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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


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segunda-feira, 12 de março de 2018

A unção para o propósito profético está na consagração.



A unção para o propósito profético está na consagração. 
O que é consagração? 
Seria ficarmos três dias em jejum e oração ou ainda nos afastarmos das pessoas? Posso lhes garantir que é muito mais que isso. 

Juizes 13:5 conta-nos a história de Sansão, e sabemos que a vida desse homem de Deus se encaixa como uma luva no aspecto da consagração que queremos abordar: "porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; portanto o menino será nazireu, consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe...". O texto diz que antes mesmo de Sansão ser concebido, ele deveria ser um nazireu, e, segundo a Bíblia, nazireu era alguém especialmente consagrado a Deus. Nesse sentido, eu e você somos nazireus, consagrados desde o ventre materno, pois o que era sombra no Velho Testamento, para nós, hoje, é realidade.
Em Números 6:1 a 6, há detalhes sobre o voto do nazireu. "Disse o Senhor a Moisés: fala aos filhos de Israel dizendo-lhes: quando alguém seja homem, seja mulher fizer voto especial, voto de nazireu, a fim de consagrar-se para o Senhor, abster-se-á de vinho. Todos os dias do seu voto de nazireu não passará navalha sobre a sua cabeça. Todos os dias da sua consagração para o Senhor, não se aproximará de cadáver". Então, quais são as características de alguém que foi separado, especialmente consagrado a Deus no voto de nazireu? Ele deveria abster-se de vinhonão podia cortar os cabelos e nem tocar em morte. Ora, o que isso tem a ver comigo, com você e com o propósito profético? Cada uma dessas três coisas que Sansão, como nazireu não podia fazer, tem um significado espiritual. A bebida forte fala do natural, de termos prazer nas coisas do mundo, de termos deleite e desfrutarmos do natural colocando o nosso prazer em outra coisa em detrimento do Senhor. O vinho é um símbolo de algo muito aromático, de bom para dar e que tem o poder de chamar a atenção do homem. Para alguém fluir na unção, é preciso ter o seu prazer em Deus e não em coisas naturais.Podemos ser um povo normal. Podemos comprar, vender, casar, viajar, trabalhar e nos divertir, mas o nosso alvo deve estar em Deus,e não deixarmos se contaminar por essas coisas. O nosso desejo e deleite deve ser o Senhor Jesus, o nosso prazer, a nossa paixão, o nosso amor maior tem que ser pela pessoa do Cordeiro. Esta é, então, a primeira condição para o voto daquele que é consagrado: Não tocar em vinho, isto é, seu prazer deverá ser completamente no Senhor.
Outra característica que vemos e que é um sinal da consagração de Sansão, são os seus cabelos. Os cabelos grandes de um nazireu falam do compromisso, da aliança de servir ao Senhor somente. A minha vida é do Senhor, o meu destino é do Senhor, o meu futuro é Dele, eu
nasci para Ele, eu subsisto Nele. A minha vida converge para Ele; a minha vida caminha sobre a terra por causa de um propósito divino. O cabelo crescido era um testemunho de consagração.
Todos que viam Sansão sabiam que ele era alguém separado para Deus.
Por fim, o nazireu não podia tocar em morte. Esse aspecto fala de guardar o coração com pureza, fala de uma comunhão séria com Deus e de não se envolver com uma religiosidade sem vida. Fala também de não contaminar o coração com o mundo. Há uma luta entre o Espírito Santo e os demônios para conquistar o seu coração. Os demônios querem contaminar o seu coração, querem fazê-lo virar um coração capcioso e torpe. O segredo de uma vida espiritual é aprender a guardar o coração e, é responsabilidade nossa induzi-lo a amar ao Senhor. Quando percebo que o meu casamento está caindo na rotina, logo começo a direcionar o meu coração a amar minha esposa. Bem cedo, digo-lhe que a amo, no café da manhã dou-lhe um caloroso abraço, e à tarde telefono para dizer que ela é muito preciosa para mim. Basta fazer isso e percebo aquele amor, aquele sentimento gostoso tomando conta do meu coração. Isso é 
apenas uma ilustração para mostrar que você deve induzir, direcionar o seu coração para amar a Deus.
É responsabilidade de cada um de nós soprar a brasa para que o fogo não se apague. Desde a manhã direcione seu coração para o Senhor, não adianta viver sem estar cheio de amor pelo Senhor. É lamentável que haja tanta gente fria, dura, seca e insensível nas igrejas. São pessoas
que permitiram a falta de amor se instalar.
Para manter um coração para o Senhor, o nazireu não poderia tocar em coisas mortas.
Coisas mortas seria hipocrisia, envolvimento com críticas, com a sensualidade, dureza, impurezas no coração. O propósito de Deus é que o nosso coração permaneça fresco, tenro, aquecido por Ele. O nascimento de Sansão foi um nascimento profético. O Senhor iria começar através dele a livrar Israel dos filisteus. Antes mesmo daquele menino nascer já havia um propósito profético sobre seus ombros. Assim como com Sansão, há um propósito  profético estabelecido para a sua e a minha vida, mesmo antes de nascermos. O Espírito do Senhor começou a incitar Sansão, começou a trazer pressão, a impulsioná-lo para o cumprimento do propósito profético. A Bíblia afirma que o Espírito do Senhor apoderou-se de Sansão. Isso é a unção. A unção virá para levá-lo a fazer aquilo que você é capaz de fazer, para capacitá-lo ao
propósito. Vemos a expressão “...e o Espírito de Deus de tal maneira se apoderou dele..." pelo menos, umas sete vezes no livro de Juizes.
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VISÃO PROFÉTICA

O Que Significa “Profético”?
Assim como acontece com tantos outros termos do nosso “jargão” bíblico ou cristão, a palavra profético perdeu grande parte do seu significado. Embora nem sempre nos séculos passados da história cristã esta palavra foi muito usada, e apesar de não ser comum em alguns setores da igreja até hoje, em muitos círculos vem sendo usada de forma cada vez mais frequente, a ponto de virar uma espécie de modismo.
Um nível muito maior de unção profética realmente é uma das promessas de Deus para seu povo nos últimos dias (At 2.17). Porém, antes de concluirmos que a igreja já está experimentando o pleno cumprimento desta promessa na nossa geração, é importante examinar as Escrituras para entender o verdadeiro sentido da palavra. Assim como não é o uso constante dos termos graça, ou poder que prova que temos estes elementos funcionando em nossas vidas ou igrejas, não serão as expressões adoração profética, conferência profética, ou ministério profético que darão este caráter às nossas atividades.

O termo mais antigo, no hebraico do Velho Testamento, para profeta é roeh, que quer dizer vidente. É uma palavra usada também para visão profética. Uma outra palavra, que surgiu depois, é nabi, aquele que fala, um porta-voz. Nabi’ vem de uma raiz que significa levantar-se, vir à luz ou inchar-se. É relacionada com a palavra para um ribeiro borbulhante e com o verbo jorrar, com o sentido de proferir abundantes sons ou palavras (Pv 18.4).
Esta ideia pode ter um sentido passivo, como de alguém que se faz borbulhar pelo Espírito de Deus, que é inspirado por ele. O sentido mais correto, porém, é ativo e contínuo: alguém que jorra as palavras de Deus, um divulgador divinamente inspirado, um anunciador ou porta-voz (Êx 7.1).
Portanto, há um aspecto anterior, passivo e receptivo no profeta: ele vê. E há um aspecto ativo e comunicativo: ele fala. Antes de poder funcionar como boca ou comunicador, ele precisa receber revelação, percepção e visão; precisa “borbulhar” com os propósitos e sentimentos do coração de Deus.
“Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso” (Jr 20.9; ver também Jr 6.11).
“Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do Senhor, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq 3.8).
Visão Espiritual
A primeira característica, então, do profético é sua capacidade de ver numa outra dimensão, de enxergar no mundo espiritual aquilo que a grande maioria não consegue vislumbrar. No Velho Testamento, este era um privilégio de poucos escolhidos. Raramente, Deus tinha no meio do seu povo mais do que um ou dois servos, numa mesma época, que podiam ver e ouvir além do mundo visível e material. Por isto, eram muito requisitados e, se alguém queria saber o que Deus pensava ou diria sobre um determinado assunto, era necessário ir atrás destas pessoas.
Veja o que Balaão disse acerca de suas capacidades proféticas, nem sempre utilizadas a serviço de Deus: “Palavra do homem de olhos abertos; palavra daquele que ouve os ditos de Deus, o que tem a visão do Todo-poderoso…” (Nm 24.3,4).
No Novo Testamento, porém, esta visão espiritual potencialmente passaria a todos os cristãos. “Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hb 8.11). “E vós possuis unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento” (1 Jo 2.20). “Derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão…  Até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito… e profetizarão” (At 2.17.18). “Porque todos podereis profetizar…” (1 Co 14.31).
Na prática, sabemos que a Nova Aliança e o derramamento do Espírito ainda não trouxeram este nível de conhecimento de Deus a todo o povo do Senhor. A grande maioria do povo de Deus e, infelizmente, até dos líderes, não tem estes olhos e ouvidos abertos para saber o que o Senhor está falando ou para onde está querendo nos conduzir dentro do seu plano. Assim, ainda dependemos, em grande parte, da promessa de que Deus não fará coisa alguma sem revelar seu segredo aos seus amigos, os profetas (Am 3.7). Ele também prometeu a Isaías que jamais retiraria da linhagem profética, no meio do seu povo, a unção de falar as suas palavras, para sempre. Até que se cumpra a promessa de fazer todo o seu povo andar cheio do Espírito e conhecer os tesouros do mundo invisível (1 Co 2.9-16), Deus prometeu que sempre encontrará alguém a quem possa revelar o seu conselho secreto.
Ter os olhos e os ouvidos abertos para o mundo espiritual não é só uma questão de ter algumas experiências deslumbrantes de forma isolada ou esporádica. A revelação, em todas as suas variadas manifestações, vem realmente através de uma “porta aberta no céu” (Ap 4.1), e isto depende não só da nossa disponibilidade, mas da vontade soberana de Deus. Ninguém tem estas experiências de forma ininterrupta. Porém, a característica profética, de ter o véu retirado para ver as coisas da perspectiva de Deus, vai muito além disto. É resultado de andar com Deus, de ter uma vida dedicada a conhecê-lo e de descobrir, progressivamente, o que ele realmente deseja falar e fazer com seu povo.
Portanto, a primeira prova para testar a qualidade profética de alguma mensagem, atividade ou ação é saber se provém de uma visão espiritual e de um genuíno contato com Deus, ou se é apenas cópia de algo que foi rotulado profético.
Proclamação
Depois que o mundo espiritual foi aberto, com certeza haverá conteúdo para proclamar. 
A essência do ministério profético é anunciar o que se viu, tendo em vista que poucos tiveram o mesmo acesso àquela dimensão. 
O profeta é um atalaia, posicionado numa torre de onde consegue ver muito além daquilo que a multidão enxerga. Por isto, precisa alertar, advertir e preparar o povo para aquilo que virá (Is 21.6,11; Ez 3.17). Hoje, esta função ainda precisa ser exercida em favor da própria igreja, já que poucos tiveram seus olhos abertos; no plano de Deus para a nova aliança, porém, seu povo, como um todo, deveria proclamar a vontade e o coração de Deus para o mundo (1 Pe 2.9).
Como a visão profética é a capacidade de ver as coisas da perspectiva de Deus e enxergar a situação como deveria ser, no seu ideal ou padrão perfeito, a proclamação sempre mostra o contraste com a situação atual, imperfeita e errada. Por isto, se alguém fizesse uma estatística, em termos de quantidade, de todas as palavras proféticas na Bíblia, a esmagadora maioria não teria relação alguma com previsão do futuro e, sim, com a exposição do pecado do povo de Deus e com o severo juízo que viria no caso de não abandoná-lo. Pode não parecer assim, mas é preciso ter os olhos abertos, é preciso ter visão espiritual, para enxergar a contaminação e a influência do espírito deste mundo na nossa vida e na vida da igreja.
Por este motivo, a proclamação profética, no geral, era muito impopular. Mostrava como o povo e os líderes estavam errando o alvo, vivendo fora dos propósitos de Deus, cumprindo as ordenanças exteriores, porém afastando-se dele no coração. O rei Acabe, por exemplo, não suportava o profeta Micaías: “Eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é mau” (1 Rs 22.8).
A proclamação “profética” que diz apenas o que as pessoas querem ouvir pode ser muito popular, mas apressa ainda mais o juízo e a destruição do povo de Deus. Nas palavras de Jeremias: “Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas, e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro” (Lm 2.14). Ezequiel também falou das terríveis consequências de dar ouvidos a proclamações de paz e prosperidade, quando não vêm da boca do Senhor: Os teus profetas, ó Israel, são como raposas entre as ruínas. Não subistes às brechas, nem fizestes muros para a casa de Israel, para que ela permaneça firme na peleja no dia do Senhor” (Ez 13.4,5).
O objetivo da proclamação é abrir os olhos e os ouvidos dos ouvintes para que a luz de Deus alcance seus corações e o véu que está diante deles seja removido (2 Co 3.16; 4.3-6). Sem a operação desta luz sobrenatural, continuamos sem enxergar nossa impureza e nossos alvos centrados em nós mesmos, e caminhamos firmes em direção à ruína.
Assim, um segundo teste para aquilo que é chamado profético é verificar os resultados, para saber se houve alguma luz divina, no sentido de revelar pecados e desvios dos alvos de Deus, ou de desfazer o véu natural da nossa mentalidade humana.
Destino e Propósito
“Já não vemos os nossos sinais; já não há profeta; nem, entre nós, quem saiba até quando” (Sl 74.9).
O resultado final, e mais importante, de qualquer ação ou ministério profético é trazer uma revelação mais ampla do propósito eterno de Deus. Qualquer revelação de um acontecimento futuro só é relevante na proporção em que se relaciona com o plano maior do reino de Deus. 

O exemplo clássico é dos discípulos dos profetas em 2 Reis 2, que tinham revelação de um acontecimento futuro (o arrebatamento de Elias), porém, eram totalmente ignorantes do que isto significava para a continuação dos propósitos de Deus. Chegaram ao absurdo de procurar Elias pelos montes, caso o Espírito o tivesse jogado em algum lugar, depois de arrebatá-lo. Ter percepção de acontecimentos futuros, sem conhecer a natureza de Deus, é extremamente perigoso!
Já a revelação a Isaías quanto ao futuro imperador da Pérsia (Is 45.1) e a previsão exata feita por Jeremias a respeito dos setenta anos do cativeiro (Jr 25.11; 29.10) tinham importância fundamental na sequência dos acontecimentos proféticos, ou seja, do desenvolvimento do plano de Deus com seu povo na terra.
Podemos dizer, então, que a essência do profético é entrar no mundo espiritual, ver e ouvir o que está acontecendo lá, e trazer esta visão para a dimensão material do mundo em que vivemos. E a essência do que se vê no mundo espiritual é a natureza e o coração de Deus e o seu tremendo e inimaginável plano aqui na terra.
A natureza desta visão espiritual explica as duas principais ênfases proféticas. Ao contemplar a beleza e a profundidade do plano de Deus e sentir seu coração de amor para com o povo que escolheu para fazer parte deste plano, o profeta anuncia a glória, a consumação e a esperança por vir – ou, em outras palavras, define e descreve o nosso destino. Mesmo nos momentos mais escuros da história de Israel, os profetas anunciavam a restauração e o triunfo final. Descreviam, também, a natureza de Deus, seus sentimentos, sua fidelidade, sua capacidade de tirar proveito e glória de qualquer situação de fracasso humano. Mostravam como Deus tinha a solução de todas as soluções, através da vinda do Messias e do “dia do Senhor”, através dos quais ele havia de triunfar sobre todos os obstáculos.
Este era um aspecto essencial da visão profética, pois trazia esperança e um senso de propósito. Nada pode ser considerado profético se não trouxer uma visão sobrenatural de destino, consumação e esperança, sem a qual “o povo se corrompe” (Pv 29.18), pois não sabe para onde vai e não tem uma causa a que se pode entregar. 
Não é apenas um alvo vago e distante, como ir um dia morar no céu; é algo que faz parte de um todo glorioso, que pouco a pouco passamos a compreender, à medida que a visão profética nos ajuda a completar peças no divino quebra-cabeças.
Mas não conseguiríamos nos ligar a esta visão do glorioso alvo futuro se não houvesse um segundo aspecto da ênfase profética, que falasse para dentro da nossa situação atual. Por isto, conforme já notamos, a maioria dos pronunciamentos proféticos tem a ver, não com o futuro, mas com a lastimosa e imperfeita situação presente.
Porém, mesmo para falar sobre nossa condição e posição atual, é necessário ter uma revelação do plano de Deus, de uma forma mais global e panorâmica. Não se pode aplicar as percepções do mundo espiritual à nossa situação hoje, sem compreender a história e o desenvolvimento do plano divino até o presente momento. Precisamos, como diz Rick Joyner, nos localizar no mapa de Deus. E como, sem visão profética, geralmente estamos tão longe do lugar onde deveríamos estar, de acordo com o mapa, a proclamação profética vem para mostrar como estamos errando o alvo e frustrando o progresso do plano de Deus.
Portanto, a proclamação profética que aponta o pecado do povo de Deus e que tem uma ação negativa de repreensão ou disciplina é mais do que uma capacidade de ver certos aspectos de impureza ou contaminação na igreja ou nas vidas individuais. É certo que quem teve uma visão da santidade de Deus sentirá profundamente sua própria impureza e a do povo no meio do qual vive (Is 6. 5). Mas a qualidade peculiar do profético é entender o que Deus vem fazendo desde o início do seu plano, para onde ele pretende conduzir-nos no futuro e em que posição e atitude deveríamos estar agora. É a verdadeira ligação do presente, tanto ao passado como ao futuro.
Esta dimensão do senso de história e do senso de destino é a falta mais gritante na grande maioria da igreja hoje. É também a maior prova de que o verdadeiro ministério profético ainda não foi restaurado.
O maior pecado da igreja não é sua contaminação com obras da carne, embora estas sejam realmente abomináveis diante de Deus. No Velho Testamento, a nação de Israel recebeu os dez mandamentos e quebrava-os constantemente. Porém, Deus não mandou os profetas para falar principalmente sobre este tipo de transgressão. Não porque não tivesse muita importância, mas porque havia algo muito mais fundamental – o coração do povo estava frio e distante, tinham outros interesses mais importantes e não queriam ouvir de Deus ou conhecer o seu propósito para suas vidas ou nação.
“Não havendo profecia o povo se corrompe” (Pv 29.18). Sem conhecer o alvo de Deus, vivemos sem propósito, sem rumo, e nos abrimos para toda espécie de corrupção. É uma contradição total buscar uma vida de pureza e santidade e continuar vivendo para nossos próprios alvos. É duro quando a palavra de Deus destrói nossos sonhos e projetos particulares. Mas é incomparavelmente melhor viver em função dos alvos de Deus.
Uma verdadeira atuação do ministério profético aplicará o machado à raiz de muitas árvores humanas, a fim de poder implantar um novo senso de destino e restaurar os alvos de Deus para seu povo. A promessa de Deus nas últimas palavras do Velho Testamento é exatamente esta: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).
Precisamos aguardar e desejar a vinda deste ministério em nosso meio; sua promessa se cumprirá, sem dúvida, mas não nos contentemos com nada menos que o genuíno!

Por: Christopher Walker
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domingo, 4 de março de 2018

O MOVER DAS ÁGUAS SOBRE SUA VIDA


TÍTULO: O MOVER DAS ÁGUAS EM SUA VIDA.
TEXTO BASE: JOÃO CAPÍTULO:5
As sociedades em todas as épocas procuraram por intermédio de seus historiadores, escritores destacarem homens e mulheres proeminentes de seus tempos, descrevendo os seus feitos e realizações, registrando as suas conquistas, os seus sucessos e capacidades de liderança, e assim por diante. Mas diferente dos historiadores, os escritores bíblicos nos fascinam com histórias de pessoas que viveram à margem das sociedades de suas épocas, esquecidos, ignorados, desprezados, marginalizados. Mas ainda assim nos fornecendo enormes lições a serem aplicadas em nossas vidas, e uma dessas histórias foi registrada pelo apóstolo João no capítulo 5 de seu livro. 

Quais as lições: 
Iremos primeiramente abordar os obstáculos que esse homem teve de superar.

O primeiro obstáculo:
 Fica óbvio, trata-se da sua própria condição física, pois ele era paralítico. Paralisia é a perda da função motora em determinada parte do corpo.

O segundo obstáculo: Era o preconceito social, que muitas das vezes procura nos estigmatizar (estigma – é relativo a uma marca), ou seja, as pessoas procuram de rotular, lançando sobre sua vida palavras que ao serem absolvidas por você irá te travar, ainda que estejamos vivendo situação de paralisia, precisamos ter em mente que nada é permanente. Entenda o que eu quero dizer, existe diferença entre ‘estar e ser . Esses dois verbos parecidos nos concede um profundo entendimento, o verbo ‘ser ’ significa algo permanente, contínuo. 
O verbo ‘ estar ’ significa algo transitório, passageiro. Então você não é um paralítico e sim estar paralítico, entendeu o que eu quero dizer com isso, pois na medida em que eu creio que estou eu acredito na possibilidade de mudança, quando eu permito que as pessoas me rotulem (estigma). Então eu não estou aberto para a possibilidade de mudança. E quantas pessoas se encontram assim paralisadas e o pior não criam expectativas de mudança, pois permitem serem influenciadas pelas circunstâncias da vida. O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios (II Cor. 5.7). Ele afirma que não devemos andar por vista (circunstâncias), mas por fé, ou seja, sempre aberto às possibilidades de mudança, assim deve ser nossa postura como cristãos. Mas o triste é que muitos cristãos encontram-se conformados com suas histórias, acabando se adaptando a sua realidade. Deus nos convida a utilizar a fé, mas mesmo sendo pessoas justas manifestam muitas dificuldades de se apropriarem da fé, com isso jamais verão mudanças em suas vidas. É a fé que nos possibilita a mudança. Foi um princípio que Deus estabeleceu. Tudo é possível ao que crê (Marcos 9.23).

O terceiro obstáculo: era a ação do tempo. Tudo passa pela ação do tempo em nossas vidas, até mesmo as promessas de Deus. Com isso o tempo passa a ser um grande inimigo; isso porque a sociedade contemporânea (atual, presente, moderna). Deseja tudo para ontem, instantânea (rápida, imediata, momentânea).

O quarto obstáculo: Era a multidão que simbolizava dificuldade, barreiras, problemas, lutas etc. Quanto de nós um dia não se senti pequeninos diante dos problemas; se senti desanimado, sem força para prosseguir. Uma das estratégias do nosso inimigo é fazer com que nós nos focalizemos nos problemas; com isso corremos o risco de dimensionarmos o problema em si. É claro que não devemos ignorar os problemas. O que não podemos é permitir que os problemas nos paralisem e, venha nos influenciar por intermédio das circunstâncias, ainda que o problema não mude, a mudança deve ocorrer em nós; muitas das vezes é isso que Deus quer nos ensinar.

QUAIS FORAM AS SUAS ATITUDES DIANTE DOS OBSTÁCULOS

A primeira atitude:
 É que ele tinha um sonho, e fica claro para nós qual era o seu sonho; receber a cura.
Quando nós sonhamos passamos a criar expectativas e, com isso começamos a visualizar as possibilidades de alcançarmos o milagre. É interessante que um dos sinônimos da palavra expectativas é ‘esperança’. No dicionário o significado da palavra é – o ato (ação) ou efeito (resultado) de se esperar o que se deseja. A espera não significa passividade, mas a confiança necessária para alcançarmos os nossos objetivos.
O escritor aos Hebreus (6.18,19) afirma que a esperança é a âncora de nossa alma. A finalidade de uma âncora é proporcionar estabilidade a embarcação. É isso que o escritor aos Hebreus quis dizer, ou seja, quem a possuiu é uma pessoa estável diante das circunstâncias.

A segunda atitude: o não conformismo: Ele não se conformava com a sua situação. Desejava mudanças em sua vida, acreditava que um dia iria alcançar o seu sonho. Quando não nos conformamos somos impulsionados a não desistir, não permitindo que o desânimo nos roube o nosso sonho desânimo (abatimento, prostração, desalento, desgaste). Pois, na medida em que nós nos conformamos estamos mais aptos ao desânimo.

A terceira atitude: perseverança: Ele perseverou (perseverança- é o ato de permanecer firme e também constante). Essa é com certeza uma das características mais importantes na vida de um cristão e, com certeza Deus deseja que a alcancemos.

A quarta atitude:
 Permaneceu no ambiente da benção. Diz à palavra que aquele homem permanecia próximo ao tanque. É interessante ressaltar que ele ficou bastante tempo sobre aquele lugar, ele sabia que era naquele ambiente que ele seria abençoado. Precisamos permanecer no ambiente das bênçãos. O ambiente das bênçãos hoje é a igreja, pois é nesse ambiente onde nos reunimos em torno da pessoa de Jesus, que Ele se manifesta. Ele mesmo falara que bastaria que tivesse duas ou três pessoas reunidas em seu nome para Ele se fazer presente.


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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

OS QUATRO ALTARES NA VIDA DE ABRAÃO

ESBOÇO BÍBLICO: OS QUATRO ALTARES NA VIDA DE ABRAÃO E SEUS SIGNIFICADOS

Gn 12:1-8


Deus lhe fez promessa e por essa promessa Ele viveu.
A vida de Abraão nos ensina muitas coisas, uma delas é que a atitude é um ponto central da vida, Deus havia ordenado que abraão saísse de sua parentela e fosse para uma terra que Ele não conhecia.
Isso exigia se abrir ao novo, e isso significava que Abraão precisaria depender e confiar em Deus. 
Os quatros altares que Ele ergueu ao longo de sua vida nos revela as suas atitudes diante de Deus.
  ALTAR

palavra hebraica “mizbéahh” (altar) deriva do verbo radical “zaváhh” (abater; sacrificar) e refere-se assim basicamente a um abatedouro ou a um lugar de sacrifícios. (Gênesis 8:20, 12:21 e 16:2) de modo similar, a palavra grega “thysiastérion” (altar) deriva do verbo radical “thýo”, que também significa “abater; sacrificar”.
O altar é lugar para três coisas: entrega, sacrifício e aliança
 O altar significa a nossa busca de Deus, e que vai fazer em contra partida renunciar o meu eu.
Não existe vida em Deus sem que sejam erguidos altares.
Altar representa um lugar de entrega e relacionamento com Deus!
O altar é o lugar onde Deus fala tudo o que Ele tem pra nós, onde depositamos nossos medos, angustias, pedidos, incapacidades, queixas, intercessões.
O altar fala de um momento dedicado exclusivamente ao relacionamento com o Senhor.
 É no altar que você se renderá a Deus e receberá Dele direcionamento!
Quantas tolices não temos feito em nossas vidas porque nos falta direção do Espírito Santo.
O caminho longe do altar é natural. Depende do dinheiro, das coisas, dos nossos apegos e confortos.
Um altar é fundamental para fazermos a obra de Deus!


É um lugar onde temos paz e liberdade de ter comunhão com Deus! 

O altar não é um lugar que se visita de vez em quando, mas um lugar estabelecido permanentemente!
Quando você estabelece e usufrui de um altar físico, consequentemente alcançará um altar espiritual!

A - Abraão erigiu vários altares. O primeiro altar levantado por Abraão foi em Siquém, e é conhecido como O ALTAR DA REVELAÇÃO (Leia Gn 12:7). Na sua opinião, porque esse altar é conhecido como altar da revelação? O que aconteceu para que Deus se revelasse a Abraão?
É conhecido assim porque foi lá que Deus apareceu a Abraão.
Deus apareceu a Abraão quando Abraão decidiu obedecer ao chamado de Deus!
Quando decidimos obedecer a Deus, ele se revelará a nós!

Haverão obstáculos para você quando você anda em obediência a Deus! Abraão foi para a terra prometida, porém os cananeus ainda habitavam ali. 
Além disso, havia fome sobre a terra. Essas circunstâncias representam as resistências de satanás para nos afastar da herança! Muitas vezes, dificuldades aparecerão na nossa caminhada cristã. Quando vieram as dificuldades para Abraão, ele desceu para o Egito. Lá, aconteceram algumas coisas com ele. Abraão ficou rico, mas também quase perdeu sua família. O Egito representa o mundo. Na sua opinião, qual o perigo de fugirmos da terra prometida para o “Egito”? Respostas pessoal.

B - O segundo altar que Abraão erigiu foi entre Betel e Ai. Essas duas cidades tem um significado muito interessante. Betel significa Casa de Deus; Ai significa Monte de ruinas. Abraão estava entre a Casa de Deus e um monte de ruínas! Nesse altar Abraão foi embora do Egito e se separou de seu sobrinho Ló. O que foi que Deus fez assim que isso aconteceu? Leia Gn 13:14-17.
Deus reafirmou a promessa!
Abraão não precisava de seu sobrinho Ló.
Deus cumpre a promessa quando o obedecemos totalmente!

C - Logo após Deus se revelar a Abraão, ele se separa do mundo e das pessoas que não estavam no propósito de Deus. Em seguida, Abraão levanta sua tenda e faz um terceiro altar. Esse é conhecido como o altar da comunhão. Abraão passou a morar em Hebrom (significa aliança), tinha um altar e a própria presença do Senhor. Algumas coisas aconteceram com Abraão quando começou a viver em comunhão com Deus. Na sua opinião, o que acontece com o homem quando ele decide andar em comunhão com Deus?
Enfrentaremos guerras e venceremos! 14:14-16
Rejeitaremos as ofertas dos reis de Sodoma! 14:21-24
Reconhecemos a figura de autoridade sobre nossas vidas! 14:18-20
Somos amigos de Deus! 18-19

8. Os altares de Abraão representam momentos e fases na vida do crente na caminhada com Jesus. Esses passos iniciam a partir do momento que você obedece ao Senhor e segue na seguinte ordem: primeiro, Deus se revela; depois, é necessário uma separação do mundo; em seguida, precisamos viver em comunhão com o Senhor. O quarto altar representa a Entrega Total, quando estamos dispostos a devolver ao Senhor até mesmo a promessa que Ele nos deu! Abraão entregou o seu Isaque no monte Moriá. Na sua opinião, porque Abraão entregou Isaque no altar? (Leia Gn 22:1-9).
Abraão amava mais o Senhor que qualquer outra coisa!
Abraão sabia que Deus era capaz de ressuscitar Isaque se preciso fosse!
Abraão caminhava por fé!
Abraão confiava no Senhor!


O QUARTO ALTAR NA VIDA DE ABRAÃO FOI ERGUIDO EM MORIÁ (Gênesis 22.1-14).
Esse quarto altar é o da adoração, isso inclui entrega total, .
Vemos aqui um homem absolutamente rendido a Deus, a ponto de sacrificar seu único e amado filho, um homem que amava a Deus a ponto de confiar em Seus caminhos, um homem tão sensível à voz de Deus que pôde discernir cada instrução de Deus em cada passo do doloroso processo de sacrifício, um homem que adorou no momento em que oferecia o que tinha de mais precioso!
Sem as marcas da cruz em nossas vidas nós adoramos a nós mesmos, nós consideramos nossas vidas e tudo que temos por demais preciosos para serem oferecidos a Deus.
Neste altar, Deus colocou a parte mais íntima e preciosa de Abraão, o próprio coração de Abraão: Isaque. Deus assim tratou com o ser mais interior de Abraão, e tornou-o um adorador.
Três áreas são afetadas quando nos oferecemos como sacrifício vivo a Deus (Romanos 12.1, 2):
Afeta a posição – Quando estamos sobre o altar, deve haver mudança de identidade, mudança de autoridade. “Antes de trabalharmos para Deus, precisamos ser trabalhados por Ele”. A ausência de quebrantamento oculta o tesouro escondido no vaso.
Afeta o uso – A verdadeira vida cristã é uma vida de entrega, renúncia e sacrifício. Deus não nos chama a sacrificar apenas o que possuímos, mas também o que somos. Isso envolve tudo, nosso tempo, conforto e segurança. Aparentemente, o vaso quebrado traz prejuízos, levando alguém a pensar: “Que desperdício!” (Marcos 14.3-9). Quando Deus nos trata no altar, somos afetados em nosso orgulho (desejo de ser algo, desejo de aparecer).
Afeta a forma – O que sobra no altar depois da oferta? Só cinzas! Não podemos apenas querer ter uma oferta, precisamos ser uma oferta agradável ao Senhor. Certo pensador disse: “Homens sãos, não contundidos, não quebrados, são de pouco uso para Deus”. Lutero dizia: “Deus põe a sua marca em todos quantos o obedecem”. A mudança de forma no sacrifício diz respeito ao nosso estilo de vida. Deus remodela a nossa vida para o cumprimento de seu propósito. Holocausto é uma oferta para o deleite de Deus.
Quando parecia que Abraão ia perder seu filho, Deus provê o cordeiro. Na adoração não perdemos o que damos, pelo contrário, somos restituídos por Deus de maneira surpreendente.
CONCLUSÃO:

Quando chegamos neste estágio, não temos mais nenhum interesse pessoal a servir. Tudo o que importa agora é que Cristo seja engrandecido em nós. No altar Deus nos molda. O nosso caráter é afetado. A cada dia que se passa, Deus dá um novo toque em nossa vida, a fim de reforçar alguma linha do caráter de Cristo em nós.





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