Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia” (Chomsky, N., 1993)
Publicidade
Sob inspiração nas ideias de Noam Chomsky, o renomado francês Sylvain Timsit elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa.
Saiba que qualquer semelhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas estratégias, com a intenção de aumentar o seu lucro e alienar as pessoas, colocando-as como escravas voluntariamente.
A Estratégia da Distração
Esta é a primeira grande estratégia. Para Sylvain, o elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real, fazendo que ele admire coisas insignificantes.
Manter o público ocupado, ocupado, sempre ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais, ludibriados com coisas triviais como discussões sobre o casamento de fulano, a separação de beltrano, etc… Coisas fúteis atraem pessoais em grande escala.
Criar problemas e oferecer soluções
Este método consiste em cria um problema, isto é, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar.
.Outro exemplo: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (isso não te lembra nenhuma medida do atual governo?).
A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, isto é, conta-gotas, por anos consecutivos, pequenas doses de veneno.
Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo, por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990.
Foi uma estratégia muito utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas. E ainda é utilizada pelos grandes meios de comunicação vigente.
A estratégia de diferir
Esta estratégia é para fazer uma decisão impopular dolorosa ser necessária, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.
Isso por uma simples razão: o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantil.
Vamos explicar melhor: se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
A utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
Manter o público na ignorância e na mediocridade
Essa é usada por quase todos os governos do mundo. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.
Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é não há problema em ser ignorante, é legal o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. Introduzir a ideia de que quem argumenta demais e pensa demais é chato e mau humorado, que lhe falta humor de sorrir das mazelas da vida. Precisa falar mais alguma coisa?
A ideia é tornar qualquer aprofundamento como sendo desnecessário. Pois qualquer aprofundamento sério e lúcido sobre um assunto pode derrubar sistemas criados para enganar a multidão.
Reforçar a auto-culpabilidade
Talvez a estratégia mais desumana. Fazer com que as pessoas acreditem que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento!
Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
Os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.
Graças aos profundos estudos da biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente.
É inegável que o sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.
Sorria, você está sendo manipulado!
Por: O Martelo de Nietzsche