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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


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terça-feira, 18 de junho de 2019

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Plutarco – Demóstenes e Cícero
Plutarco (46 d.C. – 120 d.C) foi um historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo grego. Pertencente a uma família proeminente, nasceu em Queroneia, na Beócia. Viajou pela Ásia e pelo Egito, viveu algum tempo em Roma e foi sacerdote de Apolo em Delfos em 95 a.C. O seu enorme prestígio valeu-lhe a obtenção de direitos de cidadão em Delfos, Atenas e mesmo em Roma.

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sexta-feira, 12 de abril de 2019

Claudio Ptolomeu - Período Helenístico


 Claudio Ptolomeu foi um importante cientista greco-egípcio do século II. Nasceu por volta do ano 90 em Ptolemaida (Alto Egito, província do Império Romano) e faleceu por volta de 168 na cidade de Canopo (Norte do Egito). Fez importantes estudos nas áreas de Matemática, Geografia, Física, Geometria, Astronomia e Química.

Biografia resumida

Infelizmente, por falta de fontes históricas, sabemos pouco sobre a vida de Claudio Ptolomeu. Em função de suas anotações astronômicas, podemos concluir que trabalhou na cidade de Alexandria. Foi nesta cidade que fez grande parte dos seus estudos entre os anos de 127 e 152.

Principais estudos e teorias

- Defendeu o geocentrismo, no qual o planeta Terra encontra-se no centro do Universo, sendo que os planetas e a Lua giram em torno dele.

- Sistema de Epiciclos – o epiciclo é a órbita feita por um planeta. O centro desta órbita descreve outra que  também faz um movimento circular, porém, ao redor da Terra.

- Propôs nova demonstração para o postulado das paralelas de Euclídes.

- Defendeu a forma esférica da Terra, provando ser impossível o formato plano.

- A luz das estrelas sofre um desvio quando passa pela camada de ar terrestre.

- Os planetas, o Sol e Lua possuíam movimentos naturais. Porém, o planeta Terra ficava em repouso no centro do Universo. Desta forma, Ptolomeu confirmava o sistema astronômico de Aristóteles.

Principais obras:

Almagesto (também conhecido como Grande Síntese) - treze livros sobre Astronomia, Geometria e Trigonometria. Nesta grande obra, Ptolomeu fez estudos sobre o movimento do Sol e da Lua, Trigonometria Esférica, descrição do Astrolábio, eclipses da Lua e do Sol, conjunções de planetas e catalogação de estrelas.

Hipóteses Planetárias – apresenta um calendário com as horas em que várias estrelas aparecem e desaparecem no céu.

Geografia – fez a descrição e medicação do planeta Terra.

Harmônica – estudos de acústica e a matemática dos sons da música grega de sua época.

Sobre a dimensão – estudos sobre a tridimensionalidade do espaço.

Óptica – estudos dos raios luminosos e refracção.  

Você sabia?

- Os estudos geocêntricos de Ptolomeu foram tomados como base por pesquisadores católicos na Idade Média. Estes estudos eram usados para comprovar a teoria geocêntrica defendida pela Igreja Católica no período.

- Foi somente no século XVI, com Copérnico, que o sistema ptolomaico geocêntrico começou a ser abandonado. A partir de então, o Heliocentrismo foi comprovado cientificamente e aceito, embora a Igreja Católica ainda persistisse na teoria geocêntrica, inclusive perseguindo os que eram contrários.
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Epiteto - Período Helenístico


Epicteto (55 - 135)
Musónio Epicteto busca em seus pensamentos destacar o lado prático da filosofia para desenvolver a moral. O filósofo é que vai educar e tratar os homens que sofrem com as paixões e ele busca fazer isso através da virtude.
            Para Epicteto Deus está dentro de nós através da alma, Deus é a alma que está em nós e portanto nunca estamos sós, pois Deus está conosco. Deus é nosso pai e como tal devemos obediência a Ele. Foi Ele que nos deu a dádiva de existirmos e devemos a ele o reconhecimento dessa dádiva. Mas não precisamos para isso da religião, pois dependemos de Deus e não de outros homens. Podemos e devemos atingir a moral e a virtude através da razão em uma busca independente, pois podemos nos governar por nossas próprias leis.
            Deus é sabedoria, inteligência e como tal segue a razão, a razão é um bem. Deus cuida de todas as coisas e de cada pessoa em particular. Obedecer Deus significa obedecer a sabedoria pois nela está o bem. Fazer a vontade de Deus é seguir a razão. Quando nos submetermos à vontade de Deus, ou seja, à razão, encontraremos a liberdade.
            A virtude que alcançarmos através da razão vai nos dar liberdade, mas para isso precisamos também nos tornar independentes das coisas que estão no exterior de nós mesmos. Somente podemos confiar nas coisas que estão sob nosso poder, sobre as quais temos controle. Os bens materiais, a posição social e até mesmo nosso corpo são coisas externas, pois não podemos controlá-los. Não podemos deixar que essas coisas dominem nosso espírito porque se isso acontecer vamos também perder o controle sobre ele.
            Uma liberdade garantida deve ter por fundamento coisas sobre as quais temos o domínio, coisas como desejo, opiniões e sentimentos. Devemos suportar o que não podemos modificar e tentar modificar o que precisa ser modificado das coisas que dominamos como desejos ou ideias irracionais.
            Epicteto define assim o seu princípio filosófico definindo as coisas em dois conjuntos. O conjunto das coisas sobre as quais podemos exercer nosso poder e o conjunto das coisas sobre as quais não temos nenhum poder. As coisas boas e as coisas más estão incluídas no conjunto que está sobre nosso poder, pois elas são o resultado da nossa capacidade de fazer ou de não fazer algo. O que não está sobre nosso poder, além de não ser da nossa responsabilidade, não pode ser atingido pela nossa vontade.
            Os dois conjuntos de coisas não podem estar juntos, pois são excludentes e um vai destruir o outro. Não levar em conta essa divisão é seguir o caminho que vai nos levar ao erro. Quem escolhe viver para e seguindo as normas do conjunto de coisas que não domina vai acabar se tornando escravo dessas coisas. Mas quem rejeitar ao que não está sob nossa dependência e se dedicar ao conjunto que dominamos, vai se tornar livre e encontrar paz espiritual.

Sentenças:
- Acusar os outros pelas nossas infelicidades é uma falta de educação.
- O que evitamos sofrer, fazemos sofrer os outros.
- Se você quer algo na vida, lute para conseguir.
- Ninguém é livre se não for dono de si mesmo.
- Não é o fato que desorienta as pessoas, mas os juízos que fazem dos fatos.
- O desejo e a felicidade não podem viver juntos.
- O erro dos velhos é julgar o hoje com os critérios do ontem.
- Na desgraça descobrimos os inimigos e colocamos a prova os amigos.
- Quem tem sorte ganha no genro um filho, quem não tem, perde uma filha.
- A verdade vence por si mesma, a mentira precisa de cúmplices.
- As grandes coisas precisam de tempo para serem criadas.
- Sábio é quem se alegra com o que tem e não fica triste pelo que não tem.
- É impossível aprender o que pensamos que já sabemos.
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Plotino - Período Helenístico


Plotino (Πλωτῖνος, 205 Licopólis, Egito - 270 D.C.), foi um discípulo de Amônio Sacas por 11 anos e mestre de Porfírio. Plotino nos legou ensinamentos em seis livros, de nove capítulos cada, chamados de As Enéadas. Nasceu em Licópolis, no Egito.

Biografia
Acompanhou uma expedição à Pérsia, liderada pelo imperador Gordiano, onde tomou contato com a filosofia persa e indiana. Regressou à Alexandria e, aos 40 anos, estabeleceu-se em Roma. Desenvolveu as doutrinas aprendidas de Amônio Saccas numa escola de filosofia junto a seleto grupo de alunos. Pretendia fundar uma cidade chamada Platonópolis, baseada nos ensinamentos de A República de Platão.
‎Porfírio, seu discípulo,[1] trinta anos após a morte de Plotino, publicou os tratados, em uma ‎edição completa. No trabalho editorial, Porfírio subdividiu alguns escritos de forma a ‎atingir o número de 54 tratados. Seguindo a tradição pitagórica, tem-se que 54 = 6 (número da ‎perfeição) x 9 (número da totalidade). Assim, ele obteve 6 grupos temáticos, contendo 9 ‎‎tratados cada qual (donde Enéadas; “enea” = “nove”). ‎
Conta Eunápio que Porfírio, após haver estudado com Plotino, tomou horror ao próprio corpo e velejou para a Sicília, seguindo a rota de Odisseu, e ficou em um promontório da ilha, sem se alimentar e evitando o caminho do homem; Plotino, que ou o estava seguindo ou recebeu informações sobre o jovem discípulo, foi até ele e o convenceu com suas palavras, de modo que Porfírio voltou a reforçar seu corpo para sustentar sua alma.[1]
Os critérios editoriais de Porfírio, possivelmente, tinham por objetivo formar uma série que ‎mostrasse o caminho para a sabedoria. Nas palavras de O'Meara: "Com isso Porfírio quis ‎oferecer ao leitor uma passagem pelos escritos de Plotino que lhe traria uma formação ‎filosófica, uma condução até o bem absoluto. O alvo geral da leitura e interpretação dos textos ‎nas escolas do Império era, em primeira linha, a transformação da vida, a cura da alma, a ‎condução para uma vida boa resultante disso”.
A influência de Plotino e dos neoplatônicos sobre o pensamento cristão, islâmico e judaico, bem como sobre os pensadores do Renascimento, foi enorme. Foram direta ou indiretamente influenciados por ele, Gregório de Nazianzo, Gregório de Nissa, Santo Agostinho, Pseudo-Dionísio, o Areopagita, Boécio, João Escoto Erígena, Alberto Magno, Santo Tomás de Aquino, Dante Alighieri, Mestre Eckhart, Johannes Tauler, Nicolau de Cusa, São João da Cruz, Marsílio Ficino, Pico de la Mirandola, Giordano Bruno, Avicena, Ibn Gabirol,Espinosa, Leibniz, Coleridge, Henri Bergson e Máximo, o Confessor.
Teoria
Plotino dividia o universo em três hipóstases: O Uno, o Nous (ou mente) e a Alma.
Uno
Segundo Plotino, o Uno refere-se a Deus, dado que sua principal característica é a indivisibilidade. "É em virtude do Uno [unidade] que todas as coisas são coisas." (Plotino, Enéada VI, 9º tratado)
Nous
Nous, termo filosófico grego que não possui uma transcrição direta para a língua portuguesa, e que significa atividade do intelecto ou da razão em oposição aos sentidos materiais. Muitos autores atribuem como sinônimo a Nous os termos "Inteligência" ou "Pensamento".
O significado ambíguo do termo é resultado de sua constante apropriação por diversos filósofos, para denominar diferentes conceitos e idéias. Nous refere-se, dependendo do filósofo e do contexto, vezes a uma faculdade mental ou característica, outras vezes a uma correspondente qualidade do universo ou de Deus.
§ Homero usou o termo nous significando atividade mental em termos gerais, mas no período pré-Socrático o termo foi gradualmente atribuído ao saber e a razão, em contraste aos sentidos sensoriais.
§ Anaxágoras descreveu nous como a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
§ Platão definiu nous como a parte racional e imortal da alma. É o divino e atemporal pensamento no qual as grandes verdades e conclusões emergem imediatamente, sem necessidade de linguagem ou premissas preliminares.
§ Aristóteles associou nous ao intelecto, distinto de nossa percepção sensorial. Ele ainda dividiu-o entre nous ativo e passivo. O passivo é afetado pelo conhecimento. O ativo é a eterna primeira causa de todas as subsequentes causas no mundo.
§ Plotino descreveu nous como sendo umas das emanações do ser divino.
Alma
Na Teosofia, a alma é associada ao 5º princípio do Homem, Manas, a Alma Humana ou Mente Divina. Manas é o elo entre o espírito (a díade Atman-Budhi) e a matéria (os princípios inferiores do Homem).
Assim, a constituição sétupla do Homem, aceita na Teosofia, adapta-se facilmente a um sistema com três elementos: Espírito, alma e corpo. Sendo a alma o elo entre o Espírito e o corpo do homem.
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Eratóstenes - Período Helenístico



Eratóstenes (em grego: Ἐρατοσθένης, transl.: Eratosthéni̱s; Cirene, 276 a.C. — Alexandria, 194 a.C.) foi um matemático, gramático, poeta, geógrafo, bibliotecário e astrônomo da Grécia Antiga. Nasceu em Cirene, Grécia, e morreu em Alexandria. Estudou em Cirene, em Atenas e em Alexandria. Os contemporâneos chamavam-no de "Beta" porque o consideravam o segundo melhor do mundo em vários aspectos. Eratóstenes é descrito pelo Suda (localização: Épsilon 2898, segundo Ada Adler) como tendo sido aluno do filósofo Aríston de Quios, do gramático Lisânias de Cirene e do poeta Calímaco. O Suda esclarece que Ptolomeu III Evérgeta o trouxe de Atenas para Alexandria, local em que permaneceu até o reinado de Ptolomeu V Epifânio. Afirma-se que Ptolomeu III o trouxe inicialmente de Atenas para ensinar o seu filho Filopator (Ptolomeu IV Filopator). Diz-se que ele foi chamado "pentatleta" ou "plataformas", por estar sempre em segundo lugar em várias áreas do conhecimento. No Suda é dito que ele nasceu no período da 126a. Olimpíada e faleceu com a idade de 82 anos. Um dos seus discípulos foi Aristófanes de Bizâncio. Eratóstenes escreveu obras filosóficas, poemas, histórias, muitos diálogos e trabalhos sobre gramática . Entre suas obras, merecem destaque Astronomia ou Catasterismos (em em grego: Ἀστρονομίαν ἢ Καταστηριγμούς, transl.: Astronomían í̱ Katasti̱rigmoús), Sobre as seitas filosóficas (em grego: Περὶ τῶν κατὰ φιλοσοφίαν αἱρέσεων, transl.: Perí tó̱n katá filosofían airéseo̱n), Sobre o libertar-se da dor (em grego: Περὶ ἀλυπίας, transl.: Perí alypías) . Um de seu poemas chamava-se Hermes. Além disso, ele escreveu uma obra chamada Platonicus, que tratava da matemática que fundamenta a filosofia de Platão. Essa obra foi muito utilizada por Téon de Esmirna, que no livro Expositio rerum mathematicarum afirma que Eratóstenes tratou do problema da duplicação do cubo. Isso também foi afirmado por Eutócio de Ascalon no livro II de Esfera e Cilindro, em que comenta a proposição 1 de Arquimedes, onde ele reproduz uma carta de Eratóstenes a Ptolomeu III Evérgeta. Essa carta descreve a história do problema da duplicação do cubo e, especialmente, descreve um aparelho mecânico inventado por Eratóstenes que serviria para encontrar a linha de segmentos x e y, para um dado segmento a e b (a:x = x:y = y:b). Hoje sabe-se que algumas partes desta carta não foram escritas por Eratóstenes. Eratóstenes trabalhou também com números primos e é lembrado por seu Crivo de Eratóstenes, que é ainda uma importante ferramenta na teoria dos números. O crivo é citado na obra Introdução à aritmética de Nicomedes. Ele também escreveu um livro chamado Sobre os significados que, apesar de perdido, é mencionado por Pappus de Alexandria como sendo um importante livro de geometria. Eratóstenes ainda escreveu um livro denominado Sobre a medição da Terra, também perdido, em que de maneira surpreendente procedeu com a exata medição da circunferência da Terra. Alguns detalhes desta medição estão nos trabalhos escritos por Cleomedes, Téon de Esmirna e Estrabão. 
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Aristarco de Samos - Período helenístico


Aristarco de Samos

Aristarco nasceu em 310 a.C. em Samos, na Grécia. Tendo sido aluno
de Strato de Lampsacus, que encabeçava o Liceu Aristotélico. Considerado por muitos o Copérnico da Época Clássica, este astrônomo revolucionou de tal modo a astronomia que seu nome foi atribuído a uma cratera lunar.
As conclusões de Aristarco sobre a organização do Sistema Solar, embora simples, causam admiração até hoje por sua coerência. Até então, as concepções mais avançadas eram as de Pitágoras e de Heráclides. Segundo eles, as estrelas seriam imóveis; a Terra estaria localizada no centro do universo, mas apresentaria rotação; quanto aos demais planetas, pelo menos Mercúrio e Vênus girariam em torno do Sol.
Aristarco foi além, afirmando que os movimentos de todos esses corpos poderiam ser mais facilmente descritos, caso se admitisse que todos os planetas, incluindo a Terra, giravam em torno do Sol. Esse modelo heliocêntrico do universo foi, no entanto, considerado ousado demais e seu autor chegou a ser acusado de insulto religioso. Mesmo assim, a reação contra ele não chegou a ser tão agressiva quanto a que atemorizaria, quase 2000 anos mais tarde, Copérnico, Kepler e Galileu.
Os escritos de Aristarco sobre esse tema se perderam e só pudemos conhecer suas idéias porque foram mencionadas por Arquimedes. Outros trabalhos de sua autoria, porém, chegaram até nós. Em sua obra "Sobre os tamanhos e as distâncias do Sol e da Lua" Aristarco procurou determinar a distância Terra-Lua em relação à Distância Terra-Sol, considerando o triângulo formado por esses três astros no início do quarto crescente.
Aristarco concluiu que o Sol estaria 20 vezes mais distante da Terra que da lua. (A proporção verdadeira é de cerca de 400 vezes, mas o procedimento estava correto. Os instrumentos de medição de ângulos então disponíveis é que não permitiam obter valores mais precisos.)
Aristarco também procurou calcular o diâmetro da Lua em relação ao da Terra, baseando-se na sombra projetada pelo nosso planeta durante um eclipse lunar. Concluiu que a Lua tinha um diâmetro três vezes menor que o da Terra (o valor correto é 3,7). Com esse dado, deduziu que o diâmetro solar era 20 vezes maior que o da Lua e cerca de 7 vezes maior que o da Terra.
Aperfeiçoando as medições ao longo dos últimos séculos, sabemos hoje que o diâmetro terrestre não alcança um centésimo do solar. Embora os seus resultados tivessem erros de uma ordem de grandeza, o problema residia mais na falta de precisão dos seus instrumentos do que no seu método de trabalho, que era adequado. Além disso Aristarco também calculou, com mais precisão do que a dos antigos sábios, a duração de um ano solar.
As imprecisões de Aristarco assumem pouca importância frente a seu bom senso: para ele, seria mais natural supor que o astro menor girasse em torno do maior, e não o contrário.


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sábado, 6 de abril de 2019

Lucrécio


Lucrécio (94-50 a.C.) foi um poeta e filósofo latino, autor do poema didático em seis volumes, "De Rerum Natura" (Da Natureza das Coisas), uma rigorosa exposição dos princípios filosóficos que ele foi buscar na obra do grego Epicuro.
Lucrécio (Tito Lucrécio Caro) nasceu provavelmente em Roma, Itália, no ano 94 a.C.  É o autor do poema “De Rerum Natura” (Da Natureza das Coisas), uma das mais importantes obras da Antiguidade Clássica, onde demonstra ser igualmente filósofo observador da natureza e um excelente escritor da língua latina, comparável a Virgílio. Lucrécio defendia algumas teses, que foram reafirmadas na ciência moderna. Lucrécio se antecipou a Darwin e Lamarck com uma teoria da evolução biológica, e a Lavoisier com o conceito da indestrutibilidade da matéria.
Como discípulo do grego Epícuro (341-270), Lucrécio reteve do mestre a noção do valor da realidade objetiva.  Na poesia, Lucrécio faz uma detalhada exposição de princípios filosóficos que ele foi buscar na obra do mestre. Na visionária concepção epicurista, o mundo – coisas, plantas, animais e até o homem – era constituído por pequenas partículas indestrutíveis que ele chamou de átomos.
Segundo Lucrécio, longe de ser o centro do universo, o homem seria apenas mais uma entre várias configurações da matéria possibilitadas pela reunião desses átomos. A alma, tal como o corpo, é feita de átomos e logo, se desfaz como a morte.  Única vida que é dada ao homem é esta, e ele deve aproveitá-la retirando-se da vaidosa agitação da vida pública para se dedicar à serena busca do prazer.
Com seu pensamento epicurista, a obra de Lucrécio era um corpo estranho para o pensamento que a Igreja professava na época em que o poema foi encontrado. Poggio Bracciolini, humanista do Renascimento italiano, ao visitar mosteiros alemães, em 1417, encontrou pergaminhos com textos latinos esquecidos havia séculos. Foi lá que descobriu diligentemente copiado, mas ao que tudo indica negligenciado pelos pios monges, “De Rerum Natura” (Da Natureza das Coisas), um poema latino cujo conteúdo prefigurava um novo arranjo de ideias que mal começava a se desenhar na Renascença.
O principal objetivo do poema era o de livrar os homens da superstição, de acostumá-los à ideia de completa aniquilação com a morte, e de tirar-lhes a ideia de uma interferência divina nas coisas humanas. Para ele, no mundo todo, apenas os átomos são eternos. Suas posições são defendidas com eloquência e força de raciocínio, únicas na literatura latina. Lucrécio sempre se manteve crítico quanto às ideias e formas de viver de sua sociedade. Com suas ideias, embora preservado por copistas, o poema de Lucrécio foi virtualmente esquecido por milênios de hegemonia cristã.
Além de ser uma rigorosa exposição filosófica, com uma visão desencantada da forma de viver da sociedade, sua obra está muito mais próxima do materialismo pragmático e científico da modernidade. De Rerum Natura (Da Natureza das Coisas) é também uma obra-prima erótica, devotada em grande parte aos mitos sensuais da deusa Vênus, que segundo os especialistas da Renascença serviu de inspiração para o pintor Botticelli (1445-1510) na composição da obra “A Primavera”.
Lucrécio faleceu em Roma, na Itália, no ano 50 a.C.


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