Crisipo de Solis foi um filósofo grego (Solis, ca.
280 a.C. — Atenas, c. 208 a.C.) Crisipo foi um dos maiores expoentes do
estoicismo e discípulo de Cleanto de Assos. Teve fama de sutil e apurado
dialético. Não foi apenas um filósofo estóico como também partidário do
estoicismo, atacando ardorosamente os inimigos da doutrina do Pórtico (o alvo
preferido eram os filósofos acadêmicos).Assumiu a direção da Stoa em 232 a.C.,
com a morte de Cleanto. Sua atividade como escolarca logo o fez alcançar uma
reputação comparável com a de Zenão de Cítio, fundador do estoicismo.
Crisipo foi o responsável pela
sistematização e divulgação das doutrinas da escola. Alguns afirmam que
escreveu mais de setecentos livros. Deste total, sobreviveram só alguns
fragmentos. Seu sistema era uma espécie de panteísmo naturalizado: a liberdade
desaparece em um mundo onde predomina a lei da fatalidade. Sua moral é pura e
elevada e a razão deve
governar a vida, colocando o sábio acima das paixões. A felicidade reside na
independência do sábio.
O período da “Antiga Estoá”, que vai de fins do
séc. IV a todo o séc. III a.C., no qual a filosofia do Pórtico foi pouco a
pouco desenvolvida e sistematizada na obra da tríade da Escola: o próprio Zenão,
Cleanto de Assos (que dirigiu a Escola de 262 a 232 a.C., aproximadamente) e,
principalmente, Crisipo de Solis (que dirigiu a Escola de 232 a.C. até o último
lustro do séc. III a.C.). Foi principalmente este último, talvez de origem
semítica que, com mais de setecentos livros (infelizmente perdidos), fixou de
modo definitivo a doutrina do primeiro estágio da Escola.
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