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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Walter Benjamin


Resultado de imagem para Walter BenjaminWalter Benjamin (1892-1940) foi um filósofo, ensaísta, crítico literário e tradutor alemão. Deixou vasta obra literária, além de ter contribuído para a teoria estética, para o pensamento político, para a filosofia e para a história.
Walter Benedix Schönflies Benjamin nasceu em Berlim, Alemanha, no dia 15 de julho de 1892. Filho de Emil Benjamin, dono de um antiquário, e de Paula Schönflies, uma família abastada da burguesia judia. Estudou no Friedrich Wilhelm Gymnasium em Berlim. Em 1904, por causa de sua frágil saúde, foi matriculado em um internato, no campo, na Turíngia, onde conheceu o pedagogo Gustav Wynecken e sob sua influência ingressou no Movimento da Juventude, que tinha o objetivo de reformar o sistema de Educação da Alemanha.
Em 1910, Benjamin começou a publicar, sob o pseudônimo de Aroob, seus ensaios e críticas na revista juvenil Der Anfang, dirigida por Wynecken. Inscreveu-se na Universidade Albert-Ludwig de Friburg, em Brisgóvia, onde estudou Filosofia Neokantiana. Em 1913 foi para Berlim onde estudou Lógica. Nesse mesmo ano, foi eleito presidente do Grupo de “Estudantes Livres”, que integrava o Movimento da Juventude. Ainda em 1914 retira-se do Grupo e em 1915 rompeu com o Movimento e com Wynecken, por discordar do apoio dado à Primeira Guerra.
Ainda em 1915 conhece Gershom Scholen iniciando uma grande amizade e passando a ter uma nova visão da política de esquerda e do judaísmo. Em 1917 casa-se com a militante Dora Pollak, com quem teve um filho, Stefan. Segue para a Suíça. Nessa época, conhece o filósofo marxista Ernst Bloch. Ingressa na Universidade de Berna onde dá continuidade em seus estudos. Em 1919 defende seu doutorado com a tese intitulada “O Conceito da Crítica de Arte no Romantismo Alemão”.
De volta a Berlim publicou o ensaio “As Afinidades Eletivas de Goethe” (1922), onde faz importantes considerações sobre o papel do crítico. Em 1923 conhece Theodor Adorno e Siegfried Kracauer. Entre 1923 e 1925 trabalhou em sua obra mais ampla, o ensaio “A Forma do Drama Barroco Alemão”. Em 1924 passa um período em Capri, onde conhece Asja Lacis, que o inicia no marxismo. Em 1925 seu ensaio foi apresentado na Universidade de Frankfurt, mas lhe foi negada a licença profissional que lhe permitiria o acesso à docência do Departamento de Estética.
Após a rejeição de sua tese de livre docência, iniciou uma ampla colaboração em jornais e revistas, entre elas a revista do Instituto de Pesquisa Social, mais tarde conhecida como “Escola de Frankfurt”. Em 1926 trabalha na tradução de Marcel Proust e no final do ano publica Sodoma e Gomorra, o IV volume da obra Em Busca do Tempo Perdido. Em 1929 conhece Bertold Brecht. Em 1930 separa-se de Dora.
Em 1933, com a ascensão do regime nazista, Emil Benjamin emigra para Paris. Em 1935, as revistas e jornais alemães não aceitam mais nenhum de seus artigos. A partir de 1937 recebe ajuda mensal do Instituto de Pesquisa. Sua tentativa de naturalização francesa não teve sucesso. Em 1939 foi destituído da cidadania alemã. Com a invasão nazista na França. Walter Benjamin atravessa Paris com o objetivo de chegar à Espanha e embarcar para os Estados Unidos.
No dia 26 de setembro chega ao porto de fronteira, mas os espanhóis recusam lhe dar passagem. Se vendo ameaçado de cair nas mãos dos nazistas, se suicida com uma dose letal de morfina que tinha trazido consigo.
Walter Benjamin faleceu em Port Bou, na fronteira franco-espanhola, no dia 26 de setembro de 1940.


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