Dialética - Do grego dialektike, discussão.
Origens da Dialética,
na Grécia antiga, a arte do diálogo. Aos poucos, passou a ser a arte de, no
diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e
distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão. Aristóteles considerava Zênon de Eléa (aprox. 490-430 a.C.) o
fundador da dialética. Outros
consideram Sócrates (469- 399 a.C.).
Numa discussão sobre a função da filosofia (que estava sendo caracterizada como
uma atividade inútil), Sócrates desafiou os generais Lachés e Nícias a
definirem o que era a bravura e o político Caliclés a definir o que era a
política e a justiça, para demonstrar a eles que só a filosofia - por
meio da dialética - podia lhes proporcionar os instrumentos indispensáveis para
entenderem a essência daquilo que faziam, das atividades profissionais a que se
dedicavam. Na acepção moderna, entretanto, dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos as
contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como
essencialmente contraditória e em permanente transformação. No sentido moderno
da palavra, o pensador dialético mais radical da Grécia antiga foi, sem
dúvida, Heráclito.
Em Platão,
representa o diálogo, que é fundamental para a alma se elevar do mundo sensível
ao mundo inteligível. Em Hegel, é um
movimento que supera uma contradição. Apesar de Hegel
nunca utilizar esses termos, no ensino médio se ensina a dialética hegeliana de
maneira didática a partir dos termos “tese”, “antítese” e “síntese”: um momento opõe-se
ao anterior e o nega, superando suas contradições. Em Marx e Engels, a realidade concreta é dialética: em vez de a realidade ser
estável, numa unidade indiferenciada, ela é um processo de transformação
progressiva e constante, tanto evolucionária como revolucionária, e, em suas
transformações, dá origem à novidade. Como diria Hegel: “A compreensão dos
contrários em sua unidade ou do positivo no negativo”.
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