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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

SÉRIE EPÍSTOLAS PAULINAS: SÍNTESE A ROMA ANTIGA

Síntese sobre a história da Roma Antiga

De aldeia à Império: política, economia, sociedade e cultura de uma das maiores civilizações da antiguidade. Saiba mais sobre a história da Roma Antiga

 civilização romana deixou uma herança para o Mundo Ocidental que ultrapassa os campos da literatura, arquitetura e direito. De uma pequena aldeia, virou um grande Império (um dos maiores da antiguidade). Conquistando territórios importantes, abriu caminho para seu crescimento e ascensão.

A Política de Roma

  • No início era uma monarquia, e durante esse período (753 a.C. a 509 a.C.), teve sete reis. O monarca acumulava os poderes executivo, judicial e religioso. O poder legislativo ficava nas mãos do senado (ou conselho de anciãos) que decidia a aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.
  • Com o fim da monarquia, veio a República (509 a.C. a 27 a.C.). Nesse período, o senado ganhou mais poder: cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. O poder executivo era exercido pelos cônsules e pelos tribunos da plebe (os plebeus lutaram por uma maior participação política e melhores condições de vida).
  • O Império começou em 27 a.C. e durou até 476 d.C., os principais nomes deste período foram: Julio César e Augusto. O primeiro, Julio César, tornou-se ditador e foi apoiado pelo exército e pela plebe urbana. Colecionava títulos (como Ditador Perpétuo, Censor e Cônsul vitalício). 
  • Seus feitos e conquistas conquistaram o apoio popular. Porém, os ricos conspiraram e Julio César foi assassinado. Augusto foi escolhido para ocupar seu posto e iniciou-se um período de calma e prosperidade.
  • A Economia Romana

    Antes era essencialmente agrícola, com base na produção de cereais, vinho, frutos, legumes e criação de gado. Não utilizavam moedas e o artesanato e comércio não eram tão bem explorados. Mas tudo mudou: com o avanço e expansão do território, veio o crescimento progressivo do comércio, baseado nas trocas, importação e exportação de produtos. Tudo facilitado pelas estradas romanas e pelo trabalho dos escravos.

    História da Sociedade e Cultura da Roma Antiga

    História da Roma Antiga - Coliseu
    A História da Roma Antiga é marcada pelas conquistas e avanços na literatura e política. | Imagem: Reprodução
    sociedade romana era dividida em cinco grupos sociais: Patrícios, que eram descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma. Eram ricos (grandes proprietários de terras) e ocupavam cargos públicos importantes; Plebeus, que formavam a maioria da população. Eram pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres, possuindo bem menos direitos que os patrícios; Clientes, estrangeiros ou refugiados pobres que eram dependentes dos patrícios (recebiam o apoio deles em troca de trabalhos e ajuda em questões militares); Escravos, em sua maioria prisioneiros de guerra, eram vendidos como mercadoria e não possuíam direitos sociais. Por último, os Libertos. Eram ex-escravos que conseguiram a liberdade.
    história da Roma Antiga ganha destaque também na literatura, principalmente a filosófica, jurídica e política. A religião era prática e imediatista: culto aos antepassados, culto dos deuses públicos e crença nos auspícios e prodígios (manifestações de divindades na natureza). A arte romana era pouco original, a maioria de suas construções apresenta influência helenística.
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SÉRIE EPÍSTOLAS PAULINAS: COMENTÁRIO BÍBLICO ROMANOS

INTRODUÇÃO

A Carta de Paulo aos Romanos é certamente fascinante, não apenas por sua significância histórica como um documento, mas principalmente por ser inspirada por Deus. Nela, encontramos o mais puro evangelho, a mais preciosa mensagem de Deus aos homens. Estudos recentes, como a chamada “nova perspectiva em Paulo”, têm procurado interpretar esta carta de uma maneira distinta, a qual acaba por apagar toda sua mensagem salvífica.


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CLIQUE AQUI - COMENTÁRIO BÍBLICO ROMANOS
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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

REFLEXÃO: SAPERE AUDE

Você sabe o qual o significado dessa frase  "SAPERE AUDE".

Sapere aude é um lema latino que significa "atreva-se a conhecer" ou "ouse saber"; também é vagamente traduzido como "ouse ser sábio", ou ainda mais frouxamente como "tenha coragem de pensar por si mesmo!".
   Originalmente quem disse isso, quando e por qual razão? 
Frase é atribuída a Immanuel Kant, viveu entre 1724 a 1804, foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos pensadores mais influentes, SAPERE AUDE é uma crítica à "menoridade humana" que é a incapacidade do homem de fazer uso de seu próprio conhecimento, por preguiça, covardia ou comodismo intelectual, aceitando os dogmas de seus tutores intelectuais, com esse pensamento Kant escreveu um ensaio filosófico "O Que é o Esclarecimento?" (1784),  segue a mesma linha de sua obra clássica "Critica da Razão Pura" (1781), em ambos os textos Kant convida os leitores a ousar saber.
"Kant define a palavra esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade. Segundo esse pensador, o homem é responsável por sua saída da menoridade. Kant define essa menoridade como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento.  

    A permanência do homem na menoridade se deve ao fato de ele não ousar pensar (SAPERE AUDE). A covardia e a preguiça são as causas que levam os homens a permanecerem na menoridade. Um outro motivo é o comodismo. É bastante cômodo permanecer na área de conforto. É cômodo que existam pessoas e objetos que pensem e façam tudo e tomem decisões em nosso lugar. É mais fácil que alguém o faça, do que fazer determinado esforço, pois já existem outros que podem fazer por mim. Os homens quando permanecem na menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas,são incapazes de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas.

    Em seu texto “O que é o Iluminismo?”, Kant sintetiza seu otimismo iluminista em relação à possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Nele, descreve o processo de ilustração como sendo "a saída do homem de sua menoridade", ou seja, um momento em que o ser humano, como uma criança que cresce e amadurece, se torna consciente da força e inteligência para fundamentar a sua própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de outrem.

   Kant afirma que é difícil para o homem sozinho livrar-se dessa menoridade, pois ela se apossou dele como uma segunda natureza. Aquele que tentar sozinho terá inúmeros impedimentos, pois seus tutores sempre tentarão impedir que ele experimente tal liberdade. Para Kant, são poucos aqueles que conseguem pelo exercício do próprio espírito libertar-se da menoridade." 
Essa reflexão não é a anulação da fé mediante a razão, e sim fazer uso de um senso crítico responsável, ou seja, filtrar tudo o que se ouve  e o que é transmitido a nós.
Exemplo: No livro de Atos 17:11-12

Em Bereia

 Naquela noite, os crentes enviaram Paulo e Silas à pressa para Bereia. Quando lá chegaram foram à sinagoga. O povo de Bereia tinha um espírito mais aberto do que o de Tessalónica, ouvindo de boa mente a mensagem e examinando dia após dia as Escrituras para ver se o que Paulo e Silas diziam era exato. O resultado foi que muitos creram, incluindo várias senhoras gregas muito respeitadas, e também não poucos homens.
Fica claro nesse texto das escrituras que os bereianos despunham de um senso crítico de apurar o que lhes eram ensinados.  
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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

SÉRIE EPÍSTOLAS PAULINAS: O QUE SÃO EPÍSTOLAS PAULINAS

EPÍSTOLAS PAULINAS: Se refere as Cartas de Paulo enviadas as comunidades cristã da época, e outras três direcionadas a alguns ministros do evangelho e companheiros de Paulo como: Tito, Timóteo e Filemon.  

são os 14 livros do Novo Testamento da Bíblia que têm o nome Paulo como a primeira palavra, portanto, as mesmas reivindicam a autoria do apóstolo Paulo. Entre essas cartas, estão alguns dos mais antigos documentos cristãos existentes.

Romanos: Carta que São Paulo escreveu a uma Comunidade Cristã de Roma, no ano de 57 d.C. Fala das conseqüências do pecado e que o homem é salvo pela fé em Jesus Cristo, por pura misericórdia de Deus.

I Coríntios: São Paulo escreveu de Éfeso aos cristãos da cidade de Corinto, no ano 55 d.C, para repreende-los quanto aos abusos e disputas que surgiram na comunidade. Prega a humildade, inspirada na cruz de Jesus. Recomenda a caridade

II Coríntios: Seis meses depois São Paulo escreve a segunda carta. Manifesta suas tribulações e esperanças.

Gálatas: Escreveu nos anos 48 ou 56 d.C a uma comunidade da Galácia, para resolver problemas surgidos por causa dos judeus convertidos, que quiseram impor sua lei judaica aos cristãos vindos do paganismo.

Efésios: Escreveu quando estava preso em Roma, nos anos 61 a 63 d.C. Recomenda unidade dos cristãos.

Filipenses: Também estava preso. A carta tem um cunho muito pessoal. Manifesta alegria e afetividade.

Colossenses: Fala do mistério de Cristo e da Igreja e acrescenta uma série de conselhos morais aos cristãos que vivem uma vida nova em Jesus Cristo.

I Tessalonicenses: é a carta mais antiga que São Paulo escreveu. Foi por volta do ano 50 d.C. Fala da alegria que sente ao saber da felicidade deles e de poder contar com seu progresso espiritual.

II Tessalonicenses: Adverte os fiéis a respeito das falsas idéias sobre a volta gloriosa de Jesus.

I Timóteo: É uma carta dirigida aos bispos aos quais São Paulo dá normas de pastoral. Timóteo é seu discípulo e companheiro de viagem.

II Timóteo: Dá normas de vida para homens, mulheres, diáconos e Bispos. Fala também como devemos tratar as viúvas, os anciãos e os escravos.

Tito: Tito é um grego, colaborador de Paulo. Nesta carta orienta a respeito de como organizar as comunidades cristãs na ilha de Creta.

Filemôn: é uma carta curtinha. Dirigida a um cristão rico de Colossos, cujo escravo fugitivo tinha vindo procurar proteção junto a Paulo. Pede que perdoe o escravo arrependido e convertido ao cristianismo.

Hebreus: Talvez esta carta não tenha sido escrita por Paulo. As idéias são suas, mas o estilo é bem diferente. É dirigida aos judeus que receberam o batismo e sofrem por deixar o templo e a sinagoga.
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SÉRIE EPÍSTOLAS PAULINAS: QUEM FOI PAULO

O apóstolo Paulo foi o autor de 13 dos livros do Novo Testamento, que fundou várias igrejas no início do Cristianismo. Ele não seguiu Jesus durante seu ministério mas teve uma visão de Jesus mais tarde. O ministério de Paulo se concentrou em todos que não eram judeus.

O jovem Saulo

Na sua juventude, Paulo era mais conhecido como Saulo. Ele era judeu, da cidade de Tarso e era do grupo dos fariseus, como seus pais. Saulo estudou em Jerusalém debaixo de Gamaliel, um dos professores e teólogos mais famosos dos judeus. Saulo teve uma educação privilegiada!
Veja aqui: quem foi Gamaliel?
Ainda jovem, Saulo assistiu ao apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão. Depois, ele se tornou um perseguidor ativo da igreja. Na sua campanha contra os cristãos, Saulo jogou muitas pessoas na prisão. Ele tinha o apoio do sumo sacerdote e se tornou famoso por ser um grande perseguidor (Atos dos Apóstolos 9:1-2).

A conversão de Saulo

Um dia, enquanto ia a caminho de Damasco para prender mais cristãos, uma luz brilhou e o cegou e Saulo ouviu uma voz lhe perguntando por que ele O estava perseguindo. Essa voz era Jesus (Atos dos Apóstolos 9:4-6).
Saulo ficou cego e ficou esperando em Damasco, como Jesus tinha ordenado. Então Jesus enviou um homem chamado Ananias para falar com Saulo. Ananias impôs as mãos sobre Saulo e ele tornou a ver e foi batizado (Atos dos Apóstolos 9:17-19). Desse momento em diante, Saulo foi um homem diferente.
Logo Saulo começou a pregar sobre Jesus. Saulo foi para Jerusalém mas os cristãos de lá tinham medo dele! Somente um homem ficou do seu lado – Barnabé. Ele os convenceu que Saulo realmente tinha se convertido. Por isso, eles enviaram Saulo para sua cidade de Tarso.

Paulo, o escritor

Depois que se converteu, Paulo se tornou um dos grandes teólogos do Cristianismo. Ele escreveu 13 cartas, que entraram no Novo Testamento (Romanos a Filemom). Seus ensinamentos explicaram sobre a salvação em Jesus e como deve ser a vida cristã. Paulo foi usado por Deus para encorajar e ensinar todos que lêem a Bíblia!

O ministério de Paulo

Durante algum tempo, Paulo ficou em Tarso. Mais tarde, Barnabé decidiu levar Paulo para Antioquia, onde durante um ano, os dois fizeram um ótimo trabalho (Atos dos Apóstolos 11:25-26). Depois, o Espírito Santo escolheu Paulo e Barnabé para uma viagem missionária...

A primeira viagem de Paulo

Na sua primeira viagem, Paulo e Barnabé foram para Chipre, onde pregaram e Paulo cegou um mágico chamado Elimas, por tentar impedir sua missão (Atos dos Apóstolos 13:9-11). Depois eles foram Perge e seguiram para outra Antioquia, da Pisídia.
Os judeus expulsaram Paulo e Barnabé de Antioquia e eles foram para Icônio. Depois eles foram para Derbe, onde o povo pensou que eles eram deuses e tentou lhes oferecer sacrifícios (Atos dos Apóstolos 14:11-13). Logo o povo mudou de ideias e apedrejou Paulo mas ele sobreviveu. Paulo e Barnabé foram para Derbe, depois voltaram para Antioquia, passando por algumas cidades que já tinha visitado.
Algum tempo depois, Paulo e Barnabé foram para Jerusalém para debater sobre as cerimônias judaicas. A igreja decidiu que não era necessário obedecer à Lei de Moisés. Paulo e Silas voltaram para Antioquia com essa mensagem, que alegrou os gentios. Mais tarde, Pedro visitou Antioquia e Paulo o repreendeu por sua hipocrisia de manter as aparências apenas quando outros judeus estavam por perto (Gálatas 2:11-13).

A segunda viagem de Paulo

Quando estava preparando a segunda viagem, Paulo se desentendeu com Barnabé. Por isso, eles foram por caminhos separados e Paulo viajou com Silas e Timóteo.
Em Trôade, Paulo recebeu uma visão para ir para a região da Macedônia (Atos dos Apóstolos 16:9-10). Lá, eles foram libertos miraculosamente da prisão, convertendo o carcereiro. De seguida foram para Tessalônica, depois foram para a Beréia, onde as pessoas analisaram tudo que Paulo disse e muitos creram.
Mais tarde, Paulo seguiu para Atenas, onde pregou contra a idolatria na cidade. De Atenas, ele foi para Corinto, onde ficou algum tempo com Priscila e Áquila. Paulo foi preso pelos judeus mas o governador libertou Paulo. Passando pela Cesaréia, Paulo voltou para Antioquia.

A terceira viagem de Paulo

Paulo decidiu ir para Éfeso, onde ficou durante dois anos, ensinando. Muitas pessoas se converteram e abandonaram a feitiçaria. Ele também viajou pela região, pregando e fortalecendo os crentes (Atos dos Apóstolos 19:10-12). Depois ele decidiu ir para Jerusalém.
A caminho de Jerusalém, Paulo foi avisado do perigo que o esperava (Atos dos Apóstolos 21:10-11). Os cristãos de Jerusalém ficaram muito encorajados com o sucesso de seu ministério mas os judeus se revoltaram e tentaram matá-lo. Para o proteger, Paulo ficou preso pelos romanos durante dois anos. Quando voltou a ser julgado, ele apelou para César, para não cair nas mãos dos judeus.
No caminho para o julgamento em Roma, o navio de Paulo naufragou. Mas Deus garantiu a Paulo que nem ele nem ninguém no barco iriam morrer (Atos dos Apóstolos 27:24-25). Eles conseguiram se salvar na ilha de Malta, depois seguiram para Roma.
Em Roma, Paulo teve permissão para ficar debaixo de prisão domiciliária, onde pregou abertamente durante dois anos. A Bíblia não conta como correu o julgamento com César. Segundo a tradição, Paulo acabou sendo morto pelos romanos, alguns anos depois, deixando para trás um grande legado (2 Timóteo 4:7-8).
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SÉRIE EVANGELHO: COMENTÁRIO BÍBLICO LIVRO DE JOÃO

COMENTÁRIO BÍBLICO LIVRO DE JOÃO

Para muitos cristãos o Evangelho Segundo São João é o livro mais valioso do Novo Testamento. É o livro do qual mais alimentam sua mente e coração, e no qual sua alma encontra repouso. Os evangelistas costumam estar representados sobre vitrais e coisas pelo estilo com o símbolo das quatro bestas que o autor do Apocalipse viu ao redor do trono (Apocalipse 4:7). Os emblemas se distribuem com certas variações entre os evangelistas, mas o mais generalizado é que o homem represente a Marcos, que é o mais direto, singelo e humano dos Evangelhos; o leão representa a Mateus, porque foi ele quem viu de maneira especial a Jesus como o Messias e o leão da Tribo do Judá; o boi representa a Lucas, porque o boi é o animal de serviço e sacrifício, porque Lucas viu a Jesus como o grande servidor dos homens e o sacrifício universal para toda a humanidade; a águia representa a João, porque a águia é a única das criaturas viventes que pode olhar diretamente ao Sol sem deslumbrar-se, e, entre todos os evangelistas João é o que olha em forma mais penetrante os mistérios e verdades eternas, e inclusive a própria mente de Deus. O certo é que há muitos que se encontram mais perto de Deus e de Jesus Cristo em João que em qualquer outro livro do mundo. 
PÁGINAS: 583

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SÉRIE EVANGELHO: RESUMO DO LIVRO DE JOÃO

 RESUMO DO LIVRO DE JOÃO

Autor: João 21:20-24 descreve o autor como sendo "o discípulo que Jesus amava" e por razões tanto históricas quanto internas, acredita-se que esse seja o apóstolo João, um dos filhos de Zebedeu (Lucas 5:10).

Quando foi escrito: A descoberta de certos fragmentos de papiros em cerca de 135 AD requer que o livro tenha sido escrito, copiado e distribuído antes disso. Enquanto alguns acreditem que tenha sido escrito antes da destruição de Jerusalém (70 AD), 85-90 AD é uma data mais aceita para a sua escrita.

Propósito: João 20:31 cita o propósito como sendo o seguinte: "Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." Ao contrário dos três Evangelhos sinóticos, o propósito de João não é apresentar uma narrativa cronológica da vida de Cristo, mas mostrar a sua divindade. João queria não só fortalecer a fé dos crentes de segunda geração e levar outros à fé, mas também corrigir uma falsa doutrina que estava se espalhando. João enfatizou Jesus Cristo como sendo "o Filho de Deus", totalmente Deus e totalmente homem, ao contrário da falsa doutrina do "espírito-Cristo", a qual afirmava que esse espírito tinha vindo sobre o homem Jesus em Seu batismo e deixado-o na crucificação.

Versículos-chave: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1:1,14).

"No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29).

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

"Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado" (João 6:29).

"O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10).

"Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10:28).

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11:25-26).

"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).

"Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (João 14:9).

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17).

"Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito" (João 19:30).

"Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram" (João 20:29).

Resumo: O Evangelho de João seleciona apenas sete milagres como sinais para demonstrar a divindade de Cristo e para ilustrar Seu ministério. Alguns destes sinais e narrações são encontrados apenas em João. O seu livro é o mais teológico dos quatro Evangelhos e muitas vezes ele registra a razão por trás dos eventos mencionados nos outros Evangelhos. Ele compartilha muito sobre o ministério vindouro do Espírito Santo após a ascensão de Jesus. Há certas palavras ou frases que João frequentemente usa e que mostram os temas repetitivos do seu Evangelho: acreditar, testemunha, Consolador, vida - morte, luz - escuridão, eu sou... (como em Jesus é o "Eu Sou") e o amor.

O Evangelho de João apresenta Cristo, não de Seu nascimento, mas do "princípio" como "o Verbo" (Logos), o qual, como Divindade, está envolvido em cada aspecto da criação (1:1-3) e mais tarde torna-se carne (1:14) a fim de tirar os nossos pecados como o Cordeiro de Deus imaculado (João 1:29). João seleciona conversas espirituais que mostram que Jesus é o Messias (4:26) e para explicar como alguém pode ser salvo através de Sua morte vicária na cruz (3:14-16). Ele repetidamente irrita os líderes judeus ao corrigi-los (2:13-16), curar no sábado e alegar para Si características que pertencem a Deus (5:18; 8:56-59; 9:6,16; 10:33). Jesus prepara Seus discípulos para Sua morte vindoura e para o seu ministério após a Sua ressurreição e ascensão (João 14-17). Em seguida, ele voluntariamente se entrega à morte na cruz em nosso lugar (10:15-18), pagando por completo a nossa dívida pelo pecado (19:30) para que quem confia nEle como seu Salvador do pecado seja salvo (João 3:14-16 ). Ele então ressuscita dos mortos, convencendo até mesmo o mais cético de Seus discípulos de que Ele é Deus e Senhor (20:24-29).

Conexões: O retrato que João expõe de Jesus como o Deus do Antigo Testamento é visto mais enfaticamente nas sete "Eu Sou" declarações de Jesus. Ele é o "pão da vida" (João 6:35), providenciado por Deus para alimentar a alma de seu povo, assim como Ele providenciou maná do céu para alimentar os israelitas no deserto (Êxodo 16:11-36). Jesus é a "Luz do mundo" (João 8:12), a mesma luz que Deus prometeu ao Seu povo no Antigo Testamento (Isaías 30:26, 60:19-22) e que encontrará o seu auge na Nova Jerusalém quando o Cristo, o Cordeiro, será a sua luz (Apocalipse 21:23). Duas das "Eu Sou" declarações se referem a Jesus como o "Bom Pastor" e "Porta das Ovelhas". Elas são referências claras a Jesus como o Deus do Antigo Testamento, o Pastor de Israel (Salmo 23:1, 80:1; Jeremias 31:10, Ezequiel 34:23) e, como a única porta ao curral das ovelhas, o único caminho da salvação.

Os judeus acreditavam na ressurreição e, de fato, utilizaram essa doutrina para tentar levar Jesus a fazer declarações que poderiam ser usadas contra Ele. Entretanto, a sua declaração junto ao túmulo de Lázaro, "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), deve ter lhes deixado muito surpreendidos. Ele estava afirmando ser a causa da ressurreição e o possuidor do poder sobre a vida e a morte. Nenhum outro senão o próprio Deus poderia alegar uma coisa dessas. Da mesma forma, a pretensão de Jesus de ser o "caminho, a verdade e a vida" (João 14:6) inequivocamente o ligava ao Antigo Testamento. Seu é o "Caminho Santo" profetizado em Isaías 35:8; Ele estabeleceu a Cidade Fiel de Zacarias 8:3 quando de Jerusalém pregou as verdades do Evangelho. Como “a Vida”, Jesus afirma a Sua divindade, o Criador da vida, Deus encarnado (João 1:1-3). Finalmente, como a "videira verdadeira" (João 15:1, 5), Jesus identifica-se com a nação de Israel, a qual é chamada de vinha do Senhor em muitas passagens do Antigo Testamento. Como a Videira verdadeira da vinha de Israel, Ele se apresenta como o Senhor da "verdadeira Israel" -- todos aqueles que viriam a Ele em fé.(Romanos 9:6).

Aplicação Prática: O evangelho de João continua a cumprir o seu objetivo de conter informações muito úteis para a evangelização (João 3:16 é provavelmente o versículo mais conhecido, mesmo se não devidamente compreendido por muitos) e é frequentemente utilizado em estudos bíblicos evangelísticos. Nos registrados encontros entre Jesus e Nicodemos e a mulher no poço (capítulos 3-4), podemos aprender muito do modelo de Jesus para o evangelismo pessoal. Suas palavras de consolo aos Seus discípulos antes de Sua morte (14:1-6,16, 16:33) ainda são de grande conforto nas vezes em que a morte clama nossos entes queridos em Cristo, e o mesmo pode ser dito de Sua "oração sacerdotal" pelos crentes no capítulo 17. Os ensinamentos de João sobre a divindade de Cristo (1:1-3,14; 5:22-23; 8:58; 14:8-9; 20:28, etc) são muito úteis na luta contra os falsos ensinos de algumas seitas que enxergam Jesus como sendo menos do que totalmente Deus.
FONTE:GOT QUASTIONS
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terça-feira, 18 de setembro de 2018

10 Estratégias Midiáticas de Manipulação em Massa

10 Estratégias Midiáticas de Manipulação em Massa : descubra se você está sendo manipulado

Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia” (Chomsky, N., 1993)

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Sob inspiração nas ideias de Noam Chomsky, o  renomado francês Sylvain Timsit elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa. 
Saiba que qualquer semelhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas estratégias, com a intenção de aumentar o seu lucro e alienar as pessoas, colocando-as como escravas voluntariamente.
A Estratégia da Distração
Esta é a primeira grande estratégia. Para Sylvain, o elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicasmediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real, fazendo que ele admire coisas insignificantes.
Manter o público ocupado, ocupado, sempre ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais, ludibriados com coisas triviais como discussões sobre o casamento de fulano, a separação de beltrano, etc… Coisas fúteis atraem pessoais em grande escala.
Criar problemas e oferecer soluções
Este método consiste em cria um problema, isto é, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar.
.Outro exemplo: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (isso não te lembra nenhuma medida do atual governo?).
A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, isto é, conta-gotas, por anos consecutivos, pequenas doses de veneno.
Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo, por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990.
Foi uma estratégia  muito utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas.  E ainda é utilizada pelos grandes meios de comunicação vigente.
A estratégia de diferir
Esta estratégia é para fazer  uma decisão impopular dolorosa ser necessária, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.
Isso por uma simples razão: o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantismuitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantil.
Vamos explicar melhor: se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
A utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
Manter o público na ignorância e na mediocridade
Essa é usada por quase todos os governos do mundo. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.
Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é não há problema em ser ignorante, é legal o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. Introduzir a ideia de que quem argumenta demais e pensa demais é chato e mau humorado, que lhe falta humor de sorrir das mazelas da vida.  Precisa falar mais alguma coisa?
A ideia é tornar qualquer aprofundamento como sendo desnecessário. Pois qualquer aprofundamento sério e lúcido sobre um assunto pode derrubar sistemas criados para enganar a multidão.
Reforçar a auto-culpabilidade
Talvez a estratégia mais desumana. Fazer com que as pessoas acreditem que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento!
Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
Os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.
Graças aos profundos estudos da biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente.
É inegável que o sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.

Sorria, você está sendo manipulado!

Por: O Martelo de Nietzsche


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sábado, 15 de setembro de 2018

SÉRIE EVANGELHO: QUEM FOI LUCAS?

QUEM FOI LUCAS

De acordo com a tradição, Lucas era gentio. O apóstolo Paulo parece confirmar isso ao distinguir Lucas daqueles que eram “da circuncisão” (Cl 4:11,14). Isso faria de Lucas o único gentio que escreveu um
livro da Escritura. Ele é responsável por uma parte significativa do NT, tendo escrito tanto esse Evangelho quanto o livro de Atos dos Apóstolos (veja “Autor e Data”).

AUTOR E DATA
O Evangelho de Lucas e o livro de Atos foram claramente escritos pela mesma pessoa (cf. 1:1-4; At 1:1). Embora nunca tenha se identificado pelo nome, a autoria fica clara a partir do uso da primeira pessoa do plural em muitas seções de Atos nas quais ele foi uma companhia próxima do apóstolo
Paulo (At 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1—28:16). Entre os companheiros que o apóstolo menciona em suas epístolas (Cl 4:14; 2Tm 4:11; Fm 24), Lucas é a única pessoa que se encaixa no perfil de autor desses livros. Isso está em perfeito acordo com a tradição primitiva da igreja que, com
unanimidade, atribuía esse Evangelho a Lucas.
Pouco se sabe a respeito de Lucas. Ele quase nunca incluiu detalhes autobiográficos e nada se sabe em definitivo a respeito do seu passado ou da sua conversão. Eusébio e Jerônimo o identificam como nativo de Antioquia (o que pode explicar o fato de tantas partes de Atos se concentrarem em
Antioquia — cf. At 11:19-27; 13:1-3; 14:26; 15:22-23,30-35; 18:22-23).
Lucas foi companhia frequente do apóstolo Paulo, pelo menos no período que vai da época da visão macedônia de Paulo (At 16:9-10) até o martírio do apóstolo (2Tm 4:11).
Paulo referiu-se a Lucas como médico (Cl 4:14). O interesse demonstrado por Lucas pelos fenômenos médicos fica evidente por meio da importância que ele deu ao ministério de cura de Jesus (por exemplo: 4:38-40; 5:15-25; 6:17-19; 7:11-15; 8:43-47,49-56; 9:2,6,11; 13:11-13; 14:2-4; 17:12-
14; 22:50-51). Nos dias de Lucas, os médicos não possuíam um vocabulário de terminologia técnica específico; desse modo, quando ele discute curas e outras questões médicas, sua linguagem não é muito diferente da usada pelos autores dos outros Evangelhos.
Lucas e Atos parecem ter sido escritos praticamente ao mesmo tempo — Lucas primeiro e Atos depois. Combinados, eles compõem um relato em dois volumes endereçado a “Teófilo” (1:3; At 1:1; veja “Cenário e contexto”), apresentando uma história abrangente da fundação do cristianismo, que vai do nascimento de Cristo à prisão domiciliar de Paulo em Roma (At 28:30-31).
O livro de Atos termina com Paulo ainda em Roma, o que leva à conclusão de que Lucas escreveu esses livros enquanto Paulo esteve preso ali (por volta de 60-62 d.C.). Lucas registra a profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (19:42-44; 21:20-24), mas não faz menção ao
cumprimento dessa profecia, nem nesse Evangelho, nem em Atos. Lucas preocupava-se muito em registrar o cumprimento das profecias (cf. At 11:28), de modo que é extremamente improvável que ele tenha escrito esses livros depois da invasão romana em Jerusalém. O livro de Atos também não faz menção à grande perseguição iniciada sob as ordens de Nero em 64 d.C.
Além disso, muitos estudiosos definem a data do martírio de Tiago como tendo ocorrido em 62 d.C. e, se esse fato tivesse ocorrido antes que Lucas completasse sua história, ele certamente o teria mencionado. Portanto, a data mais provável para a composição desse Evangelho é 60 ou 61 d.C.

CENÁRIO E CONTEXTO
Lucas dedicou suas obras ao “excelentíssimo Teófilo” (lit., “o que ama a Deus” — 1:3; cf. At 1:1). Essa designação, que pode ser um apelido ou um pseudônimo, é acompanhada por uma referência formal (“excelentíssimo”), possivelmente significando que “Teófilo” era um dignitário romano bastante conhecido, talvez um dos que eram do “palácio de César” e que se converteram a Cristo (Fp 4:22).
É quase certo, porém, que Lucas queria atingir um público mais amplo com a sua obra do que apenas esse homem. As dedicatórias presentes no início de Lucas e de Atos são semelhantes às que vemos em livros atuais. Não parecem ser uma saudação ao destinatário de uma epístola.
Lucas declarou expressamente que o conhecimento dos fatos registrados no seu Evangelho veio de relatos de pessoas que haviam testemunhado pessoalmente os acontecimentos (1:1-2), deixando fortes evidências de que ele mesmo não foi uma testemunha ocular. A partir do prólogo, fica mais
claro que o seu objetivo era apresentar um relato ordenado dos acontecimentos da vida de Jesus, mas isso não significa que ele sempre seguiu uma ordem cronológica rigorosa em todas as situações.
Ao reconhecer que compilou o seu relato a partir de várias fontes existentes à época, Lucas não estava desprezando a inspiração divina de sua obra. O processo de inspiração nunca se sobrepõe ou despreza a personalidade, o vocabulário e o estilo dos autores humanos da Escritura.
Os traços singulares dos autores humanos estão sempre estampados de maneira indelével em todos os livros da Escritura. A pesquisa de Lucas não é exceção a essa regra. A pesquisa em si foi orquestrada pela Providência divina e, em seus escritos, Lucas foi movido pelo Espírito Santo (2Pe 1:21). Portanto, o seu relato é infalivelmente verdadeiro.

CRISTO EM LUCAS
O médico Lucas apresenta Jesus como o Grande Médico (5:31-32; 15:4-7,31-32;19:10). Lucas analisa a interação de Jesus com os publicanos, as mulheres, as crianças, os gentios e os samaritanos, demonstrando seu ministério singular aos marginalizados da sociedade. Lucas também descreve Jesus como o Filho do

homem, enfatizando sua oferta de salvação para o mundo.
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SÉRIE EVANGELHO: COMENTÁRIO BÍBLICO LUCAS

COMENTÁRIO BÍBLICO LUCAS


O evangelho de Lucas foi chamado o livro mais encantador do mundo. Uma vez um americano pediu a Denney que lhe recomendasse um bom livro sobre a vida de Cristo, ao que este respondeu: "Você já leu o que escreveu Lucas?" Existe uma lenda segundo a qual Lucas era um hábil pintor; até há um quadro da Maria em uma catedral espanhola que se diz ser dele. Certamente captava muito bem as coisas vivas. Não seria muito desacertado dizer que o terceiro evangelho é a melhor vida de Cristo que se escreveu. A tradição tem sempre crido que Lucas é o autor e não temos nenhum escrúpulo em aceitar a tradição neste caso. No mundo antigo era comum atribuir os livros a nomes famosos; ninguém via mal nisso. Mas Lucas nunca foi uma figura famosa na igreja primitiva. Se não tivesse escrito o evangelho é mais que seguro que ninguém o tivesse atribuído como autor. Lucas era um gentio; e tem a distinção de ser o único autor do Novo Testamento que não é judeu. Era médico de profissão (Colossenses 4:14) e possivelmente esse mesmo feito lhe conferisse a grande simpatia que possuía. 
páginas: 256

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SÉRIE EVANGELHO: RESUMO DO LIVRO DE LUCAS

RESUMO DO LIVRO DE LUCAS


Autor: O evangelho de Lucas não identifica o seu autor. Com base em Lucas 1:1-4 e Atos 1:1-3, é evidente que o mesmo autor escreveu ambos Lucas e Atos, dirigindo os dois ao excelentíssimo Teófilo", possivelmente um dignitário romano. A tradição desde os primeiros dias da igreja foi que Lucas, um médico e companheiro próximo ao Apóstolo Paulo, escreveu tanto Lucas e Atos (Colossenses 4:14; 2 Timóteo 4:11). Isto faria de Lucas o único gentio a escrever um dos livros da Escritura.



Quando foi escrito: O Evangelho de Lucas foi provavelmente escrito entre 58 e 65 dC.

Propósito: Assim como os outros dois evangelhos sinóticos, Mateus e Marcos, o propósito deste livro é revelar o Senhor Jesus Cristo e tudo o que Ele "começou a fazer e a ensinar até ao dia em que... foi elevado às alturas" (Atos 1:1-2). O Evangelho de Lucas é único por ser uma narração meticulosa -- uma "exposição em ordem" (Lucas 1:3) compatível com a mente médica de Lucas -- muitas vezes dando detalhes que as outras narrativas omitem. A história de Lucas da vida do Grande Médico enfatiza o seu ministério - e compaixão –aos gentios, samaritanos, mulheres, crianças, cobradores de impostos, pecadores e outros considerados marginalizados em Israel.

Versículos-chave: Lucas 2:4-7: “José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.”

Lucas 3:16: "...disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com {com; ou em} água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo."

Lucas 4:18-19, 21: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir."

Lucas 18:31-33: “Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará."

Lucas 23:33-34: "Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, {Calvário; no original, caveira} ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem."

Lucas 24:1-3: "Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. E encontraram a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus."

Resumo: Chamado o mais belo livro jamais escrito, Lucas começa contando-nos sobre os pais de Jesus, o nascimento de seu primo (João Batista), a viagem de José e Maria a Belém, onde Jesus nasceu numa manjedoura, e a genealogia de Cristo através de Maria. O ministério público de Jesus revela a Sua perfeita compaixão e perdão através das narrativas do filho pródigo, do homem rico e Lázaro e do Bom Samaritano. Enquanto muitos acreditam nesse amor sem preconceitos que ultrapassa todos os limites humanos, muitos outros -- especialmente os líderes religiosos -- desafiam e opõem-se às reivindicações de Jesus. Os seguidores de Cristo são incentivados a contar o custo do discipulado, enquanto que seus inimigos buscam a Sua morte na cruz. Por fim, Jesus é traído, julgado, condenado e crucificado. Entretanto, a sepultura não pode prendê-lo! Sua ressurreição garante a continuação do seu ministério de buscar e salvar o perdido.

Conexões: Como um gentio, as referências de Lucas ao Antigo Testamento são relativamente poucas em relação ao evangelho de Mateus, e a maioria das referências do Antigo Testamento estão nas palavras ditas por Jesus em vez de na narração de Lucas. Jesus usou o Antigo Testamento para se defender contra os ataques de Satanás, respondendo-lhe com "Está escrito" (Lucas 4:1-13); para identificar-se como o Messias prometido (Lucas 4:17-21); para lembrar os fariseus de sua incapacidade de manter a lei e da necessidade de um Salvador (Lucas 10:25-28, 18:18-27); e para confundir o seu conhecimento quando tentaram enganá-lo e prová-lo (Lucas 20).

Aplicação Prática: Lucas nos dá um belo retrato do nosso Salvador compassivo. Jesus não se sentia "incomodado" pelos pobres e necessitados, na verdade, eles eram o foco principal de Seu ministério. Nos tempos de Jesus, Israel era uma sociedade muito consciente de suas classes sociais. Os fracos e oprimidos eram literalmente impotentes para melhorar sua sorte na vida e estavam especialmente abertos à mensagem de que "a vós outros está próximo o reino de Deus" (Lucas 10:9). Esta é uma mensagem que devemos levar para aqueles ao nosso redor que desesperadamente precisam ouvi-la. Até mesmo em países relativamente ricos -- talvez especialmente por isso -- a necessidade espiritual é tremenda. Os cristãos devem seguir o exemplo de Jesus e levar as boas novas da salvação para os espiritualmente pobres e necessitados. O reino de Deus está próximo e o tempo fica cada vez mais curto a cada dia.
Fonte: Got Questions
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