Martin Heidegger (1889-1976) foi um
filósofo alemão da corrente existencialista, um dos maiores filósofos do século
XX. Foi professor e escritor, exercendo grande influência em intelectuais como
Jean-Paul Sartre.
Martin Heidegger
(1889-1976) nasceu em Messkirch, uma pequena cidade católica do Estado de
Baden, na Alemanha, no dia 26 de setembro de 1889. Com o objetivo de ser padre
cursou Teologia na Universidade de Friburgo, onde foi aluno de Edmund Husserl,
teórico e filósofo criador da fenomenologia.
Em 1913, doutorou-se
em Filosofia. Ao estudar os clássicos protestantes de Martinho Lutero, João
Calvino, entre outros, enfrentou uma crise espiritual e rompeu com o
catolicismo. Em 1917 se casa com a Luterana Elfrid Petri.
A partir da
influência que adquiriu do professor Husserl, tornou-se seu herdeiro na
liderança da fenomenologia – sistema filosófico que estuda o conjunto de
fenômenos e estruturas da experiência consciente e como eles se manifestam
através do tempo e do espaço.
A filosofia de
Heidegger baseia-se na ideia de que o homem é um ser que busca aquilo que não
é. Seu projeto de vida pode ser eliminado pelas pressões da vida e pelo
cotidiano, o que leva o homem a isolar-se de si mesmo. Heidegger também
trabalhou o conceito de angústia, a partir do qual o homem transcende suas
dificuldades ou deixa-se dominar por elas. Assim, o homem seria um projeto
inacabado.
Em 1923 foi nomeado
professor de Filosofia na Universidade de Marburgo. Com a publicação da
obra-prima “Ser e Tempo” (1927), Heidegger foi promovido professor titular em
Marburgo e reconhecido como um dos mais importantes filósofos do mundo. Em
1928, após a aposentadoria de Husserl, Heidegger foi nomeado para a cadeira de
Filosofia em Friburgo.
Em janeiro de 1933,
quando Hitler tornou-se chanceler, Heidegger foi nomeado reitor da Universidade
de Friburgo, apoiando o nacional-socialismo. Em 1945, no final da Segunda
Guerra Mundial, Heidegger teve sua reputação acadêmica abalada por ter apoiado
o Nazismo, ficando proibido de lecionar. Em 1953 publicou “Introdução à
Metafísica, onde elogiou o Nacional-Socialismo”.
Martin Heidegger
escreveu obras importantes, entre elas, “Novas Indagações sobre Lógica” (1912),
“O Problema da Realidade na Filosofia Moderna” (1912), “O Conceito de Tempo na
Ciência da História” (1916), “O Que é Metafísica?” (1929), “Da Essência da Verdade”
(1943), “Da Experiência de Pensar” (1954), “O Caminho da Linguagem” (1959) e
Fenomenologia e Teologia” (1970).
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