Claude Lévi-Strauss (1908-2009) foi um
antropólogo, sociólogo e humanista francês. Foi um dos grandes pensadores do
século XX, foi considerado o mestre da Antropologia Moderna.
Claude Lévi-Strauss (1908-2009) nasceu em Bruxelas, na Bélgica, no
dia 28 de novembro de 1908. Filho de uma família judia viveu com seu avô o
rabino da sinagoga de Versalhes, durante a Primeira Guerra Mundial. Concluiu o
curso primário em Versalhes e em seguida mudou-se para Paris. Ingressou no
tradicional Lycée Janson-de-Sailly e em seguida no Licée Condorcet, onde
conclui o curso secundário.
Em 1927 Estudou Direito na Faculdade de Paris, até ser admitido na
Sorbonne, onde se graduou em Filosofia, em 1931. Em 1948 concluiu o doutorado
com a tese “As Estruturas do Parentesco”. Durante dois anos lecionou Filosofia
no Lycée Victor-Duruy de Mont-de Marsan. Nessa época fazia parte do círculo
intelectual do filósofo Jean-Paul-Sartre.
Em 1934, recebeu o convite do diretor da Escola Normal Superior de
Paris, para integrar a missão universitária francesa no Brasil, como professor
visitante de Sociologia, na recém-criada Universidade de São Paulo. De 1935 a
1939 lecionou na Universidade de São Paulo. Durante essa época realizou
pesquisas de campo com os índios no Estado de Mato Grosso e na Amazônia,
período decisivo para despertar sua vocação etnográfica.
Em 1941 foi para os Estados Unidos, como professor visitante da
Nova Escola de Pesquisa Social, na cidade de Nova Iorque. Em 1947 voltou para a
França. Em 1950 foi nomeado diretor acadêmico da École Pratique des Hautes
Études, da Sorbonne. Em 1955 publica “Tristes Trópicos”, uma narrativa
etnográfica sobre as sociedades indígenas. Em 1959 assumiu a cadeira de Antropologia
Social no Collège de France. Em 1973 foi eleito membro da Academia da França.
Em 1974 deixa a direção da Universidade de Paris.
Em 1975, Claude Lévi-Strauss publica “O Caminho das Máscaras” (em
dois volumes), obra que reúne sua vivência nos Estados Unidos, onde analisa a
arte, a religião e a mitologia dos índios da Costa Noroeste da América do
Norte.
Recebeu diversas premiações, foi eleito Doutor Honoris Causa das
universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Montreal, México, Havard, entre
outras. Foi considerado o mestre da Antropologia Moderna. Em 1982 se aposentou
do Collège de France, época em que dirigia o Laboratório de Antropologia
Social.
O antropólogo Claude Levi-Strauss deixou diversas obras, dedicou
sua vida a elaboração de modelos baseados na linguística estrutural, na teoria
da informação e na cibernética para interpretar as culturas, que considerava
como sistemas de comunicação, deixando contribuições fundamentais para o
progresso da Antropologia Social.
Claude Lévi-Strauss faleceu em Paris, França, no dia 30 de outubro
de 2009.
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