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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

SÉRIE PROFETAS: QUEM FOI MALAQUIAS

QUEM FOI MALAQUIAS

Malaquias
Últimas palavras proféticas
TÍTULO
O título do livro deriva do nome do autor da profecia, Malaquias. Com essa obra final dos Profetas Menores, Deus encerra o cânone do AT em termos históricos e proféticos.
AUTOR E DATA
Alguns sugerem que o livro tenha sido escrito por um autor anônimo, sob a alegação que o nome Malaquias, que significa “meu mensageiro” ou “mensageiro do SENHOR”, poderia ser um título, e não um nome próprio. É ressaltado o fato de que o nome Malaquias não ocorre em nenhuma outra parte do AT nem no contexto fornecido pelo autor. No entanto, já que todos os
outros livros proféticos identificam o seu autor historicamente no cabeçalho de introdução, podemos supor que Malaquias é, de fato, o nome do último profeta de Israel a registrar a sua profecia. A tradição judaica o identifica como um membro da Grande Sinagoga que reuniu e preservou os escritos da Escritura.
A julgar exclusivamente pelas evidências internas, a profecia foi escrita no fim do século V a.C., mais provavelmente durante o período que Neemias voltou à Pérsia, por volta de 433-424 a.C. 
(cf. Ne 5:14; 13:6). Os sacrifícios estavam sendo realizados no segundo templo (1:7-10; 3:8), concluído em 516 a.C. 
(cf. Ed 6:13-15). Vários anos haviam se passado desde então e os
sacerdotes haviam se tornado arrogantes e corruptos (1:6—2:9).  
A referência de Malaquias ao “governador” (1:8) pode ser associada ao período de domínio persa sobre Judá, quando Neemias estava visitando a Pérsia (Ne 13:6). Sua ênfase na lei (4:4) coincide com um enfoque semelhante de Esdras e Neemias 
(cf. Ed 7:14, 25-26; Ne 8:18). Outras preocupações em comum são
o casamento com esposas estrangeiras 
(2:11-15; cf. Ed 9-10; Ne 13:23-27), a  retenção do dízimo
(3:8-10; cf. Ne 13:10-14) e as injustiças sociais (3:5; cf. Ne 5:1-13). Neemias foi a Jerusalém em 445 a.C., com o propósito de
reconstruir os muros da cidade e voltou à Pérsia em 443 a.C. Regressou posteriormente para Israel (por volta de 424 a.C.) 
para tratar dos pecados descritos por Malaquias (Ne 13:6). 
É provável, portanto, que Malaquias tenha escrito durante a ausência de Neemias, quase um século depois que Ageu e
Zacarias começaram a profetizar. Como em Apocalipse 2 e 3, onde Cristo escreve sobre a situação das igrejas, aqui Deus escreve por intermédio de Malaquias para revelar a Israel o que pensa a respeito da nação.
CENÁRIO E CONTEXTO
Apenas cinquenta mil exilados haviam deixado a Babilônia e regressado para Judá (538-536 a.C.). O templo havia sido reconstruído sob a liderança de Zorobabel (516 a.C.) e o sistema sacrifical havia sido restabelecido. Esdras havia regressado em 
458 a.C., seguido por Neemias em 445 a.C. Apenas um
século depois, o ritual religioso vazio havia tornado o coração dos Judeus insensível ao grande amor de Deus por eles e levado tanto o povo quanto os sacerdotes a se esquecerem da lei do Senhor. Malaquias repreende e condena esses abusos, acusando o povo com dureza e chamando-o ao arrependimento.
Ao voltar da Pérsia pela segunda vez (por volta de 424 a.C.), Neemias repreendeu os judeus por esses abusos no templo e no sacerdócio, pela não observância do descanso sabático e por terem se divorciado ilegalmente de suas esposas judias para se casarem com mulheres gentias (cf. Ne 13).
PALAVRAS-CHAVE
Dia: em hebraico, yam — 3:2,17; 4:1,3,5 —, tem uma variedade de usos no AT. Pode se referir às horas de claridade, em contraste à noite (Am 5:8), ou a um dia de 24 horas, assim como determinado dia do mês (Gn 7:11). Pode também se referir a um período, tal como “época” ou colheita (Pv 25:13), ou até a um ano (2Sm 13:23). Essa palavra é utilizada na importante expressão “dia do SENHOR” (veja Is 2:12; Ez 13:5; Jl 1:15; Sf 1:14). 
Para os profetas, o dia do Senhor será o dia futuro em que Deus triunfará definitivamente sobre todos os seus inimigos.
Aquele dia será um dia de grande alegria e bênçãos para os servos fiéis de Deus (Is 2), ao passo que, para os inimigos dele, será um “dia de trevas” (Am 5:18).
Pôr à prova: em hebraico, bachan — 3:10 —, significa “testar” ou “submeter a teste” (Jó 23:10; Sl 139:23; Zc 13:9). Pode significar “provar” no sentido de distinguir uma coisa de outra (Jó 34:3). Quando essa palavra é usada para descrever a “provação” de alguém por parte de Deus, significa testar essa pessoa, de modo que a fé dela seja fortalecida (veja Sl 66:10-12; Jr 17:10; 20:12). 
O desafio de Malaquias aos israelitas para testarem a Deus é um
exemplo raro em que as pessoas são incentivadas a colocarem à prova a fidelidade do Senhor (3:10). 
Essa palavra para “pôr à prova” pode ser contrastada com outro termo hebraico para testar: nasah, que é frequentemente
empregado com sentido negativo para descrever a forma como Israel estava testando Deus com sua descrença, 
(Êx 17:7; Sl 78:18; 95:9); era uma marca de adultério espiritual (Mt 12:38-39). Segundo Tiago, Deus coloca as pessoas à prova para lhes conceder a coroa da vida, mas ele não tenta ninguém 
(Tg 1:12-14).
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