Cinismo, palavra com origem no termo grego kynismós, é um sistema e doutrina filosófica dos cínicos. Em sentido figurado o
cinismo tem uma conotação pejorativa,
sendo que designa um homem agudo e mordaz que
não respeita os sentimentos e valores estabelecidos nem as convenções sociais.
Alguém considerado cínico também pode ser alguém que é desavergonhado, descarado, imprudente, impassível ou obsceno.
O cinismo foi uma escola filosófica grega, fundada por Antístenes,
discípulo de Sócrates. O seu nome deriva, segundo vários testemunhos, do fato
de alguns membros da escola se reunirem no Cinosargo, ginásio situado perto de
Atenas. Segundo outros, a sua origem vem da palavra grega kýon (que
significa "cão"), pelo fato de Diógenes de Sinope dormir no local que
era usado frequentemente como abrigo para cães, para assim demonstrar o seu
desacordo com o modo de viver dos homens.
A maior virtude para eles era a autarcia, o que se basta a si
mesmo, e renunciar os bens e prazeres terrenos até conseguir uma total
independência das necessidades vitais e sociais. O autodomínio permitia
alcançar a felicidade, entendida como o não ser afetado pelas coisas más da
vida, pelas leis e convencionalismos, que eram valorizados de acordo com o seu
grau de conformidade com a razão.
O ideal do sábio era a indiferença perante o mundo. As origens da
escola, que remontam aos séculos III e II A.C., com um ressurgimento posterior,
nos séculos I e II d.C., foram objeto de discussão. Alguns filósofos a
classificam como escola socrática, na linha de Sócrates-Antístenes-Diógenes.
Outros negam a relação Antístenes-Diógenes, não a consideram uma escola
socrática e vêm em Diógenes o seu fundador e inspirador.
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