Ao fazermos uma análise
sobre a filosofia praticada no período romano, precisa-se levar em conta alguns
aspectos tais como: A filosofia romana foi
praticamente uma releitura do pensamento
grego. Houve uma espécie de
“mistura” de várias correntes filosóficas, e em todas elas ganharam
destaque as ideias moralizantes.
A civilização
romana, que conheceu um desenvolvimento gradual, teve seu início por volta do século 7 a.C. Esse
processo compreendeu cinco fases
principais: (1) a fase inicial,
que corresponde ao período monárquico e ao princípio da República; (2) o período da República tardia; (3) o Principado, de Augusto a Marco
Aurélio; (4) a grande crise do
terceiro século; e (5) o período da
Antiguidade tardia, com a divisão entre leste e oeste e as sucessivas épocas
pagã e cristã” (Jaguaribe, 2002: 365).
A marca
genuína e duradoura da civilização romana foi seu pragmatismo a serviço da
cidade-estado e, posteriormente, a
serviço do Império. Essa praticidade se materializou de forma notável nos
campos da oratória forense, do direito e da jurisprudência; da engenharia civil
e militar; da arquitetura e do urbanismo.
Ao longo de três
séculos, o Império Romano estendeu seu
domínio da península italiana a toda uma vasta área mediterrânea e à vasta
região a oeste da Índia, com exceção da Pérsia. No século 1 a.C. era o maior
império da Antiguidade. O mundo jamais conheceu império tão duradouro. Apesar da enorme potência do Império
Romano, a opulência cultural da Grécia antiga constituiu objeto de desejo dos
romanos, que se acercaram dessa cultura, levando-a para a sua. Os romanos absorveram não apenas o magnífico
imaginário grego representado na mitologia, mas também suas representações artísticas
– da arquitetura à escultura, por exemplo –, além da filosofia, da ciência natural e da teoria política. A literatura
romana – cujos maiores expoentes foram Cícero, Virgílio, Horácio e Ovídio –
também foi fortemente influenciada pela literatura grega. Não é de se
estranhar, portanto, que os romanos tenham traduzido o acervo cultural grego. A
grande influência cultural da Grécia sobre Roma deveu-se, em parte, ao
reconhecimento dos romanos relativamente à
superioridade intelectual e artística dos gregos:
Todo esse processo
educacional grego que desagou na sociedade romana, ficando conhecida como cultura greco-romana. Esse fato é
decorrente da herança dos fundamentos educacionais aos moldes da Paideia grega,
aplicados pelos romanos a partir de então.
Todavia, diversas
especificidades ou diferenciações da educação romana em relação à educação
grega merecem ser destacadas. A característica geral e acentuada da educação
romana era o pragmatismo, ou seja,
uma educação voltada para o modelo prático-social e o método imitativo foi seu
principal fundamento. Enquanto os gregos primaram
por uma educação liberal, com isso se permitiu um percurso evolutivo da
educação sendo herdeira das culturas de outros impérios, como as dos impérios
egípcio e pérsico, mas não se contentaram apenas em reproduzir tais
conhecimentos que foram adquiridos, prosseguiram galgando sempre por inovações,
renovações e aperfeiçoamento elevando os níveis de conhecimentos a outros
patamares, dando assim o surgimento da filosofia.
Entretanto, nem
sempre de áurea a cultura grega está presente em Roma. Com efeito, a cultura
helenística tem seu menosprezo simbolizado nas três principais expressões ou
espaços culturais de desenvolvimento estético corporal: o ginásio, a palestra e o estádio. O ginásio grego é substituído pelo jardim de diversão; a palestra, pelas termas; e o
estádio-anfiteatro, pelo circo. A decadência da educação romana, dentre
outras causas, deveu-se ao tipo de educação elitista e ao desprezo intelectual
da grande massa constituidora do grande Império Romano, que levou a outros
problemas enfraquecedores e corrosivos daquela sociedade.
Outras atividades
educativas praticadas pelos gregos também não eram aceitas pela educação
romana, como: ginástica, dança, música, etc. Essas atividades eram consideradas
como atividades estimuladoras à afeminação pelos romanos.
Os grandes
pensadores desse período foram:
Lucrécio (Tito
Lucrécio Caro) nasceu provavelmente em Roma, no ano 94 a.C. Autor do poema “De
Rerum Natura” (Da Natureza das Coisas), onde faz uma detalhada exposição de
princípios filosóficos que ele foi buscar na obra de grego Epicuro (341-270
a.C). Possivelmente o primeiro texto filosófico em latim — limitou-se a expor o
pensamento de Epicuro; Cícero (c. 106-43 a.C.), mais original, mesclou
influências da Academia, do Liceu, do Jardim. Foi um poeta e filósofo latino,
autor do poema didático "De Rerum Natura", uma rigorosa exposição
filosófica.
Na visionária
concepção epicurista, o mundo – coisas, plantas, animais e até o homem – era
constituído por pequenas partículas indestrutíveis que ele chamou de átomo.
A obra de Lucrécio,
em seis volumes era um corpo estranho para o pensamento que a Igreja professava
na época em que o poema foi encontrado. Poggio Bracciolini, humanista do
Renascimento italiano, ao visitar mosteiros alemães, em 1417, encontrou
pergaminhos com textos latinos esquecidos havia séculos, depois de ser
negligenciado pelos pios monges.
No poema de
Lucrécio, longe de ser o centro do universo, o homem seria apenas mais uma
entre várias configurações da matéria possibilitada pela reunião dos átomos. A
alma, tal como o corpo, é feita de átomos, portanto se desfaz com a morte. A
única vida que é dada ao homem é esta, e ele deve aproveitá-la retirando-se da
vaidosa agitação da vida pública para se dedicar à serena busca do prazer.
Lucius Annaeus Seneca (em português, Lúcio Aneu Sêneca, ou ainda Sêneca, o
Jovem - Córdoba, Hispânia, Império Romano, 4 a.C. - Roma, Império Romano, 65
d.C.) foi um importante escritor e filósofo do Império Romano. Filho de um
grande orador, Annaeus Seneca, o Velho, foi educado em Roma, onde estudou
retórica e filosofia, tornando-se famoso como advogado. Foi membro do senado
romano e depois foi nomeado questor, magistrado da justiça
criminal. Epíteto, ex-escravo, e Marco Aurélio, imperador, também
constituíram o pensamento romano.
É o
seu trabalho no campo da filosofia que desperta o maior interesse, isso desde o
período do Renascimento. Entre suas ideias, destaca-se a da consciência, que
ele entendia como a capacidade que o homem tem de distinguir entre o bem e o
mal. Ela é inerente ao ser humano, que não pode se livrar dela ou escondê-la,
pois o homem não consegue se esconder de si próprio. O criminoso pode evitar a
punição da lei, mas não evita a punição dentro de sua consciência, que faz um
juízo íntimo de seus atos. Por isso mesmo, o pecado estaria inserido na
estrutura e na fundamentação do homem, e para nos tornarmos homens necessitamos
da prática de pecados. Se o indivíduo nunca peca, não é homem; mesmo o sábio é
um pecador, porque através do pecado ele realizou experiências de diferenciação
entre o bem e o mal.
Somente no século
III, em pleno declínio do Império Romano, é retomada a preocupação inicial
da filosofia — a busca por um princípio único para tudo que existe. O
responsável por essa retomada, também baseada na filosofia grega, é Plotino,
fundador da corrente denominada “neoplatonismo”.
Plotino (205-270)
Plotino nasceu em 205 da era cristã, em
Licópolis, permanecendo quase toda a juventude em Alexandria até 243 d.C.,
quando deixou a cidade para seguir o imperador Jordano em sua expedição
oriental. Morto Jordano no meio de sua expedição, Plotino decide ir à Roma,
onde chegou em 244 d.C., fundando uma escola.
Pelos escritos de um discípulo famoso de Plotino, Porfírio, sabemos que Amônio foi um jovem brilhante, educado no seio de uma família cristã. Mas depois que passou a se dedicar à filosofia, Amônio, por inclinação e vontade próprias, se voltou novamente ao paganismo (talvez por achar mais liberdade por buscar um caminho próprio de entendimento).
Pelos escritos de um discípulo famoso de Plotino, Porfírio, sabemos que Amônio foi um jovem brilhante, educado no seio de uma família cristã. Mas depois que passou a se dedicar à filosofia, Amônio, por inclinação e vontade próprias, se voltou novamente ao paganismo (talvez por achar mais liberdade por buscar um caminho próprio de entendimento).
Pelo que sabemos,
foi Amônio, professor de Plotino, provavelmente o primeiro a usar a palavra
teosofia ao se reportar às formas de pensamento que buscam explicar a natureza
divina, as relações com tudo o mais. Depois de abandonar a religião cristã,
definiu as bases da filosofia neoplatônica, adotada por seus discípulos Longino
e Plotino da escola de Alexandria.
O Neoplatonismo é
uma das últimas escolas filosóficas da antiguidade Greco-pagã, fundada por
Amônio Sacas no século II da Era Cristã. Seu representante máximo é o filósofo
egípcio Plotino que teve como discípulo Porfírio, outro neoplatônico, que
intentava demonstrar a compatibilidade entre as filosofias de Platão e
Aristóteles, além de difundir o neoplatonismo.
É importante frisar
duas coisas: a primeira é que o prefixo “neo” só foi
adicionado na posteridade para diferenciar o dualismo platônico do monismo
neoplatônico, ou seja, Plotino e os demais seguidores do hoje chamado
neoplatonismo se designavam apenas pela alcunha de platônicos. E a segunda é
que o termo neoplatônico não faz referência a todo e qualquer seguidor das
ideias de Platão, mas a escolas pontuais, com finalidades específicas.
O neoplatonismo visava, a partir de uma
síntese do Platonismo, Aristotelismo, Estoicismo e Pitagorismo, legitimar
verdades religiosas supostamente reveladas aos homens. Há, portanto, um
profundo caráter místico e espiritualista intencional nas escolas neoplatônicas
que servirá de base para a posterior fundamentação teórica de religiões
monoteístas como por exemplo o Cristianismo. Desse modo, ideias de Plotino,
Porfírio, Proclo estão diluídas na teologia e filosofia medieval cristã.
O neoplatonismo
contrário ao ver perspectivo, que possibilita diversas interpretações de
autores, propunha uma interpretação unitária do pensamento de Platão a partir
de chaves de leitura que segundo os filósofos das escolas neoplatônicas seria a
única forma
de se acessar
efetivamente aos textos platônicos sem subverter suas ideias.
Cícero foi um dos
mais importantes filósofos da Roma antiga.
Nascido no dia 3 de
janeiro do ano 106 antes de Cristo, Marco
Túlio Cícero era proveniente de uma cidade ao sul de Roma
de nome Arpino. O fato de Cícero não ser um romano tradicional foi incomodo
durante toda a sua vida, o deixava envergonhado. Mas sua educação foi baseada nos
grandes filósofos, poetas e historiadores gregos. Foi toda a sua proficiência
na língua grega que o levou à condição de intelectual e o colocou entre a elite
romana tradicional. A família de Cícero também o ajudou a crescer, seu pai era
um rico equestre com importantes contatos em Roma.
Cícero era um
estudante incansável e extremamente talentoso, características que despertaram
a atenção de Roma. Desprovido de qualquer interesse pela vida militar, Cícero
era um intelectual e começou sua carreira como advogado. Mais tarde, mudou-se
para a Grécia e ampliou seus estudos de retórica. Através dessa estadia na
Grécia teve contato e passou a admirar calorosamente a obra de Platão. Cícero
tornou-se o responsável por introduzir a filosofia grega em Roma, criando um
vocabulário filosófico em Latim.
Após morar na
Grécia, Cícero voltou
a Roma e ingressou na vida pública. Nesse momento, já era reconhecido como
grande linguista, tradutor e filósofo e tinha em sua história pessoal o
respeito por ser um eloquente orientador e bem sucedido advogado. Porém ele
acreditava que a carreira política era a conquista de maior sucesso em sua
vida. Cícero participou de grandes eventos da história política de Roma, como
as guerras civis e a ditadura de Júlio César na primeira
metade do século I a.C. Foi Cícero quem patrocinou o retorno ao governo
republicano tradicional em Roma, era um homem descrito por seus biógrafos como
de personalidade sensível e impressionável, que reagia de modo exagerado às
mudanças políticas. Como estadista, era inconsistente em suas decisões e tinha
a tendência de muda-las em função do clima político do momento. Marco Aurélio
Antonino (121 d.C.-180 d.C.) foi imperador romano durante quase duas décadas.
Considerado o mais sábio dos dirigentes políticos da antiguidade ocidental, ele
governou de 161 a 180 e ficou conhecido como o imperador-filósofo.
Combinando a busca
da sabedoria com um espírito prático, Marco Aurélio soube desenvolver o
desapego enquanto cumpria os seus deveres perante o mundo. Taurino nascido a 26
de abril, o imperador tinha persistência. Influenciado pelo filósofo Epicteto,
ele baseou sua filosofia de vida na aceitação da impermanência das coisas e na disciplina
da indiferença em relação a dor e prazer.
A leitura de um bom
livro pode ser um diálogo vivo, porque o leitor atento interage com os padrões
de vibração mental do autor e sua consciência é guiada pelos ritmos da emoção e
do pensamento presentes no texto que lê. Por isso, a presença espiritual do
imperador-filósofo pode ser percebida como algo vivo por qualquer pessoa que
seguir as ondas de pensamento registradas nos textos do volume intitulado Meditações.
A obra reúne suas reflexões pessoais sobre o caminho da sabedoria. O texto não
foi redigido para publicação, mas registra sua luta consigo mesmo na busca do
auto aperfeiçoamento. Passados mais de 18 séculos, as Meditações de
Marco Aurélio continuam inspirando milhões de leitores ao redor do planeta.
1) Uma base essencial da sua filosofia e sua ética é a constatação
da unidade de todas as coisas. Nada existe separado, nada fica escondido muito
tempo, e por isso é aconselhável agir sempre corretamente. Mas como colocar
esses princípios em prática?
R: O importante é
estabelecer primeiramente que sou parte de um Todo regido por uma natureza e,
posteriormente, que, de algum modo, sou parente das outras partes que a mim se
assemelham. Certamente, observando estes princípios, como parte que sou, não me
revoltarei contra nenhuma das vicissitudes que o Todo me reservar, pois nada
incomoda a parte quando é útil ao Todo, e nada há no Todo que não lhe seja
útil. Não me esquecendo de que sou parte do Todo, acolherei de boa vontade
todos os acontecimentos. Sendo, de alguma forma, parente das partes semelhantes
a mim, procurarei nada fazer que possa prejudicar a sociedade. Antes pelo
contrário, tendo sempre em vista o meu próximo, consagrarei minha atividade ao
bem comum e me absterei de tudo que provoque dano para o próximo. Procedendo
dessa forma, minha vida será obviamente feliz.
2) Correto. A
percepção da unidade dinâmica que existe entre todos os seres é a fonte mais
eficaz dos sentimentos éticos. No entanto, nem todos percebem as vantagens de
agir com sabedoria, e ainda há muita violência e crueldade no
mundo. Como funciona o círculo vicioso do egocentrismo?
R: A aranha
orgulha-se de apanhar moscas. Um homem, de apanhar lebres, tal outro, sardinhas
na rede, este, um javali, esse, um urso, aquele, alguns sármatas [guerreiros
germânicos, contra os quais os soldados de Marco Aurélio combateram várias
vezes]. Estudados os princípios que os norteiam, não poderiam, todos eles,
ser qualificados como assassinos?
3) E como
podemos viver corretamente em meio a esse mundo?
R: Cria um método
para entender como todas as coisas se transformam umas nas outras. Com muita
constância, dedica-te a essa parte da filosofia, especializa-te nela, já que
nenhuma outra eleva tanto a alma. Para aquele que se dedica a ela, é como se
ele se libertasse do corpo. E, considerando que em breve terá de deixar tudo e
sair de entre os homens, ele não deve preocupar-se com nada, exceto submeter-se
à justiça e à natureza do Todo, em tudo quanto faz e recebe. O que dele
disserem e supuserem, e o que lhe fizerem, não lhe preocupa o espírito, ao qual
só importa o seguinte: realizar com justiça o que agora lhe compete fazer, e
amar o que agora lhe acontece.
4) A filosofia
estoica ensina a ser imperturbável diante das oscilações da vida. Mas há
obstáculos enormes para isso. Estamos sujeitos a inúmeras pressões externas.
Nossos parentes, colegas de trabalho, amigos e conhecidos fazem exigências e
nos influenciam o tempo todo.
R: De manhã cedo,
dize logo a ti mesmo: Encontrarei um indiscreto, um ingrato, um arrogante, um
trapaceiro, um invejoso, um egoísta. Tudo isso lhes advém da ignorância do bem
e do mal. Mas eu, tendo reconhecido que a natureza do bem é a virtude e a do
mal é o vício, e que o pecador é por natureza meu parente – não do mesmo sangue
ou semente, mas pela inteligência e por participar de uma parcela da divindade
– não posso considerar-me ultrajado por qualquer um deles. Nenhum deles me
contaminaria com o vício. Não posso tampouco irritar-me contra meu parente nem
odiá-lo; pois fomos feitos para cooperar, assim como os pés, como as mãos, como
as pálpebras, como as fileiras superior e inferior dos dentes. Agir como
adversário é, então, contra a natureza. E é ser adversário irritar-se com os
outros e evitá-los.
5) Ser feliz
parece ser um objetivo natural, não só dos seres humanos, mas de todo ser
vivo. Plotino, o filósofo neoplatônico, escreveu que até mesmo as plantas
buscam a felicidade. De que modo alguém pode alcançá-la, na
prática?
Se concentras teus
esforços no presente, seguindo a reta razão seriamente, vigorosamente,
calmamente, sem permitir que nada mais te distraia e mantendo puro teu Gênio
interior, como se tivesses de devolvê-lo imediatamente; se te aplicares a isso,
nada esperando, nada temendo e satisfeito com tua atividade presente conforme a
natureza e com uma verdade heroica em cada verdade e manifestação, viverás
feliz. E ninguém será capaz de impedir isso.
Época imperial
romana. — Com o surgimento dos imperadores romanos o curso
dos tempos se torna
ainda mais tormentoso e os homens interiormente ainda mais inquietos e angustiados.
ainda mais tormentoso e os homens interiormente ainda mais inquietos e angustiados.
No império romano ainda sobrevivem as antigas
escolas filosóficas; mas já se esgotam e caem em ruína umas depois das outras.
Aqui e acolá, heroicos esforços se desenvolvem, a fim de ainda despertar, para
nova vida, o espírito da cultura antiga, antes de tudo no neoplatonismo. Mas a
evolução não é já possível ser contida. Quando
Justiniano, em 529 d.C. mandou fechar a Academia, o último reduto da Filosofia
antiga, e proibiu se continuasse a ensinar Filosofia em Atenas, foi isso,
exteriormente, um ato de violência, na realidade, porém, apenas a documentação
de uma situação preexistente.