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sábado, 15 de setembro de 2018

SÉRIE EVANGELHO: QUEM FOI LUCAS?

QUEM FOI LUCAS

De acordo com a tradição, Lucas era gentio. O apóstolo Paulo parece confirmar isso ao distinguir Lucas daqueles que eram “da circuncisão” (Cl 4:11,14). Isso faria de Lucas o único gentio que escreveu um
livro da Escritura. Ele é responsável por uma parte significativa do NT, tendo escrito tanto esse Evangelho quanto o livro de Atos dos Apóstolos (veja “Autor e Data”).

AUTOR E DATA
O Evangelho de Lucas e o livro de Atos foram claramente escritos pela mesma pessoa (cf. 1:1-4; At 1:1). Embora nunca tenha se identificado pelo nome, a autoria fica clara a partir do uso da primeira pessoa do plural em muitas seções de Atos nas quais ele foi uma companhia próxima do apóstolo
Paulo (At 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1—28:16). Entre os companheiros que o apóstolo menciona em suas epístolas (Cl 4:14; 2Tm 4:11; Fm 24), Lucas é a única pessoa que se encaixa no perfil de autor desses livros. Isso está em perfeito acordo com a tradição primitiva da igreja que, com
unanimidade, atribuía esse Evangelho a Lucas.
Pouco se sabe a respeito de Lucas. Ele quase nunca incluiu detalhes autobiográficos e nada se sabe em definitivo a respeito do seu passado ou da sua conversão. Eusébio e Jerônimo o identificam como nativo de Antioquia (o que pode explicar o fato de tantas partes de Atos se concentrarem em
Antioquia — cf. At 11:19-27; 13:1-3; 14:26; 15:22-23,30-35; 18:22-23).
Lucas foi companhia frequente do apóstolo Paulo, pelo menos no período que vai da época da visão macedônia de Paulo (At 16:9-10) até o martírio do apóstolo (2Tm 4:11).
Paulo referiu-se a Lucas como médico (Cl 4:14). O interesse demonstrado por Lucas pelos fenômenos médicos fica evidente por meio da importância que ele deu ao ministério de cura de Jesus (por exemplo: 4:38-40; 5:15-25; 6:17-19; 7:11-15; 8:43-47,49-56; 9:2,6,11; 13:11-13; 14:2-4; 17:12-
14; 22:50-51). Nos dias de Lucas, os médicos não possuíam um vocabulário de terminologia técnica específico; desse modo, quando ele discute curas e outras questões médicas, sua linguagem não é muito diferente da usada pelos autores dos outros Evangelhos.
Lucas e Atos parecem ter sido escritos praticamente ao mesmo tempo — Lucas primeiro e Atos depois. Combinados, eles compõem um relato em dois volumes endereçado a “Teófilo” (1:3; At 1:1; veja “Cenário e contexto”), apresentando uma história abrangente da fundação do cristianismo, que vai do nascimento de Cristo à prisão domiciliar de Paulo em Roma (At 28:30-31).
O livro de Atos termina com Paulo ainda em Roma, o que leva à conclusão de que Lucas escreveu esses livros enquanto Paulo esteve preso ali (por volta de 60-62 d.C.). Lucas registra a profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (19:42-44; 21:20-24), mas não faz menção ao
cumprimento dessa profecia, nem nesse Evangelho, nem em Atos. Lucas preocupava-se muito em registrar o cumprimento das profecias (cf. At 11:28), de modo que é extremamente improvável que ele tenha escrito esses livros depois da invasão romana em Jerusalém. O livro de Atos também não faz menção à grande perseguição iniciada sob as ordens de Nero em 64 d.C.
Além disso, muitos estudiosos definem a data do martírio de Tiago como tendo ocorrido em 62 d.C. e, se esse fato tivesse ocorrido antes que Lucas completasse sua história, ele certamente o teria mencionado. Portanto, a data mais provável para a composição desse Evangelho é 60 ou 61 d.C.

CENÁRIO E CONTEXTO
Lucas dedicou suas obras ao “excelentíssimo Teófilo” (lit., “o que ama a Deus” — 1:3; cf. At 1:1). Essa designação, que pode ser um apelido ou um pseudônimo, é acompanhada por uma referência formal (“excelentíssimo”), possivelmente significando que “Teófilo” era um dignitário romano bastante conhecido, talvez um dos que eram do “palácio de César” e que se converteram a Cristo (Fp 4:22).
É quase certo, porém, que Lucas queria atingir um público mais amplo com a sua obra do que apenas esse homem. As dedicatórias presentes no início de Lucas e de Atos são semelhantes às que vemos em livros atuais. Não parecem ser uma saudação ao destinatário de uma epístola.
Lucas declarou expressamente que o conhecimento dos fatos registrados no seu Evangelho veio de relatos de pessoas que haviam testemunhado pessoalmente os acontecimentos (1:1-2), deixando fortes evidências de que ele mesmo não foi uma testemunha ocular. A partir do prólogo, fica mais
claro que o seu objetivo era apresentar um relato ordenado dos acontecimentos da vida de Jesus, mas isso não significa que ele sempre seguiu uma ordem cronológica rigorosa em todas as situações.
Ao reconhecer que compilou o seu relato a partir de várias fontes existentes à época, Lucas não estava desprezando a inspiração divina de sua obra. O processo de inspiração nunca se sobrepõe ou despreza a personalidade, o vocabulário e o estilo dos autores humanos da Escritura.
Os traços singulares dos autores humanos estão sempre estampados de maneira indelével em todos os livros da Escritura. A pesquisa de Lucas não é exceção a essa regra. A pesquisa em si foi orquestrada pela Providência divina e, em seus escritos, Lucas foi movido pelo Espírito Santo (2Pe 1:21). Portanto, o seu relato é infalivelmente verdadeiro.

CRISTO EM LUCAS
O médico Lucas apresenta Jesus como o Grande Médico (5:31-32; 15:4-7,31-32;19:10). Lucas analisa a interação de Jesus com os publicanos, as mulheres, as crianças, os gentios e os samaritanos, demonstrando seu ministério singular aos marginalizados da sociedade. Lucas também descreve Jesus como o Filho do

homem, enfatizando sua oferta de salvação para o mundo.
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