John Locke (1632-1704) foi um
filósofo inglês, considerado um dos principais pensadores do empirismo. O
empirismo é uma corrente de pensamento que admite que todo o conhecimento é
conquistado somente por meio da experiência.
Locke também foi um defensor do individualismo liberal e da divisão
do estado em três poderes.
Quem foi John Locke?
Locke nasceu em em 29 de agosto de 1632, na vila de Wrington, na
Inglaterra. Seu pai, além de um pequeno proprietário de terras, era funcionário
do tribunal e serviu como capitão da cavalaria do exército parlamentar.
Enquanto criança, estudou na Westminster School. Em 1652, aos 20 anos,
ingressou na Christ Church College, uma das maiores faculdades constituintes da
Universidade de Oxford, uma das mais respeitadas do mundo. Além de aluno, foi
professor desta instituição de ensino, lecionando retórica, Grego e Filosofia.
Inicialmente, em 1656, graduou-se Artes. Posteriormente, ainda em
Oxford, ele estudou Medicina, Ciências Naturais e Filosofia. Dois anos depois
ingressou na academia científica da Sociedade Real de Londres.
O interesse dele por filosofia aumentou, de modo que ele entrou em
contato com a obra de importantes filósofos, que acabaram o influenciando, como
Francis Bacon, René Descartes e Thomas Hobbes.
Em 1683 foi acusado de traição por seu envolvimento com o seu mentor,
Lord Ashley Cooper, que foi acusado de tramar a morte do Rei Carlos II. Assim,
teve que fugir para a Holanda, onde ficou até 1688, no fim da Revolução
Gloriosa.
Já de volta, publicou suas primeiras obras: Ensaio sobre o entendimento
humano e Cartas sobre a tolerância.
John Locke faleceu aos 72 anos, no dia 28 de outubro de 1704 em Harlow,
Inglaterra. Não se casou e também não teve filhos.
Filosofia de John Locke
Locke é considerado um dos mais importantes filósofos do empirismo. De
acordo com este pensamento, o conhecimento é obtido por meio das experiências,
ao invés de apenas deduções. Ou seja, é a ciência com base na observação do
mundo, rejeitando também, explicações com base na fé.
Locke afirmava que ao nascer, a mente das pessoas é como uma “folha em
branco” ou uma “tábua rasa” e somente a partir das experiências é que as ideias
são formadas. Ainda segundo ele, essa experiência pode ser tanto externa, e
portanto, relacionada às sensações, quanto internas, provenientes de reflexões.
Essa visão exclui, portanto, a ideia de ter um conhecimento universal,
uma vez que o processo é diferente para cada pessoa, pois todas as experiências
são únicas.
Contudo, de acordo com os pensamentos de Locke, a mente não é
considerada apenas um receptor passivo, sendo responsável por processar todas
as experiências, transformando-as em conhecimento e moldando a personalidade.
Outra ideia é importante, bastante relacionada com esta anterior, é que
todos os seres humanos nascem bons e a sociedade é responsável por
corrompê-los.
A Política de acordo com John Locke
Em relação à Política, Locke ficou conhecido por criticar a teoria de
direito divino dos reis, defendida pelo bispo e teólogo francês, Jacques
Bossuet. Ou seja, para ele, a soberania deveria ser popular e não concentrada
nas mãos do Estado, como era naquele momento.
Contudo, ele admitia a supremacia do Estado, mas defendia que este
deveria respeitar a lei natural e a lei civil.
Na obra “Dois Tratados Sobre o Governo Civil” contesta, além do direito
divino dos reis, o absolutismo e o autoritarismo de modo geral.
Assim como Montesquieu, ele foi um grande defensor da divisão do estado
em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Levando em consideração
as ideias expostas acima, Locke defendia que os demais poderes fossem
subordinados ao Legislativo, que por representar o povo, era considerado o mais
importante.
Além disso, defendia que Estado e Igreja se separassem, dando espaço,
então à liberdade religiosa. Por conta disso, foi fortemente contestado pela
Igreja Católica.
Teve contribuições importantes para o liberalismo ao propor ideias que
distinguiam o público e o privado e que estes, deveriam ser regulamentados por
leis distintas. Conforme a sua tese, o poder político não deveria ser
determinados pelas condições de nascimento.
Em suas obras, tratou ainda da livre propriedade e da livre iniciativa
econômica em um Estado não intervencionista, características básicas do
liberalismo.
John Locke foi um filosofo Contratualista.
John Locke foi um filosofo Contratualista.
Principais obras de John Locke
- Cartas sobre a tolerância (1689)
- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio sobre o entendimento humano
(1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)
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