Circuncisão no mundo antigo
ROMANOS 3 0 significado da circuncisão entre os não israelitas do mundo antigo é debatido entre os especialistas (se era um rito de casamento ou da puberdade ou se era praticado por questões higiênicas). Mas, para Israel, o rito era um "sinal" do penhor da aliança do povo que tinha de "andar diante [Yahweh]1 e ser íntegro" (Gn 17.1,11). 0 procedimento era realizado no órgão reprodutor masculino a fim de lembrar o receptor de que o juramento de fidelidade era compulsório tanto para ele quanto para seus descendentes. Também é provável que o corte ritual, no contexto da aliança (cf. Gn 15.7-18; Jr 34.17-20), apontasse para a maldição de ser "cortado", que devia ser lançada sobre todos que violassem a aliança (cf. Gn 17.14; Êx 4.25). A retirada por completo do prepúcio fez da circuncisão uma marca de diferenciação étnica para Israel, pois separava os machos israelitas dos egípcios e de muitos dos vizinhos ocidentais semitas de Israel (cf. Jr 9.24,25) que realizavam o rito apenas fendendo o prepúcio; dos filisteus "incircuncisos" e dòhemitas orientais da Mesopotâmia, que não praticavam de forma alguma o ritual; finalmente, dos gregos e dos romanos dos períodos intertestamental e do NT, que rejeitavam toda forma de circuncisão.Não é surpresa que, para Israel, o termo "prepúcio" gerasse uma conotação negativa, vindo a representar tudo que se opunha a Oeus e a seu povo. Ao mesmo tempo, o termo "circuncisão" era usado metaforicamente para designar alguém que renunciou às práticas pagãs e que agora era inteiramente devotado a Yahweh (Dt 10.16; Jr 4.4). Com o estabelecimento da fé cristã, todas as
marcas nacionais, como a circuncisão física, perderam o valor, e o povo de Deus tornou-se diferente apenas pela fé, que se desenvolvia em amor— o verdadeiro sinal de sua identificação com o Messias por meio da obra transformadora do Espírito (Rm 2.28,29; Gi 5.6; 6.14-16; cf. Dt 30.6; Jr 31.33; 32.39; Ez 36.26,27).
0 comentários:
Postar um comentário