São 4 tipos diferentes de amor; o amor philos, o amor ágape, o amor storge e o amor eros.
Amor Philos
O amor PHILOS é o amor da amizade!!
Expressões que caracterizam o amor Philos:
• metade da laranja;
• ele/ela me completa;
• ele/ela pensa como eu;
• ele/ela me ajuda em casa;
• ele/ela me dá presentes;
• Gostamos das mesmas coisas;
• Fazemos muitas coisas juntos;
O amor Philos relaciona-se com a alma, mais do que com o corpo. Lida com a personalidade humana – o intelecto, as emoções e a vontade. Envolve compartilhamento mútuo. Em português, a palavra mais próxima é amizade. A forma nominal é usada apenas uma vez no Novo Testamento (Tiago 4:4), mas o verbo “amar”, no sentido de “gostar”, e o adjetivo “amável” são usados muitas vezes. Este é o grau de afeição que Pedro disse ter por Jesus quando este lhe perguntou, “Simão, filho de João, tu me amas?”. O pescador respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. No original grego, o sentido é: “Sim, Senhor, tu sabes que gosto de ti, que sou teu amigo” (João 21:5-16).
Grandes amigos são embriagados do amor do tipo philos, neste nível, o amor é menos egoísta, mas ainda contempla o prazer, a realização e os interesses pessoais. Não deveria, mas... Normalmente, desenvolvemos amizades com pessoas cujas características nos agradam, cujos interesses intelectuais e gostos compartilhamos. Desejamos e esperamos que estes relacionamentos sejam agradáveis e nos beneficiem de algum modo. Damos, sim, amizade, atenção e ajuda, mas com alguma motivação egoísta. Mesmo assim, philos é um nível de amor mais elevado do que eros. Nesse nível, “nossa” felicidade é mais importante do que “minha” felicidade. Esse amor encara os defeitos e decide se eles podem ser superados pelas virtudes.
Philos é o meio caminho do amor verdadeiro – dá um pouco para receber um pouco, numa proporção de 50% a 50%. Um casal pode viver razoavelmente bem com esse tipo de amor, enquanto cada um fizer a sua parte e as circunstâncias forem favoráveis. Porém, se um deles deixa de fazer a sua parte, ou se ocorrem circunstâncias adversas (crise financeira, enfermidade grave, tensões com parentes, problemas sexuais, problemas com os filhos etc), a amizade sofre. Philos não aguenta muita pressão. No fim, torna-se egoísta e exigente. Vêm os conflitos. A amizade vira inimizade. A única esperança para um casamento estável, bem-sucedido e feliz é o crescimento para o nível mais alto do amor.
Amor Ágape
"Ágape" em grego significa "amor". Esse é o amor fraternal e espiritual entre camaradas, irmãos e irmãs, entre a família, entre casais e seus filhos (quando de fato existe o sentimento fraterno, e não uma mera convenção social de fachada). Ágape é o amor afetivo isento de conotações sexuais, isento de segundas intenções, isento de malícia e de interesses pessoais. Sendo Ágape o amor de afeição, é também amor de satisfação, pois uma fraternidade, quer seja entre irmãos de sangue ou não, quer seja entre esposo e esposa, quer seja entre um núcleo familiar, etc., esse amor satisfaz porque é compartilhado e tem resposta entre todos aqueles que se reúnem para formar uma fraternidade de homens, mulheres e crianças. Amor ao próximo.
Há alguns Tipos de Amor:
- Amor Eros: Significa sentimentos baseados na atração sexual e desejos ardentes. Relação entre homens e mulheres;
- Amor Philos (Philia): é o amor de amizade, fraternidade, o amor que sentimos por familiares e amigos;
- Amor Storge: O mais benéfico dos afetos, acontece especialmente com a família e entre seus membros, normalmente afeição de Pais aos filhos;
- Amor Ágape: Amor incondicional, baseado em comportamentos e pela escolha, sem esperar nada em troca. Pode ser de qualquer um para e por qualquer um, em qualquer tipo de relação e por qualquer tipo de afinidade.
Dentro dos tipos de amores, nem eros e nem storgé estão descritas no Novo Testamento. Quando Jesus fala de amor no Novo Testamento, ele usa o Amor Ágape. Sempre lida em casamentos cristãos. A parte que estou falando é a Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Coríntios, Capítulo 13.
A ágape recebeu um uso maior pelos escritores Cristãos mais antigos como a palavra que denotou especificamente o amor Cristão. Os escritores Cristãos descreveram geralmente a ágape, como exposto por Jesus, como uma expressão do amor que é incondicional e voluntário, isto é, não discrimina, não tem nenhuma pré-condição, e é algo que se decide fazer voluntariamente.
O Apóstolo Paulo descreve o amor como segue: "O amor (ágape) é paciente, o amor é amável. Sem inveja, ele não tem ostentação, ele não é orgulhoso. Não é rude, ele não é interessado, ele não se irrita facilmente, ele não mantém nenhum registro dos erros. O amor não se deleita com o mal, mas rejubila com a verdade. Protege sempre, confia sempre, sempre tem esperança, sempre persevera. O amor nunca falha.? (I Coríntios, 13, 4:8).
O mais profundo amor. Sem barreiras. Amor total, o amor que devora quem o experimenta. Quem conhece e experimenta Ágape vê que nada neste mundo têm importância, apenas amar.
Amor Storge
Amor Storge é o amor da família.
É o amor mais relacionado à família – Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (Romanos 12.10). O desaparecimento desse amor é mencionado em Romanos 1.31 – Insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia e 2 Timóteo 3.3 – Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons.
Relacionamentos familiares foram instituídos por Deus porque são bons.
Em um certo sentido todos somos filhos de Adão, porém nem todos somos filhos de Deus, somente os nascidos de novo, regenerados pelo poder da Palavra de Deus, assim a família de Deus só é formada por salvos em Cristo.
A família moderna estrutura-se basicamente em torno do casamento, e nesse sentido, é uma família conjugal – sabemos que existe a “família pós-moderna” e seus novos arranjos sociais, aos quais não vamos entrar em detalhes (pais separados, casais homo afetivos, adoção pelos avós e outros).
A relação familiar é algo extremamente Complexa e Dinâmica. Daí o amor se constituir em um desafio de escolha à cada dia: escolher amar o outro apesar das diferenças e do desgaste que muitas vezes a relação apresenta diante do fator tempo.
Você pode estar pensando que isso não é fácil, mas com a sua escolha adicionada à graça de Deus torna-se possível. Porque família é projeto de Deus em primeiro lugar; Ele é o maior interessado. Mas família também tem que ser projeto de homens e mulheres; ou seja, é preciso implicação de cada membro familiar.
Amor Eros
“O amor do tipo eros é aquele amor romântico que uma pessoa sente por outra. É o amor que tem muito a ver com atração física. É esse tipo de amor que normalmente compele as pessoas a manter um relacionamento amoroso continuado. Nesse sentido também é sinônimo de relação sexual.”
Um pouco mais sobre a história de Eros:
Quando nasceu Afrodite, os deuses banquetearam, e entre eles estava Poros (o Expediente), filho de Métis. Depois de terem comido, chegou Pínia (a Pobreza) para mendigar, porque tinha sido um grande banquete, e ela estava perto da porta. Aconteceu que Poros, embriagado de néctar, dado que ainda não havia vinho, entrou nos jardins de Zeus e, pesado como estava, adormeceu. Pênia, então, pela carência em que se encontrava de tudo o que tem Poros, e cogitando ter um filho de Poros, dormiu com ele e concebeu Eros. Por isso, Eros tornou-se seguidor e ministro de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias; e também era por natureza amante da beleza, porque Afrodite também era bela.
Pois que Eros é filho de Pínia e Poros, eis qual é a sua condição. É sempre pobre não é de maneira alguma delicado e belo como geralmente se crê; mas sujo, hirsuto, descalço, sem teto. Deita-se sempre por terra e não possui nada para cobrir-se, descansa dormindo ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos e junto às portas. Enfim, mostra claramente a natureza da sua mãe, andando sempre acompanhado da pobreza. Ao invés, da parte do pai, Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna. Mas tudo o que consegue pouco a pouco sempre lhe foge das mãos. Em suma, Eros nunca é totalmente pobre nem totalmente rico.
Eros casou-se com Psiquê, com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Mas Psiquê, induzida por suas invejosas irmãs, observa o rosto de Eros à noite sob a luz de uma vela. Encantada com tamanha beleza do deus, se distrai e deixa cair uma gota de cera sobre o peito de seu marido, que acorda. Irritado com a traição de Psiquê, Eros a abandona. Esta, ficando perturbada, passa a vagar pelo mundo até se entregar à morte. Eros, que também sofria pela separação, implora para que Zeus tenha compaixão deles. Zeus o atende e Eros resgata sua esposa e passam a viver no Olimpo.