O termo metafísica foi
consagrado por Andrônico de Rodes a partir da ordenação dos livros aristotélicos
referidos à ciência dos primeiros princípios e primeiras causas do ser.
Para Aristóteles a metafísica é, simultaneamente, ontologia,
filosofia e teologia, na medida em que se ocupa do ser supremo dentro da
hierarquia dos seres. Neste sentido, foi recolhida pela filosofia tradicional
até Kant, que se interrogou sobre a possibilidade da metafísica como ciência.
A interpretação da metafísica como estudo do
"sobrenatural" é de origem neoplatônica. A tradição escolástica
identificou o objeto de estudo da metafísica com o da teologia, ainda que tenha
distinguido as duas pelos métodos usados: para explicar Deus, a metafísica
recorre à razão e a teologia à revelação.
Na Idade Moderna, ocorre uma clara separação entre a concepção
aristotélica e a neoplatônica: a metafísica como ontologia se converte em
teoria das categorias, teoria do conhecimento e teoria da ciência
(epistemologia); como ciência do transcendental, se converte em teoria da
religião e das concepções do mundo.
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