Este artigo é uma reflexão sobre a obra clássica do filósofo dinamarquês Sören Aabye Kierkegaard
(1813 – 1855), Temor e Tremor – um livro escrito em 1843, quando o autor tinha 30 anos e encontrava-se reavaliando seus conceitos individuais de fé e de cristianismo. Na busca de sentido religioso interior, Kierkegaard foi se tornando um filósofo solitário, usando sua própria existência como base para compreender o sentido último da existência humana. Temor e Tremor, obra do pai do Existencialismo, aprofunda a perspectiva dialética da existência humana sob o enfoque da fé em relação ao Transcendente. Para Kierkegaard, não existe somente o concreto e o abstrato, mas sim uma intrínseca relação entre ambos que norteiam as experiências humanas. Nesta obra, Kierkegaard não nega seu passado cristão, mas, sim, afirma que esta doutrina religiosa deve ser internalizada pelo Indivíduo segundo suas próprias demandas subjetivas. A análise contida em Temor e Tremor ainda possui parâmetros atuais para a reflexão do homem quanto à conduta religiosa, devendo, portanto, ser resgatadas.
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