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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

SÉRIE EVANGELHO: COMENTÁRIO BÍBLICO LIVRO DE JOÃO

COMENTÁRIO BÍBLICO LIVRO DE JOÃO

Para muitos cristãos o Evangelho Segundo São João é o livro mais valioso do Novo Testamento. É o livro do qual mais alimentam sua mente e coração, e no qual sua alma encontra repouso. Os evangelistas costumam estar representados sobre vitrais e coisas pelo estilo com o símbolo das quatro bestas que o autor do Apocalipse viu ao redor do trono (Apocalipse 4:7). Os emblemas se distribuem com certas variações entre os evangelistas, mas o mais generalizado é que o homem represente a Marcos, que é o mais direto, singelo e humano dos Evangelhos; o leão representa a Mateus, porque foi ele quem viu de maneira especial a Jesus como o Messias e o leão da Tribo do Judá; o boi representa a Lucas, porque o boi é o animal de serviço e sacrifício, porque Lucas viu a Jesus como o grande servidor dos homens e o sacrifício universal para toda a humanidade; a águia representa a João, porque a águia é a única das criaturas viventes que pode olhar diretamente ao Sol sem deslumbrar-se, e, entre todos os evangelistas João é o que olha em forma mais penetrante os mistérios e verdades eternas, e inclusive a própria mente de Deus. O certo é que há muitos que se encontram mais perto de Deus e de Jesus Cristo em João que em qualquer outro livro do mundo. 
PÁGINAS: 583

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SÉRIE EVANGELHO: RESUMO DO LIVRO DE JOÃO

 RESUMO DO LIVRO DE JOÃO

Autor: João 21:20-24 descreve o autor como sendo "o discípulo que Jesus amava" e por razões tanto históricas quanto internas, acredita-se que esse seja o apóstolo João, um dos filhos de Zebedeu (Lucas 5:10).

Quando foi escrito: A descoberta de certos fragmentos de papiros em cerca de 135 AD requer que o livro tenha sido escrito, copiado e distribuído antes disso. Enquanto alguns acreditem que tenha sido escrito antes da destruição de Jerusalém (70 AD), 85-90 AD é uma data mais aceita para a sua escrita.

Propósito: João 20:31 cita o propósito como sendo o seguinte: "Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." Ao contrário dos três Evangelhos sinóticos, o propósito de João não é apresentar uma narrativa cronológica da vida de Cristo, mas mostrar a sua divindade. João queria não só fortalecer a fé dos crentes de segunda geração e levar outros à fé, mas também corrigir uma falsa doutrina que estava se espalhando. João enfatizou Jesus Cristo como sendo "o Filho de Deus", totalmente Deus e totalmente homem, ao contrário da falsa doutrina do "espírito-Cristo", a qual afirmava que esse espírito tinha vindo sobre o homem Jesus em Seu batismo e deixado-o na crucificação.

Versículos-chave: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1:1,14).

"No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29).

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

"Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado" (João 6:29).

"O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10).

"Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10:28).

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11:25-26).

"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).

"Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (João 14:9).

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17).

"Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito" (João 19:30).

"Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram" (João 20:29).

Resumo: O Evangelho de João seleciona apenas sete milagres como sinais para demonstrar a divindade de Cristo e para ilustrar Seu ministério. Alguns destes sinais e narrações são encontrados apenas em João. O seu livro é o mais teológico dos quatro Evangelhos e muitas vezes ele registra a razão por trás dos eventos mencionados nos outros Evangelhos. Ele compartilha muito sobre o ministério vindouro do Espírito Santo após a ascensão de Jesus. Há certas palavras ou frases que João frequentemente usa e que mostram os temas repetitivos do seu Evangelho: acreditar, testemunha, Consolador, vida - morte, luz - escuridão, eu sou... (como em Jesus é o "Eu Sou") e o amor.

O Evangelho de João apresenta Cristo, não de Seu nascimento, mas do "princípio" como "o Verbo" (Logos), o qual, como Divindade, está envolvido em cada aspecto da criação (1:1-3) e mais tarde torna-se carne (1:14) a fim de tirar os nossos pecados como o Cordeiro de Deus imaculado (João 1:29). João seleciona conversas espirituais que mostram que Jesus é o Messias (4:26) e para explicar como alguém pode ser salvo através de Sua morte vicária na cruz (3:14-16). Ele repetidamente irrita os líderes judeus ao corrigi-los (2:13-16), curar no sábado e alegar para Si características que pertencem a Deus (5:18; 8:56-59; 9:6,16; 10:33). Jesus prepara Seus discípulos para Sua morte vindoura e para o seu ministério após a Sua ressurreição e ascensão (João 14-17). Em seguida, ele voluntariamente se entrega à morte na cruz em nosso lugar (10:15-18), pagando por completo a nossa dívida pelo pecado (19:30) para que quem confia nEle como seu Salvador do pecado seja salvo (João 3:14-16 ). Ele então ressuscita dos mortos, convencendo até mesmo o mais cético de Seus discípulos de que Ele é Deus e Senhor (20:24-29).

Conexões: O retrato que João expõe de Jesus como o Deus do Antigo Testamento é visto mais enfaticamente nas sete "Eu Sou" declarações de Jesus. Ele é o "pão da vida" (João 6:35), providenciado por Deus para alimentar a alma de seu povo, assim como Ele providenciou maná do céu para alimentar os israelitas no deserto (Êxodo 16:11-36). Jesus é a "Luz do mundo" (João 8:12), a mesma luz que Deus prometeu ao Seu povo no Antigo Testamento (Isaías 30:26, 60:19-22) e que encontrará o seu auge na Nova Jerusalém quando o Cristo, o Cordeiro, será a sua luz (Apocalipse 21:23). Duas das "Eu Sou" declarações se referem a Jesus como o "Bom Pastor" e "Porta das Ovelhas". Elas são referências claras a Jesus como o Deus do Antigo Testamento, o Pastor de Israel (Salmo 23:1, 80:1; Jeremias 31:10, Ezequiel 34:23) e, como a única porta ao curral das ovelhas, o único caminho da salvação.

Os judeus acreditavam na ressurreição e, de fato, utilizaram essa doutrina para tentar levar Jesus a fazer declarações que poderiam ser usadas contra Ele. Entretanto, a sua declaração junto ao túmulo de Lázaro, "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), deve ter lhes deixado muito surpreendidos. Ele estava afirmando ser a causa da ressurreição e o possuidor do poder sobre a vida e a morte. Nenhum outro senão o próprio Deus poderia alegar uma coisa dessas. Da mesma forma, a pretensão de Jesus de ser o "caminho, a verdade e a vida" (João 14:6) inequivocamente o ligava ao Antigo Testamento. Seu é o "Caminho Santo" profetizado em Isaías 35:8; Ele estabeleceu a Cidade Fiel de Zacarias 8:3 quando de Jerusalém pregou as verdades do Evangelho. Como “a Vida”, Jesus afirma a Sua divindade, o Criador da vida, Deus encarnado (João 1:1-3). Finalmente, como a "videira verdadeira" (João 15:1, 5), Jesus identifica-se com a nação de Israel, a qual é chamada de vinha do Senhor em muitas passagens do Antigo Testamento. Como a Videira verdadeira da vinha de Israel, Ele se apresenta como o Senhor da "verdadeira Israel" -- todos aqueles que viriam a Ele em fé.(Romanos 9:6).

Aplicação Prática: O evangelho de João continua a cumprir o seu objetivo de conter informações muito úteis para a evangelização (João 3:16 é provavelmente o versículo mais conhecido, mesmo se não devidamente compreendido por muitos) e é frequentemente utilizado em estudos bíblicos evangelísticos. Nos registrados encontros entre Jesus e Nicodemos e a mulher no poço (capítulos 3-4), podemos aprender muito do modelo de Jesus para o evangelismo pessoal. Suas palavras de consolo aos Seus discípulos antes de Sua morte (14:1-6,16, 16:33) ainda são de grande conforto nas vezes em que a morte clama nossos entes queridos em Cristo, e o mesmo pode ser dito de Sua "oração sacerdotal" pelos crentes no capítulo 17. Os ensinamentos de João sobre a divindade de Cristo (1:1-3,14; 5:22-23; 8:58; 14:8-9; 20:28, etc) são muito úteis na luta contra os falsos ensinos de algumas seitas que enxergam Jesus como sendo menos do que totalmente Deus.
FONTE:GOT QUASTIONS
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sábado, 15 de setembro de 2018

SÉRIE EVANGELHO: QUEM FOI LUCAS?

QUEM FOI LUCAS

De acordo com a tradição, Lucas era gentio. O apóstolo Paulo parece confirmar isso ao distinguir Lucas daqueles que eram “da circuncisão” (Cl 4:11,14). Isso faria de Lucas o único gentio que escreveu um
livro da Escritura. Ele é responsável por uma parte significativa do NT, tendo escrito tanto esse Evangelho quanto o livro de Atos dos Apóstolos (veja “Autor e Data”).

AUTOR E DATA
O Evangelho de Lucas e o livro de Atos foram claramente escritos pela mesma pessoa (cf. 1:1-4; At 1:1). Embora nunca tenha se identificado pelo nome, a autoria fica clara a partir do uso da primeira pessoa do plural em muitas seções de Atos nas quais ele foi uma companhia próxima do apóstolo
Paulo (At 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1—28:16). Entre os companheiros que o apóstolo menciona em suas epístolas (Cl 4:14; 2Tm 4:11; Fm 24), Lucas é a única pessoa que se encaixa no perfil de autor desses livros. Isso está em perfeito acordo com a tradição primitiva da igreja que, com
unanimidade, atribuía esse Evangelho a Lucas.
Pouco se sabe a respeito de Lucas. Ele quase nunca incluiu detalhes autobiográficos e nada se sabe em definitivo a respeito do seu passado ou da sua conversão. Eusébio e Jerônimo o identificam como nativo de Antioquia (o que pode explicar o fato de tantas partes de Atos se concentrarem em
Antioquia — cf. At 11:19-27; 13:1-3; 14:26; 15:22-23,30-35; 18:22-23).
Lucas foi companhia frequente do apóstolo Paulo, pelo menos no período que vai da época da visão macedônia de Paulo (At 16:9-10) até o martírio do apóstolo (2Tm 4:11).
Paulo referiu-se a Lucas como médico (Cl 4:14). O interesse demonstrado por Lucas pelos fenômenos médicos fica evidente por meio da importância que ele deu ao ministério de cura de Jesus (por exemplo: 4:38-40; 5:15-25; 6:17-19; 7:11-15; 8:43-47,49-56; 9:2,6,11; 13:11-13; 14:2-4; 17:12-
14; 22:50-51). Nos dias de Lucas, os médicos não possuíam um vocabulário de terminologia técnica específico; desse modo, quando ele discute curas e outras questões médicas, sua linguagem não é muito diferente da usada pelos autores dos outros Evangelhos.
Lucas e Atos parecem ter sido escritos praticamente ao mesmo tempo — Lucas primeiro e Atos depois. Combinados, eles compõem um relato em dois volumes endereçado a “Teófilo” (1:3; At 1:1; veja “Cenário e contexto”), apresentando uma história abrangente da fundação do cristianismo, que vai do nascimento de Cristo à prisão domiciliar de Paulo em Roma (At 28:30-31).
O livro de Atos termina com Paulo ainda em Roma, o que leva à conclusão de que Lucas escreveu esses livros enquanto Paulo esteve preso ali (por volta de 60-62 d.C.). Lucas registra a profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (19:42-44; 21:20-24), mas não faz menção ao
cumprimento dessa profecia, nem nesse Evangelho, nem em Atos. Lucas preocupava-se muito em registrar o cumprimento das profecias (cf. At 11:28), de modo que é extremamente improvável que ele tenha escrito esses livros depois da invasão romana em Jerusalém. O livro de Atos também não faz menção à grande perseguição iniciada sob as ordens de Nero em 64 d.C.
Além disso, muitos estudiosos definem a data do martírio de Tiago como tendo ocorrido em 62 d.C. e, se esse fato tivesse ocorrido antes que Lucas completasse sua história, ele certamente o teria mencionado. Portanto, a data mais provável para a composição desse Evangelho é 60 ou 61 d.C.

CENÁRIO E CONTEXTO
Lucas dedicou suas obras ao “excelentíssimo Teófilo” (lit., “o que ama a Deus” — 1:3; cf. At 1:1). Essa designação, que pode ser um apelido ou um pseudônimo, é acompanhada por uma referência formal (“excelentíssimo”), possivelmente significando que “Teófilo” era um dignitário romano bastante conhecido, talvez um dos que eram do “palácio de César” e que se converteram a Cristo (Fp 4:22).
É quase certo, porém, que Lucas queria atingir um público mais amplo com a sua obra do que apenas esse homem. As dedicatórias presentes no início de Lucas e de Atos são semelhantes às que vemos em livros atuais. Não parecem ser uma saudação ao destinatário de uma epístola.
Lucas declarou expressamente que o conhecimento dos fatos registrados no seu Evangelho veio de relatos de pessoas que haviam testemunhado pessoalmente os acontecimentos (1:1-2), deixando fortes evidências de que ele mesmo não foi uma testemunha ocular. A partir do prólogo, fica mais
claro que o seu objetivo era apresentar um relato ordenado dos acontecimentos da vida de Jesus, mas isso não significa que ele sempre seguiu uma ordem cronológica rigorosa em todas as situações.
Ao reconhecer que compilou o seu relato a partir de várias fontes existentes à época, Lucas não estava desprezando a inspiração divina de sua obra. O processo de inspiração nunca se sobrepõe ou despreza a personalidade, o vocabulário e o estilo dos autores humanos da Escritura.
Os traços singulares dos autores humanos estão sempre estampados de maneira indelével em todos os livros da Escritura. A pesquisa de Lucas não é exceção a essa regra. A pesquisa em si foi orquestrada pela Providência divina e, em seus escritos, Lucas foi movido pelo Espírito Santo (2Pe 1:21). Portanto, o seu relato é infalivelmente verdadeiro.

CRISTO EM LUCAS
O médico Lucas apresenta Jesus como o Grande Médico (5:31-32; 15:4-7,31-32;19:10). Lucas analisa a interação de Jesus com os publicanos, as mulheres, as crianças, os gentios e os samaritanos, demonstrando seu ministério singular aos marginalizados da sociedade. Lucas também descreve Jesus como o Filho do

homem, enfatizando sua oferta de salvação para o mundo.
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SÉRIE EVANGELHO: COMENTÁRIO BÍBLICO LUCAS

COMENTÁRIO BÍBLICO LUCAS


O evangelho de Lucas foi chamado o livro mais encantador do mundo. Uma vez um americano pediu a Denney que lhe recomendasse um bom livro sobre a vida de Cristo, ao que este respondeu: "Você já leu o que escreveu Lucas?" Existe uma lenda segundo a qual Lucas era um hábil pintor; até há um quadro da Maria em uma catedral espanhola que se diz ser dele. Certamente captava muito bem as coisas vivas. Não seria muito desacertado dizer que o terceiro evangelho é a melhor vida de Cristo que se escreveu. A tradição tem sempre crido que Lucas é o autor e não temos nenhum escrúpulo em aceitar a tradição neste caso. No mundo antigo era comum atribuir os livros a nomes famosos; ninguém via mal nisso. Mas Lucas nunca foi uma figura famosa na igreja primitiva. Se não tivesse escrito o evangelho é mais que seguro que ninguém o tivesse atribuído como autor. Lucas era um gentio; e tem a distinção de ser o único autor do Novo Testamento que não é judeu. Era médico de profissão (Colossenses 4:14) e possivelmente esse mesmo feito lhe conferisse a grande simpatia que possuía. 
páginas: 256

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SÉRIE EVANGELHO: RESUMO DO LIVRO DE LUCAS

RESUMO DO LIVRO DE LUCAS


Autor: O evangelho de Lucas não identifica o seu autor. Com base em Lucas 1:1-4 e Atos 1:1-3, é evidente que o mesmo autor escreveu ambos Lucas e Atos, dirigindo os dois ao excelentíssimo Teófilo", possivelmente um dignitário romano. A tradição desde os primeiros dias da igreja foi que Lucas, um médico e companheiro próximo ao Apóstolo Paulo, escreveu tanto Lucas e Atos (Colossenses 4:14; 2 Timóteo 4:11). Isto faria de Lucas o único gentio a escrever um dos livros da Escritura.



Quando foi escrito: O Evangelho de Lucas foi provavelmente escrito entre 58 e 65 dC.

Propósito: Assim como os outros dois evangelhos sinóticos, Mateus e Marcos, o propósito deste livro é revelar o Senhor Jesus Cristo e tudo o que Ele "começou a fazer e a ensinar até ao dia em que... foi elevado às alturas" (Atos 1:1-2). O Evangelho de Lucas é único por ser uma narração meticulosa -- uma "exposição em ordem" (Lucas 1:3) compatível com a mente médica de Lucas -- muitas vezes dando detalhes que as outras narrativas omitem. A história de Lucas da vida do Grande Médico enfatiza o seu ministério - e compaixão –aos gentios, samaritanos, mulheres, crianças, cobradores de impostos, pecadores e outros considerados marginalizados em Israel.

Versículos-chave: Lucas 2:4-7: “José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.”

Lucas 3:16: "...disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com {com; ou em} água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo."

Lucas 4:18-19, 21: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir."

Lucas 18:31-33: “Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará."

Lucas 23:33-34: "Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, {Calvário; no original, caveira} ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem."

Lucas 24:1-3: "Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. E encontraram a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus."

Resumo: Chamado o mais belo livro jamais escrito, Lucas começa contando-nos sobre os pais de Jesus, o nascimento de seu primo (João Batista), a viagem de José e Maria a Belém, onde Jesus nasceu numa manjedoura, e a genealogia de Cristo através de Maria. O ministério público de Jesus revela a Sua perfeita compaixão e perdão através das narrativas do filho pródigo, do homem rico e Lázaro e do Bom Samaritano. Enquanto muitos acreditam nesse amor sem preconceitos que ultrapassa todos os limites humanos, muitos outros -- especialmente os líderes religiosos -- desafiam e opõem-se às reivindicações de Jesus. Os seguidores de Cristo são incentivados a contar o custo do discipulado, enquanto que seus inimigos buscam a Sua morte na cruz. Por fim, Jesus é traído, julgado, condenado e crucificado. Entretanto, a sepultura não pode prendê-lo! Sua ressurreição garante a continuação do seu ministério de buscar e salvar o perdido.

Conexões: Como um gentio, as referências de Lucas ao Antigo Testamento são relativamente poucas em relação ao evangelho de Mateus, e a maioria das referências do Antigo Testamento estão nas palavras ditas por Jesus em vez de na narração de Lucas. Jesus usou o Antigo Testamento para se defender contra os ataques de Satanás, respondendo-lhe com "Está escrito" (Lucas 4:1-13); para identificar-se como o Messias prometido (Lucas 4:17-21); para lembrar os fariseus de sua incapacidade de manter a lei e da necessidade de um Salvador (Lucas 10:25-28, 18:18-27); e para confundir o seu conhecimento quando tentaram enganá-lo e prová-lo (Lucas 20).

Aplicação Prática: Lucas nos dá um belo retrato do nosso Salvador compassivo. Jesus não se sentia "incomodado" pelos pobres e necessitados, na verdade, eles eram o foco principal de Seu ministério. Nos tempos de Jesus, Israel era uma sociedade muito consciente de suas classes sociais. Os fracos e oprimidos eram literalmente impotentes para melhorar sua sorte na vida e estavam especialmente abertos à mensagem de que "a vós outros está próximo o reino de Deus" (Lucas 10:9). Esta é uma mensagem que devemos levar para aqueles ao nosso redor que desesperadamente precisam ouvi-la. Até mesmo em países relativamente ricos -- talvez especialmente por isso -- a necessidade espiritual é tremenda. Os cristãos devem seguir o exemplo de Jesus e levar as boas novas da salvação para os espiritualmente pobres e necessitados. O reino de Deus está próximo e o tempo fica cada vez mais curto a cada dia.
Fonte: Got Questions
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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

SÉRIE EVANGELHO: QUEM FOI MARCOS?

QUEM FOI MARCOS


O nome desse Evangelho vem de uma pessoa muito próxima do apóstolo Pedro, bem como um personagem recorrente no livro de Atos, onde Marcos é citado como “João, também chamado Marcos” (At 12:12,25; 15:37,39).
Depois de ter sido liberto da prisão (At 12:12), Pedro foi à casa da mãe de João Marcos em Jerusalém.
João Marcos era primo de Barnabé (Cl 4:10) e, juntamente com ele, seguiu na primeira viagem missionária de Paulo (At 12:25; 13:5). Contudo,
Marcos os abandonou no caminho para Perge, voltando para Jerusalém (At 13:13). 
Quando Barnabé quis que João Marcos participasse da segunda viagem missionária, Paulo recusou. 
O atrito resultante entre Paulo e Barnabé fez com que os dois se separassem (At 15:38-40).
Porém, a indecisão anterior de João Marcos evidentemente deu lugar a uma grande força e maturidade, e, com o passar do tempo, ele mostrou o seu valor até mesmo ao apóstolo Paulo. Quando escreveu a carta aos Colossenses, Paulo os instruiu que, se João Marcos fosse até eles, deveria ser bem recebido (Cl 4:10). 
Paulo até citou Marcos como “cooperador” (Fm 24). Mais tarde, Paulo disse a Timóteo:
 “Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério” (2Tm 4:11).

O relacionamento próximo de Pedro com Marcos fica evidente a partir da referência que faz a ele, chamando-o de “Marcos, meu filho” (1Pe 5:13). Como se sabe, Pedro também havia fracassado, e sua influência sobre esse homem mais jovem sem
dúvida foi fundamental para ajudá-lo a sair da instabilidade da sua juventude e entrar na força da maturidade, da qual ele precisaria para a obra à qual Deus o havia chamado.

AUTOR E DATA

Diferentemente das epístolas, os Evangelhos não indicam o nome de seus autores. Contudo, os pais da igreja primitiva afirmam com unanimidade que
Marcos escreveu esse segundo Evangelho. Papias, bispo de Hierápolis, escrevendo por volta do ano 140 d.C., faz a seguinte observação:
E o presbítero [o apóstolo João] disse isto: Marcos, tendo se tornado intérprete de Pedro, escreveu com precisão tudo de que se lembrou. Não foi, porém, na ordem exata que ele relatou os ditos ou os feitos de
Cristo, pois ele nem ouviu nem acompanhou o Senhor. Contudo, posteriormente, como eu disse, ele acompanhou Pedro, que acomodou suas instruções às necessidades [de seus ouvintes], mas sem a intenção de fornecer uma narrativa regular dos ditos do Senhor. Essa é a razão de Marcos não ter cometido nenhum erro ao escrever algumas coisas de
memória. Pois em uma coisa ele teve cuidado especial: não omitir qualquer coisa que tivesse ouvido, e não inserir qualquer coisa fictícia nas declarações. [Da Exposição dos Oráculos do Senhor (6)]. Escrevendo por volta do ano 150 d.C., Justino Mártir refere-se ao Evangelho de Marcos como “as memórias de Pedro” e sugere que Marcos escreveu esse Evangelho quando esteve na Itália. Isso está de acordo com a voz uniforme da tradição primitiva, que também considerava esse Evangelho como tendo sido escrito em Roma, para benefício dos cristãos romanos.
Irineu, escrevendo por volta do ano 185 d.C. chama Marcos de “discípulo e intérprete de Pedro”, e registra que o segundo Evangelho consiste do que
Pedro havia pregado sobre Cristo. O testemunho dos pais da Igreja difere quanto a esse Evangelho ter sido escrito antes ou depois da morte de Pedro
(por volta de 67-68 d.C.).
Estudiosos dos Evangelhos já sugeriram datas para a composição do Evangelho de Marcos que variam de 50 a 70 d.C. Uma data anterior à destruição de Jerusalém e do templo no ano 70 d.C. é obrigatória em função do comentário de Jesus em 13:2. O Evangelho de Lucas foi claramente escrito antes de Atos (At 1:1-3), e a data de composição deste último pode com muita probabilidade ser fixada por volta do ano 63 d.C., pois esse é um período imediatamente posterior ao término da narrativa (veja “Atos: Autor e data”).

Portanto, é provável, ainda que não seja certo, que Marcos tenha sido escrito numa data anterior, provavelmente em algum momento dos anos 50 d.C.

A VIDA DE JESUS
CENÁRIO E CONTEXTO

Enquanto o Evangelho de Mateus foi orientado para um público judaico, Marcos parece ter sido escrito para os cristãos romanos, particularmente os gentios. Quando emprega termos aramaicos, Marcos os traduz para os seus leitores (3:17; 5:41; 7:11,34; 10:46; 14:36; 15:22,34). Em contrapartida, às vezes ele emprega expressões latinas em vez de seus equivalentes gregos (5:9; 6:27; 12:15,42; 15:16,39). Ele também conta o tempo de acordo com o sistema romano (6:48; 13:35) e explica cuidadosamente os costumes judaicos (7:3-4; 14:12; 15:42). Marcos omite elementos judaicos, como as genealogias encontradas em Mateus e Lucas. Esse Evangelho também faz menos referências ao AT, além de incluir menos materiais que seriam de particular interesse para os leitores judaicos — como aqueles que criticam os fariseus e os saduceus (esses últimos são mencionados apenas uma vez, em 12:18).
Quando menciona Simão de Cirene (15:21), Marcos o identifica como pai de Rufo, um proeminente membro da igreja de Roma (Rm 16:13). Tudo isso
apoia a visão tradicional de que o Evangelho de Marcos foi escrito para um público gentio, inicialmente em Roma.

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SÉRIE EVANGELHOS: COMENTÁRIO BÍBLICO MARCOS




INTRODUÇÃO
Os Pais da Igreja afirmaram que o Evangelho de Marcos foi escrito depois da morte de Pedro, que aconteceu durante as perseguições do Imperador Nero por volta de 67 d.C. O Evangelho em si, especialmente o capítulo 13, indica ter sido escrito antes da destruição do Templo em 70 d.C. A maior parte das evidências sustenta uma data entre 65 e 70 d.C.
Páginas 360

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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

SÉRIE EVANGELHO: RESUMO DO LIVRO DE MARCOS

Autor: Embora o Evangelho de Marcos não identifique o seu autor, os pais da igreja primitiva concordam por unanimidade que Marcos foi o autor. Ele era um associado do Apóstolo Pedro e evidentemente o seu filho espiritual (1 Pedro 5:13). De Pedro ele recebeu informações de primeira mão dos acontecimentos e ensinamentos do Senhor, e preservou essas informações em forma escrita.


É geralmente aceito que Marcos é o João Marcos do Novo Testamento (Atos 12:12). Sua mãe era uma Cristã rica e proeminente na igreja de Jerusalém e a igreja provavelmente se reunia em sua casa. Marcos se juntou a Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária, mas não na segunda por causa de um forte desentendimento entre os dois homens (Atos 15:37-38). No entanto, perto do final da vida de Paulo ele pediu a Marcos para ficar com ele (2 Timóteo 4:11).

Quando foi escrito: O Evangelho de Marcos foi provavelmente um dos primeiros livros escritos no Novo Testamento, provavelmente em 57-59 dC.

Propósito: Embora Mateus tenha sido escrito principalmente para seus irmãos judeus, o Evangelho de Marcos parece ser direcionado aos crentes romanos, particularmente os gentios. Marcos escreveu como um pastor para os cristãos que já tinham ouvido e acreditado no Evangelho (Romanos 1:8). Ele desejava que eles tivessem uma narrativa biográfica de Jesus Cristo como Servo do Senhor e Salvador do mundo a fim de fortalecer a sua fé diante da perseguição severa e ensinar-lhes o que significava ser Seus discípulos.

Versículos-chave: Marcos 1:11: “Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.”

Marcos 1:17: “Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”

Marcos 10:14-15: “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” 

Marcos 10:45: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”

Marcos 12:33: “...e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” 

Marcos 16:6: “Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto.”

Marcos 16:15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”

Resumo: Este evangelho é único porque ele enfatiza as ações de Jesus mais do que Seus ensinamentos. É escrito de forma simples, movendo-se rapidamente de um episódio da vida de Cristo para outro. Ele não começa com uma genealogia como em Mateus porque os gentios não estariam interessados em Sua linhagem. Após a apresentação de Jesus no Seu batismo, Jesus começou Seu ministério público na Galileia e chamou os primeiros quatro de Seus doze discípulos. O que se segue é o registro da morte, vida e ressurreição de Jesus.

O relato de Marcos não é apenas uma coleção de histórias, mas uma narrativa escrita para revelar que Jesus era o Messias, não só para os judeus, mas para os gentios também. Em uma profissão dinâmica, os discípulos, liderados por Pedro, assumiram a sua fé nEle (Marcos 8:29-30), embora não tenham compreendido plenamente Sua messianidade até depois da Sua ressurreição.

Ao seguirmos Suas viagens pela Galileia, áreas circundantes e então para a Judeia, percebemos quão rápido o ritmo foi estabelecido. Ele tocou a vida de muitas pessoas, mas deixou uma marca indelével em seus discípulos. Na transfiguração (Marcos 9:1-9), Ele deu a três deles uma visualização do Seu retorno futuro em poder e glória, e mais uma vez lhes foi revelado quem Ele era.

No entanto, nos dias que antecederam a Sua última viagem a Jerusalém, vemo-los desnorteados, com medo e duvidando. Quando Jesus foi preso, Ele ficou sozinho depois que todos fugiram. Nas horas seguintes, durante os julgamentos simulados, Jesus proclamou ousadamente que Ele era o Cristo, o Filho do Abençoado e que Ele seria vitorioso em Sua volta (Marcos 14:61-62). Os eventos climáticos em torno da crucificação, morte, sepultamento e ressurreição não foram testemunhados pela maioria de Seus discípulos. Entretanto, várias mulheres fiéis testemunharam a Sua paixão. Depois do sábado, no início da manhã do primeiro dia da semana, elas foram ao sepulcro com especiarias de enterro. Quando viram que a pedra tinha sido movida, elas entraram no túmulo. Não foi o corpo de Jesus que viram, mas um anjo vestido de branco. A mensagem de alegria que receberam foi: "Ele ressuscitou!" As mulheres foram as primeiras evangelistas por espalharem a boa nova da Sua ressurreição. Esta mesma mensagem tem sido transmitida para todo o mundo nos séculos seguintes até nós hoje.

Conexões: Como o público-alvo de Marcos era os gentios, ele não cita o Antigo Testamento com a mesma frequência que Mateus, o qual escreveu principalmente para os judeus. Ele não começa com uma genealogia para ligar Jesus aos patriarcas judeus, mas começa ao invés com o Seu batismo, o início de Seu ministério terrestre. Mas mesmo aí, Marcos cita uma profecia do Antigo Testamento sobre o mensageiro, João Batista, o qual exortaria o povo para "preparar o caminho para o Senhor" (Marcos 1:3, Isaías 40:3) enquanto aguardavam a vinda do seu Messias.

Jesus faz referência ao Antigo Testamento em várias passagens em Marcos. Em Marcos 7:6, Jesus repreende os fariseus por sua adoração superficial de Deus com os lábios, enquanto seus corações estavam longe dEle, e se refere ao seu próprio profeta, Isaías, para condená-los de sua dureza de coração (Isaías 29:13). Jesus se referiu a uma profecia do Antigo Testamento que era para ser cumprida naquela mesma noite, enquanto os discípulos seriam espalhados como ovelhas sem pastor quando Jesus foi preso e condenado à morte (Marcos 14:27; Zacarias 13:7). Jesus referiu-se novamente a Isaías quando purificou o Templo dos cambistas (Marcos 11:15-17, Isaías 56:7, Jeremias 7:11) e então aos Salmos quando Ele explicou que era a pedra angular da nossa fé e da Igreja (Marcos 12:10-11; Salmo 118:22-23).

Aplicação Prática: Marcos apresenta Jesus como o Servo sofredor de Deus (Marcos 10:45) e como Aquele que veio para servir e sacrificar-se por nós, em parte para nos inspirar a fazer o mesmo. Devemos servir como Ele serviu, com a mesma grandeza de humildade e dedicação ao serviço dos outros. Jesus exortou-nos a lembrar que para ser grande no reino de Deus, devemos ser o servo de todos (Marcos 10:44). O auto-sacrifício deve transcender a nossa necessidade de reconhecimento ou recompensa, assim como Jesus estava disposto a ser humilhado ao oferecer a Sua vida pelas ovelhas.

FONTE: GOT QUESTIONS
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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

SÉRIE EVANGELHOS: QUEM FOI MATEUS

Quem foi Mateus?

Jesus é o prometido Messias
TÍTULO
Mateus, que significa “presente do Senhor”, era o outro nome de Levi (9:9), o publicano que deixou tudo para seguir a Cristo (Lc 5:27-28). Mateus foi um dos doze apóstolos (10:3; Mc 3:18; Lc 6:15; At 1:13). Em sua própria lista dos Doze, ele chama a si mesmo explicitamente de “o publicano” (10:3). 
Em nenhum outro lugar da Escritura o nome de Mateus está associado ao termo “publicano”; os outros evangelistas sempre empregam o seu antigo nome, Levi, quando se referem ao seu passado pecaminoso. Isso é prova de humildade por parte de Mateus. Como acontece com os outros três Evangelhos, esse livro é conhecido pelo nome do seu autor.
  
AUTOR E DATA
Nem a canonicidade e nem o fato de esse Evangelho ter sido escrito por Mateus foram desafiados pela igreja primitiva. Eusébio (por volta de 265-339 d.C.) cita Orígenes (185-254 d.C., aproximadamente): Entre os quatro Evangelhos, que são os únicos indiscutíveis na Igreja de Deus debaixo do céu, aprendi pela tradição que o primeiro foi escrito por Mateus, que havia sido publicano, mas que posteriormente tornou-se apóstolo de Jesus Cristo, e foi preparado para os convertidos do judaísmo (História eclesiástica, 6:25).
Está claro que esse Evangelho foi escrito numa data relativamente antiga — antes da destruição do templo em 70 d.C. Alguns estudiosos propuseram datas como 50 d.C. Veja uma discussão mais ampla sobre algumas das questões relacionadas à autoria e à datação desse Evangelho, especialmente
“O problema sinótico” na Introdução a Marcos.

CENÁRIO E CONTEXTO
O tom judaico do Evangelho de Mateus é notável, e isso já fica evidente logo na genealogia de abertura, que Mateus remonta somente até Abraão. Em contrapartida, objetivando mostrar Cristo como o redentor da humanidade, Lucas prossegue até chegar a Adão. O propósito de Mateus é, de certo modo, mais estreito: demonstrar que Cristo é o Rei e o Messias de Israel. Esse
Evangelho faz mais de sessenta citações de passagens proféticas do AT, enfatizando como Cristo é o cumprimento de todas elas.
A probabilidade de que o público de Mateus fosse redominantemente judaico fica ainda mais evidente a partir de diversos fatos: Mateus normalmente cita os costumes judaicos sem explicá-los, diferentemente dos outros Evangelhos 
(cf. Mc 7:3; Jo 19:40). Ele se refere constantemente a Cristo como o “Filho de Davi” (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30; 21:9,15;
22:42,45). Mateus inclusive respeita a sensibilidade judaica em relação ao nome de Deus, usando a expressão “reino dos céus”, ao passo que os outros evangelistas falam do “reino de Deus”. Todos os principais temas do livro estão baseados no AT e são abordados à luz das expectativas messiânicas de Israel.O uso que Mateus faz do idioma grego pode sugerir que ele estava escrevendo na condição de judeu palestino para judeus helenistas de outros
lugares. Ele escreveu como testemunha ocular de muitos dos acontecimentos que descreveu, dando testemunho de primeira mão sobre as palavras e obras de Jesus de Nazaré.
Seu propósito é claro: demonstrar que Jesus é o tão esperado Messias da nação judaica. A abundância das citações do AT é especialmente planejada para demonstrar o elo entre o Messias da promessa e o Cristo da História.
Esse propósito nunca sai do foco de Mateus e ele até mesmo acrescenta vários detalhes incidentais das profecias do AT como prova das declarações messiânicas de Jesus 
(por exemplo: 2:17-18; 4:13-15; 13:35; 21:4-5; 27:9- 10).

PRINCIPAIS PERSONAGENS
Jesus — o prometido Messias e Rei dos judeus (1:1—28:20).
Maria — a mãe de Jesus, o Messias (1:1—2:23; 13:55).
José — marido de Maria e descendente de Davi; transferiu a linhagem real para Jesus (1:16—2:23).
João Batista — profeta e precursor que anunciou a vinda de Cristo
(3:1-15; 4:12; 9:14; 11:2-19; 14:1-12).
Os doze discípulos — Simão Pedro, André, Tiago, João, Filipe,Bartolomeu, Tomás, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu, Simão,
Judas Iscariotes; doze homens escolhidos por Jesus para auxiliá-lo em
seu ministério na terra (4:18-22; 5:1; 8:18-27: 9:9—28:20).
Líderes religiosos — eram os fariseus e os saduceus; dois grupos
religiosos unidos pelo ódio a Jesus (3:7-10; 5:20; 9:11-34; 12:10-45;
15:1-20; 16:1-12; 19:1-9; 21:23—28:15).
Caifás — sumo sacerdote e líder dos saduceus; realizou um
julgamento ilegal que levou à morte de Jesus (26:3-4,57-68).
Pilatos — governador romano que ordenou a crucificação de Jesus no
lugar de Barrabás (27:1-65).
Maria Madalena — seguidora devota de Jesus; primeira pessoa a vêlo
depois da ressurreição (27:56—28:11).

TEMAS HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS
Uma vez que Mateus está preocupado em proclamar Jesus como Messias, o Rei dos Judeus, um interesse pelas promessas do reino constantes do AT transparece ao longo de todo esse Evangelho. A expressão que marca a assinatura de Mateus — “o reino dos céus” — ocorre 32 vezes nesse livro
 (e em nenhum outro lugar da Escritura).
A genealogia de abertura é feita de modo a apresentar as credenciais de Cristo como rei de Israel, e o restante do livro completa esse tema. Mateus demonstra que Cristo é o herdeiro da linhagem real e, também, que Cristo é o cumprimento de dezenas de profecias do AT com relação ao rei que viria. Ele oferece prova atrás de prova para estabelecer a prerrogativa real de Cristo.
Todos os outros temas históricos e teológicos do livro giram em torno deste.

PALAVRAS-CHAVE
Jesus: em grego, lēsous — 1:1; 4:23; 8:22; 11:4; 19:1; 24:1; 26:52; 27:37 —, equivalente ao nome hebraico Yeshua (Josué), literalmente, “o Senhor salvará”. Nos dias do AT, o nome Jesus era um nome judeu comum (Lc 3:29; Cl 4:11), no entanto, seu significado expressa a obra redentora de Jesus na terra. O anjo enviado a José afirmou a importância do nome de Jesus: “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (1:21). Depois de
Jesus ter se sacrificado pelos pecados de seu povo e ressuscitado dentre os mortos, os primeiros apóstolos o
proclamaram como o único Salvador (At 5:31; 13:23).
Cristo: em grego, Christos — 1:1,18; 2:4; 11:2; 16:20; 23:8; 26:68; 27:22 —, significa literalmente “o Ungido”.
Muitos falam de Jesus Cristo sem perceber que o título Cristo é, na verdade, uma confissão de fé. Messias, o
equivalente hebraico para Cristo, foi usado no AT para se referir a profetas (1Rs 19:16), sacerdotes (Lv 4:5,16) e
reis (1Sm 24:6,10), no sentido de que todos eles eram ungidos com óleo. Essa unção simbolizava uma dedicação
divina ao ministério. Jesus Cristo, como o Ungido, seria o Profeta, Sacerdote e Rei supremo (Is 61:1; Jo 3:34).
Com sua confissão dramática, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16:16), Pedro declarou sua fé em Jesus
como o prometido Messias.

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SÉRIE EVANGELHOS:RESUMO DO LIVRO DE MATEUS

RESUMO DO LIVRO DE MATEUS

Autor: Este Evangelho é conhecido como o Evangelho de Mateus porque foi escrito pelo apóstolo do mesmo nome. O estilo do livro é exatamente o que seria esperado de um homem que já foi um cobrador de impostos. Mateus tem um grande interesse em contabilidade (18:23-24; 25:14-15). O livro é muito ordenado e conciso. Ao invés de escrever em ordem cronológica, Mateus organiza este Evangelho através de seis discursos.

Como cobrador de impostos, Mateus tinha uma habilidade que torna seus escritos ainda mais emocionantes para os cristãos. Esperava-se que os coletores de impostos fossem capazes de escrever em uma forma de taquigrafia, o que essencialmente significa que Mateus podia gravar as palavras de uma pessoa à medida que falavam, palavra por palavra. Essa capacidade significa que as palavras de Mateus não são apenas inspiradas pelo Espírito Santo, mas devem representar uma transcrição real de alguns dos sermões de Cristo. Por exemplo, o Sermão da Montanha, como registrado nos capítulos 5-7, é quase certamente uma gravação perfeita daquela grande mensagem.

Quando foi escrito: Como um apóstolo, Mateus escreveu este livro no início do período da igreja, provavelmente por volta de 50 dC. Essa foi uma época em que a maioria dos cristãos eram judeus convertidos, assim, o foco de Mateus na perspectiva judaica neste evangelho é compreensível.

Propósito: Mateus tem a intenção de provar aos judeus que Jesus Cristo é o Messias prometido. Mais do que qualquer outro evangelho, Mateus cita o Antigo Testamento para mostrar como Jesus cumpriu as palavras dos profetas judeus. Mateus descreve em detalhes a linhagem de Jesus desde Davi e usa muitas expressões familiares aos judeus. O amor e preocupação de Mateus por seu povo é visível através de sua abordagem minuciosa de contar a história do evangelho.

Versículos-chave: Mateus 5:17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”

Mateus 5:43-44: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.”

Mateus 6:9-13: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal {pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém}!”

Mateus 16:26: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?”

Mateus 22:37-40: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.”

Mateus 27:31: “Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado.”

Mateus 28:5-6: “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.”

Mateus 28:19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”

Resumo: Mateus discute a linhagem, nascimento e início da vida de Cristo nos dois primeiros capítulos. Daí, o livro discute o ministério de Jesus. As descrições dos ensinamentos de Cristo estão organizadas na forma de "discursos", como o Sermão da Montanha nos capítulos 5 a 7. Capítulo 10 envolve a missão e propósito dos discípulos; capítulo 13 é uma coleção de parábolas, capítulo 18 discute a igreja, capítulo 23, começa um discurso sobre hipocrisia e o futuro. Os capítulos 21 a 27 discutem a prisão, tortura e execução de Jesus. O capítulo final descreve a ressurreição e a Grande Comissão.

Conexões: Como o objetivo de Mateus é apresentar Jesus Cristo como Rei e Messias de Israel, ele cita o Antigo Testamento mais do que os outros três escritores dos evangelhos. Mateus cita mais de 60 vezes passagens proféticas do Antigo Testamento, demonstrando como Jesus as cumpriu. Ele começa seu evangelho com a genealogia de Jesus, traçando sua linhagem até Abraão, o progenitor dos judeus. De lá, Mateus cita extensivamente os profetas, muitas vezes utilizando a frase "como foi dito pelo (s) profeta (s)" (Mateus 1:22-23, 2:5-6, 2:15, 4:13-16, 8 :16-17, 13:35, 21:4-5). Estes versículos referem-se às profecias do Antigo Testamento acerca do Seu nascimento virginal (Isaías 7:14) em Belém (Miqueias 5:2), Seu retorno do Egito após a morte de Herodes (Oseias 11:1), Seu ministério aos gentios (Isaías 9:1-2; 60:1-3), Suas curas milagrosas do corpo e alma (Isaías 53:4), Suas lições na forma de parábolas (Salmos 78:2) e Sua entrada triunfal em Jerusalém (Zacarias 9:9).

Aplicação Prática: O Evangelho de Mateus é uma excelente introdução aos ensinamentos fundamentais do Cristianismo. O estilo lógico do esquema facilita a localização das discussões de vários temas. Mateus é especialmente útil para a compreensão de como a vida de Cristo foi o cumprimento das profecias do Antigo Testamento.

Seus compatriotas judeus eram a audiência a quem se dirigia Mateus e muitos deles -- especialmente os fariseus e saduceus -- teimosamente recusaram-se a aceitar Jesus como seu Messias. Apesar de séculos lendo e estudando o Antigo Testamento, seus olhos estavam cegos para a verdade de quem era Jesus. Jesus os repreendeu por seus corações duros e sua recusa em reconhecer Aquele por quem supostamente estavam aguardando (João 5:38-40). Eles queriam um Messias em seus próprios termos, uma pessoa que cumprisse os seus próprios desejos e fizesse o que eles quisessem. Quantas vezes buscamos a Deus em nossos próprios termos? Não o rejeitamos quando lhe atribuímos apenas os atributos que consideramos aceitáveis, aqueles que nos fazem sentir bem -- Seu amor, misericórdia, graça -- enquanto rejeitamos aqueles que consideramos ofensivos -- Sua raiva, justiça e ira santa? Que não nos atrevamos a cometer o erro dos fariseus, criando Deus em nossa própria imagem e em seguida esperar que Ele viva de acordo com nossos padrões. Tal deus é nada mais do que um ídolo. A Bíblia nos dá informação mais do que suficiente sobre a verdadeira natureza e identidade de Deus e de Jesus Cristo para justificar a nossa adoração e a nossa obediência.

FONTE: GOT QUESTIONS
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