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  Olá pessoal! Depois de um tempo, estou retomando as atividades por aqui. Uma das razões que contribui para esse hiato foi a falta de tempo...

sexta-feira, 29 de março de 2019

Epicuro - Filosofia Antiga - Materialismo. Moral do prazer (ataraxia).


Epicuro (341 - 269 a.C.)

Epicuro acreditava que a filosofia é o melhor caminho para se chegar à felicidade, que para ele significava se libertar dos desejos. A filosofia é um instrumento para alcançar a felicidade pois através dela o homem vai libertar-se do desejo que o incomoda. A filosofia com Epicuro passa a ter uma finalidade prática e não somente o objetivo de investigação dos fundamentos últimos do mundo e do homem.
            Ele divide a filosofia em três partes: a ética, a física e a canônica, sendo que as duas últimas estão intimamente ligadas.
            Em sua ética Epicuro aponta a felicidade como sendo diretamente ligada ao prazer. O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. O homem é inclinado a buscar o prazer e a fugir da dor e através do critério do prazer é que nós avaliamos todas as outras coisas. Existem para ele duas formas de prazer, o primeiro é o prazer estável que é a ausência da dor e da perturbação, o que ele chama de ataraxia e aponia, nessa forma de prazer o homem não sofre e mantêm-se em paz podendo dessa forma atingir a felicidade. Na segunda forma de prazer, que é a da alegria e a do gozo, o homem pode tornar-se escravo do prazer e levar uma vida perturbada, o que não é condizente com a felicidade.
            Segundo a filosofia de Epicuro (EPICURISMO), é preferível a sabedoria feliz do que a insensatez feliz e a justiça é somente um acordo feito entre os homens para atingirem um fim comum que é o de impedir fazerem-se o mal reciprocamente.
            Para suas idéias sobre teoria do conhecimento e sobre lógica Epicuro deu o nome de Canônica pois as duas servem como regra para expor um critério de verdade, um cânon, que é um princípio que vai direcionar o homem para a felicidade. O cânon é formado pelas sensações pelas antecipações e pelas emoções.
            O fluir dos átomos é o que produz as sensações nos homens. O fluir dos átomos é o que cria as imagens que são similares às coisas que os produzem. O fluxo dos átomos de uma árvore é o que cria em nós a imagem da árvore. Nós temos sensações dessas imagens e nossa percepção de mundo é produzida pela combinação de diversas imagens diferentes. Nossos conceitos são formulados pela repetição dessas sensações e pela recordação de sensações que vivemos no passado. As percepções do futuro também terão por base os conceitos que formulamos no presente. Essas sensações são o segundo e principal fundamento da verdade. O terceiro fundamento para Epicuro é a emoção que se constitui em nossa percepção do prazer e da dor.
            Nossas opiniões podem ser equivocadas quando não são confirmadas pela demonstração das sensações. Um bom raciocínio é aquele que está em conformidade com os fenômenos percebidos.
            Os estudos de física de Epicuro buscam rejeitar as coisas sobrenaturais como princípios de explicação do mundo.
Para ele a física deve ser:
1° materialística, rejeitando como seu fundamento qualquer explicação sobrenatural.
2° mecanística, utilizando-se do movimento dos corpos como única explicação, rejeitando ainda qualquer explicação que busque uma finalidade para esses movimentos. Nada vem do nada, todo corpo é formado por corpúsculos menores e indivisíveis que são os átomos e os átomos se movimentam no vazio infinito. Nesse vazio os átomos colidem uns contra os outros podendo criar entre si as mais variadas combinações. O número dos átomos não é infinito, mas também não pode ser definido.
A alma é formada por partículas corpóreas que estão espalhadas por todo corpo. Essas partículas são mais tênues e delicadas e se movimentam de forma mais fácil que as outras pois são mais redondas. Com a morte os átomos da alma se separam e nós não podemos mais ter as sensações. A morte é o fim tanto do corpo quanto da alma e por essa razão nós não precisamos ter medo dos deuses

Sentenças:
- As almas pequenas na sorte se desenvolvem, nas adversidades regridem.
- O homem sereno busca serenidade para si e para os outros.
- A morte não é nada para nós. Quando nos dissolvemos não temos mais sensibilidade e sem sensibilidade não nos resta nada.
- A vida do justo não é perturbada pelas inquietações, mas a vida do injusto é cheia delas.
- Toda amizade tem por base o proveito próprio.
- As pessoas terminam sua vida como se tivessem acabado de nascer.
- Não faça nada que teu vizinho não possa saber.
- Não devemos pedir aos deuses o que podemos realizar.
- O melhor da auto-suficiência é a liberdade.
- A morte não significa nada para nós pois quando nós somos ela não é e quando ela é, nós não somos.
- Nada é suficiente para quem considera o suficiente pouco.
- O prazer é o principal bem, ele é a ausência de dor no corpo e de inquietações na alma

Obras de Epicuro

Segundo Diógenes Laércio, um estudioso do século III d. C. escreveu um livro Vida direito dos mais famosos filósofos gregos e é essencial para atender a certos autores da Antiguidade, Epicuro até escreveu 300 obras, formando um conjunto coerente e estruturado (aparentemente havia 34 livros dedicados ao estudo da a natureza). Infelizmente, o que chegou até nós é muito escasso e consiste em várias letras e fragmentos espalhados. Precisamente Diógenes Laércio, que nos transmitiu algumas dessas cartas e ele dedicado a Epicuro o último e mais longo capítulo do trabalho já mencionado, agora mais do que sabemos da obra de Epicuro.
É também de salientar, ao reconstruir o pensamento de Epicuro, poema de Lucrécio Sobre a natureza das coisas e dos comentários do Cicero Roman ou Filodemo, nascido por volta de 105 a. C., e fundador de uma biblioteca na que reuniu numerosos volumes da obra de Epicuro, ainda que tal biblioteca acabou sendo devastada pelo incêndio.
filosofia aversão de Epicuro levantada em outras escolas filosóficas ou doutrinas religiosas, e a deturpação dos seus conteúdos, causou inúmeras vezes que o epicurismo foi simplesmente ignorado, dificultando assim a transmissão das obras do fundador. Por exemplo, quando no ano 155 a. C. os atenienses enviado a Roma um grupo de filósofos como embaixada para o senado romano, escolheu um estóico, a peripatética de Aristóteles Lyceum e um cético, mas os epicuristas não estavam representados. Por outro lado, isso não deve ofendê-los nem um pouco, já que os epicuristas rejeitaram a participação política e formaram grupos isolados que viviam juntos em um feliz retiro espiritual. Estas circunstâncias, no entanto,
Os textos que temos hoje são a Carta aos Idomeneo (que é ao mesmo tempo a vontade de Epicuro, que foi escrito o dia da sua morte), a Carta aos Meneceo, a Carta a Heródoto e a Carta Pitocles e as Máximas do Capital e os Escritos do Vaticano, sendo estes dois últimos uma série de máximas e frases curtas.
Período Helenístico

Lista dos Filósofos dos Filósofos do período Helenístico:
Helênicos

Romanos


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