos com Ele, e não que sejamos ciumentos ou ressentidos com os que vêm a Cristo em "conversões de última hora" ou que passam por situações diferentes das nossas.

FONTE:GOT QUESTIONSNínive
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sexta-feira, 29 de junho de 2018

SÉRIE PROFETAS: COMENTÁRIO BÍBLICO JONAS

                                                                      INTRODUÇÃO
 O livro recebe o seu nome do personagem principal da narrativa. 
Jonas (pombo) está identificado como o filho de Amitai. Diz se que um profeta com este mesmo nome, que aparece em uma curta narrativa de II Rs. 14:25, veio de Gate-Hefer, localizado no território de Zebulom, hoje conhecido por Galileia. Este profeta previu as triunfantes conquistas de Jeroboão II na primeira metade do século oito A.C. Poucas são as dúvidas de que esse profeta de Gate-Hefer seja o mesmo profeta deste pequeno livro.

PÁGINAS:18





CLIQUE AQUI - COMENTÁRIO BÍBLICO JONAS

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quarta-feira, 27 de junho de 2018

SÉRIE PROFETAS: A QUEDA DE EDOM

Obadias prediz-se a destruição de Edom
1-4. Edom é desalojado da sua fortaleza na montanha. 
Obadias (" servo do Senhor") é desconhecido, não identificável
com nenhum dos cerca de doze homens do AT que carregam o mesmo nome.
Edom ("região vermelha") era a nação vizinha a sudeste de Israel, ao sul de Moabe e do mar Morto. Seu território rico em cobre e ferro se estendia, ao sul, até o golfo de Acaba. Toda a sua fronteira era pontilhada por uma série de fortalezas. A região norte de Edom se erguia de 1.500 a 1.600 metros acima do nível do mar, sendo
Temã (Tawilan) sua principal fortaleza.
O orgulho de Edom, 3, seria esmagado.
As expressões "fendas das rochas" (Sela, gr. Petra), 3, e "ninho entre as estrelas", 4, ajusta-se admiravelmente bem à região e seu povo.
5-9. E saqueado e desolado completamente.
Esaú, 6 (Gn 25.30; 36.1), foi o progenitor dos edomitas. Como ele era irmão gêmeo de Jacó, havia estreito parentesco entre os edomitas e os is ra e lita s (cf. "irmão Jacó", 10). O tesouro de Esaú era a enorme riqueza das minas de ferro e cobre, e o comércio das caravanas, 6. Edom era famoso pelos seus sábios (Jr 49.7).
10-14. A causa da queda de Edom "Por causa da violência feita a teu irmão Jacó", 10, descreve o fato de Edom ter deixado de ajudar seu irmão aflito. Edom tornou-se tão culpado quanto aqueles que atacaram Jerusalém, 12; de fato, tomou parte no ataque, 13-14 (cf. Nm 20.14-21; Sl 137.7; Ez 35.5).

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terça-feira, 26 de junho de 2018

SÉRIE PROFETAS: QUEM FOI OBADIAS?

QUEM FOI OBADIAS?

Contexto histórico. A vida pessoal de Obadias é desconhecida. O profeta apresenta-se apenas com o seu nome, sem oferecer nenhuma informação adicional (família e reinado sob o qual viveu e profetizou). Ele simplesmente diz: “Visão de Obadias” (v.1).

A data em que exerceu o seu ministério é uma das mais disputadas entre os estudiosos: vai de 848 a 460 a.C. Tudo indica que os versículos 10 a 14 refiram-se à destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia, em 587 a.C. Portanto, qualquer data, nesse período, como 585 a.C. por exemplo, é aceitável.


O nome Obadias – segundo Jonh MacArthur – significa servo do senhor. Partindo deste dado podemos especular que este seja a junção de duas palavras hebraicas עֶבֶד (ebhedh) e a partícula diminutiva יחּ (Yah). Foi um profeta que, a julgar pelas menções que este fez a cidade de Jerusalém, atuou no reino sul. Pelas menções que este faz ao povo de Edom, percebemos que o conteúdo de sua profecia trata de uma retaliação que o povo de Judá sofreu, por parte dos edomitas.


Apesar de haver um livro no Antigo Testamento com seu nome, a Bíblia não nos fornece nenhuma informação acerca de sua vida. O que sabemos é que ele foi um profeta, muito provavelmente de Judá, segundo o que seu livro parece indicar (Ob 1).
Sobre o período em que o Profeta Obadias viveu, duas sugestões são defendidas entre os estudiosos. Alguns entendem que ele tenha vivido antes do exílio, enquanto outros defendem que ele tenha vivido por volta do século 5 a.C. Essa segunda hipótese é considerada a mais provável. Se caso, de fato, essa última posição estiver correta, é cronologicamente incompatível identificá-lo com o Obadias mordomo do rei Acabe citado anteriormente, nem mesmo com o capitão do rei Acazias (2Rs 1:13-15), conforme faz o pseudo Epifânio na obra As Vidas dos Profetas.

A tradição talmúdica de que o Profeta Obadias tenha sido um prosélito de origem edomita é bastante improvável, principalmente considerando sua forte denúncia contra Edom.

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SÉRIE PROFETAS: RESUMO DO LIVRO DO PROFETA OBADIAS

Resumo do livro de Obadias.

Autor: O primeiro versículo de Obadias identifica o seu autor como sendo o profeta Obadias.

Quando foi escrito: O Livro de Obadias foi provavelmente escrito entre 848 e 840 AC.

Propósito: Obadias, o menor livro do Antigo Testamento, tem apenas 21 versículos. Obadias é um profeta de Deus que usa esta oportunidade para condenar Edom pelos pecados contra Deus e Israel. Os edomitas são descendentes de Esaú e os israelitas são descendentes de seu irmão gêmeo, Jacó. A briga entre os irmãos tem afetado seus descendentes por mais de 1.000 anos. Esta divisão causou os edomitas a proibir que Israel atravessasse as suas terras durante o êxodo dos israelitas do Egito. Os pecados de orgulho por parte de Edom exigem agora uma forte palavra de julgamento do Senhor.

Versículos-chave:
 Obadias versículo 4: "Se te remontares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derribarei, diz o SENHOR."

Obadias versículo 12: "Mas tu não devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia."

Obadias versículo 15: "Porque o Dia do SENHOR está prestes a vir sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; o teu malfeito tornará sobre a tua cabeça."

Resumo: A mensagem de Obadias é definitiva e certa: o reino de Edom será destruído completamente. Edom tem sido arrogante, alegrando-se pelos infortúnios de Israel e quando os exércitos inimigos atacam Israel e os israelitas pedem por ajuda, os edomitas se recusam e escolhem lutar contra eles, não por eles. Esses pecados de orgulho não podem mais ser ignorados. O livro termina com a promessa de realização e libertação de Sião nos últimos dias, quando a terra será restaurada ao povo de Deus durante o Seu governo sobre eles.

Prenúncios:
 O versículo 21 do Livro de Obadias contém uma prefiguração de Cristo e Sua Igreja: "Salvadores hão de subir ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do SENHOR." Estes "salvadores" são os apóstolos de Cristo, ministros da Palavra, e especialmente os pregadores do Evangelho nestes últimos dias. Eles são chamados de "salvadores" não por obterem a nossa salvação, mas por pregarem a salvação através do Evangelho de Cristo e por nos mostrarem o caminho para obter essa salvação. Eles, e a Palavra pregada por eles, são os meios pelos quais a boa notícia da salvação é entregue a todos os homens. Enquanto Cristo é o único Salvador que veio pagar pela salvação, e é dela o seu autor, os salvadores e libertadores do Evangelho vão estar cada vez mais evidentes na medida em que o final dos tempos se aproxima.

Aplicação Prática: Deus vai agir em nosso favor se permanecermos fiéis a Ele. Ao contrário de Edom, devemos estar dispostos a ajudar outras pessoas em momentos de necessidade. Orgulho é pecado. Devemos nos orgulhar apenas em Jesus Cristo e no que Ele fez por nós... e em nada mais.

fonte:Got questions
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SÉRIE PROFETAS: COMENTÁRIO BÍBLICO OBADIAS


COMENTÁRIO BÍBLICO OBADIAS


INTRODUÇÃO Título. O Livro de Obadias nem identifica o profeta (além de declarar o seu nome) nem fornece alguma declaração que especifique claramente a data de sua composição. Aproximadamente uma dúzia de homens do Velho Testamento são chamados de Obadias, mas nenhum corresponde ao profeta cuja obra foi preservada. Seu parentesco, status social e ocupação na vida permanecem obscuros. O nome do profeta significa "Servo do Senhor", ou "Adorador do Senhor". É um composto de 'obed, "servo", e yâ, uma forma abreviada do nome de quatro letras yhwh, pronunciado adonay pelos judeus piedosos, e traduzido para Senhor ou Jeová nas versões.


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sábado, 23 de junho de 2018

SÉRIE PROFETAS: QUEM FOI O PROFETA AMÓS?

QUEM FOI O PROFETA AMÓS?

O Profeta Amós foi um homem levantado por Deus para profetizar sobre o juízo divino que seria derramado devido à infidelidade do povo. Amós é
também o autor do livro do Antigo Testamento que leva seu nome. Nesse texto conheceremos quem foi Amós na Bíblia.

O profeta Amós

O profeta Amós era de Tecoa, uma aldeia situada a aproximadamente 16 km ao sul de Jerusalém, 9 km de Belém e 20 km a oeste do Mar Morto. O nome Amós significa “carregador de fardos”, do hebraico ‘amos.
Além do que é dito em seus escritos, nada se sabe sobre quem foi Amós, porém em seu livro encontramos detalhes importantes que nos fornecem informações valiosíssimas sobre sua história.
O profeta Amós viveu no século 8 a.C., e profetizou durante o reinado do rei Uzias em Judá (Reino do Sul) e do rei Jeroboão em Israel (Reino do Norte). Logo na introdução de seu livro, o profeta Amós informa seus leitores que as visões que teve da parte do Senhor ocorreram dois anos antes do “grande terremoto”.
Esse terremoto que ocorreu durante o reinado de Uzias foi um evento memorável, e foi lembrado pelo profeta Zacarias como um ato de julgamento divino (Zc 14:5).
O profeta Amós era um homem simples e de origem rural. Ele foi pastor de ovelhas (Am 1:1), boiadeiro e colhedor de sicômoros, um tipo de figo  (Am 7:14). Sua familiaridade com o campo pode ser notada várias vezes em sua mensagem profética, como por exemplo, quando ele usa palavras referindo-se a animais (Am 5:19), insetos e ervas (Am 7:1) e frutos (Am 8:1).

O ministério profético de Amós

O profeta Amós não havia estudado para ser profeta, nem mesmo foi um discípulo de profeta ou recebeu qualquer treinamento nesse sentido (cf. 1Rs 20:35; 2Rs 2:3,5; 7:15), ou seja, ele não era considerado um profeta de profissão, e não dependia desse ofício para seu sustento.
Na verdade, o próprio Amós fez questão de afirmar que não possuía conexão alguma com a escola religiosa formal de sua época. Descrevendo a si mesmo, o profeta Amós testificou: “Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boiadeiro e colhedor de sicômoros” (Am 7:14).
O chamado de Amós para o ministério lembra em alguns aspectos a convocação de outros grandes homens de Deus, como Isaías, Jeremias e Paulo de Tarso (cf. Jr 1; Is 6; At 9).
O profeta Amós testificou sobre sua convocação da seguinte forma: “Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel” (Am 7:15). Assim, entendemos que foi Deus, soberanamente, quem chamou Amós para exercer o ofício de profeta.
Essa frase utilizada pelo profeta Amós para descrever sua convocação é muito semelhante à frase que descreve a escolha do Senhor de coroar Davi como rei em Israel (S2m 7:8). Isso significa claramente que Deus, conforme sua vontade, escolhia reis e profetas quando lhe aprouvesse.
Apesar de sua origem rural, o profeta Amós demonstrava conhecer muito bem a Lei de Deus e a história do povo da aliança. Em sua profecia, Amós fez várias referências aos fatos narrados no Pentateuco.
Ele, por exemplo, se referiu à destruição de Sodoma e Gomorra (Am 4:11), ao Êxodo (Am 3:1), a conquista de Canaã (Am 2:9s) e mencionou Isaque, Jacó e José (Am 7:16; 3:13; 5:6).

A profecia do profeta Amós

Sem dúvida, o fato de o profeta Amós ser natural de Judá, o Reino do Sul, e ter sido convocado para profetizar, principalmente, a Israel, o Reino do Norte, chama a atenção, sobretudo pela forma ousada que seu ministério se desenvolveu.
O profeta Amós recebia do Senhor em visão as palavras que deveria profetizar (Am 1:1). Muito provavelmente Amós profetizou durante o período de paz e prosperidade que Israel experimentou no reinado de Jeroboão II.
Durante pelo menos quarenta anos o Reino do Norte não sofreu nenhuma ameaça militar significativa. O Egito e a Babilônia estavam enfraquecidos, e a Assíria estava em pleno declínio após a morte de Adade-Nirari III.
Nessa época também havia paz entre Israel e Judá, e o rei tinha restaurado as fronteiras de Israel de acordo com o que o profeta Jonas havia profetizado (2Rs 14:25).
Apesar de grande parte da mensagem profética de Amós ter sido dirigida ao Reino de Israel, Amós também denunciou os pecados de Judá (Am 2:4-5; cf. 9:11). Parte importante de seu ministério profético foi cumprida em Betel, o centro da idolatria e apostasia religiosa do Reino de Israel (1Rs 12:26-33).
A profecia de Amós censurou a condição social (Am 2:6,7), moral (Am 2:7,8) e religiosa (Am 2:8-12) da nação. O profeta Amós viveu numa época em que os ricos procuravam ficar mais ricos, a imoralidade estava num nível abominável e a perversão religiosa era tão grande que a idolatria era considerada algo normal, enquanto que os verdadeiros fiéis a Deus eram ridicularizados por sua devoção.
Então é nesse cenário que o profeta Amós profetizou sobre a severidade do julgamento de Deus que castigaria Israel e Judá por causa da infidelidade pactual característica nesses reinos. Porém, a profecia de Amós também apontou para a esperança de restauração e grande exaltação para o povo do Senhor após o exílio que se aproximava.
Também é muito significativa a forma com que as profecias de Amós revelam o nosso Senhor Jesus. O profeta falou sobre uma restauração, um governo e juízo que só encontram seu cumprimento pleno e final em Cristo, não apenas em sua primeira vinda, mas também no seu retorno em glória para estabelecer seu reino universal no novo céu e nova terra (Mt 1:1; Lc 1:32,33; Ap 22:16; At 2:34-36; 15:13-19; 1Co 15:23-25; Hb 10:26-30; 1Pe 4:17; Ap 22:16; etc.).
Um claro exemplo disto é o modo com que Tiago interpretou as palavras do profeta Amós (Am 9:11,12) no Concílio de Jerusalém, quando ele entendeu que a restauração do Tabernáculo de Davi da qual o profeta Amós falou, se cumpriu quando judeus e gentios foram chamados à salvação como um só povo em Cristo, para proclamar o Evangelho pelo mundo inteiro (At 15:14-18).
FONTE: ESTILO ADORAÇÃO
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