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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...


domingo, 3 de dezembro de 2017

PDF: COMENTÁRIO BÍBLICO - RUTE

  Introdução Título. O Livro de Rute recebeu o nome de sua heroína, uma moabita que, depois da morte do marido, viajou para Belém com a sogra viúva. Rute ocupa um lugar importante na história israelita porque tornou-se antepassada do Rei Davi (Rute 4:18-22) e de Jesus (Mt. 1:1, 5). Data e Autoria. A data da autoria do Livro de Rute é desconhecida. Mestres da Bíblia encontram algumas pistas sobre a época de sua composição dentro do próprio livro. Uma vez que Davi foi mencionado no livro (4:17, 22), não poderia ter sido escrito antes do décimo século A.C. O escritor achou necessário explicar certos costumes que considerou arcaicos (4:6-8), fato este que indica que o livro foi escrito alguns anos depois que os costumes caíram em desuso. 

PÁGINAS:14

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sábado, 2 de dezembro de 2017

ESTUDO BÍBLICO: A CLASSE DOS ANJOS: ARCANJOS, QUERUBINS E SERAFINS


SUAS ORDENS 
Conquanto os anjos não constituam um organismo, evidentemente estão organizados de algum modo. Isto decorre do fato de que, ao lado do nome geral “anjo”, a Bíblia emprega certos nomes específicos para indicar diferentes classes de anjos. O nome “anjo”, com o qual designamos de maneira geral os espíritos superiores, não é um nomem naturae na Escritura, mas, sim, um nomem officii. 
A palavra hebraica mal’ak significa simplesmente mensageiro, e serve para designar alguém que é enviado para os homens, Jó 1.14; 1 Sm 11.3, enviados de Deus, Ag 1.13; Ml 2.7; 3.1. O termo grego Angelos também é freqüentemente aplicado a homens, Mt 11.10; Mc 1.2; Lc 7.24; 9.51; Gl 4.14. Não há na Escritura um nome geral, especificamente distintivo, para todos os seres espirituais. 
Eles são chamados filhos de Deus, Jó 1.6; 2.1; Sl 29.1; 89.6, espíritos, Hb 1.14; santos, Sl 89.5, 7; Zc 14.5; Dn 4.13, 17, 24. Contudo, há diversos nomes específicos que indicam diferentes classes de anjos. 

ARCANJOS

O termo “arch” quer dizer “sumo”, “chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Em todo o Novo Testamento, ele aparece apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.

Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.

No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos arcanjos: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” - 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma original.

Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.

No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).

O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo


QUERUBINS.

 A escritura menciona repetidamente os querubins. Eles guardam a entrada do paraíso, Gn 3.24, observam o propiciatório, Êx 25.18, 20; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16; Hb 9.5, e constituem a carruagem de que Deus se serve para descer à terra, 2 Sm 22.11; Sl 18.10. Em Ez 1 e Ap 4 são representados como seres vivos em várias formas. Estas representações simbólicas servem simplesmente para demonstrar o seu extraordinário poder e majestade. Mais que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra. 

SERAFINS.

Os serafins constituem uma classe de anjos proximamente relacionada com a anterior. São mencionados somente em Is 6.2,6. Também são representados simbolicamente em forma humana, mas com seis asas, duas cobrindo o rosto, duas os pés, e duas para a pronta execução das ordens do Senhor. Diferentemente dos querubins, permanecem como servidores em torno do trono do Rei celestial, cantam louvores a Ele e estão sempre prontos a fazer o que Ele manda. Enquanto que os querubins são os anjos poderosos, os serafins podem ser considerados os nobres entre os anjos. Ao passo que aqueles defendem a santidade de Deus, estes atendem ao propósito da reconciliação, e assim preparam os homens para aproximar-se apropriadamente de Deus. 

 Principados, potestades, tronos e domínios. Em acréscimo aos anteriores, a Bíblia fala de certas classes de anjos, que ocupam lugares de autoridade no mundo angélico, como archai e Exouxiai (principados e potestades), Ef 3.10; Cl 2.10, thronoi (tronos), Cl 1.16, kyreotetoi (domínios), Ef 1.21; Cl 1.16 (nesta passagem, traduzido por “soberanias”, Almeida. Autorizada), e dynameis (poderes), Ef 1.21; 1 Pe 3.22. Estes nomes não indicam diferentes espécies de anjos, mas diferenças de classe ou de dignidade entre eles.

Gabriel e Miguel. Diversamente de todos os outros anjos, estes dois são mencionados nominalmente. Gabriel * aparece em Dn 8.16; 9.21; Lc 1.19,26. A grande maioria dos comentadores o considera como um anjo criado, mas alguns deles negam que o nome Gabriel seja um nome próprio, vendo-o como um substantivo comum, com o sentido de homem de Deus – um sinônimo de anjo. Mas esta posição é insustentável.

1 Alguns comentadores antigos e recentes vêem nele um ser incriado, alguns sugerindo até que ele poderia ser a terceira pessoa da Trindade Santa, sendo Miguel a segunda. Mas uma simples leitura das passagens em questão mostra a impossibilidade dessa interpretação. Gabriel pode ser um dos sete anjos dos quais se diz que se acham diante de Deus (Ap 8.2, Comp. Lc 1.19). Parece que sua função principal é servir de intermediário e intérprete de revelações divinas. O nome Miguel (literalmente, “quem como Deus?”) tem sido interpretado como um designativo da segunda pessoa da Trindade. Mas isto não é mais sustentável que a identificação de Gabriel com o Espírito Santo. Miguel é mencionado em Dn 10.13, 21; Jd 9; Ap.12.7. Por ser chamado “o arcanjo” em Jd 9, e pela expressão utilizada em Ap 12.7, parece que ele ocupa um importante lugar entre os anjos. As passagens de Daniel também indicam o fato de que ele é um príncipe entre eles. Vemos nele o valente guerreiro a librar as batalhas de Jeová contra os inimigos de Israel e contra os poderes malignos do mundo dos espíritos. Não é impossível que o título de “arcanjo” também se aplique a Gabriel e a uns poucos anjos mais.
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ESTUDO BÍBLICO: OS NOMES DE DEUS E SEUS SIGNIFICADOS


 Os  nomes de Deus e seus significados

 Cada um dos muitos nomes de Deus descreve um aspecto diferente do seu caráter multifacetado. Aqui estão alguns dos nomes mais conhecidos de Deus na Bíblia: 

EL, ELOAH: Deus "poderoso, forte, proeminente" (Gênesis 7:1, Isaías 9:6) - etimologicamente, El parece significar "poder", como em "Tenho o poder para prejudicá-los" (Gênesis 31:29). El é associado com outras qualidades, tais como integridade (Números 23:19), zelo (Deuteronômio 5:9) e compaixão (Neemias 9:31), mas a raiz original de ‘poder’ continua. 

ELOHIM: Deus "Criador, Poderoso e Forte" (Gênesis 17:7; Jeremias 31:33) - a forma plural de Eloah, a qual acomoda a doutrina da Trindade. Da primeira frase da Bíblia, a natureza superlativa do poder de Deus é evidente quando Deus (Elohim) fala para que o mundo exista (Gênesis 1:1). 

EL SHADDAI: "Deus Todo-Poderoso", "O Poderoso de Jacó" (Gênesis 49:24; Salmo 132:2,5) - fala do poder supremo de Deus sobre todos. 

ADONAI: "Senhor" (Gênesis 15:2; Juízes 6:15) - usado no lugar de YHWH, o qual os judeus achavam ser sagrado demais para ser pronunciado por homens pecadores. No Antigo Testamento, YHWH é mais utilizado em tratamentos de Deus com o Seu povo, enquanto que Adonai é mais utilizado quando Ele lida com os gentios. 

YHWH / YAHWEH / JEOVÁ: "SENHOR" (Deuteronômio 6:4, Daniel 9:14) - a rigor, o único nome próprio para Deus. Traduzido nas bíblias em português como "SENHOR" (com letras maiúsculas) para distingui-lo de Adonai, "Senhor". A revelação do nome é primeiramente dada a Moisés "Eu sou quem eu sou" (Êxodo 3:14). Este nome especifica um imediatismo, uma presença. Yahweh está presente, acessível, perto dos que o invocam por livramento (Salmo 107:13), perdão (Salmo 25:11) e orientação (Salmo 31:3). 

JEOVÁ-JIRÉ: "O Senhor proverá" (Gênesis 22:14) - o nome utilizado por Abraão quando Deus proveu o carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque. 

JEOVÁ-RAFA: "O Senhor que sara" (Êxodo 15:26) - "Eu sou o Senhor que te sara", tanto em corpo e alma. No corpo, através da preservação e da cura de doenças, e na alma, pelo perdão de iniquidades. 

JEOVÁ-NISSI: "O Senhor é minha bandeira" (Êxodo 17:15), onde por bandeira entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha. Esse nome comemora a vitória sobre os amalequitas no deserto em Êxodo 17. 

JEOVÁ-MAKADESH: "O Senhor que santifica, torna santo" (Levítico 20:8, Ezequiel 37:28) - Deus deixa claro que apenas Ele, e não a lei, pode purificar o Seu povo e fazê-los santos. 

JEOVÁ-SHALOM: "O Senhor nossa paz" (Juízes 6:24) - o nome dado por Gideão ao altar que ele construiu após o Anjo do Senhor ter-lhe assegurado de que não morreria como achava que morreria depois de vê-lO. 

JEOVÁ-ELOIM: "Senhor Deus" (Gênesis 2:4, Salmo 59:5) - uma combinação do singular nome YHWH e o nome genérico "Senhor", significando que Ele é o Senhor dos senhores. 

JEOVÁ-TSIDIKENU: "O Senhor nossa justiça" (Jeremias 33:16) - Tal como acontece com Jeová-Makadesh, só Deus proporciona a justiça para o homem, em última instância, na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, o qual tornou-se pecado por nós "para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21). 

JEOVÁ-ROHI: "O Senhor nosso Pastor" (Salmo 23:1) - Depois de Davi ponderar sobre seu relacionamento como um pastor de ovelhas, ele percebeu que era exatamente a mesma relação de Deus com ele, e assim declara: "Yahweh-Rohi é o meu Pastor. Nada me faltará" (Salmo 23:1). 

JEOVÁ-SHAMMAH: "O Senhor está ali" (Ezequiel 48:35) - o nome atribuído a Jerusalém e ao templo lá, indicando que o outrora partida glória do Senhor (Ezequiel 8-11) havia retornado (Ezequiel 44:1-4). 

JEOVÁ-SABAOTH: "O Senhor dos Exércitos" (Isaías 1:24, Salmos 46:7) - Exércitos significa "hordas", tanto dos anjos quanto dos homens. Ele é o Senhor dos exércitos dos céus e dos habitantes da terra, dos judeus e gentios, dos ricos e pobres, mestres e escravos. O nome expressa a majestade, poder e autoridade de Deus e mostra que Ele é capaz de realizar o que determina a fazer. 

EL ELIOM: "Altíssimo" (Deuteronômio 26:19) - derivado da raiz hebraica para "subir" ou "ascender", então a implicação refere-se a algo que é muito alto. El Elyon denota a exaltação e fala de um direito absoluto ao senhorio. 

EL ROI: "Deus que vê" (Gênesis 16:13) - o nome atribuído a Deus por Agar, sozinha e desesperada no deserto depois de ter sido expulsa por Sara (Gênesis 16:1-14). Quando Agar encontrou o Anjo do Senhor, ela percebeu que tinha visto o próprio Deus numa teofania. Ela também percebeu que El Roi a viu em sua angústia e testemunhou ser um Deus que vive e vê tudo. 

EL-OLAM: "Deus eterno" (Salmo 90:1-3) - A natureza de Deus não tem princípio, fim e nem quaisquer limitações de tempo. Deus contém dentro de Si mesmo a causa do próprio tempo. "De eternidade a eternidade, tu és Deus." 

EL-GIBOR: "Deus Poderoso" (Isaías 9:6) - o nome que descreve o Messias, Jesus Cristo, nesta porção profética de Isaías. Como um guerreiro forte e poderoso, o Messias, o Deus Forte, vai realizar a destruição dos inimigos de Deus e governar com cetro de ferro (Apocalipse 19:15). 
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

LUGARES BÍBLICO: FILIPOS



Filipos foi uma cidade importante do Império Romano, considerada uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia.Era Localizada no leste da antiga província da Macedônia, a 13 km do mar Egeu, no topo de uma colina. Abaixo dela estavam o rio Gangites e a via Egnácia, que ligava a Europa e a Ásia.
Sua origem remonta aos trácios, povo conquistado em 358 a.C. pelo rei Filipe II da Macedônia. A cidade recebeu esse nome em homenagem ao seu conquistador. Em 108 a.C. passou ao controle romano. Em 42 a.C., foi palco da batalha de Marco Antônio e Otávio, que buscavam vingar a morte de Júlio César, contra Bruto e Cássio - da qual o poeta Horácio diz ter participado (Ode 2.7. v. 2 e 9-16). Nove anos depois, Otávio, futuro Augusto, venceu Marco Antônio e Cleópatra.
Os veteranos dessas batalhas instalaram-se em Filipos, e a cidade acabou ganhando status de colônia romana (Colônia Júlia Augusta Filipense; em latim: Colonia Iulia Augusta Philippensis) e o Ius Italicum, o que a tornava uma réplica menor de Roma. Seus cidadãos tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade equivalentes aos de uma terra em solo italiano. Os oficiais políticos eram descendentes dos soldados romanos, o que reforçava ainda mais o caráter latino da cidade, refletindo também seu pensamento e religião. Eram frequentes os cultos às divindades romanas, como Júpiter, Juno e Marte, e aos antigos deuses itálicos. As divindades gregas não tinham muito destaque. Persistia porém a adoração a deuses trácios.
MAR AGEU

rio Gangites:

Atos 16 
nos diz que é aqui que começou o trabalho missionário de Paulo na Europa (lembre-se, isto é o que se chamava de Macedônia) e o primeiro batismo de um novo crente na Europa estava lá. (Provavelmente o rio Gangitis à beira da cidade.)


via Egnácia

carta de Paulo aos filipenses. Escrito pelo apóstolo Paulo para a Igreja de Deus em Filipos, pode ser chamado de "o evangelho da humilde alegria". O tema principal desta carta em parceria no Evangelho e esta carta é um retrato belo de Paulo e o que muitos chamaram sua igreja favorita. Pois os filipenses foram os mais adeptos, entusiastas e fiéis de Paulo, enquanto realizava a missão de Deus aos gentios.
No entanto, você não pode perder a poderosa ênfase na humildade encontrada no capítulo 2 e alegria ou alegria encontrada ao longo de seus versos. A humildade é o reflexo de Jesus Cristo e a alegria é fruto de uma vida vivida em humilde obediência a Deus. 
Philippi era uma cidade na Macedônia no que é agora o norte da Grécia. Como você pode ver, não estava longe do mar Egeu. Esta tinha sido a casa de Filipe da Macedônia, que era o pai de Alexandre, o Grande. Alexander usou a cidade como o ponto de lançamento para suas conquistas mundiais. Foi rico devido às minas próximas de ouro e prata. Os romanos conquistaram a cidade no século II aC e tornou-se um posto romano. Após a guerra civil em 42 aC que começou com o assassinato de Júlio César, Augusto estabeleceu uma colônia romana lá e instalou muitos de seus veteranos (particularmente de sua guerra contra Mark Anthony e Cleópatra). 
Atos 16 nos diz que é aqui que começou o trabalho missionário de Paulo na Europa (lembre-se, isto é o que se chamava de Macedônia) e o primeiro batismo de um novo crente na Europa estava lá. (Provavelmente o rio Gangites à beira da cidade.) Filipos também estava situado perto da Via Egnácia, uma das principais rotas comerciais entre a Europa e a Ásia.
Na época de Paulo, Filipos era essencialmente uma cidade romana. 
Como colônia, gozava de todos os mesmos direitos que as cidades da Itália, o latim era a língua comum de Filipos.
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ESTUDO BÍBLICO: OS PARTIDOS RELIGIOSOS NA ÉPOCA DE JESUS


ESTUDO BÍBLICO

VIDA POLÍTICA E RELIGIOSA EM ISRAEL NOS DIAS DE JESUS

Os Fariseus

O nome significa "Separatistas". Quando o Remanescente voltou à Judeia depois do Exílio, seu objetivo era reconstruir a comunidade judaica como Nação dedicada ao Senhor pela observância da lei. Com a influência crescente do sumo sacerdote, tornou-se um cargo ambicioso que pensava mais em vantagens políticas de que em responsabilidades espirituais. Nos tempos de Jesus esse grupo era considerado a seita mais numerosa, poderosa e influente . Eram legalistas rigorosos, defendiam a rígida observância da letra e das formas da Lei, como também das tradições. Apesar de haver alguns homens bons no meio deles, mas em geral eram conhecidos por sua cobiça, crueldade, justiça-própria e hipocrisia. Os Fariseus e os Escribas eram os líderes religiosos do povo.

Os Escribas

Copistas dos textos sagrados e mestres encarregados de ensinar a lei ao povo. O escribismo desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. Eram peritos profissionais na interpretação e aplicação da lei e outras Escrituras do Velho Testamento. Com a multiplicação das tradições orais e a introdução de um sistema de interpretação e exposição das Escrituras, passo a passo os Escribas foram levados a conclusões, que teriam horrorizado os primeiros representantes da ordem. A relação entre a lei moral e cerimonial foi esquecida e invertida. O estudo das Escritura em si tornou-se uma obsessão para com as minúcias, até nas sílabas e letras, sendo que a idolatria da letra destruía a reverência em que ela tivera origem. Por isso Jesus Cristo condenou essa super-veneração da "tradição" dos homens(Mc 7:7-8).

Os Essênios

Os essênios eram uma comunidade a parte. viviam isolados em suas propriedades, trabalhando no campo ou em serviços úteis, mas rejeitando o comércio como um estímulo à cobiça. Os mais estritos renunciavam até ao casamento. Eram exclusivistas, ascetico e místicos. Eram escravos da forma. Sua liberdade mística com a Palavra escrita não lhes proporcionou liberdade espiritual.

Os Saduceus

Membros de um partido oposto aos fariseus. Pessoas moralistas, negavam tudo o que é sobrenatural (At 23:8). Doutrinas principais : aceitavam somente a lei escrita, pentateuco ; negavam a providência de Deus ; a alma não existe; o corpo não ressuscitará; interpretavam literalmente o Velho Testamento ; não existem os anjos ; não há céu nem inferno, nem demônios. Eram materialistas consumados. O partido nasceu durante o cativeiro babilônico, por parte de um grupo de judeus liberais na guarda da Lei e contra os quais os fariseus, zelosos da Lei, levantaram-se.(1)

Os Herodianos

Formavam mais um partido político do que religioso. Eram inimigos dos fariseus, bem como dos judeus de modo geral. Mas uniram-se àqueles no episódio do tributo, a fim de pressionar Jesus (Mt 22:15-22). Não tinham alguma doutrina peculiar, mas era injustos e hipócritas. Isso constituía uma influência nefasta que o Senhor Jesus chamou de "fermento dos fariseus" (Mc 8:15). Nasceram com Herodes o Grande.(1)

Os Zelotes

Pregavam que a lei devia ser guardada, mesmo pela força da espada. Eles eram violentos, cruéis, sanguinários. Quando tinham oportunidade, matavam até mesmo a judeus que pagassem tributo a César. Odiavam mortalmente os romanos. Eles foram os responsáveis pela destruição de Jerusalém, no ano 70 dC. Quanto a doutrina seguiam o judaísmo em geral. Alguns acham que Simão (Mt 10:1-4) era Zelote. Naturalmente antes da sua conversão.(1)

Os Publicanos

Não constituíam algum partido político e, muito menos, religioso. Os Publicanos, devido à natureza de seu trabalho, eram tidos como traidores da pária e odiados pelos judeus. Eram reputados pecadores, no mesmo nível das meretrizes (Mt 9:10; 21; 31- Mc 2:15). Jesus salvou a Mateus, um publicano e fez dele um apóstolo (Mt 9:9). Também comeu com publicanos; salvou o publicano Zaqueu (Lc 19:1-10) e se mostrou amigável para com os publicanos (Lc 6:12-13). Os publicanos eram desprezados pelos judeus, porque o governo romano os encarregava de receber os impostos e os direitos de alfândega.(1)


Os Samaritanos

Não pertenciam ao povo judeu e nem residiam dentro dos termos de Israel. Os Samaritanos eram colonos de raça estranha, estabelecidos ali pelos assírios (700 anos antes, II Reis 17 :24-31 e Ed 4: 1; 9; 10). Aceitavam o pentateuco e adotavam em parte, a religião judaica. Esperavam que o Messias fizesse de Samaria não de Jerusalém, a sede do seu governo. Os Samaritanos odiavam os judeus de Jerusalém.(1)

ANÁLISE DOS GRUPOS
Essas extintas seitas judaicas continuam falando entre nós também através de outros meios. Existe um "meio dourado" de verdade que quando seguido, gera nos homens uma santidade sadia; mas quando os homens e os movimentos se desviam dele, tornam-se proporcionalmente desequilibrados e sujeitos a extremos pouco sólidos. Vemos isto objetivado nos fariseus, saduceus, essênios, zelotes e herodianos. Os fariseus eram extremamente escrupulosos sobre a letra da lei e tornaram-se hiper-espirituais. Os saduceus bifurcavam-se em sentido contrário, recusando a Palavra, exceto com significados limitados, e tornaram-se infra-espirituais. Os essênios liam muito mais nas "entre-linhas" do que nas próprias linhas, convencidos que por meio de percepção peculiar tinham conseguido alcançar a realidade mais profunda de todas e se tornaram ultra-espirituais.Os zelotes, impaciente se afastaram em outra direção, lutando se necessário, e eventualmente tornaram-se não-espirituais. Os herodianos achavam que deviam combinar as Escrituras hebraicas com a filosofia grega; o judaísmo com o helenismo; a religião com o prazer; e tornaram-se anti-espirituais.(2)


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