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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Corrente Filosófica Utilitarismo


Corrente Filosófica Utilitarismo

O utilitarismo é uma corrente filosófica, originada no século XVIII, a partir dos filósofos Jeremy Bentham e Stuart Mill.
O Utilitarismo é um tipo de corrente filosófica originada durante o século XVIII. Seus idealizadores foram os filósofos britânicos John Stuart Mill (1806-1873) e Jeremy Bentham (1748-1832).
De acordo com a proposta do utilitarismo, toda a ação almeja um fim, cuja consequência final seja o prazer e a felicidade. Sendo assim, cada uma das ações a serem tomadas focam na utilidade destes atos; na realização findada.

Características do Utilitarismo

O modelo filosófico utilitarista caracteriza-se por abranger o moral e o ético da ação útil como a mais correta. Partindo deste pressuposto, a busca é por ações consideradas úteis, da procura pelo prazer como característica importante.
Por meio disso, ela visa investigar ações, assim como os resultados, que proporcionem prazer a seres sencientes (aqueles com capacidade de “sentir sensações e sentimentos”). Assim, aqueles que, conscientemente, apresentam sentimentos.
Os seres humanos, empiricamente, são capazes de selecionar e definir suas ações. Dessa maneira, são capazes de, por meio da consciência, escolher o prazer ao invés da dor.

Principais nomes do Utilitarismo

O Utilitarismo conta com Bentham e Stuart Mill como os dois principais expoentes da corrente filosófica. No entanto, é possível destacar igualmente o francês Jean-Baptiste Say e o compatriota Étienne Bonnot de Condillac.
Stuart Mill
Mill propunha o prazer como a base principal do utilitarismo. De acordo com ele, este não deveria ser medido ou marcado pela quantidade dos atos, mas sim pela qualidade dos mesmos – e, consequentemente, do maior prazer evidenciado.
A teoria de Mill foi publicada no ano de 1861, no livro homônimo à corrente. De modo a relacionar conceitos, ele abrange um paralelo ao qual chama de hedonismo qualitativo.
Sob tal perspectiva, inclui-se a qualidade do prazer obtido como além do seu tempo de duração e intensidade. O filósofo, assim, divide o prazer em duas diferentes categorias e conceitos:
Relacionado à cognição, emoção e sentimento, considerado um prazer superior;
Relacionado aos prazeres da carne, tido como um prazer inferior;
Jeremy Bentham
Apesar de seguir uma linha similar a Mill, possuía inúmeras contradições com o colega. Foi o primeiro a adotar o termo utilitarismo em sua obra Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação, de 1789.
Para Bentham, é mais válido a quantidade de prazer, o que denominou como hedonismo quantitativo. Sob este contexto, ao passo que a duração e intensidade do prazer fosse maior, proporcionalmente maior seriam as consequências positivas; ou seja, maior seria a felicidade proporcionada.
Por meio disso, o utilitarismo, para Mill, tinha relação mais qualitativa, enquanto que, para Bentham, era uma relação de prazer quantitativo.



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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Corrente Filosófica Fenomenologia



Corrente Filosófica Fenomenologia
O conhecimento da realidade essencial dos fenômenos e a
possibilidade desse conhecimento foi preocupação constante da filosofia até princípios do século XX, quando a fenomenologia deixou de olhar para os elementos exteriores que cercam os fenômenos e passou a considerá-los em si mesmos, por seu reflexo na consciência, como única maneira de apreendê-los.
Fenomenologia é o estudo dos fenômenos em si mesmos, independentemente dos condicionamentos exteriores a eles, cuja finalidade é apreender sua essência, estrutura de sua significação. É também um método de redução, pelo qual o conhecimento factual e as suposições racionais sobre os fenômenos como objeto, e a experiência do eu, são postas de lado, para que a intuição pura da essência do fenômeno possa ser rigorosamente analisada. É o estudo dos fenômenos, distinto do estudo do ser, ou ontologia.
Na história da filosofia, a fenomenologia tem três significados especiais. Na segunda metade do século XVIII, era sinônimo de "teoria das aparências", expressão cunhada pelo filósofo Jean-Henri Lambert para distinguir a aparência das coisas do que elas são em si mesmas. Com Hegel, em Phänomenologie des Geistes (1807; Fenomenologia do espírito), é uma espécie de lógica do conteúdo e uma introdução à filosofia, história das fases sucessivas, das aproximações e das oposições pelas quais o espírito se eleva da sensação individual à razão universal, ou, para usar sua fórmula: "é a ciência da experiência que faz a consciência". Foi com Husserl que a palavra ganhou, nas primeiras décadas do século XX, o significado de que hoje se reveste, de estudo dos fenômenos em si mesmos, que visa à evidência primordial, e de denominação de um movimento que influiu de modo significativo no pensamento filosófico dessa época.
A fenomenologia husserliana é uma meditação sobre o conhecimento. Considera que aquilo que é dado à consciência é o fenômeno (objeto do conhecimento imediato). Esse fenômeno só aparece numa consciência; portanto, é a essa consciência que é preciso interrogar, deixando de lado tudo o que lhe é exterior. A consciência, para Husserl, só pode ser entendida como intencional, isto é, não está fechada em si mesma, mas define-se como uma certa maneira de perceber o mundo e seus objetos. Mostrar os diversos aspectos pelos quais a consciência percebe esses objetos e sob os quais eles lhe aparecem, o que a sua presença supõe, constitui o estudo e o objetivo essencial da fenomenologia.
Para Husserl, portanto, a tarefa da filosofia é a pesquisa, exame e descrição do fenômeno, como conteúdo da consciência. Trata-se de uma mudança radical de sentido na orientação filosófica, antes voltada para as coisas, para o mundo exterior, e que com ele passou a interessar-se pela consciência, pelo mundo interior. Assim, por exemplo, se alguém vê as folhas de uma palmeira serem agitadas pelo vento, essa experiência é, toda ela, um fenômeno interior, que se passa essencialmente dentro da consciência. Os objetos exteriores são apenas condições para que se crie a percepção, a vivência desse fenômeno interior. A fenomenologia se prende, por meio da atitude reflexiva, nesses fenômenos ou estados da consciência e prescinde da realidade exterior das coisas, ou como diz Husserl, coloca-se entre parênteses. É o que ele chama de epokhé, ou seja, o ato de liberar a atenção do exterior para que ela se detenha na análise da vivência ou experiência pura.
A fenomenologia é, portanto, uma descrição daquilo que se mostra por si mesmo, de acordo com o "princípio dos princípios": toda intuição primordial é fonte legítima de conhecimento. Situa-se como anterior a toda crença e juízo e despreza todo e qualquer pressuposto: mundo natural, senso comum, proposição científica ou experiência psicológica.
Essa mudança de orientação teve grande importância para a filosofia, pois a eximiu de cuidar da explicação do mundo e das coisas. A ciência é que explica o mundo e seus aspectos acessíveis à nossa experiência. Ao voltar-se para o conteúdo ou para o fenômeno existente na consciência, a fenomenologia encontrou um objeto que a capacita a transformar-se em ciência autêntica, como pretendia seu fundador. Esse conteúdo é antes suscetível de descrição do que de medida. Fazer tal descrição é a tarefa dessa filosofia.
Os críticos da obra de Husserl dividem-se em dois grupos principais. De um lado estão os que, como os neokantianos, concordam em que a fenomenologia se realizou como perspectiva ontológica; do outro, os que sustentam que ela significou apenas uma tomada de posição epistemológica, como Nicolaio Hartman. Em outras palavras, os que admitem ser ela uma perspectiva do ser, e os que a consideram apenas como uma investigação do conhecer.
Em seus primeiros escritos, Husserl não põe em dúvida a existência dos objetos independentemente dos atos mentais. Mais tarde, introduz a noção problemática de uma redução transcendental fenomênica, mediante a qual se descobre o ego (o eu) transcendental, diferente do ego fenomênico da consciência ordinária. Em conseqüência, Husserl passa de um realismo primitivo a uma modalidade de idealismo kantiano. Sua influência foi muito profunda, em especial entre os existencialistas (Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty) que, apesar de se considerarem fenomenologistas, preocupavam-se mais com a ação do que com o conhecimento.
Em psicologia, fenomenologia é um método de descrição e análise desenvolvido a partir da fenomenologia filosófica, aplicado à percepção subjetiva dos fenômenos e à consciência, em especial nos campos da psicologia da Gestalt, análise existencial e psiquiátrica.


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CORRENTE FILOSÓFICA EXISTENCIALISMO



existencialismo, uma corrente filosófica difusa, que abrange de pensadores ateus a religiosos, resume-se ao reconhecimento de que a existência precede a essência.
Foi uma doutrina filosófica e um movimento intelectual surgido na Europa em meados do século XX, mais precisamente na França.
Está pautada na existência metafísica, donde a liberdade é seu maior mote, refletida nas condições de existência do ser.


Surgindo num contexto em que refletiam os esforços filosóficos e sociológicos para compreender e reordenar a sociedade decorrente da expansão do capitalismo, da formação dos estados republicanos, da revolução tecnológica e industrial.

Características
O existencialismo sofreu influência da fenomenologia (fenômenos do mundo e da mente), cuja existência precede a essência, sendo dividido em duas vertentes:
·         existencialismo ateu:negam a natureza humana.
·         existencialismo cristão: essência humana corresponde um atributo de Deus.
Para os filósofos adeptos dessa corrente, a essência humana é construída durante sua vivência, a partir de suas escolhas, uma vez que possui liberdade incondicional.
Em outras palavras, a corrente existencialista prega que o homem é um ser que possui toda a responsabilidade por meio de suas ações. Assim, ele granjeia durante sua vida um significado para sua existência.
Para os existencialistas, a existência humana é baseada nas angústias e no desespero. A partir da autonomia moral e existencial, fazemos escolhas na vida e traçamos caminhos e planos. Nesse caso, toda escolha implicará numa perda ou em várias, dentre muitas possibilidades que nos são postas.
Assim, para os existencialistas, a liberdade de escolha é o elemento gerador, no qual ninguém e nem nada pode ser responsável pelo seu fracasso, a não ser, você mesmo.
Principais Filósofos Existencialistas

Considerado o “Pai do Existencialismo”, Sören Kierkegaard (1813-1855) foi um filósofo dinamarquês. Fez parte da linha do existencialismo cristão, no qual defende, sobretudo, o livre-arbítrio e a irredutibilidade da existência humana.
Da mesma maneira que outros existencialistas, Kierkegaard focou na preocupação pelo indivíduo e pela responsabilidade pessoal. Segundo ele: “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.”
A partir da obra de Kierkegaard e da crítica à história da filosofia, Heidegger (1889-1976) vai desenvolver a ideia de que o ser humano pode experimentar uma existência autêntica ou inautêntica.
O que determinará esta existência será sua atitude face à morte e as escolhas que tomará diante a finitude de sua vida.
Um dos maiores representantes do existencialismo, Sartre (1905-1980) foi filósofo, escritor e crítico francês. Para ele, estamos condenados a ser livres: “Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.”
Simone de Beauvoir
Companheira de Sartre, Simone de Beauvoir (1908-1986) foi filósofa, escritora, professora e feminista francesa nascida em Paris.
Personalidade ousada e libertária para sua época, Simone cursou filosofia e enveredou pelos caminhos do existencialismo e da defesa da liberdade feminina. Segundo ela: “Não se nasce mulher: torna-se”.
Essa frase corrobora sua tendência existencialista, cuja existência precede a essência, essa última sendo algo que se constrói durante a vida.
Albert Camus
Filósofo e romancista argelino, Camus (1913-1960) foi um dos principais pensadores do “absurdismo”, uma das ramificações teóricas do existencialismo. Foi amigo de Sartre com quem discutiu muito sobre os aspectos e a essência do ser.
Em seu ensaio filosófico “Mito de Sísifo” (1941) aborda sobre os diversos absurdos da vida, segundo ele:
Como deve viver o homem absurdo? Claramente, não se aplicam regras éticas, como todas elas são baseadas em poderes sobre justificação. “Integridade não tem necessidade de regras”. “Tudo é permitido” não é uma explosão de alívio ou de alegria, mas sim, um amargo reconhecimento de um fato.”
Albert Camus ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, em 1957.
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) foi filósofo e professor francês. Fenomenólogo existencialista, junto a Sartre, fundou a revista filosófica e política “Os Tempos Modernos”.
Centrou sua filosofia na existência humana e no conhecimento. Para ele, “A Filosofia é um despertar para ver e mudar o nosso mundo.”
Karl Jaspers
Filósofo existencialista, professor e psiquiatra alemão, Karl Theodor Jaspers (1883-1969), acreditava na fusão entre a fé filosófica e a crença religiosa.
De acordo com ele, a fé é a expressão máxima da liberdade humana, sendo o único caminho que leva à certeza existencial e à transcendência do ser.
Suas principais obras são: A Fé Filosófica, Razão e Existência, Orientação Filosófica do Mundo, Filosofia, Explicação da Existência e Metafísica.



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domingo, 28 de julho de 2019

POSITIVISMO - CORRENTE FILOSÓFICA

Resultado de imagem para positivismoPositivismo é uma corrente de pensamento filosófico, sociológico e político que surgiu em meados do século XIX na França. A principal ideia do positivismo era a de que o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro.
O principal idealizador do movimento positivista foi o pensador francês Auguste Comte (1798-1857), ganhando destaque internacional entre metade do século XIX e começo do XX.
Segundo o positivismo, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos devem ser ignorados, pois não colaboram para o desenvolvimento da humanidade. 
De acordo com os princípios de Comte, as primeiras ideias do que viria a ser o Positivismo surgiram como uma ramificação o Iluminismo. Isso ocorreu a partir das crises sociais que explodiram na Europa no fim da Idade Média e com a chamada "sociedade industrial", marcada pela Revolução Francesa. 
O termo "positivo" surgiu pela primeira vez na obra "Apelo aos Conservadores", de 1855. Comte descreve a Lei dos Três Estados, ou seja, as etapas pelas quais o ser humano passou e passa em relação às suas concepções e valorizações da vida, é considerada como a lei fundamental de sua teoria e rege o modo de pensar da humanidade. Ela caracteriza-se por concepções da história humana e indica que elas passam por três fases: teológica, metafísica e positiva:
Teológico: Nele, as sociedades ainda se encontrariam devidamente influenciadas pelos valores espirituais e dominadas pelos dogmas que mascaram a realidade social em nome do mistério divino. 
Nesse estado as sociedades ainda não valorizam os homens e as  mulheres ou a natureza ao seu redor, de modo que esta é compreendida como atributo divino ao qual a humanidade deve ser fiel, sem jamais questionar. 
Metafísico: é um estágio de desenvolvimento em que se pode perceber a centralidade dos mitos e/ou da religião, o que inviabiliza a investigação científica da natureza em função exatamente de sua relação dogmática com o conhecimento. 
É um momento de transição. Nesse caso, abandonam-se os valores espirituais, mas não plenamente, de modo que as primeiras investigações sobre a natureza começam a ser feitas, limitando-se exclusivamente a questionamentos intelectuais e abstratos, desprovidos de qualquer comprovação prática. 
Nesse aspecto, o metafísico corresponderia ao momento em que a filosofia substitui o dogma e a teologia como formas de concepção do mundo e passa a investigá-lo, ainda que de forma especulativa, contemplativa. 
Esse estado seria a condição para o surgimento do terceiro e último, o positivo.  
Positivo: Esse último seria o estado cientificista, que buscava explicações científicas para os fatos que ocorriam. Seria definido como a busca pela explicação de tudo que ocorre na natureza, o uso da razão, a desmistificação de todos os fenômenos. A natureza passaria a ser estudada e explicada com um enfoque científico, e não mais com enfoque religioso ou místico. Esse terceiro estado seria a soma dos dois anteriores adaptados. Foi a partir da criação desse terceiro estado, que surgira a corrente Positivista de Pensamento, também fundada por Auguste Comte. (Auguste Comte e o Positivismo).         Poderíamos comparar os estados com períodos da história da humanidade: O primeiro, teológico, poderíamos ligar ao período pré - renascimento, antes da reforma religiosa, onde todos os fatos eram atribuídos a Deus e a Igreja detinha o controle social. O segundo, metafísico, poderia ser comparado ao período das Grandes Navegações, quando os mares, natureza e floresta eram tratados com misticismo e receio por parte dos europeus. Ao fim, o estado Positivo seria o que estamos vivendo desde o Iluminismo até os dias atuais, onde se crê na ciência como forma de explicação da totalidade dos fenômenos, seja naturais, sociais, etc. 
Essa corrente visa o progresso moral e científico da sociedade por meio da ordem social e do desenvolvimento das ciências. O pensador estabeleceu uma espécie de hierarquia das sete grandes ciências: Matemática, Astronomia, Física, Química, Moral, Biologia e Sociologia, sendo essas duas últimas superiores. 
O filósofo acreditava que a Sociologia deveria basear-se nas ciências da natureza, sobretudo na Biologia e na Física, que tentam descobrir e decodificar as leis naturais. O sociólogo deveria fazer um trabalho análogo na sociedade: descobrir e decodificar as leis sociais. O sociólogo deveria ser um cientista observador, apoiando-se no conteúdo de sua análise e nos fatos. 
Segundo a historiografia positivista, o progresso histórico deveria ser constantemente aferido, tomando por base apenas os fatos que são constantemente registrados.
Essa corrente exerceu enorme influência no Brasil os militares e políticos ligados ao marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que em 1889 depôs o imperador Dom Pedro II, e tornou-se o primeiro presidente do Brasil, implantando uma tentativa de se fazer uma política baseada no positivismo, com o cultivo e a imposição da ordem social para se chegar ao progresso. Muita gente não sabe, mas o texto que aparece no centro da bandeira do Brasil - "Ordem e Progresso" - foi baseado em ideais positivistas. Em sua frase original, Comte dizia: "amor como princípio, ordem como base, progresso como objetivo". A partir deste pensamento, surgiu a famosa expressão que está estampada no centro da bandeira brasileira.
ARTIGO SOBRE POSITIVISMO





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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Contratualismo - Corrente Filosófica


contratualismo é uma abordagem da ética e filosofia política com base na teoria dos contratos sociais. Assim sendo, são chamados de “contratualistas” os filósofos que buscaram explicar a origem da sociedade e o fundamento do poder político em um contrato social entre os indivíduos (seja ele implícito ou explícito), marcando o fim do estado natural e o início da vida social e política.

Os contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau

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Os principais nomes dessa forma de filosofia política são os ingleses Thomas Hobbes e John Locke e o francês Jean Jacques Rousseau, que viveram entre os séculos XVI e XVIII. Chegando a diferentes conclusões, os três contratualistas afirmavam que a origem do Estado e da sociedade está num contrato social: anteriormente, as pessoas teriam vivido em um estado de natureza, mas através de um pacto firmado entre a maioria dos indivíduos de uma comunidade foram estabelecidas as regras de convívio social e instauradas as instituições do poder político.
Para Hobbes, o estado de natureza era um estado de igualdade natural entre os seres humanos, onde, para se impor ou se defender, e na ausência de um Estado ou normas reguladoras, os indivíduos entrariam em um estado generalizado de guerra. Nota-se que essa ideia se opõe à concepção aristotélica de que os seres humanos seriam seres políticos por natureza, predispostos à convivência harmônica em sociedade. Hobbes destaca o conflito inerente à natureza humana e explica que essa tensão seria apenas controlada por meio de um contrato entre as pessoas, permitindo assim o surgimento do Estado e a convivência em sociedade.
Já para Locke e Rousseau, o estado de natureza se diferenciava do estado de guerra hobbesiano. Locke acreditava que esse estágio pré-social era uma situação real e pacífica, caraterizada pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os indivíduos, que já seriam dotados de razão e desfrutavam da propriedade privada, considerada por Locke um dos direitos naturais do ser humano. Porém, os inconvenientes do estado de natureza fizeram com que os indivíduos livremente estabelecessem entre si um contrato social que garantisse seus direitos fundamentais, especialmente o da propriedade privada e a proteção da comunidade frente aos perigos internos e externos. Para Rousseau, o ser humano nasceu livre, porém teria encontrado uma série de obstáculos ao exercício de sua liberdade natural. Ao contrário de Locke, Rousseau acreditava que a propriedade privada teria sido um dos principais motivos de degradação daquela situação inicial de liberdade rumo à desigualdade e desarmonia, motivando assim os indivíduos à realização de um pacto social com o objetivo de estabelecer a liberdade civil.

Neo contratualistas

A ideia de um contrato que funda a sociedade manteve sua importância na filosofia política. John Rawls é um exemplo de um influente pensador político do século XX considerado um “neo contratualista”. Na sua teoria da justiça, John Rawls resgata a importância moral conferida por Immanuel Kant para a explicação das motivações dos indivíduos em sociedade e questiona as circunstâncias de desigualdade em que se encontram as diferentes partes do contrato social.

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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Racionalismo - Corrente Filosófica


racionalismo é uma teoria filosófica que dá a prioridade à razão, como faculdade de conhecimento relativamente aos sentidos.
O racionalismo pode ser dividido em diferentes vertentes: a vertente metafísica, que encontra um caráter racional na realidade e indica que o mundo está ordenado de forma lógica e sujeito a leis; a vertente epistemológica ou gnosiológica, que contempla a razão como fonte de todo o conhecimento verdadeiro, sendo independente da experiência; e a vertente ética, que acentua a relevância da racionalidade, respetivamente, à ação moral.
Os princípios da razão que tornam possível o conhecimento e o juízo moral são inatos e convergem na capacidade do conhecimento humano ("lumen naturale").
A defesa da razão e a preponderância desta corrente filosófica se transformou na ideologia do iluminismo francês e, no contexto religioso, criou uma atitude crítica em relação à revelação, que culminou na defesa de uma religião natural.

Racionalismo Cristão

O racionalismo cristão consiste em uma filosofia espiritualista sistematizada por Luís de Matos e que surgiu graças a uma separação do movimento espírita brasileiro. Seguidores dessa doutrina afirmam que o racionalismo cristão é uma ciência e não uma religião, e tem como objetivo abordar a evolução do espírito humano, chegando a conclusões sobre fenômenos e matérias como razão e raciocínio.

Racionalismo e Empirismo

Diferentemente do empirismo, o racionalismo aceita a existência das verdades inatas e as verdades "a priori". I. Kant realizou uma síntese de racionalismo e empirismo, ao manter como referência de todo o conhecimento o dado na experiência e afirmar ao mesmo tempo a existência de formas "a priori" no sujeito.

Racionalismo de Descartes

Como corrente filosófica, o racionalismo nasce com Descartes, e atinge o seu auge em B. Espinoza, G. W. Leibniz e Ch. Wolff. O racionalismo cartesiano indica que só é possível chegar ao conhecimento da Verdade através da razão do ser humano.
Para Descartes, existiam três categorias de ideias: as adventícias, as factícias e as inatas. As adventícias representam as ideias que surgem através de dados obtidos pelos nossos sentidos; factícias são as ideias que têm origem na nossa imaginação; e as ideias inatas, que não dependem da experiência e estão dentro de nós desde que nascemos. Segundo Descartes, conceitos matemáticos e a noção da existência de Deus eram exemplos de ideias inatas.
Basicamente à diferença entre o racionalismo e o empirismo é que para o Racionalismo todo o conhecimento verdadeiro deriva da pura razão. Assim essa corrente privilegia o "método dedutivo", pelo qual, com base em enunciados gerais, chega-se a conclusões de caráter particular sem auxílio de experiências. Para o Empirismo, ao contrário, tudo o que há de verdadeiro na mente humana deve ter passado primeiramente pela experiência. Desse modo, essa perspectiva filosófica privilegia o "método indutivo", pelo qual, por meio de experiência, alcança-se um conhecimento mais amplo.
Saiba mais sobre Empirismo.
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Empirismo - Corrente Filosófica


Empirismo é um movimento filosófico que acredita nas experiências humanas como únicas responsáveis pela formação das ideias e conceitos existentes no mundo.

O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.
O empirismo consiste em uma teoria epistemológica que indica que todo o conhecimento é um fruto da experiência, e por isso, uma consequência dos sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do conhecimento.
O principal teórico do empirismo foi o filósofo inglês John Locke (1632 – 1704), que defendeu a ideia de que a mente humana é uma "folha em branco" ou uma "tabula rasa", onde são gravadas impressões externas. Por isso, não reconhece a existência de ideias natas, nem do conhecimento universal.
Sendo uma teoria que se opõe ao Racionalismo, o empirismo critica a metafísica e conceitos como os de causa e substância. Ou seja, todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.
Etimologicamente, este termo possui uma dupla origem. A palavra pode ter surgido a partir do latim e também de uma expressão grega, derivando de um uso mais específico, utilizado para nomear médicos que possuem habilidades e conhecimentos de experiências práticas e não da instrução da teoria.
Além de John Locke, existiram outros diversos autores de destaque na formação do conceito do empirismo, como Francis Bacon, David Hume e John Stuart Mill.
Atualmente, o empirismo lógico é conhecido como neopositivismo, criado pelo círculo de Viena. Dentro do empirismo, existem três linhas empíricas: a integral, a moderada e a científica.
Na ciência, o empirismo é utilizado quando falamos no método científico tradicional, que é originário do empirismo filosófico, que defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.
Empirismo e Racionalismo
O Empirismo e o Racionalismo são duas correntes filosóficas opostas.
O Racionalismo aborda o tema do conhecimento a partir das ciências exatas, enquanto o Empirismo dá mais importância às ciências experimentais.
Segundo o Racionalismo, o conhecimento é alcançado fazendo um bom uso da razão, e não dos sentidos, porque a informação obtida através dos sentidos pode estar errada, porque é possível haver engano naquilo que se ouve ou vê.
Saiba mais sobre o significado do Racionalismo.
Empirismo e Inatismo
O Inatismo é uma corrente de pensamento filosófico totalmente oposta ao do Empirismo.
O Inatismo acredita que o conhecimento é inato ao ser humano, ou seja, os indivíduos já nascem com determinados conhecimentos.
Ao longo da vida, no entanto, os inatistas acreditam que os indivíduos devem receber estímulos para que todos os conhecimentos existentes possam se desenvolver.
Os conhecimentos seriam transmitidos de geração em geração através da hereditariedade.
Saiba mais sobre o significado do Inatismo.
Empirismo e Iluminismo
O Iluminismo, também conhecido como "Época das Luzes", foi um período de transformações na estrutura social, principalmente na Europa, onde os temas giravam em torno da Liberdade, do Progresso e do Homem.
Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava grande importância à razão, procurando sempre mobilizar o seu poder.
Descubra mais sobre o significado do Iluminismo.
Empirismo e Criticismo
O Criticismo é uma corrente filosófica que indica a razão como imprescindível para se alcançar o conhecimento, não havendo a necessidade do recurso aos sentidos.
Immanuel Kant, criador do Criticismo, usou essa filosofia para trazer um ponto comum entre o empirismo e racionalismo.
Kant afirma que a sensibilidade e o entendimento são duas faculdades importantes na obtenção do conhecimento, sendo que a informação captada pelos sentidos vai ser modelada pela razão.
Basicamente à diferença entre o racionalismo e o empirismo é que para o Racionalismo todo o conhecimento verdadeiro deriva da pura razão. Assim essa corrente privilegia o "método dedutivo", pelo qual, com base em enunciados gerais, chega-se a conclusões de caráter particular sem auxílio de experiências. Para o Empirismo, ao contrário, tudo o que há de verdadeiro na mente humana deve ter passado primeiramente pela experiência. Desse modo, essa perspectiva filosófica privilegia o "método indutivo", pelo qual, por meio de experiência, alcança-se um conhecimento mais amplo.
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