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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

HISTÓRIA DA FILOSOFIA PARTE X - Pensamento Filosófico de Platão: Teoria das Formas


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PARTE X
Pensamento Filosófico de Platão: Teoria das Formas
Tudo que nossos sentidos apreendem no mundo material não passa de simples sombras da realidade. Essa crença platônica é base de sua Teoria das Formas: para cada coisa na terra que temos o poder de apreender com nossos sentidos há uma correspondente forma ou ideia”, isto é, uma eterna e perfeita realidade daquela coisa no mundo das ideias.
Como o que apreendemos pelos sentidos é baseado em uma experiência de “sombras” imperfeitas ou incompletas da realidade, não podemos ter um conhecimento real das coisas. No máximo, podemos ter opiniões, mas conhecimento genuíno só pode vir do estudo das ideias, e isso só pode ser alcançado pela razão.
Essa separação em dois mundos distintos – um, da aparência, e o outro, realidade de fato – solucionou o problema da busca de constantes em um mundo aparentemente em transformação. O mundo material pode estar sujeito a mudança, mas o mundo das ideias é eterno e imutável.
Platão aplica sua teoria não apenas às coisas concretas, mas também a conceitos abstratos. No mundo das ideias de Platão, há uma ideia de Justiça, que é a verdadeira, enquanto todos os exemplos de Justiça do mundo material ao nosso redor são apenas variantes menores.
Persiste o problema de como podemos nos familiarizar com essas ideias, para que tenhamos a capacidade de reconhecer os exemplos imperfeitos no mundo que vivemos. Platão argumentou que nossa concepção das formas ideais deve ser inata, ainda que não estejamos conscientes disso.
Os seres humanos são divididos em duas partes: corpo e menteNossos corpos possuem sentidos, por meio dos quais somos capazes de apreender o mundo material, enquanto a mente possui a razão, com a qual podemos apreender o reino das ideias.
Platão concluiu que “a alma” (ou “a mente”), imortal e eterna, habitou o mundo das ideias antes de nosso nascimento e ainda se mantém naquele reino após nossa morte. Por isso, as variantes das ideias que o mundo dos sentidos apresenta nos soam como uma reminiscência. Rememorar as lembranças inatas dessas ideias exige razão, um atributo da mente.
Para Platão, a tarefa do filósofo é usar a razão para descobrir as formas ideais ou ideias. Aqueles que são fiéis à vocação da Filosofia deveriam ser a classe dominante, pois somente o verdadeiro filósofo poderia entender a natureza do mundo e a verdade dos valores morais.

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