Postagem em destaque

Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Immanuel Kant


Immanuel Kant (1724 - 1804)
Resultado de imagem para IMMANUEL KANTUm dos principais temas da filosofia de Kant é o conhecimento, quais as possibilidades que temos de conhecer, onde começa e onde termina a nossa capacidade de conhecimento e como podemos utilizar esse conhecimento.
Kant também se preocupou em analisar as razões das ações humanas e a relação dessas ações com a moral. Ele se questionou sobre as formas como devemos agir, porque devemos fazer e o que devemos fazer, como devemos comportar-nos em nossas relações com outras pessoas, qual a forma de se alcançar a felicidade, o que é e como podemos atingir o bem supremo.
Em seu livro Crítica da Razão Pura Kant diferencia os conhecimentos que adquirimos por experiência, os conhecimentos a posteriori, dos conhecimentos que ele classifica como puros, ou a priori.
Nossos conhecimentos experimentais, a posteriori, são os que nos fornecem as sensações, por exemplo: para que tenhamos o conhecimento de que o fogo queima, temos que experimentar o seu calor. Esse conhecimento não pode ser separado das nossas impressões sensoriais.
O conhecimento a priori ou puro, não necessita da experiência sensorial para acontecer, além disso o conhecimento a priori é essencial e aplicado a tudo e a todos, por exemplo: a afirmação de que o triângulo tem três lados é uma afirmação que serve para qualquer tipo de triângulo em qualquer situação e em qualquer tempo. Eles são gerais e deles se originam discernimentos fundamentais.
Já os conhecimentos dados pela experiência, a posteriori, não produzem juízos essenciais e que possam ser aplicados em todas as situações.
Além da diferenciação entre os conhecimentos a posteriori e a priori, Kant considera ainda que existem juízos analíticos e sintéticos. Os juízos analíticos são aqueles em que os atributos fazem parte do termo sobre o qual se afirma algo. As conclusões dos juízos analíticos são o resultado do exame dos elementos contidos nos termos. Por exemplo, na afirmação “os corpos são extensos” a qualidade “extenso” já está contida de forma subentendia no termo “corpo”, ou seja, não temos condição de elabora ideias ou raciocínios sobre o termo “corpo” se não aceitarmos que eles são “extensos”.
Já os juízos sintéticos são os que associam o conceito do predicado ao conceito do sujeito e geram novos conhecimentos, por exemplo “alguns corpos se movimentam em relação a outros”. Na formulação desse juízo, os termos se complementam e desenvolvem um novo saber.
Através da diferenciação entre os juízos a priori, a posteriori, analíticos e sintéticos, Kant classifica os juízos em analíticos, sintéticos a posteriori e sintéticos a priori. Desses três o único que tem a possibilidade de criar novos conhecimentos são os juízos sintéticos a priori pois são ao mesmo tempo universais e necessários e fazem o conhecimento evoluir. Os juízos sintéticos a priori são os juízos da matemática e da física e Kant se pergunta se eles são possíveis também na metafísica.
Para responde essa questão o filósofo diz que a proporção do conhecimento dos objetos é definida pela capacidade de conhecer do sujeito, ou seja, o conhecimento vai depender da competência de experimentar e da competência de entender de cada sujeito.
Existem duas competências experimentais e de entendimento básicas que são o espaço e o tempo. O espaço é algo intrínseco à sensibilidade do sujeito que conhece e por isso ele pode perceber os objetos e relacioná-los. Nós podemos conceber um espaço sem nada, mas não podemos conceber a ausência do espaço, portanto ele é algo inerente a nós enquanto sujeitos do conhecimento. O entendimento de Kant sobre o tempo segue as mesmas argumentações. Assim, o espaço e o tempo são condições necessárias para o conhecimento.
Como consequência dessas formulações sobre o conhecimento, Kant afirma que não temos a capacidade de conhecer as coisas em si mesmas, mas somente os fenômenos decorrentes delas. Da mesma forma, não temos a propriedade de conhecer o mundo da metafísica, mas somente a capacidade de pensar um mundo no âmbito da metafísica.
Mas nossa razão não é somente teoria e conhecimento, mas também prática.  A razão vai analisar nossas ações através da moral. Para Kant uma vida moral é possível se a razão estabelecer de forma racional a forma como devemos nos conduzir. A razão tem que criar leis morais objetivas, ou seja, que valham para ser aplicadas por qualquer ser racional. Seguindo esses argumentos Kant desenvolveu o Imperativo Categórico: “Age de tal maneira que o motivo da tua ação possa ser universal”, ou seja, minha ação vai ser moral se todas as pessoas puderem agir da mesma forma.
Sapere Aude

Sentenças:
- Atreva-se a pensar.
- Com as pedras das críticas que recebes, erga um monumento.
- Com o poder vem a responsabilidade.
- Não se ensina filosofia; ensina-se a filosofar.
- É na da educação que se estrutura o aperfeiçoamento da humanidade.
- Conceitos sem intuição são vazios; intuições sem conceitos são cegas.
- Todos sabem de onde vem o ser humano, mas poucos sabem para onde vai.
- O direito deve permitir que a liberdade de cada um deixe espaço para a liberdade de todos.
- O sábio muda de opinião. O ignorante, nunca.
- A felicidade não é um objetivo da razão, mas da imaginação.
- A liberdade é a capacidade que aumenta a utilidade das outras capacidades.
- É inútil fazer pelo outro o que ele pode fazer por ele mesmo.
- Para toda tese existe uma antítese igualmente válida.
- Vemos as coisas não como elas são, mas como somos.
- Somente pela educação o homem pode ser homem.
- Somos o que a educação fez de nós.
- Sonho é poesia involuntária.
- Nos atormentamos com questões que não podemos recusar, nem resolver.
- O homem é o único animal que trabalha.
8 livros Kant







    1. A Paz Perpétua

    Baixar PDF
    2. A Religião nos Limites da Simples Razão
    Baixar PDF
    3. Crítica da Razão Prática
    Baixar PDF
    4. Crítica da Razão Pura
    Baixar PDF
    5. Ensaio sobre as Doenças da Cabeça
    Baixar PDF
    6. Ensinar a Pensar

    7. Fundamentação da Metafísica dos Costumes

    Baixar PDF
    8. Ideia de uma História Universal com um Propósito Cosmopolita

    9. Kant I – Coleção Os Pensadores

    10. Kant II – Coleção Os Pensadores

    11. Lógica

    12. O Conflito das Faculdades

    13. O Fim de Todas as Coisas

    14. O que é o Iluminismo

    15. O que é Esclarecimento?

    Baixar PDF
    16. Que Significa Orientar-se no Pensamento

    17. Sobre a Expressão Corrente

    18. Sobre um Suposto Direito de Mentir

    Compartilhar:
    ←  Anterior Proxima  → Inicio

    0 comentários:

    Postar um comentário

    Seguidores

    website translator

    Postagens mais visitadas do Site

    Postagens mais visitadas da semana

    VISITAS AO SITE

    visitantes on line

    Total de visualizações