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segunda-feira, 16 de abril de 2018

ESTUDO BÍBLICO: CARNALIDADE, IMATURIDADE E DIVISÕES

CARNALIDADE, IMATURIDADE E DIVISÕES

Texto básico: 1 Coríntios 3.1-23
Texto devocional: Romanos 8.35-39
Versículo-chave: 1 Coríntios 3.9
“Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós”

Alvo da lição
Ao estudar esta lição, você vai identificar duas das principais causas das divisões na igreja – a carnalidade e a imaturidade – e praticar os recursos que o texto bíblico nos apresenta para evitar e eliminar o espírito divisionista.

Leia a Bíblia diariamente
Segunda: 1Co 3.1-9
Terça: Rm 8.9-17
Quarta: 1Co 3.10-17
Quinta: 1Pe 2.4-8
Sexta: 1Co 3.18-23
Sábado: Jo 17.1-19
Domingo: Jo 17.20-26

Introdução
Como os crentes de Corinto, constantemente nos achamos em luta contra dois inimigos: o mundanismo e a carnalidade. O primeiro é exterior, e o segundo, interior. Os coríntios raramente os venciam; frequentemente sucumbiam a ambos. Em consequência, cometiam sérios pecados, um após outro. Quase toda a primeira epístola visa identificá-los e corrigi-los.
O pecado das divisões na igreja coríntia foi acompanhado de outros pecados, pois estão sempre inter-relacionados. Não existe pecado isolado – um leva a outro, e o segundo reforça o primeiro. Cada pecado é uma combinação de pecados. A primeira epístola aos coríntios confirma essa realidade e nos exorta a cortar o mal pela raiz.
I. A manifestação da carnalidade (1Co 3.1-9)
Antes, o apóstolo mostrou que a causa de existirem divisões na igreja de Corinto era o mundanismo – eles continuavam a prezar a sabedoria humana. Agora, ele aponta a carnalidade como a razão de criarem partidos.
1. A causa da existência dos partidos (1Co 3.1-3)
O motivo do partidarismo não era somente externo – a influência do mundanismo; mas também interno – a carnalidade. Os coríntios não só haviam sucumbido às pressões do mundo, mas também haviam sido seduzidos pela própria carne.
Antes de começar a repreender os coríntios, Paulo os chama de “irmãos”. Isso é a indicação de que eram salvos por Cristo, e que o apóstolo assim os considerava. Entretanto, não podia diminuir a gravidade do pecado que haviam cometido. Não convinha dirigir-se a eles como crentes“espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” (1Co 3.1). O crente espiritual é aquele que se deixa controlar pelo Espírito, enquanto o crente carnal se entrega ao controle da sua natureza carnal (Rm 8.9,14).
Quando ainda eram “crianças”, os coríntios haviam recebido o alimento adequado ao nível espiritual em que se encontravam. Agora, porém, passado algum tempo, já deviam estar preparados para receber doutrina mais difícil de digerir. Entretanto, não podiam, porque ainda agiam como crianças espirituais (1Co 3.2).
O cristão cresce quando caminha dirigido pelo Espírito, mas estaciona no crescimento espiritual quando se deixa dirigir pela carne, pois são duas forças opostas entre si (Gl 5.16-17). A carnalidade do cristão não é um estado absoluto, no qual permanece, mas um comportamento ocasional, quando prevalece o comando da carne (Rm 8.5-14).
2. As manifestações da carne (1Co 3.3-4)
A carnalidade não é inevitável. É uma questão de escolha. Os cristãos de Corinto não cresciam porque alimentavam os apetites carnais. Era por essa causa que a congregação de Corinto colocava em evidência os ciúmes e as contendas.
O ciúme é a atitude ou a condição emocional interna; e a contenda é a ação que resulta dela ou a sua expressão exterior. O primeiro se revela como forma de egoísmo, que é uma característica comum às crianças, e não aos adultos! Crentes maduros são altruístas.
Essas duas manifestações são sintomas carnais mais destrutivos do que se possa pensar. Entre outras coisas, causaram as divisões na igreja de Corinto. Quando a congregação desenvolveu lealdade em torno de indivíduos, foi manifesto o ciúme entre os grupos, e surgiram as contendas (1Co 3.4).
3. É preciso mudar o foco da atenção! (1Co 3.5-9)
As divisões são evitadas quando os olhos são fixados em Deus, o único que deve ser exaltado. Quando focamos a nossa atenção no Senhor, o que sempre devemos fazer, eliminamos o perigo da formação dos partidos na igreja.
a. O que são os obreiros?
Apolo e Paulo eram simplesmente servos do Senhor, usados para a instrução dos coríntios, de acordo com os dons e habilidades que Deus havia concedido a cada um. Paulo plantou, Apolo regou! Era inútil, portanto, que atribuíssem qualquer glória a Paulo ou a Apolo, porque ambos não significaram nada mais do que isto: servos, uma tradução da palavra grega diakonos– aquele que serve (1Co 3.5-6). Eles foram simples instrumentos da fiel ação divina, que trouxe os crentes de Corinto à comunhão do Filho de Deus (1Co 1.9).
Paulo usou uma ilustração do que acontece na agricultura para demonstrar a dependência de cada servo ao seu Senhor. “Plantar” e “regar” são ações humanas, mas “dar o crescimento” é obra de Deus. Ambas as funções são inúteis, se Deus não fizer crescer. Por isso, um e outro cooperam com Deus (1Co 3.9), de Quem hão de receber o galardão pelo trabalho realizado (1Co 3.8).
b. De quem é a igreja?
Encontramos duas metáforas no versículo 9: “lavoura de Deus e edifício de Deus”. Com a primeira, o apóstolo dá a entender que o trabalho do que planta e do que rega produz um resultado que não lhes pertence.
A lavoura é propriedade de Deus. Com a segunda, Paulo ensina que os obreiros não passam de construtores, pois o edifício que levantam está edificado sobre um alicerce que não foi estabelecido por eles (1 Co 3.11). O edifício pertence a Deus.
Devemos ser lembrados, muitas vezes, de que a igreja onde e pela qual labutamos não é propriedade nossa. Somos apenas servos, às ordens de um Senhor, a Quem pertence todo o resultado do nosso labor. É Ele que deve ser glorificado em tudo o que fazemos.
1 Coríntios para hoje
Como age uma pessoa que pensa ser dona da igreja nos dias de hoje? Qual a diferença entre ela e um irmão que entende que é apenas instrumento do Senhor e que Ele é o dono de todos? Em qual grupo você se encaixa?

II. Deus julga os obreiros (1 Co 3.10-17)
Paulo ainda continua a considerar o problema das divisões em Corinto. Mas agora nos remete a uma reflexão sobre como o Senhor considerará as obras dos crentes, quando Ele regressar.
1. O fundamento da construção (1 Co 3.10-11)
Paulo se comparou a um prudente construtor. Trabalhava como um experiente e habilidoso mestre de obras, distribuindo as tarefas a cada operário. Mas a obra que realizava tinha o fundamento certo. Só existe um fundamento sobre o qual se pode erigir o edifício espiritual – Jesus Cristo (1Pe 2.4-8). Cada obreiro, porém, é responsável quanto ao modo como realiza a obra.
2. A revelação da qualidade da obra (1 Co 3.12-17)
Paulo tem em mente a chegada daquele dia (1 Co1.8), quando se tornará manifesta a verdadeira natureza das obras dos cristãos.
a. O rigor do teste. O teste se fará “pelo fogo”, o que dá a ideia de uma prova rigorosa. O valor das obras poderá ser comparado ao ouro, à prata e às pedras preciosas – materiais valiosos que, quando submetidos ao fogo, têm expurgadas as impurezas; ou à madeira, feno e palha – materiais que não resistem ao fogo (1 Co 3.12-13).
b. O resultado final do teste será determinar se o obreiro receberá ou não galardão (1 Co 3.14-15). “Sofrerá ele dano” (1Co 3.15) não significa perda da salvação. Isso se confirma com a expressão que segue: “mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. O crente, cuja obra será comparada a material que o fogo extingue, não receberá galardão, embora seja “salvo”. Para que os cristãos entendam a seriedade com que os obreiros devem construir, Paulo introduz uma pergunta que já inclui em si mesma a resposta (1 Co 3.16). A igreja é santuário de Deus – Ele está pessoalmente presente, pelo Seu Espírito, em todos os membros da igreja, que juntos constituem o corpo de Cristo. Eis a razão pela qual se deve encarar a obra de Deus com muita responsabilidade.
A advertência contida no versículo 17 demonstra a gravidade da existência das divisões na igreja de Corinto. Por ser santuário de Deus, o homem que não age corretamente na sua relação com a igreja é culpado de grave pecado. O ofensor haverá de receber o castigo na proporção em que o comete, porque o “santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.
1 Coríntios para hoje
Deus vai pedir conta daquilo que fizemos em Sua igreja. De que maneira essa verdade impacta você? Quão cuidadoso você tem sido com suas atitudes e serviço em relação à sua igreja local? Faça uma autoavaliação. Em seguida, ore pedindo o Senhor que o ajude a ser autêntico no exercício do serviço cristão.

III. Como eliminar as divisões (1 Co 3.18-23)
O apóstolo Paulo voltou ao tema da sabedoria do mundo e da futilidade de qualquer tipo de vanglória, baseada em líderes de grande capacidade, para mostrar que essa tendência pode ser corrigida quando a igreja possui um conceito exato de ministério.
1. A visão correta de quem ensina (1 Co 3.18-20)
É bastante fácil que tenhamos conceito errado acerca de nós mesmos. Por isso Paulo advertiu: “Ninguém se engane” (1Co 3.18). Talvez alguns mestres em Corinto se fizessem passar por homens de grande sabedoria. O apóstolo se dirigiu a eles e a qualquer pessoa que possui um conceito elevado da sua própria sabedoria. Se alguém deseja ter verdadeiro discernimento espiritual, tem que se tornar o que o mundo chama de “louco”. A verdadeira sabedoria, que está contida no evangelho, é achada quando se renuncia à sabedoria deste mundo.
A sabedoria do mundo é “loucura diante de Deus” (1 Co 3.19). Com a sabedoria humana, por mais que insistisse, o homem jamais poderia elaborar um plano de salvação eficaz como o elaborado por Deus. Ele triunfa sobre a sabedoria humana, a fim de realizar os Seus propósitos. Nem mesmo toda a erudição dos homens poderia frustrar os planos divinos.
Não há pensamento humano que o Senhor não conheça, e sabe que são pensamentos vãos ou inúteis, como o comprova a incapacidade de o homem alcançar a salvação (1Co 3.20).
Deve-se considerar aqui que Deus não condena a sabedoria relacionada com a Ciência, a Filosofia e outros campos do saber humano. Ela é necessária e é dádiva de Deus. Mas a sabedoria que exclui o temor do Senhor (Pv 1.7) e a cruz de Cristo (1 Co 1.18-25) é vã e inútil nas questões relacionadas a Deus, à salvação e à verdade espiritual.
2. A visão correta sobre quem possui o que ou quem (1 Co 3.21-23)
a. Todos são da igreja (1 Co 3.21-22).
Não havia nenhuma razão para os crentes coríntios se gloriarem nos homens. Eles deveriam se alegrar pela providência de todos os fiéis líderes que Deus lhes enviou: “seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas”. Se a igreja tivesse sido cuidadosa para entender e seguir tudo o que aqueles três homens ensinaram, estaria unida, e não dividida. Eles cooperaram com Deus para suprir as necessidades espirituais dos crentes, um de um modo, outro de outro, como Lhe aprouve.
b.Tudo é da igreja (1Co 3.22). Não somente os bons líderes são da igreja, mas todas as demais coisas que Deus concede para o bem dos Seus filhos. Como cristãos, somos “herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo” (Rm 8.17). Somos participantes da glória de Deus em Cristo (Jo 17.22). Todas as coisas colaboram para o bem dos que amam a Deus (Rm 8.28).
• O mundo é nosso. Não apenas no sentido em que Deus o criou para o nosso sustento e deleite (Gn 1.28-30), mas também no sentido de que os seguidores de Cristo herdarão a terra (Mt 5.5).
• A vida é nossa. No sentido físico, a vida é dom de Deus e devemos prezá-la. No sentido espiritual, nós a recebemos para participar da natureza divina (2Pe 1.3-4) e para desfrutá-la eternamente.
• A morte é nossa. O grande inimigo da humanidade foi vencido. Cristo venceu a morte, e por Ele nós a vencemos também (1Co 15.54-57). Paulo entendia que para ele “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Para o povo de Deus, a presença no mundo é boa e necessária, mas a morte – que conduz à vida eterna – é melhor (Fp 1.23-24).
• As coisas do presente são nossas – as boas e as más. Em todas as coisas temos a oportunidade de ser vencedores e de experimentar o amor de Deus por nós (Rm 8.37-39).
• As coisas futuras são nossas. Certamente são nossas as bênçãos celestiais, das quais agora só desfrutamos o mínimo (1 Co 2.9).
c. A igreja pertence a Cristo, e Cristo pertence a Deus (1 Co 3.23). Nós somos propriedade de Cristo. Ele é a origem da igreja, a base para a sua unidade espiritual; a cura para as divisões. Se os olhos dos cristãos de Corinto estivessem voltados para Cristo, as divisões não ocorreriam. O maior motivo para se manter a unidade do Espírito e evitar as divisões na igreja é saber que pertencemos a Cristo, e que Cristo é de Deus. Todos nós somos propriedade de um e de outro. Na oração sacerdotal, o Senhor valoriza o que ensina sobre a unidade, ao dizer: “porque são teus; ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas… que todos sejam um;e como és, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste… para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade” (Jo 17.9-10,21-23). Nós deveríamos aprender a manter a unidade com o Deus Pai e o Deus Filho. Eles são eternamente um em essência, embora sejam duas Pessoas.
1 Coríntios para hoje
As divisões têm origem em desejos bem egoístas. Faça um levantamento de algumas atitudes que refletem esse egoísmo. Em seguida, reflita:Como olhar para Jesus pode ajudar-me a corrigir o que o egoísmo estragou em minha vida?

Conclusão
1. Entendeu o que é um crente carnal e um crente espiritual? De que modo a carnalidade provoca divisões na igreja? Concorda que, se os crentes corrigirem o foco de atenção, poderão evitar que a igreja sofra com a existência de partidos?
2. Qual tem sido a qualidade das suas obras? As motivações com que as faz são corretas? Lembre-se de que Deus não vê apenas o resultado do que é feito. Ele conhece as razões que impulsionam o crente a agir.
3. Por que ainda há divisões na igreja? Qual é a sua opinião? Para o apóstolo Paulo, tudo começa com a falha em não compreendermos a realidade da unidade espiritual existente no nosso único Possuidor.
4. Considere o significado de a igreja ser o “santuário de Deus”.
Autor da lição: Pr. Vanderli Lima Carreiro

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domingo, 18 de março de 2018

quinta-feira, 1 de março de 2018

Como funcionava a sociedade no tempo de Jesus e a sua proposta - parte 2


Na sociedade do tempo de Jesus havia grupos políticos e religiosos; havia o rei, o imperador, o sumo sacerdote, os sacerdotes, a legião de soldados romanos, grupos guerrilheiros (hoje diríamos “terroristas”); havia trabalhadores nas mais diversas áreas da vida humana: servidores públicos, agricultores, pedreiros, carpinteiros, comerciantes; havia mercenários, doutores, juízes, advogados, religiosos; havia também a família, o rico e o pobre, o doente, o leproso, a prostituta, o mendigo, as viúvas, as mulheres e crianças e os pecadores.

            Na sociedade de Jesus também se pagavam impostos: Os agricultores deveriam pagar 25% da colheita como impostos para o templo em Jerusalém; havia taxas de circulação de mercadorias; havia impostos para o sustento das tropas de soldados romanos; havia o pagamento de 75% do imposto de renda anual, etc. O povo era muito sacrificado.

PÁGINAS:52


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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

OS SETE PRINCÍPIOS BÍBLICO


 “A vida do cristão deve ser uma vida de princípios” ou “os nossos princípios são diferentes dos princípios deste mundo”.
Mas afinal, o que é um princípio? Viver uma vida pautada em princípios bíblicos é apenas um “jargão” evangélico ou é algo que realmente traz mudanças à nossa vida? A palavra “princípio” significa a origem, a causa, um rudimento, uma verdade absoluta. Um princípio é algo que não muda, difere-se de uma opinião, de uma boa ideia, não é relativo e não está preso a um contexto histórico, a uma época específica ou a um costume. A Bíblia é um livro que contém inúmeros princípios, verdades absolutas que não se prendem ao contexto histórico ou à época em que foram escritas: São princípios, verdades eternas.
Para identificarmos um princípio bíblico, devemos checar se ele é uma verdade no Velho e no Novo Testamento, se é uma verdade que pode ser aplicada no Brasil, na África, na China ou em qual- 19 quer outro lugar do mundo, se poderia ter sido aplicado em uma situação nos séculos passados e se poderá ser aplicado nos próximos séculos.
Um princípio é atemporal. O coração de Deus deseja que esquadrinhemos a sua Palavra e nela encontremos suas verdades eternas, pois os princípios da Palavra de Deus nos trazem a revelação de quem é o próprio Deus. Quando começamos a pensar a partir de princípios bíblicos e não a partir de opiniões ou “achismos”, o nosso estilo de vida muda se torna mais consistente.
O resultado de vivermos dentro dos princípios bíblicos é uma vida equilibrada, as nossas ações começam a serem governadas por Deus, tanto na igreja como na vida em família ou na administra- ção dos nossos negócios.
A nossa mente torna-se “cativa” à mente de Deus; caminhamos em direção aos seus pensamentos e começamos a ver tudo que nos cerca numa perspectiva bíblica. “Derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo o pensamento à obediência de Cristo.” (2 Coríntios 10.5)
Parece uma afirmação óbvia, mas realmente em nosso dia a dia, na vida da igreja, nos negócios, nos estudos, nos relacionamentos, nas decisões, parece existir uma distância entre os absolutos de Deus e a nossa própria maneira de governar a nossa vida.
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sábado, 2 de dezembro de 2017

ESTUDO BÍBLICO: A CLASSE DOS ANJOS: ARCANJOS, QUERUBINS E SERAFINS


SUAS ORDENS 
Conquanto os anjos não constituam um organismo, evidentemente estão organizados de algum modo. Isto decorre do fato de que, ao lado do nome geral “anjo”, a Bíblia emprega certos nomes específicos para indicar diferentes classes de anjos. O nome “anjo”, com o qual designamos de maneira geral os espíritos superiores, não é um nomem naturae na Escritura, mas, sim, um nomem officii. 
A palavra hebraica mal’ak significa simplesmente mensageiro, e serve para designar alguém que é enviado para os homens, Jó 1.14; 1 Sm 11.3, enviados de Deus, Ag 1.13; Ml 2.7; 3.1. O termo grego Angelos também é freqüentemente aplicado a homens, Mt 11.10; Mc 1.2; Lc 7.24; 9.51; Gl 4.14. Não há na Escritura um nome geral, especificamente distintivo, para todos os seres espirituais. 
Eles são chamados filhos de Deus, Jó 1.6; 2.1; Sl 29.1; 89.6, espíritos, Hb 1.14; santos, Sl 89.5, 7; Zc 14.5; Dn 4.13, 17, 24. Contudo, há diversos nomes específicos que indicam diferentes classes de anjos. 

ARCANJOS

O termo “arch” quer dizer “sumo”, “chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Em todo o Novo Testamento, ele aparece apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.

Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.

No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos arcanjos: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” - 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma original.

Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.

No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).

O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo


QUERUBINS.

 A escritura menciona repetidamente os querubins. Eles guardam a entrada do paraíso, Gn 3.24, observam o propiciatório, Êx 25.18, 20; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16; Hb 9.5, e constituem a carruagem de que Deus se serve para descer à terra, 2 Sm 22.11; Sl 18.10. Em Ez 1 e Ap 4 são representados como seres vivos em várias formas. Estas representações simbólicas servem simplesmente para demonstrar o seu extraordinário poder e majestade. Mais que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra. 

SERAFINS.

Os serafins constituem uma classe de anjos proximamente relacionada com a anterior. São mencionados somente em Is 6.2,6. Também são representados simbolicamente em forma humana, mas com seis asas, duas cobrindo o rosto, duas os pés, e duas para a pronta execução das ordens do Senhor. Diferentemente dos querubins, permanecem como servidores em torno do trono do Rei celestial, cantam louvores a Ele e estão sempre prontos a fazer o que Ele manda. Enquanto que os querubins são os anjos poderosos, os serafins podem ser considerados os nobres entre os anjos. Ao passo que aqueles defendem a santidade de Deus, estes atendem ao propósito da reconciliação, e assim preparam os homens para aproximar-se apropriadamente de Deus. 

 Principados, potestades, tronos e domínios. Em acréscimo aos anteriores, a Bíblia fala de certas classes de anjos, que ocupam lugares de autoridade no mundo angélico, como archai e Exouxiai (principados e potestades), Ef 3.10; Cl 2.10, thronoi (tronos), Cl 1.16, kyreotetoi (domínios), Ef 1.21; Cl 1.16 (nesta passagem, traduzido por “soberanias”, Almeida. Autorizada), e dynameis (poderes), Ef 1.21; 1 Pe 3.22. Estes nomes não indicam diferentes espécies de anjos, mas diferenças de classe ou de dignidade entre eles.

Gabriel e Miguel. Diversamente de todos os outros anjos, estes dois são mencionados nominalmente. Gabriel * aparece em Dn 8.16; 9.21; Lc 1.19,26. A grande maioria dos comentadores o considera como um anjo criado, mas alguns deles negam que o nome Gabriel seja um nome próprio, vendo-o como um substantivo comum, com o sentido de homem de Deus – um sinônimo de anjo. Mas esta posição é insustentável.

1 Alguns comentadores antigos e recentes vêem nele um ser incriado, alguns sugerindo até que ele poderia ser a terceira pessoa da Trindade Santa, sendo Miguel a segunda. Mas uma simples leitura das passagens em questão mostra a impossibilidade dessa interpretação. Gabriel pode ser um dos sete anjos dos quais se diz que se acham diante de Deus (Ap 8.2, Comp. Lc 1.19). Parece que sua função principal é servir de intermediário e intérprete de revelações divinas. O nome Miguel (literalmente, “quem como Deus?”) tem sido interpretado como um designativo da segunda pessoa da Trindade. Mas isto não é mais sustentável que a identificação de Gabriel com o Espírito Santo. Miguel é mencionado em Dn 10.13, 21; Jd 9; Ap.12.7. Por ser chamado “o arcanjo” em Jd 9, e pela expressão utilizada em Ap 12.7, parece que ele ocupa um importante lugar entre os anjos. As passagens de Daniel também indicam o fato de que ele é um príncipe entre eles. Vemos nele o valente guerreiro a librar as batalhas de Jeová contra os inimigos de Israel e contra os poderes malignos do mundo dos espíritos. Não é impossível que o título de “arcanjo” também se aplique a Gabriel e a uns poucos anjos mais.
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ESTUDO BÍBLICO: OS NOMES DE DEUS E SEUS SIGNIFICADOS


 Os  nomes de Deus e seus significados

 Cada um dos muitos nomes de Deus descreve um aspecto diferente do seu caráter multifacetado. Aqui estão alguns dos nomes mais conhecidos de Deus na Bíblia: 

EL, ELOAH: Deus "poderoso, forte, proeminente" (Gênesis 7:1, Isaías 9:6) - etimologicamente, El parece significar "poder", como em "Tenho o poder para prejudicá-los" (Gênesis 31:29). El é associado com outras qualidades, tais como integridade (Números 23:19), zelo (Deuteronômio 5:9) e compaixão (Neemias 9:31), mas a raiz original de ‘poder’ continua. 

ELOHIM: Deus "Criador, Poderoso e Forte" (Gênesis 17:7; Jeremias 31:33) - a forma plural de Eloah, a qual acomoda a doutrina da Trindade. Da primeira frase da Bíblia, a natureza superlativa do poder de Deus é evidente quando Deus (Elohim) fala para que o mundo exista (Gênesis 1:1). 

EL SHADDAI: "Deus Todo-Poderoso", "O Poderoso de Jacó" (Gênesis 49:24; Salmo 132:2,5) - fala do poder supremo de Deus sobre todos. 

ADONAI: "Senhor" (Gênesis 15:2; Juízes 6:15) - usado no lugar de YHWH, o qual os judeus achavam ser sagrado demais para ser pronunciado por homens pecadores. No Antigo Testamento, YHWH é mais utilizado em tratamentos de Deus com o Seu povo, enquanto que Adonai é mais utilizado quando Ele lida com os gentios. 

YHWH / YAHWEH / JEOVÁ: "SENHOR" (Deuteronômio 6:4, Daniel 9:14) - a rigor, o único nome próprio para Deus. Traduzido nas bíblias em português como "SENHOR" (com letras maiúsculas) para distingui-lo de Adonai, "Senhor". A revelação do nome é primeiramente dada a Moisés "Eu sou quem eu sou" (Êxodo 3:14). Este nome especifica um imediatismo, uma presença. Yahweh está presente, acessível, perto dos que o invocam por livramento (Salmo 107:13), perdão (Salmo 25:11) e orientação (Salmo 31:3). 

JEOVÁ-JIRÉ: "O Senhor proverá" (Gênesis 22:14) - o nome utilizado por Abraão quando Deus proveu o carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque. 

JEOVÁ-RAFA: "O Senhor que sara" (Êxodo 15:26) - "Eu sou o Senhor que te sara", tanto em corpo e alma. No corpo, através da preservação e da cura de doenças, e na alma, pelo perdão de iniquidades. 

JEOVÁ-NISSI: "O Senhor é minha bandeira" (Êxodo 17:15), onde por bandeira entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha. Esse nome comemora a vitória sobre os amalequitas no deserto em Êxodo 17. 

JEOVÁ-MAKADESH: "O Senhor que santifica, torna santo" (Levítico 20:8, Ezequiel 37:28) - Deus deixa claro que apenas Ele, e não a lei, pode purificar o Seu povo e fazê-los santos. 

JEOVÁ-SHALOM: "O Senhor nossa paz" (Juízes 6:24) - o nome dado por Gideão ao altar que ele construiu após o Anjo do Senhor ter-lhe assegurado de que não morreria como achava que morreria depois de vê-lO. 

JEOVÁ-ELOIM: "Senhor Deus" (Gênesis 2:4, Salmo 59:5) - uma combinação do singular nome YHWH e o nome genérico "Senhor", significando que Ele é o Senhor dos senhores. 

JEOVÁ-TSIDIKENU: "O Senhor nossa justiça" (Jeremias 33:16) - Tal como acontece com Jeová-Makadesh, só Deus proporciona a justiça para o homem, em última instância, na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, o qual tornou-se pecado por nós "para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21). 

JEOVÁ-ROHI: "O Senhor nosso Pastor" (Salmo 23:1) - Depois de Davi ponderar sobre seu relacionamento como um pastor de ovelhas, ele percebeu que era exatamente a mesma relação de Deus com ele, e assim declara: "Yahweh-Rohi é o meu Pastor. Nada me faltará" (Salmo 23:1). 

JEOVÁ-SHAMMAH: "O Senhor está ali" (Ezequiel 48:35) - o nome atribuído a Jerusalém e ao templo lá, indicando que o outrora partida glória do Senhor (Ezequiel 8-11) havia retornado (Ezequiel 44:1-4). 

JEOVÁ-SABAOTH: "O Senhor dos Exércitos" (Isaías 1:24, Salmos 46:7) - Exércitos significa "hordas", tanto dos anjos quanto dos homens. Ele é o Senhor dos exércitos dos céus e dos habitantes da terra, dos judeus e gentios, dos ricos e pobres, mestres e escravos. O nome expressa a majestade, poder e autoridade de Deus e mostra que Ele é capaz de realizar o que determina a fazer. 

EL ELIOM: "Altíssimo" (Deuteronômio 26:19) - derivado da raiz hebraica para "subir" ou "ascender", então a implicação refere-se a algo que é muito alto. El Elyon denota a exaltação e fala de um direito absoluto ao senhorio. 

EL ROI: "Deus que vê" (Gênesis 16:13) - o nome atribuído a Deus por Agar, sozinha e desesperada no deserto depois de ter sido expulsa por Sara (Gênesis 16:1-14). Quando Agar encontrou o Anjo do Senhor, ela percebeu que tinha visto o próprio Deus numa teofania. Ela também percebeu que El Roi a viu em sua angústia e testemunhou ser um Deus que vive e vê tudo. 

EL-OLAM: "Deus eterno" (Salmo 90:1-3) - A natureza de Deus não tem princípio, fim e nem quaisquer limitações de tempo. Deus contém dentro de Si mesmo a causa do próprio tempo. "De eternidade a eternidade, tu és Deus." 

EL-GIBOR: "Deus Poderoso" (Isaías 9:6) - o nome que descreve o Messias, Jesus Cristo, nesta porção profética de Isaías. Como um guerreiro forte e poderoso, o Messias, o Deus Forte, vai realizar a destruição dos inimigos de Deus e governar com cetro de ferro (Apocalipse 19:15). 
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ESTUDO BÍBLICO: OS PARTIDOS RELIGIOSOS NA ÉPOCA DE JESUS


ESTUDO BÍBLICO

VIDA POLÍTICA E RELIGIOSA EM ISRAEL NOS DIAS DE JESUS

Os Fariseus

O nome significa "Separatistas". Quando o Remanescente voltou à Judeia depois do Exílio, seu objetivo era reconstruir a comunidade judaica como Nação dedicada ao Senhor pela observância da lei. Com a influência crescente do sumo sacerdote, tornou-se um cargo ambicioso que pensava mais em vantagens políticas de que em responsabilidades espirituais. Nos tempos de Jesus esse grupo era considerado a seita mais numerosa, poderosa e influente . Eram legalistas rigorosos, defendiam a rígida observância da letra e das formas da Lei, como também das tradições. Apesar de haver alguns homens bons no meio deles, mas em geral eram conhecidos por sua cobiça, crueldade, justiça-própria e hipocrisia. Os Fariseus e os Escribas eram os líderes religiosos do povo.

Os Escribas

Copistas dos textos sagrados e mestres encarregados de ensinar a lei ao povo. O escribismo desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. Eram peritos profissionais na interpretação e aplicação da lei e outras Escrituras do Velho Testamento. Com a multiplicação das tradições orais e a introdução de um sistema de interpretação e exposição das Escrituras, passo a passo os Escribas foram levados a conclusões, que teriam horrorizado os primeiros representantes da ordem. A relação entre a lei moral e cerimonial foi esquecida e invertida. O estudo das Escritura em si tornou-se uma obsessão para com as minúcias, até nas sílabas e letras, sendo que a idolatria da letra destruía a reverência em que ela tivera origem. Por isso Jesus Cristo condenou essa super-veneração da "tradição" dos homens(Mc 7:7-8).

Os Essênios

Os essênios eram uma comunidade a parte. viviam isolados em suas propriedades, trabalhando no campo ou em serviços úteis, mas rejeitando o comércio como um estímulo à cobiça. Os mais estritos renunciavam até ao casamento. Eram exclusivistas, ascetico e místicos. Eram escravos da forma. Sua liberdade mística com a Palavra escrita não lhes proporcionou liberdade espiritual.

Os Saduceus

Membros de um partido oposto aos fariseus. Pessoas moralistas, negavam tudo o que é sobrenatural (At 23:8). Doutrinas principais : aceitavam somente a lei escrita, pentateuco ; negavam a providência de Deus ; a alma não existe; o corpo não ressuscitará; interpretavam literalmente o Velho Testamento ; não existem os anjos ; não há céu nem inferno, nem demônios. Eram materialistas consumados. O partido nasceu durante o cativeiro babilônico, por parte de um grupo de judeus liberais na guarda da Lei e contra os quais os fariseus, zelosos da Lei, levantaram-se.(1)

Os Herodianos

Formavam mais um partido político do que religioso. Eram inimigos dos fariseus, bem como dos judeus de modo geral. Mas uniram-se àqueles no episódio do tributo, a fim de pressionar Jesus (Mt 22:15-22). Não tinham alguma doutrina peculiar, mas era injustos e hipócritas. Isso constituía uma influência nefasta que o Senhor Jesus chamou de "fermento dos fariseus" (Mc 8:15). Nasceram com Herodes o Grande.(1)

Os Zelotes

Pregavam que a lei devia ser guardada, mesmo pela força da espada. Eles eram violentos, cruéis, sanguinários. Quando tinham oportunidade, matavam até mesmo a judeus que pagassem tributo a César. Odiavam mortalmente os romanos. Eles foram os responsáveis pela destruição de Jerusalém, no ano 70 dC. Quanto a doutrina seguiam o judaísmo em geral. Alguns acham que Simão (Mt 10:1-4) era Zelote. Naturalmente antes da sua conversão.(1)

Os Publicanos

Não constituíam algum partido político e, muito menos, religioso. Os Publicanos, devido à natureza de seu trabalho, eram tidos como traidores da pária e odiados pelos judeus. Eram reputados pecadores, no mesmo nível das meretrizes (Mt 9:10; 21; 31- Mc 2:15). Jesus salvou a Mateus, um publicano e fez dele um apóstolo (Mt 9:9). Também comeu com publicanos; salvou o publicano Zaqueu (Lc 19:1-10) e se mostrou amigável para com os publicanos (Lc 6:12-13). Os publicanos eram desprezados pelos judeus, porque o governo romano os encarregava de receber os impostos e os direitos de alfândega.(1)


Os Samaritanos

Não pertenciam ao povo judeu e nem residiam dentro dos termos de Israel. Os Samaritanos eram colonos de raça estranha, estabelecidos ali pelos assírios (700 anos antes, II Reis 17 :24-31 e Ed 4: 1; 9; 10). Aceitavam o pentateuco e adotavam em parte, a religião judaica. Esperavam que o Messias fizesse de Samaria não de Jerusalém, a sede do seu governo. Os Samaritanos odiavam os judeus de Jerusalém.(1)

ANÁLISE DOS GRUPOS
Essas extintas seitas judaicas continuam falando entre nós também através de outros meios. Existe um "meio dourado" de verdade que quando seguido, gera nos homens uma santidade sadia; mas quando os homens e os movimentos se desviam dele, tornam-se proporcionalmente desequilibrados e sujeitos a extremos pouco sólidos. Vemos isto objetivado nos fariseus, saduceus, essênios, zelotes e herodianos. Os fariseus eram extremamente escrupulosos sobre a letra da lei e tornaram-se hiper-espirituais. Os saduceus bifurcavam-se em sentido contrário, recusando a Palavra, exceto com significados limitados, e tornaram-se infra-espirituais. Os essênios liam muito mais nas "entre-linhas" do que nas próprias linhas, convencidos que por meio de percepção peculiar tinham conseguido alcançar a realidade mais profunda de todas e se tornaram ultra-espirituais.Os zelotes, impaciente se afastaram em outra direção, lutando se necessário, e eventualmente tornaram-se não-espirituais. Os herodianos achavam que deviam combinar as Escrituras hebraicas com a filosofia grega; o judaísmo com o helenismo; a religião com o prazer; e tornaram-se anti-espirituais.(2)


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terça-feira, 7 de novembro de 2017

ESTUDO BÍBLICO:PRINCÍPIO BÍBLICO SEMEAR E COLHER

PRINCÍPIO BÍBLICO SEMEAR E COLHER

"Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (Gl 6:7b)

Com toda a certeza esse princípio é o mais assimilado por muitas pessoas, tudo terá uma colheita, mas ainda assim existem pessoas que não se deram conta disso, não se convenceram a respeito disso.

Isso porque não mudam as suas atitudes, não dão conta de que as suas atitudes terão uma colheita, queira ela ou não.
Esse princípio não é somente para os cristãos, e sim para todos, independente de seus credos religiosos ou não(ateu).
II Timóteo 3:3 diz - enganando e sendo enganados.
Por isso deve-se atentar para as palavras e atos porque a colheita será inevitável. 

Semear e Colher. Quando Deus colocou o homem na Terra, deu-lhe uma ordem, lembram-se? Isso mesmo: "De toda árvore do jardim comereis, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comereis..." (Gn 2:16-17). Mas o versículo continua: "... pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás."

O Senhor estava dizendo ao homem que caso resolvesse desobedecer à ordem dada, receberia uma conseqüência do seu ato: a morte. Se comesse, morreria.
Essa é a lei da causa e do efeito, ou seja, para toda ação há uma reação. É a lei da semeadura e da colheita. Tudo o que plantamos, certamente colheremos, na mesma proporção. De acordo com a semente será a nossa colheita.

Se nós olharmos ao nosso redor, no nosso dia-a-dia, veremos claramente este princípio.

I -  Cada semente gera de acordo com a sua espécie. Quem planta amor colherá amor.

II - A lei da semeadura é que nunca colhemos o mesmo tanto que semeamos. Apenas uma semente de milho pode gerar até 600 outros grãos. Não é por acaso que a Palavra de Deus declara que aqueles que semeiam ventos segarão tormentas (Os. 8:7). Essa é uma lei muito séria, por isso precisamos ser muito cuidadosos com o tipo de semente que estamos semeando. Porque aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.

III A terceira lei é que nunca colhemos na mesma hora que semeamos. A vontade de Deus é que toda semeadura frutifique e seja fecunda, mas isso demanda algum tempo. Não espere semear hoje e colher amanhã. É preciso sair andando e chorando enquanto semeia, porque certamente celebraremos no dia da colheita (Sl. 126:6).
O princípio da semeadura e colheita opera em todas as áreas de nossa vida, tanto na esfera natural quanto na espiritual. Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Quem decide como será a colheita, não são os que colhem, mas os semeadores. Se um homem é fiel em sua semeadura, então pode confiantemente aguardar uma boa colheita. Por outro lado, “os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam” (Jó 4:8).
- Se desobedecermos, receberemos correção;
- Se estudarmos, aprenderemos e tiramos boas notas;
- Se tratarmos os outros com respeito, seremos respeitados;
- Se formos gentis e educados com os outros, eles também serão gentis e educados conosco. Em compensação, se tratarmos as pessoas com grosseria, receberemos o troco na mesma moeda.

O que você quer colher? Tempestades? Ou amor, paz, respeito, carinho, êxito, prosperidade? Então plante isso com palavras, gestos e pensamentos.

Um fariseu, doutor da lei, perguntou certa vez a Jesus qual era o grande mandamento da Lei. Jesus lhe respondeu que o primeiro grande mandamento é amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo entendimento. E o segundo, que vem ligado ao primeiro, é amar o próximo como a si mesmo (Mt 22:37-39). Qual a relação dessa palavra com o semear e colher?

Simples: tudo o que eu quero que façam a mim, vou fazer para os outros, pois vou amá-los como a mim mesmo, e ninguém gosta de fazer mal a si mesmo, não é verdade. Assim, jamais farei algo a outra pessoa que não fizesse a mim mesmo.

Você quer ser amado? Ame.
Quer ser respeitado? Respeite.
Quer ser abençoado? Abençoe.
Quer ter paz? Viva em paz com todos.
Não desista de semear para o bem – 9 e 10
Seja muito cuidadoso com seus pensamentos, palavras e ações, pois as semeaduras da carne dão fruto muito mais rápido do que as sementes do Espírito. Isso acontece porque uma forma mais elevada de vida frequentemente cresce mais devagar que uma forma inferior. Dessa maneira o que semeamos para o Espírito geralmente cresce mais lentamente do que aquilo que semeamos para a carne. Por causa disso Paulo nos exorta a não desistirmos de semear o bem.
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto ti- vermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. Gl. 6:9-10
Na vida cristã somos muitas vezes tentados a desanimar, a relaxar a até mesmo a desistir, por isso o apóstolo nos dá este incentivo, dizendo-nos que fazer o bem é uma semeadura. Se um lavrador se cansa e desiste no meio do plantio de um campo, ele vai colher muito pouco.
O mesmo acontece com as boas obras. Se desejamos uma colhei- ta, então temos de concluir a semeadura e temos de ser pacientes, como o lavrador que “aguarda com paciência o precioso fruto da terra…” (Tg 5:7).
Existe um tempo determinado entre a semeadura e a colheita. Provérbios diz que há um tempo de plantar e um tempo de colher. Nós sabemos que há coisas que plantamos que nós mesmos colhemos, mas outras semeaduras são feitas para os nossos filhos colherem. Do plantio à colheita, a semente de arroz leva três ou quatro meses, mas a semente de uma castanheira leva quarenta anos. Ninguém planta castanheira para si mesmo, mas para as próximas gerações.
Devemos fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. Esta família são os nossos irmãos em Cristo, aqueles que compartilham conosco a mesma fé e a mesma natureza espiritual. Evidente- mente devemos amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perse- guem, mas a prioridade deve ser sempre para com os irmãos na vida da Igreja.
Paulo diz em Romanos 2:7 que a atitude de perseverar em fazer o bem é um sinal daqueles que possuem uma fé genuína.

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