Já falamos que pode haver dois tipos de prisão: uma é consequência do pecado, que prende, oprime e mata. A outra prisão pertence a Deus. Talvez você tenha se assustado, mas é
justamente isso, há prisão que vem de Deus! Foi o Senhor quem de forma soberana permitiu que José fosse para a cadeia. O método de Deus para nos provar e aprovar, formando o caráter de Cristo, não é nos dando tudo o que pedimos e desejamos. Talvez o que estou dizendo escandalize os pregadores da prosperidade fácil e de uma vida cristã materialista. Eu de fato
creio em prosperidade e tenho experimentado a mão de Deus neste aspecto. Haverá, entretanto, contextos em que Deus vai criar prisões. Nesses momentos, muitos vão se agitar e se debater.
Outros vão se auto-vasculhar em angustiante introspecção, vão procurar pecados que não existem, vão fazer tudo o que puderem para se livrarem do desconforto. A prisão se manterá imóvel. Será inútil argumentar com o Onipotente e tentar vergar Sua soberana vontade. Nada mudará as circunstâncias, porque não é o diabo que está por trás da situação. A mão bondosa e invisível do Senhor é que está por trás de tudo. Ele quer levá-lo a uma posição nova, quer gerar em você uma unção de príncipe e não há outro caminho. Não há atalhos, nada se pode fazer para abreviar o tempo! Se José permanecesse na casa de Potifar, ele continuaria experimentando apenas a unção de servo, de mordomo, nunca possuiria a unção de príncipe.
CONFLITOS INTERIORES E AGUDAS DÚVIDAS QUANTO AO SONHO
Talvez José questionasse a Deus pois, quanto mais fiel era, mais a coisa ficava feia. Há muitos que, em situações semelhantes, se sentem tentados a se revoltar contra Deus. Talvez você ore, jejue, trabalhe e faça tudo o que fazia antes, mas não obtém resposta. Deus parece ter sumido. As emoções somem, você não sente nada, nada acontece, a unção parece que acabou...
O contexto desconfortável que você vive vai se apertando a cada dia e não há saída possível.
Não há nada o que fazer. É uma prisão!
O tempo na prisão de Deus é um contexto de muitas contradições e de pressão. Você não acha que o diabo tenha deixado José em paz na prisão, não é? É obvio que o inimigo acusava, constantemente, a Deus na mente de José: "olha só o que deu, querer ser o mocinho santinho!
olha onde você se meteu ao querer ser fiel a esse Deus! Veja se vale a pena ser íntegro e crer no que você crê! Se Deus existisse Ele teria deixado você ir tão fundo no poço?" Voz do diabo !!!
O que dizer da autopiedade? Você poderá dizer: "Eu sempre fiz tudo certo e tentei ser fiel a Deus. Não merecia isto!". Mas acredite-me, nada disso tem a ver com mérito. Tem a ver sim com peso de glória. Tem a ver com a construção de autoridade para o cumprimento de propósitos eternos e elevadíssimos. Tem a ver com avivamento, com visitação de Deus, com governo de coisas muito finas e altas. Esse tipo de resposta não é para qualquer crente tolo e carnal, é para quem ama os tesouros do coração do Pai. Portanto se você foi chamado para esse nível de resposta, vá até ao fundo de tudo, e mantenha-se leal ao Senhor. Ele sabe que você é imperfeito, mas o que conta é que você vença no final de tudo, mantendo um coração íntegro, submisso e confiante em Deus. Isso é aprovação.
Particularmente creio que José passou dias deprimido, sérias dúvidas lhe abatiam o ânimo, talvez possa até mesmo ter pecado. Entretanto a Bíblia não registra isso. Por quê? Porque no final de tudo isso ele foi aprovado. Não interessa, querido irmão e irmã, a forma como você entrou nesse tempo de provas, muito menos se tropeçou em meio ao percurso. Interessa, sim, como você acaba! A Bíblia diz que mesmo no meio de toda essa pressão, Deus era com José, porque havia um propósito de levá-lo a fluir na unção de príncipe. Quando tivermos essa unção nem nos lembraremos mais do tempo na prisão, pois o propósito profético de Deus para nossas
vidas estará fluindo a plena carga. Nunca tanta unção, nunca tanto fruto, nunca tanta empolgação e fé, nunca tanto ânimo, nunca tanta alegria e realização. Aleluia!
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