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  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O MITO DA CAVERNA

UMA REFLEXÃO AO MITO DA CAVERNA 

Conhecimento versus sentidos Em um de seus textos mais
conhecidos, A República, Platão mostra como a percepção humana existe sem que ninguém perceba as Formas e como o verdadeiro conhecimento só é conquistado pela filosofia. Qualquer conhecimento obtido com os sentidos não é conhecimento, mas simplesmente uma opinião.

O MITO DA CAVERNA

O Mito da Caverna é uma conversa entre Sócrates e o irmão de Platão, Glauco.
No diálogo, Sócrates pede a Glauco que imagine um mundo em que uma ilusão seja percebida como realidade. Para apresentar sua questão, ele criou o seguinte exemplo.
Havia uma caverna onde um grupo de pessoas foi feito prisioneiro desde que estas nasceram. 
 Esses prisioneiros não podiam se mover. O pescoço e os joelhos estavam acorrentados e, portanto, não podiam girar a cabeça nem virar o corpo; só enxergavam o que estava diante deles: uma parede de pedra. Atrás e acima dos prisioneiros havia uma fogueira e entre o fogo e os prisioneiros havia um
muro baixo por onde outras pessoas passavam carregando objetos na cabeça. A luz do fogo projeta sombras dos objetos em movimento na parede em frente aos prisioneiros. Essas sombras são tudo o que eles podem ver. O único som que escutam são os ecos na caverna.
Bem, como os prisioneiros nunca foram expostos aos objetos reais e durante toda a vida só conheceram aquelas sombras, eles confundem as sombras com a realidade. Para eles, os ecos na caverna são barulhos emitidos pelas sombras. Se aparecesse a sombra de um livro, por exemplo, esses prisioneiros afirmariam que haviam visto um livro. Não diriam que tinham visto a sombra de um livro porque não conhecem as sombras. Finalmente, um dos prisioneiros compreendeu a natureza daquele mundo e se tornou capaz de adivinhar qual seria a próxima sombra, o que lhe rendeu elogios e o reconhecimento dos outros.
Agora, vamos supor que um dos prisioneiros seja libertado. Se alguém mostrar a ele um livro de verdade, o prisioneiro não será capaz de reconhecê-lo.
Para ele, um livro é uma sombra projetada na parede de pedra. A ilusão de um livro parece mais real do que o livro em si mesmo.
Sócrates continuou ponderando sobre o que aconteceria se esse prisioneiro libertado fosse na direção do fogo. Certamente, ele se viraria por causa do excesso de luz e voltaria para o escuro das sombras, que lhe parecem mais reais.
E, então, o que ocorreria se o prisioneiro fosse forçado a sair da caverna? Ele
ficaria raivoso, estressado e seria incapaz de ver a realidade diante dele porque ficaria cego pela luz do sol. O Mito da Caverna de Platão na cultura popular Caso essa história lhe pareça vagamente familiar é porque você já ouviu alguma variação dela antes. O filme Matrix, que fez muito sucesso em 1999, era baseado no Mito da Caverna de Platão. Para citar Neo, personagem de Keanu
Reeves: “Uau!”.
Depois de um instante, porém, sua visão se ajustaria e o prisioneiro compreenderia que a realidade dentro da caverna estava errada. Olharia para o Sol e entenderia que aquela entidade era o que criava as estações do ano, os anos e tudo que era visível no mundo (e, até certo ponto, também era a causa do que ele e seus companheiros viam na caverna). Ele não sentiria aqueles dias vividos dentro da caverna como uma boa lembrança, pois agora compreendia que suas percepções antigas não eram de fato a realidade. O prisioneiro libertado, então, decide retornar à caverna e soltar os outros. Quando volta, tem de lutar para se adaptar novamente à escuridão do lugar. Os outros prisioneiros estranham seu comportamento (a escuridão da caverna ainda é a única realidade deles) e, em vez de lhe fazer elogios, acham-no estúpido e não acreditam no que tem para lhes contar. Os prisioneiros ameaçam matá-lo, caso tente libertá-los também.

O QUE ISSO SIGNIFICA
Platão compara os prisioneiros acorrentados dentro da caverna às pessoas que desconhecem a Teoria das Formas. Elas confundem a aparência do que está diante de si com a realidade e vivem na ignorância (e bem satisfeitas porque a ignorância é tudo o que conhecem). No entanto, quando partes da verdade começam a aparecer, a situação pode ser assustadora e as pessoas desejam retornar. Quando alguém não recua e insiste em buscar a verdade, compreende melhor o mundo ao seu redor (e jamais será capaz de retornar ao estado de ignorância). O prisioneiro libertado representa o filósofo, que busca uma verdade maior fora da realidade percebida.
Segundo Platão, quando as pessoas utilizam a linguagem, elas não estão nomeando os objetos físicos que veem, mas algo que não conseguem ver. Esses nomes se relacionam a coisas que só podem ser apreendidas pela mente. O prisioneiro acreditava que a sombra de um livro era de fato um livro até que, finalmente, foi capaz de se virar e ver a verdade. Agora, substitua a ideia do livro por algo mais substancial, como a noção de justiça. A Teoria das Formas de Platão é o que possibilita que a pessoa se vire e descubra a verdade. Em essência, o conhecimento adquirido pelos sentidos e pelas percepções não é um conhecimento real, mas uma opinião. É somente pelo raciocínio filosófico que
alguém pode ser capaz de adquirir conhecimento.
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