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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


quarta-feira, 1 de novembro de 2017

DOWNLOAD - COMENTÁRIO HOMILÉTICO - GÊNESIS

O que é homilética?

 É a arte de pregar, ou seja, utilizar os princípios da retórica com a finalidade específica de falar sobre o conteúdo da bíblia sagrada cristã.

Etimologicamente, homilética se originou a partir do grego Homiletikos, que por sua vez derivou de homilos, que significa “multidão” ou “assembleia do povo”.
Este termo acabou por originar a palavra homilia, que quer dizer “discurso com a finalidade de agradar”.
No século XVII, o cristianismo se aproveitou das características básicas da retórica criada pelos gregos e levou para a igreja, dando o nome de homilética.
Os estudos da homilética são acompanhados pelos teólogos, que aprendem a preparar e apresentar os sermões e pregações bíblicas de maneira mais eficaz e interessante para cativar o público.
Quando aplicada corretamente, a homilética ajudar a trazer orientação ao orador, que proporciona uma melhor compreensão do texto ao ouvinte.
Neste aspecto, a homilética está intrinsecamente relacionada com o conceito da hermenêutica, que consiste na técnica de explicar e interpretar um texto ou discurso. 

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A EXISTÊNCIA DE DEUS!



Onde acharemos evidências da existência de Deus? Na criação, na natureza humana e na história humana. Dessas três esferas deduzimos as cinco evidências da existência de Deus:

1) O universo deve ter uma Primeira Causa ou um Criador. (Argumento cosmológico, da palavra grega "cosmos", que significa "mundo".)

2) O desígnio evidente no universo aponta para uma Mente Suprema. (Argumento teleológico, de "Teleos", que significa "desígnio ou propósito".)

3) A natureza do homem, com seus impulsos e aspirações, assinala a existência de um Governador pessoal. (Argumento antropológico, da palavra grega "anthropos", que significa "homem".)

4) A história humana dá evidências duma providência que governa sobre tudo. (Argumento histórico.)

5) A crença é universal. (Argumento do consenso comum.)

(a) O argumento da criação. 
A razão argumenta que o universo deve ter tido um princípio.
 Todo efeito deve ter uma causa suficiente. 
O universo, sendo o efeito, por conseguinte deve ter uma causa.
Consideremos a extensão do universo. 
Nas palavras de Jorge W. Grey: "O universo, como o imaginamos, é um sistema de milhares e milhões de galáxias. 
Cada uma delas se compõe de milhares e milhões de estrelas. 
Perto da circunferência de uma dessas galáxias — a Via Láctea — existe uma estrela de tamanho médio e temperatura moderada, já amarelada pela velhice — que é o nosso Sol."
 E imaginem que o Sol é milhões de vezes maior que a nossa pequena Terra! Prossegue o mesmo escritor: 
"O Sol está girando numa orbita vertiginosa em direção à circunferência da Via Láctea a 19.300 metros por segundo, levando consigo a Terra e todos os planetas, e ao mesmo tempo todo o sistema solar está girando num gigantesco circuito à velocidade incrível de 321 quilômetros por segundo, enquanto a própria galáxia gira, qual colossal roda gigante estelar. Fotografando-se algumas seções dos céus, é possível fazer a contagem das estrelas.
No observatório de Harvard College eu vi uma fotografia que inclui as imagens de mais de 200 Vias Lácteas — todas registradas numa chapa fotográfica de 35 x 42cm. 
Calcula-se que o número de galáxias de que se compõe o universo é da ordem de 500 milhões de milhões."
Consideremos nosso pequeno planeta e nele as várias formas de vida existentes, as quais revelam inteligência e desígnio divinos.

Naturalmente surge a questão: "Como se originou tudo isso?" A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma Primeira Causa, ou um Criador. "No princípio — Deus" (Gên. 1:1).

(b) O argumento do desígnio. 
O desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; mas o desígnio e a formosura implicam um arquiteto; portanto, o universo é a obra dum Arquiteto dotado de inteligência suficiente para explicar sua obra. O grande relógio de Estrasburgo tem, além das funções normais dum relógio, uma combinação de luas e planetas que se movem, mostrando dias e meses com a exatidão dos corpos celestes, com seus grupos de figuras que aparecem e desaparecem com regularidade igual ao soarem as horas no grande cronômetro.
Declarar não ter havido um engenheiro que construiu o relógio, e que este objeto "aconteceu", seria insultar a inteligência e a razão humana. É insensatez presumir que o universo "aconteceu", ou, em linguagem cientifica, que procedeu "do concurso fortuito dos átomos"!
Suponhamos que o livro "O Peregrino" fosse descrito da seguinte maneira: o autor tomou um vagão de tipos de imprensa e com pá os atirou ao ar. Ao caírem no chão, natural e gradualmente se ajuntaram de maneira a formar a famosa história de Bunyan. O homem mais incrédulo diria: que absurdo! E a mesma coisa dizemos nós das suposições do ateísmo em relação à criação do universo.
O exame dum relógio revela que ele leva os sinais de desígnio porque as diversas peças são reunidas com um propósito prévio. Elas são colocadas de tal modo que produzem movimentos e esses movimentos são regulados de tal maneira que marcam as horas. Disso inferimos duas coisas: primeiramente, que o relógio teve alguém que o fez, e em segundo lugar, que o seu fabricante compreendeu a sua construção, e o projetou com o propósito de marcar as horas. Da mesma maneira, observamos o desígnio e a operação dum plano no mundo e, naturalmente, concluímos que houve alguém que o fez e que sabiamente o preparou para o propósito ao qual está servindo.
O fato de nunca termos observado a fabricação dum relógio não afetaria essas conclusões, mesmo que nunca conhecêssemos um relojoeiro, ou que jamais tivéssemos idéia do processo desse trabalho. Igualmente, a nossa convicção de que o universo teve um arquiteto, de forma nenhuma sofre alteração pelo fato de nunca termos observado a sua construção, ou de nunca termos visto o arquiteto.
Do mesmo modo a nossa conclusão não se alteraria se alguém nos informasse que "o relógio é resultado da operação das leis da mecânica e explica-se pelas propriedades da matéria". Ainda assim teremos que considerá-lo como obra dum hábil relojoeiro que soube aproveitar essas leis da física e suas propriedades para fazer funcionar o relógio. Da mesma forma, quando alguém nos informa que o universo é simplesmente o resultado da operação das leis da natureza, nós nos vemos constrangidos a perguntar: "Quem projetou, estabeleceu e usou essas leis?" Isso, em razão de ser implícita a presença de um legislador uma vez que existem leis.
Tomemos, para ilustrar, a vida dos insetos. Há uma espécie de escaravelho chamado "Staghom" ou "Chifrudo". O macho tem magníficos chifres, duas vezes mais compridos do que o seu corpo; a fêmea não tem chifres. No estágio larval, eles enterram-se a si mesmos na terra e, silenciosamente, esperam na escuridão pela sua metamorfose. São naturalmente meros insetos, sem nenhuma diferença aparente e, no entanto, um deles escava para si um buraco duas vezes mais profundo do que o outro. Por quê? Para que haja espaço para os chifres do macho se desenvolverem com perfeição. Por que essas larvas, aparentemente iguais, diferem assim em seus hábitos? Quem ensinou o macho a cavar seu buraco duas vezes mais profundo do que o faz a fêmea? é o resultado dum processo racional? Não, foi Deus, o Criador, quem pôs naquelas criaturas a percepção instintiva que lhes seria útil.
De onde recebeu esse inseto a sua sabedoria? Alguém talvez pense que a herdara de seus pais. Mas um cão ensinado, por exemplo, transmite à sua descendência sua astúcia e agilidade? Não.
Mesmo que admitamos que o instinto fosse herdado, ainda deparamos com o fato de que alguém havia instruído o primeiro escaravelho chifrudo. A explicação do maravilhoso instinto dos animais acha-se nas palavras do primeiro capítulo de Gênesis: "E disse Deus" — isto é: a vontade de Deus. Quem observa o funcionamento dum relógio sabe que a inteligência não está no relógio mas sim no relojoeiro. E quem observa o instinto maravilhoso das menores criaturas, concluirá que a primeira inteligência não era a delas, mas sim do seu Criador, e que existe uma Mente controladora dos menores detalhes da vida.
O Dr. Whitney, ex-presidente da Sociedade Americana e membro da Academia Americana de Artes e Ciências, certa vez disse que "um dia repele o outro pela vontade de Deus e ninguém pode dar razão melhor." "Que quer o senhor dizer com a expressão: a vontade de Deus?" alguém lhe perguntou. O Dr. Whitney replicou: "Como o senhor define a luz? ...Existe a teoria corpuscular, a teoria de ondas, e agora a teoria do quantum; e nenhuma das teorias passa duma conjetura educada. Com uma explicação tão boa como essas, podemos dizer que a luz caminha pela vontade de Deus... A vontade de Deus, essa lei que descobrimos, sem a podermos explicar — é a única palavra final."
O Sr. A. J. Pace, desenhista do periódico evangélico "Sunday School Times", fala de sua entrevista com o finado Wilson J. Bentley, perito em microfotografia (fotografar o que se vê através do microscópio). Por mais de um terço de século esse senhor fotografou cristais de neve. Depois de haver fotografado milhares desses cristais ele observou três fatos principais: primeiro, que não havia dois flocos iguais; segundo: todos eram de um padrão formoso; terceiro: todos eram invariavelmente de forma sextavada. Quando lhe perguntaram como se explicava essa simetria sextavada, ele respondeu: "Decerto, ninguém sabe senão Deus, mas a minha teoria é a seguinte: Como todos sabem, os cristais de neve são formados de vapor de água a temperaturas abaixo de zero, e a água se compõe de três moléculas, duas de hidrogênio que se combinam com uma de oxigênio. Cada molécula tem uma carga de eletricidade positiva e negativa, a qual tem a tendência de polarizar-se nos lados opostos. O algarismo três, portanto, figura no assunto desde o começo."
"Como podemos explicar estes pontinhos tão interessantes, as voltas e as curvas graciosas, e estas quinas chanfradas tão delicadamente cinzeladas, todas elas dispostas com perfeita simetria ao redor do ponto central?" perguntou o Sr. Pace.
Encolheu os ombros e disse: "Somente o Artista que os desenhou e os modelou conhece o processo."
Sua declaração acerca do "algarismo três que figura no assunto" me pôs a pensar. não seria então que o triúno Deus, que modela toda a formosura da criação, rubrica a própria trindade nestas frágeis estrelas de cristal de gelo como quem assina seu nome em sua obra-prima? Ao examinar os flocos de neve ao microscópio, vê-se instantaneamente que o princípio básico da estrutura do floco de neve é o hexágono ou a figura de seis lados, o único exemplo disso em todo o reino da geometria a este respeito. O raio do circulo circunscrevente é exatamente igual ao comprimento de cada um dos seis lados do hexágono. Portanto, resultam seis triângulos equiláteros reunidos ao núcleo central, sendo todos os ângulos de sessenta graus, a terça parte de toda a área num lado duma linha reta. Que símbolo sugestivo do triúno Deus é o triângulo! Aqui temos unidade: um triângulo, formado de três linhas, cada parte indispensável à integridade do conjunto.
A curiosidade agora me impeliu a examinar as referências bíblicas sobre a palavra "neve", e descobri, com grande prazer, este mesmo "triângulo" inerente na Bíblia. Por exemplo, há 21 (3 x 7) referências contendo o substantivo "neve" no Antigo Testamento, e 3 no Novo Testamento, 24 ao todo. Então achei referencias, que falam da "lepra tão branca como a neve". Três vezes a purificação do pecado é comparada à neve. Achei mais três que falam de roupas "tão brancas como a neve". Três vezes a aparência do Filho de Deus compara-se à neve. Mas a maior surpresa foi ao descobrir que a palavra hebraica, "neve", é composta inteiramente de algarismos "três"! É fato, embora não seja geralmente conhecido que, não tendo algarismos, tanto os hebreus como os gregos usavam as letras do seu alfabeto como algarismos. Bastava um olhar casual de um hebreu à palavra SHELEG (palavra hebraica que quer dizer "neve") para ver que ela significa o algarismo 333, bem como significa "neve". No hebraico a primeira letra, que corresponde à nossa "SH", vale 3OO; a segunda consoante "L" vale 30; e a consoante final, o nosso "G", vale 3. Somando-as, temos 333, três algarismos de três. Curioso, não é verdade? Mas por que não esperar exatidão matemática dum livro plenamente inspirado, tão maravilhoso quanto o mundo que Deus criou?
Acerca de Deus disse Jo: "Faz grandes coisas que não podemos compreender. Pois diz à neve: Cai sobre a terra" (Jo 37:5, 6). Eu já gastei dois dias inteiros para copiar com pena e tinta o desenho de Deus de seis cristais de neve e fiquei muito fatigado. E como é fácil para ele fazê-lo! "Ele diz à neve" — e com uma palavra está feito.
Imaginem quantos milhões de bilhões de cristais de neve caem sobre um hectare de terra durante uma hora, e imaginem, se puderem, o fato surpreendente de que cada cristal tem sua individualidade própria, um desenho e modelo sem duplicata nesta ou em qualquer outra tempestade. "Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir" (Sal. 139:6). Como pode uma pessoa ajuizada, diante de tal evidência de desígnios, multiplicados por um sem-número de variedades, duvidar da existência e da obra do Desenhista, cuja capacidade é imensurável?! Um Deus capaz de fazer tantas belezas é capaz de tudo, até mesmo de moldar as nossas vidas dando-lhes beleza e simetria.

(c) O argumento da natureza do homem. 
O homem dispõe de natureza moral, isto é, a sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um caminho reto de ação que deve seguir e um caminho errado que deve evitar. Esse conhecimento chama-se "consciência". Ao fazer ele o bem, a consciência o aprova; ao fazer ele o mal, ela o condena. A consciência, seja obedecida ou não, fala com autoridade. Assim disse Butier acerca da consciência: "Se ela tivesse poder na mesma proporção de sua autoridade manifesta, governaria o mundo, isto é, se a consciência tivesse a força de pôr em ação o que ordena, ela revolucionaria o mundo." Mas acontece que o homem é dotado de livre arbítrio e, portanto, pode desobedecer àquela voz íntima. Mesmo estando mal orientada, sem esclarecimento, a consciência ainda fala com autoridade, e faz o homem sentir sua responsabilidade.
"Duas coisas me impressionam", declarou Kant, o grande filosofo alemão, "o alto céu estrelado e a lei moral em meu interior."
Qual a conclusão que se tira deste conhecimento universal do bem e do mal? Que há um Legislador que idealizou uma norma de conduta para o homem e fez a natureza humana capaz de compreender esse ideal. A consciência não cria o ideal; ela simplesmente testifica acerca dele, registrando a sua conformidade ou não-conformidade.
Quem originalmente criou esses dois poderosos conceitos do bem e do mal? Deus, o Justo Legislador! O pecado ofuscou a consciência e quase anulou a lei do ser humano; mas no Monte Sinai Deus gravou essa lei em pedras para que o homem tivesse a lei perfeita para dirigir a sua vida. O fato de que o homem compreende esta lei, e sente a sua responsabilidade para com ela, manifesta a existência dum Legislador que criou o homem com essa capacidade.
Qual é a conclusão que podemos tirar desse sentimento de responsabilidade? Que o Legislador é também um Juiz que recompensar os bons e castigar os maus. Aquele que impôs a lei finalmente defenderá essa lei.
 Não somente a natureza moral do homem, como também todos os aspectos da sua natureza testificam da existência de Deus. Até as religiões mais degradadas demonstram o fato de que o homem, qual cego, tateando, procura algo que sua alma anela. A fome física indica a existência de algo que a possa satisfazer. Quando o homem tem fome, essa fome indica que há alguém ou algo que o possa satisfazer. A exclamação, "a minha alma tem sede de Deus" (Sal. 42:2), é um argumento a favor da existência de Deus, pois a alma não enganaria o homem com sede daquilo que não existisse. Assim disse certa vez um erudito da igreja primitiva: "Para ti nos fizeste, e nosso coração estará inquieto enquanto não encontrar descanso em ti."

(d) O argumento da história. 
A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um poder e duma providência dominantes. Toda a história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos. "Os princípios do divino governo moral encontram-se na história das nações tanto quanto na experiência dos homens", escreve D. S. Clarke. (Sal. 75:7; Dan. 2:21; 5:21.) "O protestantismo inglês vê a derrota da Armada Espanhola como uma intervenção divina. A colonização dos Estados Unidos por imigrantes protestantes salvou-os da sorte da América do Sul, e desta maneira salvou a democracia. Quem negaria que a mão de Deus estivesse nesses acontecimentos?" A história da humanidade, o surgimento e declínio de nações, como Babilônia e Roma, mostram que o progresso acompanha o uso das faculdades dadas por Deus e a obediência à sua lei, e que o declínio nacional e a podridão moral seguem a desobediência" (D. L. Pierson). A. T. Pierson, em seu livro, "Os Novos Atos dos Apóstolos", expõe as evidências da dominante providência de Deus nas missões evangélicas modernas.
Especialmente o modo de Deus tratar com os indivíduos fornece provas de sua ativa presença nos negócios humanos. Charles Bradiaugh, que foi em certo tempo o ateu mais notável na Inglaterra, desafiou o pastor Charles Hughá Price, para um debate.
Foi aceito o desafio e o pregador, por sua vez, desafiou o ateu da seguinte maneira: Como todos sabemos, Sr. Bradiaugh, "o homem convencido contra a própria vontade mantém sempre seu ponto de vista", e, visto que o debate, como ginástica mental que é, provavelmente não converterá a ninguém, proponho-lhe que apresentemos algumas evidências concretas da validade das reivindicações do cristianismo na forma de homens e mulheres redimidos da vida mundana e vergonhosa pela influência do cristianismo e pela do ateísmo. Eu trarei cem desses homens e mulheres, e desafio-o a fazer o mesmo.
Se o Sr. Bradiaughá não puder apresentar cem, contra os meus cem, ficarei satisfeito se trouxer cinqüenta homens e mulheres que se levantem e testifiquem que foram transformados duma vida vergonhosa pela influência dos seus ensinos ateus. Se não puder apresentar cinqüenta, desafio-o a apresentar vinte pessoas que testifiquem com rostos radiantes, como o farão os meus cem, que tenham um grande e novo gozo na sua vida elevada, em resultado dos ensinos ateus. Se não puder apresentar vinte, ficarei satisfeito se apresentar dez. Não, Sr. Bradiaugh, desafio-o a trazer um só homem ou uma só mulher que dê tal testemunho acerca da influência enobrecedora dos seus ensinos. Minhas pessoas redimidas trarão prova irrefutável quanto ao poder salvador de Jesus Cristo sobre as suas vidas redimidas da escravidão do pecado e da vergonha.
Talvez, senhor Bradiaugh, essa será a verdadeira demonstração da validade das reivindicações do cristianismo.
O Sr. Bradiaughá retirou o seu desafio!

(e) O argumento da crença universal. 
A crença na existência de Deus é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana, embora muitas vezes se manifeste em forma pervertida ou grotesca e revestida de idéias supersticiosas. Esta opinião tem sido contestada por alguns que argumentam existirem raças que não têm a menor concepção de Deus. Mas o Sr. Jevons, autoridade no assunto de raças e religiões comparadas, diz que esta opinião, "Como é do conhecimento de todos os antropólogos, já foi para o limbo das controvérsias mortas... todos concordam que não existem raças, por mais primitivas que sejam, totalmente destituídas de concepção religiosa! Embora alguém cite exceções, sabemos que a exceção não inutiliza a regra. Por exemplo, se fossem encontrados alguns seres humanos inteiramente destituídos de todo sentimento humano e compaixão, isso não serviria de base para dizer que o homem é essencialmente uma criatura destituída de sentimentos. A presença de cegos no mundo não prova que todos os homens são cegos." Como disse William Evans: "o fato de certas nações não conhecerem a tabuada de multiplicação não afeta a aritmética."
Como se originou esta crença universal? A maior parte dos ateus parece imaginar que um grupo de teólogos se tenha reunido em sessão secreta na qual inventaram a idéia de Deus, a qual depois apresentaram ao povo. Mas os teólogos não inventaram Deus como também os astrônomos não inventaram as estrelas, nem os botânicos as flores. É certo que os antigos mantinham idéias erradas acerca dos corpos celestes, mas esse fato não nega a existência dos corpos celestes. E visto que a humanidade já teve idéias defeituosas acerca de Deus, isso implica que existe um Deus acerca do qual podiam ter noções errôneas.
Este conhecimento universal não se originou necessariamente pelo raciocínio, porque há homens de grande capacidade de raciocínio que também negam a existência de Deus. Mas é evidente que o mesmo Deus que fez a natureza, com suas belezas e maravilhas, fez também o homem dotado de capacidade para observar, através da natureza, o seu Criador. "Porquanto, o que se pode conhecer de Deus, neles está manifesto; pois Deus lho manifestou. As perfeições invisíveis dele, o seu poder eterno, e a sua divindade, claramente se vêem desde a criação do mundo, sendo percebidas pelas suas obras" (Rom. 1:19, 20). Deus não fez o mundo sem deixar certos sinais, sugestões e evidências claras, que falam das obras das suas mãos. "Mas os homens conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem deram graças, antes se enfatuaram nas suas especulações e ficou em trevas o seu coração insensato" (Rom. 1:21). O pecado fez embaçar a sua visão; perderam de vista a Deus e, em vez de ver a Deus através da criatura, desprezaram-no pela ignorância e adoraram a criatura. Foi desta maneira que começou a idolatria. Mas até isto prova que o homem é criatura adoradora e que forçosamente procura um objeto de culto.
Esta crença universal em Deus é prova de quê? É prova de que a natureza do homem é de tal maneira constituída que é capaz de compreender e apreciar essa ideia, como o expressou certo escritor: "O homem é incuravelmente religioso", que no sentido mais amplo inclui: (1) A aceitação do fato da existência dum ser acima das forças da natureza. (2) Um sentimento de dependência de Deus como quem domina o destino do homem; este sentimento é despertado pelo pensamento de sua própria debilidade e pequenez e pela magnitude do universo. (3) A convicção de que se pode efetuar uma união amistosa e que nesta união ele, o homem, achará segurança e felicidade. Desta maneira vemos que o homem, por natureza, é constituído para crer na existência de Deus, para confiar na sua bondade, e para adorar em sua presença.
Este "sentimento religioso" não se encontra nas criaturas inferiores. Por exemplo, perderia seu tempo quem procurasse ensinar religião ao mais elevado dos tipos de símios. Mas o mais inferior dos homens pode ser instruído nas coisas de Deus. Por quê? Falta ao animal a natureza religiosa — não é feito à imagem de Deus; o homem possui natureza religiosa e procura um objeto de adoração.


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O QUE SIGNIFICA AGNOSTICISMO?



Não se pode confundir com o termo gnosticismo que significa "saber".

O agnosticismo (expressão originada de duas palavras gregas que significam "não saber") nega a capacidade humana de conhecer a Deus. "A mente finita não pode alcançar o infinito", declara o agnóstico. Mas o agnóstico não vê que há grande diferença entre conhecer a Deus no sentido absoluto e conhecer algumas coisas acerca de Deus. Não podemos compreender a Deus, isto é, conhecê-lo inteira e perfeitamente; mas podemos aprender, isto é, ter uma concepção da sua Pessoa. "Podemos saber quem é Deus, sem saber tudo o que ele é", escreve D. S. Clarke. "Podemos tocar a terra embora não possamos envolvê-la com os braços. Um menino pode conhecer a Deus enquanto o filósofo não pode descobrir todos os segredos do Todo-poderoso." As Escrituras baseiam-se no pensamento de que é possível conhecer a Deus; por outra parte, elas nos avisam que por agora "conhecemos em parte". (Vide Êxo. 33:20; Jo 11:17; Rom. 11:33, 34; l Cor. 13:9-12.)
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O QUE É DEÍSMO?



O deísmo admite que haja um Deus pessoal, que criou o mundo; mas insiste em que, depois da criação, Deus o entregou para ser governado pelas leis naturais. Em outras palavras, ele deu corda ao mundo como quem dá corda a um relógio e o deixou sem mais cuidado da sua parte. 
Dessa maneira não seria possível haver nenhuma revelação e nenhum milagre. 
Esse sistema, às vezes, chama-se racionalismo, porque eleva a razão à posição de supremo guia em assuntos de religião; também se descreve como religião natural, como oposta à religião revelada. 
Tal sistema é refutado pelas evidências da inspiração da Bíblia e as evidências das obras de Deus na história. A ideia acerca de Deus, propagada pelo deísta, é unilateral. 
As Escrituras ensinam duas importantes verdades concernentes à relação de Deus para com o mundo: primeira, sua transcendência, que significa sua separação do mundo e do homem e sua exaltação sobre eles. (Isa. 6:1); segunda, sua imanência, que significa sua presença no mundo e sua aproximação do homem (Atos 17:28; Efé. 4:6). 

O deísmo acentua demais a primeira verdade enquanto o panteísmo encarece demais a segunda. As Escrituras apresentam a ideia verdadeira e absoluta: Deus, de fato, está separado do mundo e acima do mundo; por outro lado, ele está no mundo. 
Ele enviou seu Filho para estar conosco, e o Filho enviou o Espírito Santo para estar em nós. 
Desta maneira a doutrina da Trindade evita os dois extremos. 
À pergunta, "Está Deus separado do mundo ou está no mundo?" a Bíblia responde: "Ele está tanto separado do mundo como também está no mundo."


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O QUE SIGNIFICA PANTEÍSMO?


PANTEÍSMO


O panteísmo (proveniente de duas palavras gregas que significam "tudo é Deus") é o sistema de pensamento que identifica Deus com o universo, árvores e pedras, pássaros, terra e água, répteis e homens — todos são declarados partes de Deus, e Deus vive e expressa-se a si mesmo através das substâncias e forças como a alma se expressa através do corpo. Como se originou esse sistema? O que está escrito em Rom. 1:20-23 desvenda esse mistério. Pode ser que na penumbra do passado os filósofos pagãos, havendo perdido de vista a Deus e expulsando-o de seus corações, tenham observado que era necessário achar alguma coisa que preenchesse o seu lugar, visto que o homem procura sempre um objeto de culto. Para preencher o lugar de Deus, deve haver algo tão grande quanto o próprio Deus. Havendo Deus se retirado do mundo, por que então não fazer do mundo Deus?
Desta maneira arrazoaram os homens e assim se iniciou o culto às montanhas e às árvores, aos homens e aos animais, e a todas as forças da natureza. À primeira vista essa adoração da natureza tem certa feição lógica, mas leva a uma conclusão absurda. Pois se a árvore, a flor e a estrela são Deus, logo também o devem ser o verme, o micróbio, o tigre e também o mais vil pecador — uma conclusão absolutamente irrazoável. O panteísmo confunde Deus com a natureza. Mas a verdade é que o poema não é o poeta, a arte não é o artista, a música não é o músico, e a criação não é o Criador. 
Uma linda tradição judaica nos relata como Abraão observou essa distinção: Quando Abraão começou a refletir sobre a natureza de Deus, pensou primeiramente que as estrelas fossem divindades por causa de seu brilho e formosura. Mas quando percebeu que a lua as excedia em brilho, concluiu então que a lua era divindade.
 A luz da lua, porém, desvaneceu-se ante a luz do sol e este fato o fez pensar que este último era a Divindade. No entanto, à noite o sol também desapareceu.
 "Deve existir algo no mundo maior do que estas constelações", pensou Abraão. Desta maneira, do culto à natureza, ele se elevou ao culto ao Deus da natureza.
 As Escrituras corrigem as idéias pervertidas do panteísmo.
 Ao ensinar que Deus é revelado mediante a natureza, fazem a distinção entre Deus e a natureza.
 Os panteístas dizem que Deus é o universo; a Bíblia diz que Deus criou o universo.
 Onde se professa o panteísmo hoje? Primeiramente entre alguns poetas que atribuem divindade à natureza. Em segundo lugar, é a filosofia básica da maior parte das religiões da Índia, as quais a citam para justificar a adoração de ídolos.
 "Não será a árvore, da qual se fez a imagem, uma parte de Deus?" argumentam eles.
 Em terceiro lugar, a Ciência Cristã é uma forma de panteísmo porque um dos seus fundamentos é: "Deus é tudo e tudo é Deus."
 Tecnicamente falando, é panteísmo "idealista", porque ensina que tudo é mente ou "idéia," e que, por conseguinte, a toda matéria falta realidade.


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REFLEXÃO



O conhecimento doutrinário é um baluarte contra o erro. (Mat.22:29; Gál. 1:6-9; 2 Tim. 4:2-4.)

Diz-se com razão, que as estrelas surgiram antes da astronomia, e que as flores existiram antes da botânica, e que a vida existia antes da biologia, e que Deus existia antes da teologia.

Isto é verdade. Mas os homens em sua ignorância conceberam idéias supersticiosas acerca das estrelas, e o resultado foi a pseudociência da astrologia. 

Os homens conceberam falsas idéias acerca das plantas, atribuindo-lhes virtudes que não possuíam, e o resultado foi a feitiçaria. O homem na sua cegueira formou conceitos errôneos acerca de Deus e o resultado foi o paganismo com suas superstições e corrupção.

Porém surgiu a astronomia com seus princípios verdadeiros acerca dos corpos celestes e dessa maneira expôs os erros da astrologia. Surgiu a botânica com a verdade sobre a vida vegetal e dessa maneira foram banidos os erros da feitiçaria. 

Da mesma maneira, as doutrinas bíblicas expurgam as falsas idéias acerca de Deus e de seus caminhos.


"Que ninguém creia que erro doutrinário seja um mal de pouca importância", declarou D. C. Hodge, teólogo de renome. "Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como o da falsa doutrina. O erro é uma capa da consciência, e uma venda para os olhos."
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REFLEXÃO



Naturalmente, a crença doutrinária da pessoa não é sua religião, assim como a espinha dorsal do seu organismo não é a sua personalidade. Mas assim como uma boa espinha dorsal é parte essencial do corpo, assim um sistema definido de crença é uma parte essencial da religião.
Alguém disse: "O homem não precisa expor a sua espinha dorsal, no entanto deve possuí-la para estar bem aprumado. Da mesma forma, o cristão precisa de uma definição doutrinária para não ser um cristão volúvel e até corcunda!" 
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PENSAMENTO


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O QUE SIGNIFICA GNOSTICISMO?

O QUE É GNOSTICISMO?


Paulo escrevendo aos colossenses entra em combate (2.1), com dos oponentes mais tremendo de sua carreira.
Este inimigo da Igreja é uma combinação de práticas religiosas judaicas e orientais com cristianismo.
Escritores que vieram em período posteriores ao do apóstolo denominaram essa combinação de gnosticismo.
Esta heresia sutil, revelada no capítulo 2 da epístola, não é necessariamente tentativa de eliminar o Cristo da religião, mas de mostrar que ele é inadequado como salvador dos homens.

Gnosticismo É uma concepção filosófico-religiosa surgida no oriente, antes de Cristo que se infiltrou na Igreja gerando uma terrível heresia que foi severamente combatida já pelos Apóstolos Paulo, Pedro e João em suas cartas, bem como por seus sucessores como Irineu (130-200) no seu famoso livro "Contra os Hereges". 

O gnosticismo ensina que existem dois deuses, um deus bom e outro mau. O mundo teria sido criado pelo deus mau, um deus menor, que eles chamam de "demiurgo". 

Esse seria o nosso Deus da Bíblia, o que explica todas as tragédias contadas nela. Para esta crença, as almas dos homens já existiam em um universo de luz e paz (Pleroma); mas houve uma "tragédia" – algo como uma revolta – e assim esses espíritos foram castigados sendo aprisionados em corpos humanos, como em uma cadeia, pelo deus demiurgo, e que os impede de voltar ao estado inicial. 

A salvação dessas almas só seria possível mediante a libertação dessa cadeia que é o corpo, que é mau, e isto só seria possível através de um conhecimento ("gnose" em grego) secreto, junto com práticas mágicas (esotéricas) sobre Deus e a vida, revelados aos "iniciados", e que dariam condições a eles de se salvarem. 

Por isso os gnósticos não acreditam na salvação por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo; não acreditam no pecado, nos anjos, nos demônios, e nem no pecado original. Para eles o mal vem da matéria e do corpo humano, que são maus. 

Para o gnosticismo tudo que é material foi criado pelo deus mal e deve ser desprezado; assim, por exemplo, o casamento e tido como mau porque através dele o homem (corpo) se multiplica. Paulo combateu esses ensinos em 1Tm 4,1ss. 

E por outro lado, tudo o que é espiritual teria sido criado pelo deus bom. Segundo ainda o gnosticismo, o Deus Supremo, teria enviado ao mundo o seu mensageiro, Jesus Cristo, como redentor (um eon), um “Avatar”, portador da “gnósis” - a palavra revelada - a alguns escolhidos que os levaria à salvação (libertação do corpo). 

Jesus não teria tido um corpo de verdade, mas apenas um corpo aparente (docetismo). Jesus teria então um corpo ilusório que não teria sido crucificado. S. João combateu isto em suas cartas (cf.1Jo 18.23). 

Embora tendo sido banido pela igreja nos primeiros séculos o gnosticismo tem vivido um reavivamento dado à descoberta recente nos manuscritos de Nag Hamadi, no Egito, do "Evangelho de Judas", que é de fundo gnóstico. 

Também por causa do livro "O Código da Vinci", de Dan Brown (Editora Sextante, 2004), onde o autor diz que se baseou nos evangelhos apócrifos e gnósticos de Maria Madalena, Filipe e Tomé, para fazer as suas afirmação contra a Igreja católica. O gnosticismo está também na base filosófica e religiosa de muitos movimentos e seitas como o espiritismo, hinduísmo e a Nova Era.
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