Nicolau Copérnico ficou órfão aos 10
anos de idade e foi criado por seu tio materno Lucas Watzelrode, que se tornou
mais tarde bispo de Ermland.
Entrou em 1491 na Universidade de
Cracóvia, onde estudou artes liberais e também Matemática e Astronomia.
Mais tarde estudou grego na Universidade
de Bolonha. Frequentou ainda a universidade de Pádua onde se formou em Medicina
e da universidade de Ferrara recebeu o título de Doutor em Direito Canônico.
Retornou em 1501 à Polônia, local em que
assumiu as funções de cônego de Franenburg e onde exerceu também a medicina.
Trabalhando de maneira paralela como
astrônomo, construiu um precário observatório para estudar o movimento dos
corpos celestes.
Os resultados, contudo, só eram apresentados para amigos que receberam
em 1507 um modelo cosmológico, mas nada era oficial.
Em 1515 começou a escrever sua principal
obra “De Revolutionibus Orbium Coelestium”, que só foi publicada no
ano de sua morte.
Teoria Heliocêntrica
Em sua obra, Copérnico afirma que a
Terra não está fixa no centro do universo, e sim girando em uma órbita circular
ao redor do Sol, assim como os demais planetas.
Apesar do erro com relação à órbita
circular dos planetas, a sua Teoria Heliocêntrica abriu caminho para a
busca de uma maior compreensão do universo.
Deduziu, após sucessivos cálculos
matemáticos, que é a Terra o corpo celeste que executa um movimento completo em
torno do próprio eixo, explicando o porquê do dia e da noite.
Copérnico também ordenou os planetas por
suas distâncias em relação ao Sol e concluiu que quanto menor a órbita, maior a
velocidade orbital.
Para saber mais, leia também Geocentrismo.
Descrição das órbitas dos
planetas
Principal Obra
As teorias de Nicolau Copérnico só foram
apresentadas em 1530 em um manuscrito chamado “Revolutionibus Orbium
Coelestium – Das Revolução dos Corpos Celestes”.
A publicação só foi permitida em 1540, sob a responsabilidade de George
Joaquim Rhäticus, discípulo de Copérnico.
Foi somente em 1543, que Rhäticus
conseguiu permissão de Copérnico para imprimir e fazer circular em Nuremberg a
obra completa de seu mestre. Apresentada de maneira científica e não mais como
uma hipótese.
O prefácio da publicação era de autoria
do papa Paulo III, mas fora substituído por outro, assinado por Andreas
Osiander. Nela, ele apontava a teoria de Copérnico ainda como uma hipótese.
Dividida em seis volumes, a obra
apontava que todos os planetas, inclusive a Terra, giravam em torno do próprio
eixo e ao redor do Sol.
Os historiadores não têm consenso se
Copérnico conseguiu ver o primeiro volume da obra “Das Revoluções dos Corpos
Celestes”. A impressão ocorreu no ano de sua morte, em 24 de maio de 1543.
A Santa Inquisição
Os estudos de Copérnico demoraram 30
anos e sua prudência era justificada também pelas constantes condenações da
Igreja a quem questionasse suas doutrinas oficiais.
Em geral, as condenações resultavam em
morte sob a acusação de heresia pela Inquisição.
Os questionamentos à teoria que colocava
a Terra no centro do Universo eram um embate direto ao pensamento religioso.
Isso tirou, além do planeta, o próprio homem do centro do universo.
Entre os principais dogmas da Igreja Católica está o de que o homem é
feito à imagem e semelhança de Deus, estando, portanto, no centro do universo.
Somente 20 anos após a divulgação dos
primeiros comentários de Copérnico, que o frade dominicano Giordano Bruno revelou seus estudos sobre
o universo infinito. Ele foi condenado à morte pela inquisição.
O estudioso Galileu Galilei – que viveu entre 1564 e
1642 – conseguiu comprovar a Teoria Heliocêntrica de Nicolau Copérnico.
Galileu, porém, negou os estudos por receber ameaça de excomunhão e morte pela
Santa Inquisição.
Mais tarde, Isaac Newton (1642 a 1727), explicou a
base física da gravitação dos planetas ao redor do Sol.
Ainda assim, o Vaticano manteve a ideia
do geocentrismo até 1835. O Papa Gregório XVI mandou retirar a obra das
Revoluções dos Corpos Celestes da lista dos livros censurados pela Santa Sé e
admitiu o erro dos antecessores.
Frases
·
"Saber que sabemos o que sabemos, e saber que não sabemos o que
não sabemos, esta é a verdadeira sabedoria".
·
"Não estou tão encantado com minhas próprias opiniões para
ignorar o que os outros possam pensar delas".
·
"A ciência é filha da verdade e não da autoridade"
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