HISTÓRIA DA FILOSOFIA PARTE III
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO
Também conhecido como
período Cosmológico, seus pensadores
eram de várias cidades ou colônias gregas, sendo nenhum deles de
Atenas. A preocupação dos pensadores deste
período é encontrar uma explicação racional e sistemática (uma cosmologia) para o mundo (o cosmo), que substituísse a antiga cosmogonia (explicação mítica).
Esse período é
caracterizado pela busca de explicar racionalmente o mundo, sem recorrer à
mitologia ou à religião. Os pensadores buscavam
encontrar explicações para um princípio ordenador do universo. Por isso, são chamados também fisiólogos, já
que tentavam compreender a physis, a natureza material.
Não havia consenso sobre o princípio primeiro (arché), ou fundamental, de todas as
coisas entre os filósofos da natureza. Para Tales, era a água (ou úmido); para Anaximandro,
o ilimitado; para Anaxímedes,
o ar (ou o frio); para Pitágoras,
o número; para Heráclito,
o fogo; para Empédocles,
(úmido, seco, quente e frio); para Anaxágoras, as sementes que continham os
elementos de todas as coisas; para Leucipo e Demócrito, o
átomo
Cosmogonia - São narrativas mítica(mitos), que buscam explicar
aspectos presentes na vida e na religiosidade dos povos. Entre essas
narrativas, temos aquelas que buscam dar conta da criação do mundo.
Os principais filósofos pré-socráticos e as
respectivas Escolas:
Escola Jônica: Tales, Anaxímenes e Anaximandro, de Mileto e Heráclito, de Éfeso.
Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento.
Escola Eleata: Parmênides e Zenão, de Eléia.
Escola Atomista ou da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena,
Leucipo e Demócrito, de Abdera.
Os principais conceitos deste período são, A
busca por uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte,
de modo que, ao explicar a natureza, a filosofia também explica a origem e as
mudanças dos seres humanos.
A afirmação de que não
existe criação do mundo, como é o caso, por exemplo, na religião
judaico-cristã, na qual Deus cria o mundo do nada. Por isso, diz: “Nada vem do nada e nada volta ao nada”,
significando que: a) o mundo, ou a natureza, é eterno; b) no mundo, ou na
natureza, tudo se transforma em algo diferente sem jamais desaparecer; o princípio eterno, perene,
imortal, de onde tudo nasce e para onde tudo volta é invisível para os olhos do
corpo e visível somente para o ‘olho do espírito’, isto é, para o pensamento.
O
elemento primordial da natureza chama-se physis (em grego, physis vem de um verbo que significa fazer surgir, fazer brotar,
fazer nascer, produzir). A physis é a
natureza eterna e em perene transformação.
A ideia
de que, embora a physis (o elemento
primordial eterno) seja imperecível, ela dá origem a todos os seres
infinitamente variados e diferentes do mundo, seres que são perecíveis ou mortais. A crença de que todos os seres,
além de serem gerados e de serem mortais, são
seres em contínua transformação, mudando de qualidade e de quantidade.
Portanto o mundo está em mudança contínua, sem por isso perder sua forma, sua ordem e sua estabilidade.
Cada um dos pensadores,
neste período, deu sua contribuição para o desenvolvimento humano. Hoje seus
pensamentos podem nos parecer ultrapassados ou simplórios, entretanto, não
importa como os vejamos, o fato é que muito do que temos devemos a eles. Seu
mérito é, em tempos remotíssimos, ter dado o ‘pontapé’ inicial.
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