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quarta-feira, 13 de março de 2019

Tales de Mileto - Escola Jônica - filosofia da physis

Biografia de Tales de Mileto

Tales de Mileto foi reconhecido como o primeiro filósofo do Ocidente e apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga.
Foi um filósofo, matemático e astrônomo grego, considerado um dos mais importantes representantes da primeira fase da filosofia

grega, chamada de Pré-Socrática ou Cosmológica.
Tales de Mileto nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, região da Jônia, na atual Turquia, por volta de 624 a. C. Acredita-se que começou sua vida como mercador, enriquecendo o suficiente para se dedicar ao estudo e realizar algumas viagens. Supõe-se que esteve no Egito onde aprendeu geometria e na Babilônia onde entrou em contato com tabelas e instrumentos astronômicos. Sabe-se que Tales desempenhou funções políticas em sua cidade e que realizou trabalhos nas áreas da filosofia, geometria e astronomia.
A Filosofia Grega
A filosofia grega compreende três períodos: pré-socrático, socrático e pós-socrático. O período pré-socrático compreende os primeiros filósofos propriamente ditos, que foram reunidos em diversas Escolas de pensamentos: Escola Jônica (ou Escola de Mileto), Escola Itálica, Escola Eleática, Escola Atomística e Os Sofistas.
 Ele instituiu a Escola Jônica e estabeleceu conhecimentos sobre a ética, a política, a verdade e a totalidade que ainda são estudados e considerados nos tempos contemporâneos. Na filosofia, Tales girava seus pensamentos em torno de assuntos da natureza e seus elementos: Terra, Ar, Fogo e Água. Ele foi um visionário, percebia a realidade muito além de seu tempo.
A Escola Jônica foi desenvolvida na colônia grega de Jônia, na Ásia Menor, hoje na atual Turquia. Chamados de físicos ou naturalistas, os principais filósofos da Escola Jônica foram: Tales de Mileto, Anaxímenes (585-524 a. C.), Anaximandro (610-546 a. C.) e Heráclito (540-470 a. C.). A preocupação desses filósofos era perguntar e compreende a natureza do mundo, buscando entender a origem de todas as coisas, o princípio delas. Pensavam sobre o elemento primeiro, chegando a conclusões diferentes.
elaboraram teorias hilozoístas, atribuíram movimento próprio e transformação à matéria.
Hilozoísmo: do grego hýle que quer dizer matéria. Entendemos o hilozoísmo como uma concepção filosófica que atribui vida à matéria, capaz de autotransformação e movimento 
A Filosofia de Tales de Mileto
O filósofo Tales de Mileto, o primeiro pensador da escola jônica, admitia como princípio criador de todas as coisas e a essência do Universo, “a água” e explicava: o que é quente, precisa da umidade para viver, todos os germes são úmidos, os alimentos estão cheios de seiva e o que morre resseca. É natural que as coisas se nutram daquilo de que provêm. A água é o princípio da natureza úmida e a Terra repousa sobre a água.
Tales de Mileto foi considerado o precursor do pensamento filosófico, por que pensou a matéria de maneira diferente de como era pensada antes, com interferências divinas e invocações a deuses superiores. Ele acreditava que a matéria sofria transformações ao longo do tempo. Com isso, o filósofo inaugurou o método de observação e especulação diferente das explicações teológicas e religiosas, para todas as coisas, em vigor na época.
Matemático e Astrônomo
Para alguns historiadores da matemática antiga, a geometria demonstrativa iniciou-se com Tales de Mileto. Apesar de não ter deixado nenhuma obra, o que chegou até nós é baseado em antigas referências gregas, que atribuem a ele um bom número de descobertas matemáticas definidas. É atribuído a Tales de Mileto os seguintes fatos geométricos: A demonstração de que os ângulos da base de dois triângulos isósceles são iguais. A demonstração do seguinte teorema: se dois triângulos têm dois ângulos e um lado respectivamente iguais, então são iguais. A demonstração de que todo diâmetro divide um círculo em duas partes iguais. A demonstração de que ao unir-se qualquer ponto de uma circunferência aos extremos de um diâmetro AB obtém-se um triângulo retângulo em C., entre outros.
Como astrônomo, atribui-se a Tales de Mileto a previsão, com grande antecedência, do eclipse do Sol de 28 de maio de 585 a. C., embora muitos historiadores duvidem que os meios existentes na época permitissem tal façanha. Verificou não ser uniforme o círculo da Terra entre os solstícios. Dividiu o ano em 365 dias. Estabeleceu o diâmetro do Sol, acreditava ser a terra um disco achatado, O cálculo da altura das pirâmides entre outros.
Tales de Mileto faleceu em Mileto, Grécia, no ano de 558 a. C.

Os diferentes filósofos escolheram diferentes physis, isto é, cada filósofo encontrou motivos e razões para dizer qual era o princípio eterno e imutável que está na origem da Natureza e de suas transformações. Assim, Tales dizia que o princípio era a água ou o úmido; Anaximandro considerava que era o ilimitado sem qualidades definidas; Anaxímenes, que era o ar ou o frio; Heráclito afirmou que era o fogo; Leucipo e Demócrito disseram que eram os átomos. E assim por diante.

physis vem de um verbo que significa fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir). A physis é a Natureza eterna e em perene transformação.


Os primeiros filósofos, se não o próprio Tales, denominaram esse princípio com o termo de physis, que indica a natureza, não no sentido moderno do termo, mas no sentido original de realidade primeira e fundamental, ou seja, “aquilo que é primário, fundamental e persistente, em oposição àquilo que é secundário, derivado e transitório.

Embora a physis (o elemento primordial eterno) seja imperecível, ela dá origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes do mundo, seres que, ao contrário do princípio gerador, são perecíveis ou mortais.
? Afirma que todos os seres, além de serem gerados e de serem mortais, são seres em contínua transformação, mudando de qualidade (por exemplo, o branco amarelece, acinzenta, enegrece; o negro acinzenta, embranquece; o novo envelhece; o quente esfria; o frio esquenta; o seco fica úmido; o úmido seca; o dia se torna noite; a noite se torna dia; a primavera cede lugar ao verão, que cede lugar ao outono, que cede lugar ao inverno; o saudável adoece; o doente se cura; a criança cresce; a árvore vem da semente e produz sementes, etc.) e mudando de quantidade (o pequeno cresce e fica grande; o grande diminui e fica pequeno; o longe fica perto se eu for até ele, ou se as coisas distantes chegarem até mim, um rio aumenta de volume na cheia e diminui na seca, etc.). Portanto o mundo está
em mudança contínua, sem por isso perder sua forma, sua ordem e sua estabilidade.
A mudança - nascer, morrer, mudar de qualidade ou de quantidade - chama-se movimento e o mundo está em movimento permanente.
O movimento do mundo chama-se devir e o devir segue leis rigorosas que o pensamento conhece. Essas leis são as que mostram que toda mudança é passagem de um estado ao seu contrário: dia-noite, claro-escuro, quente-frio, seco-úmido, novo-velho, pequeno-grande, bom-mau, cheio-vazio, um-muitos, etc., e também no sentido inverso, noite-dia, escuro-claro, frio-quente, muitos um, etc. O devir é, portanto, a passagem contínua de uma coisa ao seu estado contrário e essa passagem não é caótica, mas obedece a leis determinadas pela physis ou pelo princípio fundamental do mundo.


Artigo sobre os Pré-Socráticos 

filósofos da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto,
Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso
Artigo
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