Aurélio Agostinho (em
latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona, conhecido
como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de
354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e
é um Padre latino e Doutor da Igreja Católica.
Agostinho é uma das
figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em
seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e
pelo neoplatonismo de Plotino,[3] mas depois de tornar-se
cristão (387), ele desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e
teologia e uma variedade de métodos e perspectivas diferentes.[4] Ele
aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o
Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de
Igreja como a cidade espiritual de Deus (em um livro de mesmo
nome), distinta da cidade material do homem.[5] Seu
pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja se
identificou com o conceito de "Cidade de Deus" de Agostinho, e também
a comunidade que era devota de Deus.[6]
Na Igreja Católica,
e na Igreja Anglicana, é considerado um santo, e um importante Doutor da
Igreja, e o patrono da ordem religiosa agostinha. Muitos protestantes,
especialmente calvinistas, o consideram como um dos pais teólogos da Reforma
Protestanteensinando a salvação e a graça divina.
Na Igreja Ortodoxa
Oriental ele é louvado, e seu dia festivo é celebrado em 15 de junho, apesar de
uma minoria ser da opinião que ele é um herege, principalmente por
causa de suas mensagens sobre o que se tornou conhecido como a cláusula
filioque.[7] Entre os ortodoxos é chamado de "Agostinho
Abençoado", ou "Santo Agostinho o Abençoado".[8]
Biografia
Agostinho nasceu na
cidade de Tagaste, província de Souk Ahras, na época uma província romana no
norte de África, na atualArgélia, filho de pai pagão, chamado Patrício e mãe
católica, Mônica. Foi educado no norte de África e resistiu aos ensinamentos de
sua mãe para se tornar cristão.[9]
Agostinho era de
ascendência berbere. Com onze anos de idade, foi enviado para a escola em
Madaura, uma pequena cidade da Numídia. Lá ele tornou-se familiarizado com a
literatura latina, bem como práticas e crenças do paganismo. Em 369 e 370, ele
permaneceu em casa.
Durante esse período
ele leu o diálogo Hortensius de Cícero (hoje perdido), que
deixou uma impressão duradoura sobre ele e despertou-lhe o interesse pela
filosofia e passou a ser um seguidor do maniqueísmo.[9]
Com dezessete anos,
graças à generosidade de um concidadão, chamado Romaniano, o pai de Agostinho
pode enviá-lo para Cartago para continuar sua educação na retórica. Vivendo
como um pagão intelectual, ele tomou uma concubina; numa tenra idade, ele
desenvolveu uma relação estável com uma mulher jovem em Cartago, com a qual
teve um filho, Adeodato.
Durante os anos 373
e 374, Agostinho ensinou gramática em Tagaste. No ano seguinte, mudou-se para
Cartago a fim de ocupar o cargo de professor da cadeira municipal de retórica,
e permanecerá lá durante os próximos nove anos.[9]
Desiludido pelo
comportamento indisciplinado dos alunos em Cartago, em 383, mudou-se para
estabelecer uma escola em Roma, onde ele acreditava que os melhores e mais
brilhantes retóricos ensinaram. No entanto, Agostinho ficou desapontado com as
escolas romanas, que ele encontrou apática. Quando chegou o momento para os
seus alunos para pagar os seus honorários eles simplesmente fugiram.
Amigos maniqueístas
apresentaram-lhe o prefeito da cidade de Roma, Symmachus, que tinha sido solicitado
a fornecer um professor de retórica imperial para o tribunal provincial em
Milão. Agostinho ganhou o emprego e ocupou o cargo no final de 384.[9]
Cristão
Agostinho recebe o
batismo das mãos de Ambrósio
Enquanto ele estava
em Milão, Agostinho mudou de vida. Ainda em Cartago, começou a abandonar o
maniqueísmo, em parte devido a um decepcionante encontro com um chefe expoente
da teologia maniqueísta, Fausto.[9]
Em Roma, ele relata
ter completamente se afastado do maniqueísmo, e abraçou o movimento cético da
Academia Neoplatónica. Sua mãe insistia para que ele se tornasse cristão e
também seus próprios estudos sobre o neoplatonismo também foram levando-o neste
sentido, e seu amigo Simplicianus instou-o dessa forma também. Mas foi a
oratória do bispo de Milão, Ambrósio, que teve mais influência sobre a
conversão de Agostinho.
A mãe de Agostinho
havia-o seguido para Milão e insistiu para que abandonasse a relação com a
mulher com quem vivia ilegalmente e procurasse outra para casar, conforme as
leis do mundo e a doutrina cristã. A amada foi mandada de volta para a África e
Agostinho deveria esperar dois anos para contrair casamento legal; mas logo
ligou-se a uma concubina.[9]
No verão de 386,
após ter lido um relato da vida de António do Deserto, de Atanásio de
Alexandria, que muito inspirou-lhe, Agostinho sofreu uma profunda crise
pessoal. Decidiu se converter ao cristianismo católico, abandonar a sua
carreira na retórica, encerrar sua posição no ensino em Milão, desistir de
qualquer ideia de casamento, e dedicar-se inteiramente a servir a Deus e às
práticas do sacerdócio.
A chave para esta
transformação foi à voz de uma criança invisível, que ouviu enquanto estava em
seu jardim em Milão, que cantava repetidamente, "Tolle, lege"; "tolle,
lege" ("toma e lê"; "toma e ler"). Ele tomou
o texto da epístola de Paulo aos romanos, e abriu ao acaso em 13:13-14, onde
lê-se: "Não caminheis em glutonerias e embriaguez, nem em
desonestidades e dissoluções, nem em contendas e rixas, mas revesti-vos do
Senhor Jesus Cristo e não procureis a satisfação da carne com seus
apetites".[9]
Ele narra em
detalhes sua jornada espiritual em sua famosa Confissões (Confessions),
que se tornou um clássico tanto da teologia cristã quanto da literatura
mundial. Ambrósio batizou Agostinho, juntamente com seu filho, Adeodato, na
vigília da Páscoa, em 387, em Milão, e logo depois, em 388 ele retornou à
África. Em seu caminho de volta à África sua mãe morreu, e logo após também seu
filho, deixando-o sozinho, sem família.
Bispo
Após o regresso ao
Norte da África, vendeu seu patrimônio e deu o dinheiro aos pobres. A única
coisa com que ele ficou foi a casa da família, que se converteu em uma fundação
monástica para si e um grupo de amigos.
Em 391, ele foi
ordenado sacerdote em Hipona (atual Annaba, na Argélia). Em 396, foi eleito
bispo coadjutor de Hipona (auxiliar, com o direito de sucessão depois da morte
do bispo corrente) e pouco depois bispo principal. Ele permaneceu nessa posição
em Hipona até sua morte em 430.[9]
Ele deixou o seu
mosteiro, mas continuou a levar uma vida monástica na residência episcopal. Ele
deixou uma regra (latim, regulamentos) para seu mosteiro que o levou ser
designado o "santo padroeiro do clero regular", isto é, sacerdotes
que vivem por uma regra monástica.
Tumba de Agostinho
na Basílica de São Pedro em céu de ouro em Pávia.
Sua vida foi
registrada pela primeira vez por seu amigo São Possídio, bispo de Calama, no
seuSancti Augustini vita. Descreveu-o como homem de poderoso intelecto e
um enérgico orador, que em muitas oportunidades defendeu a fé católica contra
todos seus inimigos.[9]
Possídio também
descreveu traços pessoais de Agostinho com detalhe, desenhando um retrato de um
homem que comia com parcimónia, trabalhou incansavelmente, desprezando fofocas,
rejeitando as tentações da carne, e que exerceu a prudência na gestão financeira
conforme sua posição e autoridade de bispo.
Sua vida não é
tranquila: missa diária, prega até duas vezes ao dia, dá catequese, administra
bens temporais, resolve questões de justiça (cerca, muro, dívidas, brigas de
família…), atende aos pobres e órfãos, etc.[10]
Pouco antes da morte
de Agostinho, a África romana foi invadida pelos vândalos, uma tribo guerreira
que estava aderindo ao arianismo. Pouco depois de Hipona ser cercada pelos
bárbaros Agostinho adoeceu; Possídio relata que ele gastou seus últimos dias em
oração e penitência, pedindo para que os salmos penitenciais de Davi fossem
pendurados em sua parede para que ele pudesse ler. Pouco tempo após sua morte,
os vândalos levantaram o cerco de Hipona, mas não muito tempo depois eles
voltaram e queimaram a cidade. Eles destruíram tudo, mas a catedral de
Agostinho e a biblioteca ficaram inalteradas.
Agostinho foi
canonizado por reconhecimento popular e reconhecido como um Doutor da Igreja.
Na Igreja Católica, o seu dia é 28 de agosto, o dia no qual ele supostamente
morreu. Ele é considerado o santo padroeiro dos cervejeiros, impressores,
teólogos e de um grande número de cidades e dioceses. Para os protestantes ou
evangélicos, Agostinho é referencial na história eclesiástica, pois foi um
valoroso líder da Igreja primitiva e deixou suas marcas como verdadeiro
discípulo de Cristo.
Obras
Agostinho foi um
autor prolífico em muitos géneros — tratados filosóficos, teológicos,
comentários de escritos da Bíblia, além de sermões e cartas.[9]
Dele restaram
algumas centenas de cartas (Epistulae) e de sermões (Sermones)
considerados autênticos. Além disso, deixou 113 obras escritas.[10]
Agostinho é chamado
de o Doutor da Graça, por sua compreensão sobre o tema.
§ Textos
autobiográficos:
As suas Confissões (Confesiones),
escritas entre os anos 397-398, são geralmente consideradas como a primeira
autobiografia. Agostinho descreve sua vida desde sua concepção até à sua então
relação com Deus, e termina com um longo discurso sobre o livro do Génesis, no
qual ele demonstra como interpretar a Bíblia. A consciência psicológica e
auto-revelação da obra ainda impressionam leitores.
Mesmo sendo uma
autobiografia, as Confissões não deixam de ter a marca
filosófica de Agostinho. No Livro X, Agostinho escreve sobre a memória e suas
atribuições. Já no Livro XI, Agostinho fala sobre a Criação, sobre o Tempo e da
noção psicológica que se tem deste.
No fim da sua vida,
Agostinho revisitou os seus trabalhos anteriores por ordem cronológica e
sugeriu que teria falado de forma diferente numa obra intitulada Retratações,
que nos daria uma imagem considerável do desenvolvimento de um escritor e os
seus pensamentos finais.
§ Filosóficos:
Diálogos: Solilóquios (Soliloquiorum
libri duo), Sobre o Mestre (De Magistro, trata da educação neste
diálogo), Sobre o livre arbítrio (De Libero Arbitrio, trata sobre o mal
e sobre as escolhas)
Contra os acadêmicos
(Contra academicos, em que combate o cepticismo).
O Livro das
disciplinas (Disciplinarum libri é uma vasta enciclopédia com o fim
de mostrar como se pode e se deve ascender a Deus a partir das coisas
materiais. Não está acabada).
§ Apologéticos:
Da verdadeira religião (De vera religione), etc.
A Cidade de Deus (iniciada c.
de 413, terminada em 426, uma de suas obras capitais, nela nos oferece uma
síntese de seu pensamento filosófico, teológico e político). O De
civitate Dei libri XXII.
§ Dogmáticos:
Entre 399-422,
escreveu A Trindade, uma das principais obras que apoia a crença na
Santíssima Trindade de Deus. O De Trinitate libri XV.
Sobre a imortalidade
da alma (De inmortalitate animae)
Sobre a
potencialidade da alma (De quantitate animae)
Enquirídio (Enchiridion,
ad Laurentium ou De fide, spe et caritate liber I, é um
manual de teologia segundo o esquema das três virtudes teológicas. Contém uma
explicação do Credo, da oração do Padre Nosso e dos preceitos morais da Igreja
Católica).
Da fé e do credo
livro I (De fide et símbolo liber I), etc.
§ Morais e
pastorais:
Contra mendacium, Da catequese dos
não instruídos livro I (De catechizandis rudibus liber I), Da
continência livro I (De continentia liber I), Da paciência livro I (De
patientia liber I), etc.
§ Monásticos:
Regula ad servos — a mais
antiga das regras monásticas do Ocidente.
§ Exegéticos:
A Bíblia teve um
papel decisivo para Agostinho. Pode-se destacar:
Da doutrina cristã
livro IV (De doctrina christiana libri IV (é uma síntese dogmática
que servirá de modelo para as Sententiae os pensadores da
Idade Média), De Genesi ad litteram libri XII, Da harmonia dos
evangelhistas livro IV (De consensu Evangelistarum libri IV (foram
escritos em resposta aos que acusavam os evangelistas de contradizer-se e de
haver atribuído falsamente a Cristo a divinidade), etc.
§ Tratados:
Tratados sobre o
evangelho de João (In Iohannis evangelium tractatus), As enarrações, ou
exposições, dos Salmos (Enarrationes in Psalmos), etc.
§ Polémicos:
Muitas de suas obras
tem caráter polêmico por causa dos conflitos que ele enfrentou. Isso levou São
Posídio a classificá-las conforme os adversários combatidos: pagãos,
astrológos, judeus, maniqueus, priscilianistas, donatistas, pelagianos, arianos
e apolinaristas.[9]
De natura boni liber
I, Psalmus
contra partem Donati, De peccatorum meritis et remissione et de
baptismo parvolorum ad Marcellium libri III (de 412, primeira teología
bíblica da redencão, do pecado original e da necessidade do batismo), De
gratia et libero arbitrio liber I (de 426, em que demonstra a
necessidade da graça, da existência do livre arbitrío), De haeresibus,
etc.
Pensamento
O problema do mal
Em seu livro Sobre
o livre arbítrio (em latim: De libero arbitrio) Agostinho
tenta provar de forma filosófica que Deus não é o criador do mal. Pois, para
ele, tornava-se inconcebível o fato de que um ser tão bom, pudesse ter criado o
mal.[11]
A concepção que
Agostinho tem do mal, esta baseada na teoria platônica, assim o mal não é um
ser, mas sim a ausência de um outro ser, o bem. O mal é aquilo que
"sobraria" quando não existe mais a presença do bem. Deus seria a
completa personificação deste bem, portanto não poderia ter criado o mal.
No diálogo com seu
amigo Evódio, Agostinho tenta explicar-lhe que a origem do mal está no
livre-arbítrio concedido por Deus. Deus em sua perfeição, quis criar um ser que
pudesse ser autônomo e assim escolher o bem de forma voluntária. O homem,
então, é o único ser que possuiria as faculdades da vontade, da liberdade e do
conhecimento. Por esta forma ele é capaz de entender os sentidos existentes em
si mesmo e na natureza. Ele é um ser capacitado a escolher entre algo bom
(proveniente da vontade de Deus) e algo mau (a prevalência da vontade das
paixões humanas).[12]
Entretanto, por ter
em si mesmo a carga do pecado original de Adão e Eva, estaria constantemente
tendenciado a escolher praticar uma ação que satisfizesse suas paixões (a
ausência de Deus em sua vida). Deus, portanto, não é o autor do mal, mas é
autor do livre-arbítrio, que concede aos homens a liberdade de exercer o mal,
ou melhor, de não praticar o bem.
Tempo e Criação
No Livro XI
das Confissões (em latim: Confessiones) Agostinho
põe-se a cargo de versar acerca da criação do mundo por meio do Verbo, que podemos
entender como "palavra criadora". Com efeito, o filósofo compreende
que o mundo só poderia ter duas origens 1) do nada (em latim: ex-nihilo)
e 2) a partir de parte da sua substância. No entanto, a última suposição é
falsa pois teria de se admitir um Deus imutável, algo não condizente com o
pensamento do Doutor Africano.
A fim de responder a
asserção: “Do que faria Deus antes de criar o mundo?”[13] o
filósofo tece sua crítica aos maniqueus e expõe seu pensamento a respeito do
tempo e da criação. A evidente resposta do Santo Doutor à tal pergunta é a de
que Deus não estaria fazer nada, pois não havia tempo antes deste ter sido
criado por Deus, ficando expresso que o tempo nada mais é do que uma criatura
assim como o mundo e todas as coisas. Para o pensador, o tempo e o universo
foram criado em conjuto, e Deus estaria fora deste contexto pois ele é eterno e
a eternidade não entra no tempo.
Para o filósofo do
medievo, o tempo não tem existência per se e só pode ser
apreendido por nossa alma por meio de uma atividade chamada de "distensão
da alma" (em latim:distentio animi). A distensão da alma, grosso
modo, nada mais é do que a compreensão dos três tempos; pretérito, presente e
futuro na alma, de modo que seja possível lembrar do passado, viver o presente
e prever o futuro. Agostinho afirma que a alma é quem pode medir o tempo e essa
"medição" atesta a existência do tempo apenas em caráter psicológico.
Influência como
pensador e teólogo
Na história do
pensamento ocidental, sendo muito influenciado pelo platonismo e neoplatonismo,
particularmente por Plotino, Agostinho foi importante para o
"baptismo" do pensamento grego e a sua entrada na tradição cristã e,
posteriormente, na tradição intelectual europeia. Também importantes foram os
seus adiantados e influentes escritos sobre a vontade humana, um tópico central
na ética, que se tornaram um foco para filósofos posteriores, como Arthur
Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, mas ainda encontrando eco na obra de Albert
Camus e Hannah Arendt(ambos os filósofos escreveram teses sobre Agostinho).
É largamente devido
à influência de Agostinho que o cristianismo ocidental concorda com a doutrina
do pecado original. Os teólogos católicos geralmente concordam com a crença de
Agostinho de que Deus existe fora do tempo e no "presente eterno"; o
tempo só existe dentro do universo criado.
O pensamento de
Agostinho foi também basilar na orientação da visão do homem medieval sobre a
relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância
do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha restaurar a condição
decaída da razão humana, sendo portanto mais importante. Agostinho afirmava que
a interpretação da Bíblia deveria ser feita de acordo com os conhecimentos
disponíveis, em cada época, sobre o mundo natural. Escritos como sua
interpretação do livro bíblico do Gênesis, como o que chamaríamos hoje de um
"texto alegórico", iriam influenciar fortemente a Igreja medieval,
que teria uma visão mais interpretativa e menos literal dos textos sagrados.
Tomás de Aquino tomou muito de Agostinho para criar sua própria síntese do pensamento filosófico grego e do cristão. Dois teólogos posteriores que admitiram influência especial de Agostinho foram João Calvino e Cornelius Otto Jansenius.
§ Graça
§ Agostinianos
§ Anexo:Lista de
santos
§ Regra de Santo
Agostinho
Notas e referências
1. ↑ Wells, J.. Longman Pronunciation Dictionary. 2 ed. Nova
York: Longman, 2000. ISBN 0582364671
2. ↑ The American Heritage College Dictionary. Boston:
Houghton Mifflin Company, 1997. 91 p. ISBN 0395669170
3. ↑ Cross, Frank L.; Livingstone, Elizabeth. The Oxford
Dictionary of the Christian Church. Oxford Oxfordshire: Oxford University
Press, 2005. Capítulo: Platonism, ISBN 0192802909
4. ↑ Augustine the Theologian. Londres: [s.n.],
1970. 347-349 p. ISBN 0223-97728-4 (edição de março de 2002, ISBN
1-57910-918-7).
5. ↑ Durant, Will. Caesar and Christ: a History of Roman
Civilization and of Christianity from Their Beginnings to A.D. 325. Nova
York: MJF Books, 1992. ISBN 1567310141
6. ↑ Wilken, Robert L.. The Spirit of Early Christian Thought.
New Haven: Yale University Press, 2003. 291 p. ISBN 0300105983
7. ↑ Archimandrite [now Archbishop] Chrysostomos. "Book
Review: The Place of Blessed Augustine in the Orthodox Church". Orthodox Tradition II:
40-43. Página visitada em 28 de junho de 2007.
8. ↑
"'Abençoado', aqui, não significa que ele é menos que um santo, porém é um
título concedido a ele como sinal de respeito.""Blessed Augustine of
Hippo: His Place in the Orthodox Church: A Corrective Compilation". Orthodox
Tradition XIV: 33-35. Página visitada em 28-6-2007.
9. ↑ a b c d e f g h i j k AGOSTINHO
DE HIPONA. Confissões. Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de
Pina; “Vida e obra” por José Américo Motta Pessanha. São Paulo: Nova Cultural,
1999. 416 p. (Coleção Os Pensadores). Original em latim. ISBN
85-13-00848-6.
10. ↑ a b Besen,
José Artulino. Agostinho e os Pais do Ocidente. Página visitada em
21 de maio de 2009.
11. ↑ Lucena,
Elisa. O problema do mal em Agostinho. Página visitada em 9 de maio
de 2009.
12. ↑ Moraes Neto,
Felipe José de; Simões, Adelson Cheibel. O livre-arbítrio e a relação
com o Criador, no Livro III, da obra O Livre-Arbítrio de Santo Agostinho.
Página visitada em 9 de maio de 2009.
13. ↑ Confissões XI;
X, XII
§ Este
artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em espanhol, cujo
título é Agustín de Hipona, especificamente desta versão.
Bibliografia
§ AGOSTINHO. A
Cidade de Deus Volume II. Trad. de J. Dias Pereira. Lisboa: Fundação
Calouste Goulbekian, 2000.
§ ______. A
Trindade. Trad. de Frei Agustinho Belmonte, O.A.R. São Paulo: Paulus, 1994.
§ ______. Confissões.
Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina; “Vida e obra” por José Américo
Motta Pessanha. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Coleção Os pensadores).
§ ______. La
inmortalidad del alma. Lope Cilleruelo. Madrid: Biblioteca de Autores
Cristianos, 1988. (Obras completas de San Agustin XXXIX).
§ ______. Sobre
a potencialidade da alma (De quantitate animae). Trad. de Aloysio
Jansen de Faria. Petrópolis: Vozes, 2005.
§ DILMAN,
Ilham. Free will: an historical and philosophical introduction. Florence, KY, USA:
Routledge, 1999.
§ GILSON,
Etienne. Introdução ao estudo de Santo Agostinho. Trad. de
Cristiane Negreiros Abbud Ayoub. São Paulo: Paulus, 2006.
Artigo sobre:Patrística e Escolástica |
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