Karl Popper (1902-1994) foi um
filósofo austríaco, naturalizado britânico, que elaborou teorias que defendiam
que o conhecimento científico decorre da experiência individual, e que não pode
ser verificado por meio do raciocínio indutivo.
Formulou assim, o “Método Hipotético Dedutivo”, e se destacou como um
dos mais importantes filósofos do Século XX.
Karl Raymund Popper nasceu em Viena, na Áustria, no dia 28 de julho de
1902. Descendente de família judaica recebeu grande incentivo para os estudos.
Ingressou na Universidade de Viena onde estudou matemática, física e
psicologia. Começou a lecionar em escolas primárias e depois no ensino médio.
Em 1925, passou a trabalhar no Instituto de Pedagogia de Viena, criado
com o objetivo de implantar modificações no ensino.
Em 1928 doutorou-se em Filosofia. Ao estabelecer contato com os membros
do Círculo de Viena, critica alguns aspectos do positivismo lógico defendido
pelo círculo.
Desde então, transforma-se em filósofo profissional, dedicando-se ao ensino
e à pesquisa. Entre 1935 e 1936 permanece em Londres, proferindo numerosas
conferências.
Com a ascensão do nazismo na Europa, Popper emigrou para a Nova
Zelândia. Lecionou filosofia no Canterbury College, em Christchurch. Durante
esse período escreveu vários artigos e livros.
Em 1949 retorna para Londres como reader da London School of Economics
and Political Science. Em 1950 é promovido a professor de lógica e metodologia
da ciência.
Membro ativo de diversas organizações internacionais de filosofia, ele
presidiu algumas delas, participou de diversos congressos e colaborou com as
revistas especializadas.
Teoria de Karl Popper
Karl Popper foi citado como um dos membros do Círculo de Viana, mas na
verdade, foi um crítico severo do positivismo lógico defendido pelos reais
membros do Círculo.
Segundo Popper, a ciência progride ao atravessar três etapas:
1 – a colocação de um “problema”,
2 – a apresentação de “conjecturas”, propostas como soluções (ainda que provisórias) para o problema em pauta,
3 – a tentativa honesta de contestar essas conjecturas, ou seja, provar que ela pode ser falsa.
2 – a apresentação de “conjecturas”, propostas como soluções (ainda que provisórias) para o problema em pauta,
3 – a tentativa honesta de contestar essas conjecturas, ou seja, provar que ela pode ser falsa.
Opõe-se dessa maneira radicalmente, ao que se poderia chamar “concepção
indutiva” do progresso da ciência, que se resume em três etapas: “observar”,
generalizar indutivamente, para chegar às leis e às teorias, e confirmar as
generalizações.
Popper achava que as teorias científicas eram passíveis de erros e
críticas, não havendo assim, uma teoria da ciência que fosse eterna e imutável.
Segundo ele o que deveria ser feito por outros estudiosos era a
comprovação da “falseabilidade” das teorias científicas para elaboração de
outras que poderiam resolver as questões propostas pela ciência.
Agraciado com muitos títulos honoríficos, inclusive o de Sir e de
professor emérito da Universidade de Londres, Popper escreveu diversas obras,
entre elas:
·
Lógica da Pesquisa (1934)
·
A Sociedade Aberta e Seus Inimigos (1945)
·
A Miséria do Historicismo (1957)
·
Conjecturas e Refutações (1963)
·
Lógica da Descoberta Científica (1972)
·
Karl Popper faleceu em Kenley, Inglaterra, no dia 17 de setembro de
1994.
Frases de Karl Popper
·
A possibilidade de lutar com palavras, em vez de lutar com armas,
constitui o fundamento da nossa civilização.
·
A tentativa de trazer o céu para a Terra invariavelmente produz o
inferno.
·
Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a
ser convencido pelos nossos argumentos.
·
A ciência será sempre uma busca e jamais uma descoberta. É uma viagem,
nunca uma chegada.
·
O conhecimento é uma aventura em aberto. O que significa que aquilo que
saberemos amanhã é algo que desconhecemos hoje e, esse algo pode mudar as
verdades de ontem.
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