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domingo, 5 de janeiro de 2020

Luís António Verney


Padre Luís António Verney
Resultado de imagem para Luís António VerneyLuís António Verney nasceu em Lisboa, filho de pai francês de Lião que se estabeleceu em Portugal e aqui casou com uma senhora cujo apelido denota a mesma origem. Teve, por conseguinte, uma educação à maneira francesa, que se repercutiu nos ramos culturais que seriam, mais tarde, os seus. Além dos professores particulares que a sua família lhe proporcionou, estudou no Colégio de Santo Antão e na Congregação do Oratório. Daí foi ele mandado para Évora, onde se graduou em Artes no Colégio da Madre de Deus e de onde saiu, finalmente, formado em Teologia pela respetiva universidade. Em 1736, viaja para Itália de forma a continuar os seus estudos superiores. Querendo engolfar-se nos escaninhos da cultura científica, que era desconhecida por esse tempo em Portugal, dirigiu-se a Roma, onde se doutorou em Teologia e Jurisprudência. O nosso mais conhecido e ativo estrangeirado colheu fora de Portugal os pensamentos de renovação que iluminavam a Europa, enquanto o seu país vivia as trevas obscurantistas da intolerância inquisitorial.
Regressando a Portugal, dedicou-se ao ensino e em 1741 é nomeado pelo papa arcediago de Évora. Só em 1749 é que recebeu ordens presbiterais. Partiu definitivamente para Roma devido a problemas de saúde e, principalmente, devido a incompreensões por parte dos seus compatriotas. Aqui empreendeu uma vastíssima obra que publicou anonimamente sob o título O Verdadeiro Método de Estudar. Não conseguiu, porém, publicar todos os volumes que pretendia. A pedido de D. João V, Verney iniciou a sua colaboração com o processo de reforma pedagógica em Portugal, fornecendo o seu contributo inestimável para uma maior aproximação com os ventos de progresso cultural que animavam os espíritos europeus mais progressistas.
Entre 1747 e 1750, Verney esteve sujeito a duas contrariedades: a polémica levantada contra a sua obra, que o obrigava a ripostar em folhetos (Resposta às reflexões de Frei Arsénio da Piedade, Carta do Filólogo de Espanha, Parecer do Doutor Apolónio Filomuso, Última Resposta), e a perda de esperança em favores reais com que contava da parte de D. João V, que foram reavivadas com a ascensão de D. José, que lhe financiaria as obras aparecidas entre 1751 e 1753. Todavia, dessa data em diante, nunca mais recebeu subsídio algum, não obstante os seus esforços consecutivos junto do embaixador e da corte. Nada mais publicou até 1760, à exceção de reedições e da Gramática Latina. Nesse ano abandonou Roma devido à rutura de relações entre a corte portuguesa e a Santa Fé e instalou-se em Pisa. Daí enviou para o Journal des Savants um resumo, em latim e em francês, do Verdadeiro Método de Estudar sob o pseudónimo de António Teixeira Gamboa, que viria a ser publicado em 1762 com o título de Synopsis Primi Tentaminis pro Litteratura Scientiisque instaurandis apud Lusitanos.Verney envolveu-se em questões políticas, de que não retira senão vexames, que culminaram com um despacho de demissão e de desterro para San Miniato, em 1771. Nesse intervalo de tempo em que desempenhou o cargo de secretário de embaixada publicou o De Re Physica.
Ignorado pelo Marquês, Verney viu-se obrigado a esperar pela morte de D. José para uma revisão da sua situação. Conseguindo-a, regressou a Roma onde foi nomeado sócio da Academia das Ciências e deputado honorário da Mesa de Consciência e Ordens.
Morreu com 79 anos, em Roma, sendo hoje conhecido como uma das mais extraordinárias figuras da nossa história da pedagogia.


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Claude-Adrien Helvétius


Claude-Adrien Helvétius (1715 - 1771)

Em vários pontos dos escritos de Helvétius aparece a sua preocupação com o encontrar uma melhor forma para que os homens sejam felizes, para desenvolver seus estudos o autor utiliza basicamente o empirismo e faz do ambiente onde vivem as pessoas a principal influência para o comportamento das mesmas. 
O ambiente onde vivemos imprime em nosso espírito, através das sensações, as suas peculiaridades e essas sensações formam nossas ideias, juízos, emoções e nossa memória. 
Existem três tipos de ideias: As úteis, que tem a capacidade de educar ou divertir; As prejudiciais, que produzem efeitos negativos; E as indiferentes que são pouco agradáveis mas que a elas nos acostumamos por hábito e que produzem poucos efeitos. 
Na psicologia de Hélvétius, a educação e o ambiente onde vivemos é que formatam os nossos valores e as nossas motivações. Os caracteres hereditários são iguais em todas as pessoas normais e pouco influenciam no resultado final do comportamento humano, não existem portanto ideias inatas, as nossas ideias são adquiridas da educação e da convivência. 
Todas as pessoas nascem com as mesmas capacidades, o que vai diferenciar uma das outras são os conjuntos de ações e métodos do sistema de educação a que essas pessoas estão expostas. O meio em que as pessoas vivem é o que determina as qualidades e os defeitos delas. Todos nós podemos ser tolos ou gênios dependendo somente de certa ordem de acontecimentos que muitas vezes são imprevistos. 
As diferenças individuais são também causadas pelos diferentes graus de interesse e motivação que o sistema educacional consegue despertar nos indivíduos e esses interesses estão diretamente relacionados à emoção que se consegue despertar nas pessoas. 
Nossos comportamentos são uma tabula rasa onde podem ser impressos qualquer tipo de conduta humana, nossos comportamentos são, portanto modeláveis e adaptáveis. Os indivíduos podem ser modificados e educados para cumprirem a sua função de serem úteis para a coletividade, para a felicidade da maioria, e os filósofos tem um papel fundamental no desenvolvimento dos processos educacionais desses indivíduos. 
Helvétius condena a educação que tenta colocar nos indivíduos valores morais através da condenação dos prazeres. Os filósofos tem o papel de encontrar modelos educacionais e de legislação que sejam compatíveis com os prazeres individuais e com a felicidade da comunidade. 
O filósofo Helvétius identifica os dois principais inimigos dessa forma de educação e legislação, que são a religião cristã e o sistema feudal francês de sua época. O cristianismo por causa dos seus dogmas ilógicos e insensatos que condenam os prazeres e o feudalismo por perpetuar e promover a injustiça econômica e social. Para Helvétius crer em Deus não é algo positivo para os seres humanos e causa dano moral e intelectual para a felicidade da sociedade.

Sentenças: 
- O poder dos sacerdotes depende da superstição do povo. 
- O primeiro propósito dos sacerdotes é reprimir a curiosidade dos homens. 
- Os homens vêm ao mundo ignorantes, mas não estúpidos. 
- A ilusão é um efeito necessário da paixão. 
- A mente é a união das nossas ideias. 
- A propriedade é o deus mortal dos impérios. 
- O espírito não é dado, mas conquistado. 
- Nós só vivemos o tempo que amamos. 
- O emburrecimento nos torna superior aos animais. 
- Todos os homens têm uma disposição igual para o entendimento. 
- Aniquilando os desejos, aniquilamos a mente. 
- O homem sem paixões não tem motivo para agir. 


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Étienne Bonnot de Condillac

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Étienne Bonnot de Condillac (1715 - 1780)

Condillac desenvolveu uma teoria do conhecimento baseada no empirismo onde as sensações são o principal instrumento que nos permitem conhecer. Este filósofo formulou os fundamentos da teoria do conhecimento na época do iluminismo.
Para ele, entendermos o complexo sistema de conhecimento exige que estudemos nossos sentidos de forma separada, somente dessa forma vamos conseguir perceber quais sentidos originam quais ideias. É preciso ainda analisar a forma como exercitamos cada um dos nossos sentidos e como cada um deles ajuda, assessora e socorre os outros.
O resultado dessas pesquisas nos mostraria que a nossa consciência e os pensamentos que a formam é o resultado puro e elementar da alteração das nossas sensações mais básicas.
Para tornar sua teoria mais visual, Condillac desenvolve o exercício imaginativo de representação de uma estátua como se fosse um ser humano sem nenhum dos sentidos, primeiro se dá a essa estátua o sentido do olfato, que é o mais fraco dos nossos sentidos, ao sentir os primeiros cheiros eles despertariam total atenção da estátua e os diversos cheiros sentidos por ela seriam classificados entre bons ou ruins, entre os que causam prazer ou dor. Os odores seriam o único parâmetro para a organização dos pensamentos dessa estátua, que passariam a surgir tendo por único padrão o olfato.
Para auxiliar suas operações mentais a estátua desenvolveria a memória que é a consequência da maior ou menor atenção que essa estátua der à sua sensação olfativa.
Após memorizar algumas sensações o passo seguinte seria comparar uma sensação com a outra, dessa comparação entre duas ou mais memórias de sensações surgiriam os primeiros juízos. Nossa mente vai guardando e acumulando esses juízos de forma regular e esses juízos conservados seriam a base das relações de ideias.
Comparando as sensações através da memória e dos juízos dessas memórias a nossa estátua já teria a condição de desenvolver seus primeiros desejos e esses conduziriam, definiriam e animariam a memória e a fantasia, de onde nascem as paixões.
Os outros sentidos agiriam na estátua de forma semelhante, mas cada um com suas especificidades e quando essa estátua tiver todos os sentidos desenvolvidos e analisados podemos ter uma visão mais completa de como conhecemos.
Assim sendo não existe diferença entre sentir e refletir e as nossas sensações são o que definem a evolução do nosso funcionamento mental.
Em metafísica Condillac distingue duas espécies: uma audaciosa que quer compreender todos os mistérios como os da natureza, da essência dos seres e todos os princípios mais desconhecidos; e uma mais moderada e sóbria que busca entender as fragilidades e profundezas da alma humana.
Sobre a alma humana Condillac assegura que ela é separada e diferente do corpo e que o corpo é a causa da formação e mudanças ocorridas na alma.
A linguagem é, segundo Condillac, a nossa mais desenvolvida capacidade cognitiva. A linguagem é o elo entre as nossas mais diferentes sensações pois os signos e símbolos que representam as sensações, quando se ligam entre si formam a linguagem. A linguagem são os símbolos e signos organizados de forma mais ou menos lógica e é através da linguagem que concretizamos de vez o conhecimento.
Uma ciência perfeita exigiria uma linguagem perfeita, e quanto mais da perfeição se aproximar a linguagem das ciências, mais perfeita e verdadeira será essa ciência. Mas para que a linguagem da ciência seja perfeita temos que eliminar dela toda ambiguidade, em ciência não podem existir segundas interpretações e cada ciência tem que ter uma linguagem própria pois cada ciência tem os seus métodos e objetos de pesquisa próprios. A linguagem matemática é um bom exemplo de linguagem científica, que tem ainda que ser simples, formal, exata e tem que encontrar referencial na realidade.

Sentenças:
- Todos os nossos conhecimentos vem dos sentidos.
- Mesmo o menor passo é difícil em filosofia.
- A razão é o conhecimento de como dirigir as atividades da nossa alma.
- Aprovamos nosso comportamento com tanta certeza como que criticamos o dos outros.
- Muitas vezes o filósofo fala da verdade sem a conhecer.




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Isaac Newton


Isaac Newton, cientista inglês (1643-1727). Um dos maiores gênios da história. Trouxe uma nova compreensão do Universo e dos fenômenos que ocorrem na Terra e nas estrelas.
Ele nasceu em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra, e estudou no Trinity College, em Cambridge. Isaac Newton é considerado um dos maiores gênios da história da humanidade. Com certeza, Newton foi o maior cientista europeu desde a época de Arquimedes até a de Albert Einstein . Antes de completar 24 anos de idade, ele já havia criado o teorema dos binômios e o cálculo funcional, descoberto o espectro da luz e escrito sua Teoria da Gravitação. Há quem afirme que ele teria elaborado esta teoria em 1665 ao observar a queda de uma maçã.
Newton também inventou o telescópio refletor, que era diferente do simples, tipo refrator, inventado por Hans Lippershey (1570-1619) em 1608. No telescópio refletor, a luz não era simplesmente ampliada, mas refletida diretamente para o olho da pessoa por meio de um espelho grande e côncavo e de um espelho pequeno e plano, sem passar por lentes de vidro.
Em 1667, com apenas 25 anos de idade, Newton foi eleito membro do Trinity College. Enquanto esteve em Cambridge, desenvolveu as famosas Três Leis do Movimento, uma façanha espetacular para uma pessoa ainda tão jovem.
Em 1687, Newton publicou seus Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Neste trabalho, universalmente conhecido como Principia (por ter sido escrito e publicado originalmente em latim), ele demonstrou a estrutura do Universo, o movimento dos planetas e calculou a massa do Sol, dos planetas e de algumas luas. Se Colombo e Magalhães haviam provado que a Terra era esférica, Newton demonstrou que a Terra não é uma esfera perfeita, mas uma esferóide oblonga – ligeiramente achatada nos pólos pela força centrífuga de sua própria rotação. Seu trabalho teórico com luz e telescópios foi combinado num único compêndio, intitulado Óptica, publicado em 1704.
Newton pertenceu ao Parlamento inglês de 1701 a 1705, foi feito cavalheiro pela rainha Ana (1665-1714) em 1705 e ocupou o cargo de presidente da Sociedade Real de 1703 até 1727, quando morreu em Kensington.
Assim como Marco Pólo e Cristóvão Colombo expandiram a visão que nossos ancestrais tinham dos parâmetros geográficos do mundo, Newton, melhor do que ninguém, ajudou as pessoas a entender as forças físicas que governam toda a matéria, desde as estrelas no céu até as maçãs que caem de uma árvore num quintal qualquer da Terra.

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Giordano Bruno

Giordano Bruno (1548 - 1600)
Resultado de imagem para giordano brunoPara Bruno o universo é constituído de um único corpo, mas as coisas singulares são ordenadas com precisão e estão conectadas com todas as outras coisas. O que fundamenta essa organização são as ideias, que são princípios eternos e imutáveis. Cada coisa particular é uma imitação, uma imagem ou a sombra da realidade ideal que a orienta. Nossa mente também segue essa estruturação universal e nossas ideias não são eternas e imutáveis, mas são o reflexo, o vulto das ideias que não se alteram.
Mesmo nossas ideias sendo a sombra de algo imutável, através delas podemos chegar ao verdadeiro conhecimento se encontrarmos um método que consiga assimilar e compreender a complexidade da realidade. Esse método tem que ter a capacidade de entender essa estrutura universal ideal que sustenta todo universo.
Para Giordano o método para entender a unicidade e a multiplicidade do universo é a memória. A memória nos permite impedir que nossa mente se confunda com o grande número de coisas que existem no universo e com os conceitos e representações dessas coisas. Essas representações são sombras das ideias divinas e a memória serve para fixar em nossa mente essas imagens. Através de exercícios de memória podemos colocar em nossa mente um grande número de reflexos das coisas e das ideias divinas, o que torna mais sólida nossa capacidade intelectiva e mais eficaz nossa ação sobre o mundo. Para atingir esses objetivo é que Giordano Bruno foi grande estudioso e professor de mnemônica, que é o estudo de técnicas para facilitar a memorização.
Bruno sustenta ainda que o universo é infinito, e como infinito não tem um centro nem uma circunferência.
Em seus estudos sobre ética Bruno culpa o cristianismo de inverter os valores morais de sua época. O cristianismo tornou a crença sem reflexão em uma sabedoria, a hipocrisia humana em conselho divino, a corrupção da lei natural em piedade religiosa, o estudo em loucura, a honra em riqueza, a dignidade em elegância, a prudência na malícia, a traição na sabedoria e a justiça na tirania.
Para combater essa situação Giordano cria uma escala de valores onde em primeiro lugar está a verdade, em segundo a prudência e em terceiro a sabedoria. Em quarto lugar está a lei, que regula o comportamento das pessoas e na sequência, a força de espírito que é a virtude interior.
Deus, para o filósofo Bruno, não pode ser conhecido pelas suas consequências nem por suas obras, da mesma forma que não podemos conhecer o escultor pela estátua. Não podemos conhecer Deus porque Ele está muito além da nossa capacidade intelectiva. O caminho mais digno para nos aproximarmos de Deus é através da sua revelação.
Mas Deus como objeto de estudos da filosofia, é a própria natureza. E como natureza Deus é o motivo e a origem do universo. É motivo porque Ele é que define as coisas que formam o universo. E é origem porque é Ele quem dá a existência para as coisas do universo. Deus é o intelecto universal que anima, serve de base e governa o mundo.

Sentenças:
- Deus é tudo em tudo, mas não em cada parte.
- O tempo tudo tira e tudo dá; tudo transforma e nada destrói.
- Não existe satisfação sem tristeza.
- A poesia não nasce das regras.
- Somos a causa de nós mesmos.
- O universo é uno, infinito e imóvel.
- Os homens mais devotos e santos, um dia foram chamados de asnos.
- Não é a matéria que causa o pensamento, mas o pensamento que causa a matéria.
- O homem não tem limites, e um dia se dará conta disso e será livre, ainda neste mundo.
- O amor torna o velho louco e o jovem sábio.
- A ignorância é a mã
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Nicolau Copérnico


Resultado de imagem para CopérnicoNicolau Copérnico ficou órfão aos 10 anos de idade e foi criado por seu tio materno Lucas Watzelrode, que se tornou mais tarde bispo de Ermland.
Entrou em 1491 na Universidade de Cracóvia, onde estudou artes liberais e também Matemática e Astronomia.
Mais tarde estudou grego na Universidade de Bolonha. Frequentou ainda a universidade de Pádua onde se formou em Medicina e da universidade de Ferrara recebeu o título de Doutor em Direito Canônico.
Retornou em 1501 à Polônia, local em que assumiu as funções de cônego de Franenburg e onde exerceu também a medicina.
Trabalhando de maneira paralela como astrônomo, construiu um precário observatório para estudar o movimento dos corpos celestes.
Os resultados, contudo, só eram apresentados para amigos que receberam em 1507 um modelo cosmológico, mas nada era oficial.
Em 1515 começou a escrever sua principal obra “De Revolutionibus Orbium Coelestium”, que só foi publicada no ano de sua morte.
Teoria Heliocêntrica
Em sua obra, Copérnico afirma que a Terra não está fixa no centro do universo, e sim girando em uma órbita circular ao redor do Sol, assim como os demais planetas.
Apesar do erro com relação à órbita circular dos planetas, a sua Teoria Heliocêntrica abriu caminho para a busca de uma maior compreensão do universo.
Deduziu, após sucessivos cálculos matemáticos, que é a Terra o corpo celeste que executa um movimento completo em torno do próprio eixo, explicando o porquê do dia e da noite.
Copérnico também ordenou os planetas por suas distâncias em relação ao Sol e concluiu que quanto menor a órbita, maior a velocidade orbital.
Para saber mais, leia também Geocentrismo.
Órbitas dos planetas
Descrição das órbitas dos planetas

Principal Obra
As teorias de Nicolau Copérnico só foram apresentadas em 1530 em um manuscrito chamado “Revolutionibus Orbium Coelestium – Das Revolução dos Corpos Celestes”.
A publicação só foi permitida em 1540, sob a responsabilidade de George Joaquim Rhäticus, discípulo de Copérnico.
Foi somente em 1543, que Rhäticus conseguiu permissão de Copérnico para imprimir e fazer circular em Nuremberg a obra completa de seu mestre. Apresentada de maneira científica e não mais como uma hipótese.
O prefácio da publicação era de autoria do papa Paulo III, mas fora substituído por outro, assinado por Andreas Osiander. Nela, ele apontava a teoria de Copérnico ainda como uma hipótese.
Dividida em seis volumes, a obra apontava que todos os planetas, inclusive a Terra, giravam em torno do próprio eixo e ao redor do Sol.
Os historiadores não têm consenso se Copérnico conseguiu ver o primeiro volume da obra “Das Revoluções dos Corpos Celestes”. A impressão ocorreu no ano de sua morte, em 24 de maio de 1543.
A Santa Inquisição
Os estudos de Copérnico demoraram 30 anos e sua prudência era justificada também pelas constantes condenações da Igreja a quem questionasse suas doutrinas oficiais.
Em geral, as condenações resultavam em morte sob a acusação de heresia pela Inquisição.
Os questionamentos à teoria que colocava a Terra no centro do Universo eram um embate direto ao pensamento religioso. Isso tirou, além do planeta, o próprio homem do centro do universo.
Entre os principais dogmas da Igreja Católica está o de que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus, estando, portanto, no centro do universo.
Somente 20 anos após a divulgação dos primeiros comentários de Copérnico, que o frade dominicano Giordano Bruno revelou seus estudos sobre o universo infinito. Ele foi condenado à morte pela inquisição.
O estudioso Galileu Galilei – que viveu entre 1564 e 1642 – conseguiu comprovar a Teoria Heliocêntrica de Nicolau Copérnico. Galileu, porém, negou os estudos por receber ameaça de excomunhão e morte pela Santa Inquisição.
Mais tarde, Isaac Newton (1642 a 1727), explicou a base física da gravitação dos planetas ao redor do Sol.
Ainda assim, o Vaticano manteve a ideia do geocentrismo até 1835. O Papa Gregório XVI mandou retirar a obra das Revoluções dos Corpos Celestes da lista dos livros censurados pela Santa Sé e admitiu o erro dos antecessores.
Frases
·         "Saber que sabemos o que sabemos, e saber que não sabemos o que não sabemos, esta é a verdadeira sabedoria".
·         "Não estou tão encantado com minhas próprias opiniões para ignorar o que os outros possam pensar delas".
·         "A ciência é filha da verdade e não da autoridade"





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