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Livro: Uma Síntese a Filosofia Medieval

  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

HISTÓRIA DA FILOSOFIA PARTE V


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PARTE V

PERÍODO PÓS-SOCRÁTICO

O filósofo Aristóteles de Estagira, discípulo de Platão, pode ser considerado como o principal nome deste período. Aristóteles apresenta uma verdadeira enciclopédia de todo o saber produzido e acumulado pelos gregos, nos quase quatro séculos passados, em todos os ramos do pensamento e da prática, considerando essa totalidade de saberes como sendo a filosofia.

O filósofo grego afirma que, antes de um conhecimento constituir seu objeto e seu campo próprios, seus procedimentos próprios de aquisição e exposição, de demonstração e de prova, devem primeiro, conhecer as leis gerais que governam o pensamento, independentemente do conteúdo que possa vir a ter. O estudo das formas gerais do pensamento, sem preocupação com seu conteúdo, chama-se lógica, e Aristóteles foi o criador da lógica como instrumento do conhecimento em qualquer campo do saber.

Aristóteles distingue e classifica todos os saberes científicos (cuja totalidade é a filosofia) tendo como critério a distinção entre ação e contemplação, isto    é, diferencia as ciências conforme seus objetos e finalidades: sejam atividades produtivas, éticas e políticas; sejam puramente intelectuais, interessadas exclusivamente no conhecimento e sem preocupação com qualquer prática. São elas:

·      Ciências produtivas: estudam as práticas produtivas ou as técnicas, isto é, as ações humanas cuja finalidade está para além da própria ação, pois a finalidade é a produção de um objeto, de uma obra;

·      Ciências práticas: estudam as práticas humanas enquanto ações que têm nelas mesmas seu próprio fim, isto é, a finalidade da ação realiza-se nela mesma, é o próprio ato realizado;

·      Ciências teoréticas: contemplativas ou teóricas: estudam tudo o que existe, independentemente dos homens e de suas ações.

A partir da classificação aristotélica, definiu-se, no correr dos séculos, o grande campo da investigação filosófica, campo que só seria desfeito no século XIX da nossa era, quando as ciências particulares foram se separando do tronco geral da filosofia. Assim, podemos dizer que os campos da investigação filosófica são três:
1.   O do conhecimento da realidade última de todos os seres, ou da essência de toda a realidade;
2.   O do conhecimento das ações humanas ou dos valores e das finalidades da ação humana;
3. O do conhecimento da capacidade humana de conhecer, isto é, o conhecimento do próprio pensar






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