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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

LUGARES BÍBLICO: JERUSALÉM



 Jerusalém, al-Quds al-Sharif (a nobre cidade santa), tem uma longa e rica história acentuada por seu significado religioso, simbólico e estratégico. Ela permanece como testemunha da vida e das culturas dos numerosos povos que ali reinaram. 
A longa historia, sua importância central e o imaginário espiritual da cidade deram origem a uma vasta literatura sobre o passado de Jerusalém. E graça à emoção que a cidade suscita, poucos autores foram capazes de resistir a colorir seus trabalhos com análises seletivas visando a mostrar que grupos de pessoas tem mais direito sobre a cidade. o resultado é que agora se pode achar diversas fontes de apoio a qualquer argumento, e que há pouco consenso acerca de longos períodos da história da cidade. Na verdade, há, provavelmente, poucos assuntos que tenham gerado tanta pesquisa e análise mutuamente contraditórias. Portanto, uma revisão geral da história de Jerusalém não deveria se deter sobre detalhes, mas ao contrário, tentaria detectar as linhas gerais que se combinam para formar o legado de Jerusalém. A diversidade e santidade da cidade, bem como seu potencial como um centro de convergência de diversas civilizações e intelectuais, são a grandeza de Jerusalém. É este legado que nós, que lidamos com Jerusalém presentemente, devemos lutar para proteger.


A terra, o seu povo e a sua história 
            Há mais de 5000 anos, depois de um período de seca assolou a Península Arábica, os cananeus, tribos dos árabes semitas, vieram se estabelecer nos territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam, hoje, a Síria, o Líbano, a Jordânia e a Palestina. Os Jebusitas, um subgrupo cananeu, fundaram Jebus - Jerusalém- no lugar onde ele está localizada hoje e edificaram o primeiro muro ao seu redor, dotado de 30 torres e sete portões. Aproximadamente 2000 anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta, chegaram na terra de Canaã. Misturaram-se com as tribos cananéias e viveram na área sudoeste da moderna Palestina, sobre a costa do Mar Mediterrâneo na área que agora se estende na Faixa de Gaza até Ashdod e Ashkelon. Os cananeus deram aos territórios que eles habitaram o nome bíblico de "A Terra de Canaã", enquanto os filisteus deram-lhe o nome de Filistina ou 'Palestina'.
            Os cananeus descobriram que estavam numa localização estratégica e cercada por poderosos impérios originários do Egito a sudoeste, através do Mar Mediterrâneo a oeste, e Mesapotâmia e Ásia a nordeste. Mais de um milênio antes do nascimento de Cristo, egípcios, assírios, babilônicos, persas, mongóis, gregos e romanos cresceram ao redor da terra dos cananeus e filisteus e a governaram por variados períodos de tempo. A posição geográfica da área significava que ela servia tanto como uma ponte entre os vários impérios regionais, como uma arena para lutas e conflitos entre eles. Em conseqüência, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e unificado, e suas organizações políticas tomaram a forma de cidades independentes dotadas de governos ligados por relações federativas. Entre as cidades costeiras mais proeminentes dos filisteus, cananeus e fenícios que habitaram a área da atual Palestina estavam Beirute (Bairtuyus), Sidon, Tiro, Acre, Ashkelon e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras civilizações da Palestina era centrada na natureza: o céu era o Deus Pai e a terra era a Mãe Terra. Esses povos semitas de Canaã formaram a base do tronco do qual descendem os palestinos de hoje.
            Em termos de geografia, demografia, sociedade, economia e vida cultural, Jerusalém tem sido o centro da Palestina e o grande ponto de encontro de importantes corredores leste-oeste, norte-sul. De fato, desde os tempos das civilizações mais primitivas da Palestina, Jerusalém tem sido a parte mais importante e inseparável da Palestina. Assim, quem quer que controle Jerusalém fica numa posição de dominação sobre a Palestina. Nela localiza-se a raiz da turbulenta e conflituosa história da cidade de Jerusalém.
            Por volta do século XVIII a.C., Abraão veio de Ur, no sul da Mesopotâmia, para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu nas cercanias do Vale do Jordão. Visto que nem o velho e nem o Novo Testamento não haviam sido revelados durante sua vida, Abraão não era nem judeu nem cristão, mas um crente na unicidade de Deus. Ele é descrito no Gênese como tendo adorado "o mais alto Deus". O Corão menciona que ele era um 'muçulmano', não na acepção moderna de alguém que segue as leis reveladas no Corão, mas sim no sentido de Ter entregue "sua submissão à vontade de Deus". Assim, cristãos, muçulmanos e judeus ainda rogam por ele em todas as suas preces, como acreditam que Deus lhes exortou a fazerem. Agar, a concubina de Abraão, lhe gerou seu filho Ismael, de quem os atuais muçulmanos traçam sua descendência; entrementes, sua mulher Sara gerou-lhe o filho Isaac, do qual os atuais judeus traçam sua linhagem. Abraão se mudou para um lugar perto de Hebron (al-Khalil), onde viveu pregando o monoteísmo. Quando morreu, Ismael e Isaac sepultaram-no na mesma cova onde sua mulher Sara foi sepultada. Seu filho Isaac gerou Jacó (Israel), que viveu na região de Harran (Aram). 
            Por volta de 1300 a.C., os doze filhos de Jacó (Israel) partiram para o Egito. Eles se integraram aos egípcios e José, o mais jovem dos filhos de Jacó, casou com a filha do sumo sacerdote. Originalmente um pequeno grupo de pessoas, eles se multiplicara, e ganharam força durante várias centenas de anos no Egito, tornando-se os israelitas. Foi no Egito que Moisés, 'o fundador do judaísmo e o mais eminente legislador e também profeta para as três religiões reveladas, nasceu e estudou filosofia egípcia, tornando-se letrado em todas as ciências dos egípcios. Moisés, juntamente com seu povo (B'nei Israel) deixaram o Egito por volta do século XIII a.C. vagaram durante 40 anos no Sinai, e durante esse tempo ele recebeu a lei divina judaica no monte Sinai (Tur). 
            Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos israelitas e os conduziu para o oeste pelo rio Jordão até Canaã. A primeira cidade cananéia que Josué conquistou foi Jericó, destruindo-a juntamente com seus habitantes. Depois, ele assumiu o controle de Yashuu'(Bayt Ele), Likhish, e Hebron, embora os filisteus tenham bloqueado o avanço do povo de Moisés rumo à costa, na área entre Gaza e Jafa, enquanto os cananeus impediram-nos de conquistar Jerusalém. Quando chegaram a Canaã, foram influenciados pelos cananeus e imitaram seus ritos religiosos, especialmente na apresentação de ofertas sacrificiais ao Deus Baal. 
            Nos 150 anos seguintes, os israelitas, filisteus e cananeus controlaram, alternadamente, porções da área da moderna Palestina, com os cananeus (jabusitas) controlando Jerusalém. Ma nenhum grupo foi capaz de consolidar o controle sobre toda a área. Houve numerosas lutas entre grupos, sendo que cada um mantinha sua própria cultura e sua própria independência. 
            
Por volta de 1000 a.C., o rei dos israelitas, Davi, pôde subjugar os pequenos estados de Edom, Moab e Amon. Durante sete anos ele fez de Hebron sua capital, mas, depois transferiu o centro do poder para Jerusalém pelos últimos 35 anos de seu reinado. Depois dele, poder passou para o seu filho Salomão, que é famosos por ter erguido o lugar de adoração conhecido como o Templo de Salomão. Para os judeus, esse templo tornou-se o centro da vida religiosa e o símbolo básico de sua unidade. Tornou-se ainda um ponto de peregrinação emocional para o povo judeu. 
            
Com a morte de Salomão, seu reino foi dividido em dois: o Reino de Israel, ao norte, composto por dez tribos, com Samaria (Sabastia) como sua capital, e o Reino da Judéia, ao sul, composto por duas tribos, com Jerusalém como sua capital. Lutas crônicas entre os dois estados e batalhas colocando-os contra os cananeus e os filisteus, caracterizaram esse período da história do Oriente Próximo. 
            Por volta de 720 a.C. os assírios, sob orei Sargão, destruíram o reino israelita ao norte. Em 600 a.C. os babilônios, sob o comando de Nabucodonozor, conquistaram o reino israelita sudeste, destruindo o templo de Salomão em aproximadamente 586 a.C.. em ambos os casos, a maioria da população foi levada para a Assíria e a Babilônia, na Mesopotâmia, como escrava. Quanto a Jerusalém, tornou-se colônia babilônica. Por volta de 838 a.C., Ciro, rei dos persas, foi capaz de conquistar o império babilônico (Mesopotâmia), prosseguiu em suas conquistas até que ocupou a Síria e depois a Palestina, incluindo Jerusalém, permitiu que os escravos de Nabucodonozor retornassem à Palestina, e o Segundo Templo foi concluído em 515 a.C. 
           
 Quando o império grego floresceu (eles ainda governaram Jerusalém durante sete anos) a Palestina caiu sob o domínio do Egito (322-200 a.C.) e depois por um certo período sob o governo dos selêucidas da Síria de 200 a 142 a.C.. Nesse ano, o rei Antióquio IV, que tinha danificado o Templo de Salomão forçou os judeus a renunciarem ao judaísmo e a abraçarem o paganismo grego. Por volta de 63 a.C., depois que os romanos subjugaram os seldjúcidas na Síria, o general romano Pompeu assumiu o controle sobre Jerusalém. Com a ajuda dos romanos, Herodes se tornou rei da Judéia no ano 40 a.C. seu reinado durou até sua morte no ano 4 A.D. Durante esse tempo, o Templo de Salomão foi reconstruído em Jerusalém e houve a perseguição, o processo de crucificação de Jesus Cristo, depois do que, sobreveio a propagação da fé cristã. 
           
 Na era de Tito, cerca de 70 A.D., os romanos infligiram aos judeus uma derrota devastadora. Tomaram Jerusalém e queimaram o templo judeu de uma vez por todas. Sob Adriano, várias décadas depois, os remanescentes finais da população judaica foram subjugados e expulsos da Palestina. Os romanos ergueram uma nova cidade sobre as ruínas de Jerusalém, a qual eles dominaram de Aelia Capitolina, com referência ao imperador Aelius Adrianus. Cerca de 395 A.D., Jerusalém tornou-se uma cidade bizantina e cristã. Mas embora a Palestina e seus habitantes se tornassem uma parte do império bizantino política e religiosamente, a vida e a cultura dos cananeus locais permaneceram voltadas para Jerusalém. 
            Após um breve período de controle pela Pérsia, no começo do século VII A.D. a Palestina e o resto da Síria saíram do jugo dos romanos e caíram na esfera do império árabe-islâmico. Jerusalém tornou-se a primeira direção das preces dos muçulmanos (qibla) - 'o primeiro dos dois qiblas'- e a Palestina 'os recintos que Deus abençoou'. 
            Em 638 A.D., o segundo califa, Omar ibn al-Khattab, chegou a Jerusalém. É importante notar que pelo, aproximadamente, 1300 anos desde a chegada da civilização árabe-muçulmana à Palestina, até o século em curso, Jerusalém permaneceu árabe, do ponto de vista da língua, da cultura e da demografia. 
            Omar acreditava que Alá ordenara respeito à santidade a cidade de Jerusalém e o respeito por Ahl al-Kitab (O povo do livro). De acordo com o islã, a liberdade de culto a Ahl al-Kitab em Jerusalém é uma dádiva de Deus e, por isso, não pode ser subtraída por mãos humanas. Assim, Omar não tomou a cidade pela força, mas pelo contrário, instituiu a Convenção de Omar, um acordo que determinava o controle muçulmano sobre a cidade mas reconhecia o direito inalienável à liberdade de expressão para judeus e cristãos em Jerusalém. Omar confiou as duas famílias árabes muçulmanas em Jerusalém as chaves da Igreja do Santo Sepulcro. Ele agiu assim a fim de mandar uma mensagem aos muçulmanos de que a igreja era um templo sagrado que não deveria ser danificado, desrespeitado ou violado de nenhum modo, e como uma resolução para rixas entre várias seitas cristãs sobre quem deveria controlar a igreja. Das famílias árabes residentes na cidade, algumas se converteram ao islã imediatamente, enquanto outras mantém até hoje sua fé cristã. Entre essas famílias árabes cristãs e muçulmanas da velha Jerusalém estão os Khalidis, os Alamis, os Nuseibehs, os Judahs, os Nassars e os Haddads. 
            A lei muçulmana vigorou em Jerusalém e na Palestina desde o século VII A.D. até o começo do século XX, excetuando o período das Cruzadas. Os cruzados capturaram a cidade em 1099 A.D., viram-na libertada pelos aiúbidas sob Saladino em 1187 A.D., e depois recapturaram-na em 1229 A.D. Cerca de 15 anos mais tarde, os muçulmanos outra vez ali restabeleceram seu governo, e a cidade não saiu mais do seu controle até a ocupação britânica na I Guerra Mundial, em 1917. 
            As dinastias islâmicas - ao omíadas, abássidas, os fatimidas os seldjúcidas, os aiúbidas, os mamelucos, os otomanos e os hashimitas - respeitaram o "status quo ante" instituído na Convenção de Omar ibn al-Khattab. Todos eles participaram da reconstrução de Jerusalém, preservando a santidade de sua herança e desenvolvendo seu legado islâmico e árabe. Essas dinastias se esforçaram para reconstruir as mesquitas da Abóbada da Rocha e de al-Aqsa, referenciadas no primeiro verso da Sura 17 do Qur'na. Finalmente, os governantes árabes estavam ansiosos para dar a Jerusalém um status especial; o primeiro califa omíada, Muaawiyah uniu sua identidade pessoal com Jerusalém, denominando-se o califa de Bait al-Maqdis. O califa Abd al-Malik ergueu, em 691, a magnífica abóbada (Qubbat al-Sakhra) sobre a rocha santa de onde Maomé ascendeu para falar com Alá e onde Abraão quase sacrificou Ismael. Também ergueu a Mesquita de al-Aqsa na parte sudeste da área de al-Haram, al-Sharif, para substituir a construção em madeira da velha mesquita. Estas duas últimas mesquitas foram restauradas e embelezadas pelos governantes árabes subsequentes, mais recentemente pelo rei Fahd, da Arábia Saudita, e o rei Hussein, da Jordânia. 

Fonte: Dr. Mahdi Abdul Hagi é professor de história e ciências políticas e autor de vários estudos sobre a Palestina. Vive em Jerusalém e fundou o Fórum do Pensamento Árabe em 1977. Antes, foi Secretário Geral do Conselho para Educação Superior na Cisjordânia. Atualmente, é presidente da Sociedade Acadêmica Palestina para o Estudo dos Negócios Estrangeiros.

GALERIA DE FOTOS



Basílica de Getsêmani em Jerusalém

A igreja atual foi construída sobre as fundações de duas igrejas anteriores, uma pequena capela do século XII, construída pelos cruzados e abandonada em 1345, e uma basílica bizantina do século IV, destruída por um terremoto em 746.
Em 1920, durante obras realizadas nas suas fundações, uma coluna foi encontrada a cerca de dois metros abaixo do solo da capela medieval. Fragmentos de um mosaico também foram encontrados. Depois destas descobertas o arquiteto responsável imediatamente removeu as fundações modernas e começou as escavações da igreja anterior. Depois que os restos da igreja bizantina foram completamente escavados, as plantas da nova igreja foram alteradas; os trabalhos continuaram na basílica atual de 19 de abril de 1922 até junho de 1924, quando foi consagrada.
A igreja atualmente está sob a administração da Custódia Franciscana da Terra Santa. Um altar aberto localizado nos jardins da igreja é utilizado pela comunidade anglicana toda Quinta-Feira Santa.

Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha é um edifício, situado no monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém, construído no século VII, sendo um dos sítios mais sagrados do Islã e uma das grandes obras da arquitetura Islãmica.
Inauguração691 d.C.
Altura35 m
Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha é um edifício, situado no monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém, construído no século VII, sendo um dos sítios mais sagrados do Islã e uma das grandes obras da arquitetura Islãmica. Sua vistosa cúpula dourada é um dos pontos mais emblemáticos da cidade.
O santuário é parte integrante do centro histórico de Jerusalém, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1981.
O edifício é um santuário construído onde teria sido o altar de sacrifícios usado por AbraãoJacó e outros profetas que introduziram o ritual nos cultos judaicos. David e Salomão também consideraram o local sagrado, mais tarde enquanto altar, a Cúpula da Rocha teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé) permanece hoje como um templo da fé islãmica.
A Cúpula da Rocha recebeu esse outro nome devido à grande rocha circunscrita a ela que foi usada em sacrificios — atualmente protegida no interior da Mesquita de Omar — e constitui uma das razões pelas quais a cidade de Jerusalém é considerada Cidade Santa por várias religiões.
Segundo a tradição judaica, foi nessa rocha que Abraão preparou o sacrifício do seu filho Isaac a Deus e onde, mil anos antes de Cristo, o rei Salomão construiu o primeiro templo.
Vista da Cidade Velha.
Vista do Monte das Oliveiras

Portão de Damasco
Porta de Herodes
Parede sul do Monte do Templo
A Igreja de Santa Ana é uma igreja católica romana, localizada no início da Via Dolorosa, perto das igrejas da Flagelação e Condenação, no bairro muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém.
Portão de Damasco






Monte das Oliveiras  é um monte situado a leste da Cidade Antiga de Jerusalém, em Israel, pertencente a uma cadeia de colinas com três picos, dispostos de norte a sul,[1] dos quais o mais alto, at-Tur, se eleva a 818 metros.[2]
Recebe seu nome pelas oliveiras que cobriam, antigamente, suas encostas. O Monte das Oliveiras é sagrado para judeuscristãosmuçulmanos, e muitas tradições estão associadas a ele. Segundo a Bíblia, por exemplo, Jesus teria transmitido ali alguns de seus ensinamentos (Atos 1:12).
A altura do Monte das Oliveiras e as vistas espetaculares que ele apresenta para a Cidade Antiga de Jerusalém e para o Monte do Templo fizeram com que alguns dos mapas e ilustrações mais realistas da região na Antiguidade fossem feitos dos seus cumes. No Monte das Oliveiras está situado o jardim do Getsêmani.







Muralha exterior Oeste da cidade Velha de Jerusalém - Descida para a Porta de Jafa




Igreja do Santo Sepulcro

Por tradição este, o lugar mais sagrado para os cristãos católicos e ortodoxos. Marca o local da crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus. Foi concluída em (335 AD) antes de Cristo, sua basílica foi construída sobre as fundações de um antigo templo romano de Vênus (Afrodite). O sepulcro real está dentro da edicule, uma capela de dois quartos por baixo igreja.















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LUGARES BÍBLICO: PATMOS



A ilha de Patmos é conhecida por ser o local para onde o apóstolo João foi exilado (conforme consta na introdução do livro bíblico de Apocalipse), Patmos foi usada como um lugar de banimento durante os tempos romanos. Segundo uma tradição preservada por Ireneu, Eusébio,Jerônimo e outros, o exílio de João aconteceu em 95 d.C., no ano décimo quarto do reinado de Domiciano. A tradição local ainda aponta a caverna onde João teria recebido a revelação para escrever o livro.



A Caverna que João teve as revelações do Apocalipse .

Desde 1522, a ilha foi diversas vezes controlada pelos turcos, sendo capturada pelos italianos em 1912. Em 1948 passou definitivamente ao controle grego.


Referência bíblica: Ap. 1.9



Patmos

Geografia

A pequena ilha de Patmos é de cerca de 12,5 km (12 km) de norte a sul e a maior distância é de 6 km (10 km) de leste a oeste. É a ilha mais ao norte do Dodecaneso. Com uma área de 13 quilômetros quadrados (35 km2) e uma circunferência de 37 km, a ilha vulcânica apresenta uma paisagem em grande parte rochosa e sem árvores.



Em Patmos, o Apocalipse foi revelado



Busto do Imperador Diocleciano


 João foi exilado na ilha como consequência direta de seu trabalho de evangelização. Com status social privilegiado João ele teria sido preso temporariamente e enviado para Patmos, incluindo a perda da cidadania romana e outros direitos. Era época de perseguição decretada pelo Imperador Diocleciano, executada pelos mandatários em Efeso.    

Há hipóteses que dizem que na época de João havia uma prisão na Ilha onde seus encarcerados eram submetidos a trabalhos forçados em minas de pedra, é uma hipótese interessante, mas sem evidências mais detalhadas. Ao que parece a ilha de Patmos era uma prisão totalmente isolada, onde de tempos em tempos é que os soldados romanos viam deixar comida aos prisoneiros.

No entanto, justamente neste local isolado é que Deus mostra a suas maiores profecias, como descreve o próprio João no livro de Apocalipse: "REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo".


A ILHA DE PATMOS E O APOCALIPSE

Um equívoco comum e popular em comentários sobre a Ilha de Patmos onde o profeta João, esteve exilado, é que esta ilha seria deserta e abandonada. Isto deve-se especialmente a viajantes do século 19, que a descreveram como "uma estéril, rochosa, desolação, olhando lugar" (Newton 1865: 223) ou como "uma ilha selvagem e estéril" (Geil 1896: 70). Infelizmente, estas percepções do século 19 não são precisas na descrição da ilha nos tempos de João.













Kalikatsou Rock é o provável local de um templo de Afrodite. Nota ilhas vizinhas do Mar Egeu na distância. João faz referência a estas ilhas (Ap 6:14, 16:20). Embora chamado "a ilha mais sagrada" de Ártemis (Diana dos Efésios, Actos 19:28), a ilha abrigou três templos para Artemis, seu irmão Apollo, e Afrodite. Afrodite era a deusa do amor e da beleza.



O Mosteiro de São João acima da moderna cidade de Chora. Uma caverna abaixo do mosteiro é o local tradicional das visões de João.





O Psili praia Ammos, único na ilha por sua areia fina, sem pedras. é muito provável que João esteve quando ele viu a visão do Apocalipse 13: "Eu estava na areia do mar" (Ap 13:1, KJV).    




Vera, sacerdotisa de Artemis de Patmos, é o tema desta pedra esculpida inscrição encontrada na ilha de Patmos. Datada do século 2 ou 3, que fornece informações valiosas sobre o culto de Ártemis (Diana) na ilha de Patmos. A oferta de sacrifícios à sacerdotisa sugere um templo na ilha, e que Vera é a sacerdotisa décima, sugere uma longa história de culto.




Praia de Patmos

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LUGARES BÍBLICO: FILADELFIA

A igreja em Filadélfia (7): As únicas referências bíblicas a Filadélfia se encontram no Apocalipse (1:11; 3:7). A cidade de Filadélfia gozava uma localização estratégica de acesso entre os países antigos de Frígia, Lídia e Mísia. Foi fundada pelo rei de Pérgamo, Atalo, cerca de 140 a.C. Ele foi conhecido por sua lealdade ao seu irmão, assim dando origem ao nome da cidade (Filadélfia significa amor fraternal). A região produzia uvas e o povo especialmente honrava Dionísio, o deus grego do vinho. A cidade servia como base para a divulgação do helenismo às regiões de Lídia e Frígia. Foi localizada num vale no caminho entre Pérgamo e Laodicéia. Filadélfia foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída pelo imperador Tibério. Em alguns momentos de sua história, a cidade recebeu nomes mostrando uma relação especial ao governo romano. Depois de ser reconstruída, foi chamada brevemente de Neocesaréia. Durante o reinado de Vespasiano, foi também chamada de Flávia (nome da mulher dele, e a forma feminina de um dos nomes dele). Atualmente, a cidade de Alasehir fica no mesmo lugar, construída sobre as ruínas de Filadélfia.


CIDADE ATUAL: ALASEHIR


Filadélfia - corresponde à cidade turca de Alasehir, situada a 130km ao leste de Esmirna. Portanto, por situar-se em um local estratégico, Filadélfia foi uma cidade que exerceu grande influência sobre aquela região do mundo antigo.
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domingo, 19 de novembro de 2017

LUGARES BÍBLICO: PERGAMO



A antiga cidade de Pérgamo era localizada na costa Anatólica do Mar Egeu. Rodeada por altas montanhas, a sua localização oferecia defesa natural, enquanto o Bakircay (rio Caico), que estava por perto, oferecia uma terra fértil, bem como de água para cobrir as necessidades dos cidadãos. Os primeiros colonizadores de Pérgamo eram de origem Eólica e chegaram no século 8 aC.
Alguns séculos mais tarde, Lisímaco, o comandante de Alexandre o grande, escolheu depois da morte de Alexandre, Pergamo como o local onde ia guardar a sua grande riqueza. Philataerus era o responsavel desta fortuna e depois da morte de Lisímaco, ele a usou para fundar a dinastia dos reis Attalid, que governaram a região por 150 anos. Pergamo atingiu seu pico durante esse período e Attalos I (um dos sucessores) erigiu um monumento de vitória e conseguiu tornar a cidade um importante centro cultural. Depois, aliou-se a Roma e ganhou benefícios que fizeram com que Pérgamo se tornasse um poderoso reino, incluindo as cidades Mísia, Lídia, Cária, Panfília e Frígia. Átalo e continuamente Eumenes I adornaram Pergamon com obras primas de arquitetura e trouxeram um grande destaque para a cidade. Segundo fontes históricas, Pérgamo atingiu um nível cultural tão elevado, que poderia ser comparada com as cidades originais de Alexandria e Antioquia. Durante o período helenístico, a Biblioteca de Pérgamo t inha uma coleção excelente que rivalizava em importância com a de Alexandria. Uma escola de escultura também foi fundada junto com a construção de edifícios públicos e imponentes monumentos, como o Altar de Zeus.
Em 133 aC, Attallus III legou o seu reino aos Romanos e, apesar de Pérgamo continuar a ser o centro artístico e intelectual da Anatólia, declinou na secção de política e economia. Pérgamo era a capital da Província da Ásia do Império Romano e o local de nascimento do famoso médico Galeno (129 dC) que fundou o centro médico conhecido como Asclepieum. Galeno escreveu mais de 500 trabalhos relacionados com a medicina e à sua Asclepieum foi visitada por um grande número de pessoas.
No 8 º século dC, os Árabes atacaram e danificaram a cidade, mas a sua Acrópole foi re-fortificada, alguns anos depois. Em 1330, Pergamo foi conquistada pelos Otomanos, que estabelecera, uma pequena cidade com mesquitas, bazares e banhos. A nova cidade era chamada Bergama.


Atualmente a cidade se chama Bergamo, Saindo de Izmir, a distância até a cidade de Bergama, ou Pérgamo como era chamada na antiguidade, é curta. São cerca de 110 Km.
Pérgamo foi uma cidade grega situada na Anatólia (Turquia), perto do mar Egeu. Suas ruínas estão no topo de uma colina e, para subir lá, é preciso pegar um teleférico (bem legal).
Assim como as ruínas de Éfeso, há templos, um teatro e resquícios de lojas.


Duas curiosidades chamam a atenção acerca da história da cidade:
  • É de lá que provém a palavra pergaminho. Pérgamo era um intenso centro cultural e lá havia uma grande biblioteca, que rivalizava com a de Alexandria. O rei egípcio, para desbancar a rival, acabou com a exportação de papiro para Pérgamo. Com isso, para ter onde escrever, eles inventaram o pergaminho!
  • No Pergamon Museum, em Berlim, está o altar de Zeus, que foi levado de Pérgamo, pedra por pedra, pelo arqueólogo Carl Humann!
Ainda em Pérgamo, já no sopé da colina, visitamos as ruínas do Hospital de Esculápio ou Asclépio, o deus da medicina na mitologia grego-romana.

É um barato! Incrível ver as ruínas de um hospital, que tratava os doentes com música, banhos quentes, teatro. Dá até para reconhecer as salas onde eles eram tratados, e por ninguém menos que Galeno!

ruínas de um antigo hospital
Seguindo para Tróia (Truva em Turco), são mais de 200 Km. Tudo para ver praticamente nada além do cavalo para os turistas fotografarem (olha eu aqui!).
De qualquer forma, mesmo com ruínas sem graça, Tróia vale a visita por sua história, cercada de mitos e lendas.

Cavalo de Tróia (possível réplica, claro)

                                                                                              Ruínas de Tróia




Outras referência histórica

A. Pérgamo, uma cidade com um passado glorioso 
• Historicamente era a mais importante cidade da Ásia. Segundo Plínio "era a mais famosa cidade da Ásia". 
• Começou a destacar-se depois da morte de Alexandre, o grande em 333 a.C. Foi capital da Ásia quase 400 anos. Foi capital do reino Selêucida até 133 a.C.
 • Átalo III, rei selêucida, o último de Pérgamo, passou o reino a Roma em seu testamento e Pérgamo tornou-se a capital da província romana da Ásia.


B. Pérgamo, um importante centro cultural • Como centro cultural sobrepujava Éfeso e Esmirna. Era famosa por sua biblioteca que continha 200.000 pergaminhos. Era a segunda maior biblioteca do mundo, só superada pela de Alexandria. • Pergaminho deriva-se de Pérgamo. O papiro do Egito era o material usado para escrever. No século III a. C. EUMENES, rei de Pérgamo resolveu transformar a biblioteca de Pérgamo na maior do mundo. Convenceu a Aristófanes de Bizâncio, bibliotecário de Alexandria a vir para Pérgamo. Ptolomeu, rei do Egito, revoltado, Estudos no Livro de Apocalipse Rev. Hernandes Dias Lopes 32 embargou o envio de papiro para Pérgamo. Então, inventaram o pergaminho, de couro alisado, que veio superar o papiro. 
Famosa por sua cultura, devido
ao seu grande investimento em
literatura, Pérgamo tem de um de
seus maiores símbolos, que é a sua
biblioteca, apenas as estruturas de
pé para contar a história.

C. Pérgamo, um destacado centro do paganismo religioso 1. Em Pérgamo ficava um grande panteão • Havia altares para vários deuses em Pérgamo. No topo da Acrópole, ficava o famoso templo dedicado a Zeus, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Todos os dias se levantava a fumaça dos sacrifícios prestados a Zeus.
Altar de Zeus em Pergamum, Museu Pergamon em Berlim. O edifício não é um templo, mas provavelmente o altar. É uma obra-prima do período helenístico, construída durante o reinado de Eumenes II (197-159 aC). Descoberto em 1871 pelo engenheiro alemão Carl Humann, o altar foi transportado e reconstruído em Berlim em 1886, sob um acordo de 1879 entre a Alemanha e o Império Otomano. 


2. Em Pérgamo havia o culto a Esculápio • Esculápio era o "deus salvador", o deus serpente das curas. Seu colégio de sacerdotes médicos era famoso. Naquela época mantinha 200 santuários no mundo inteiro. A sede era em Pérgamo. Ali estava a sede de uma famosa escola de medicina. Para ali peregrinavam e convergiam pessoas doentes do mundo inteiro em busca de saúde. A crendice misturava-se com a ciência. • Galeno, médico só superado por Hipócrates, era de Pérgamo. • As curas, muitas vezes, eram atribuídas ao poder do deus serpente Esculápio. Esse deus serpente tinham o título famoso de Salvador. A antiga serpente assassina, apresenta-se agora como sedutora.


3. Em Pérgamo estava o centro asiático do culto ao Imperador • O culto ao imperador era o elemento unificador para a diversidade cultural e política do império. No ano 29 a.C. foi construído em Pérgamo o primeiro templo a um imperador vivo, o imperador Augusto. O anticristo era mais evidente em Pérgamo do que o próprio Cristo. • Desde 195 a.C, havia templos à deusa Roma em Esmirna. O imperador encarnava o espírito da deusa Roma. Por isso, se divinizou a pessoa do imperador e começou a se levantar templos ao imperador. • Uma vez por ano, os súditos deviam ir ao templo de César e queimar incenso dizendo: "César é o Senhor". Depois, podiam ter qualquer outra religião. Havia até um panteão para todos os deuses. Isso era símbolo de lealdade a Roma, uma cidade eclética, de espírito aberto, onde a liberdade religiosa reinava desde que observassem esse detalhe do culto ao imperador. 
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