Epicuro (341 - 269 a.C.)
Epicuro acreditava que a filosofia é o melhor caminho para se chegar à
felicidade, que para ele significava se libertar dos desejos. A filosofia é um
instrumento para alcançar a felicidade pois através dela o homem vai
libertar-se do desejo que o incomoda. A filosofia com Epicuro passa a ter uma
finalidade prática e não somente o objetivo de investigação dos fundamentos
últimos do mundo e do homem.
Ele
divide a filosofia em três partes: a ética, a física e a canônica, sendo que as
duas últimas estão intimamente ligadas.
Em
sua ética Epicuro aponta a felicidade como sendo diretamente ligada ao prazer.
O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. O homem é inclinado a buscar o
prazer e a fugir da dor e através do critério do prazer é que nós avaliamos
todas as outras coisas. Existem para ele duas formas de prazer, o primeiro é o
prazer estável que é a ausência da dor e da perturbação, o que ele chama de
ataraxia e aponia, nessa forma de prazer o homem não sofre e mantêm-se em paz
podendo dessa forma atingir a felicidade. Na segunda forma de prazer, que é a
da alegria e a do gozo, o homem pode tornar-se escravo do prazer e levar uma
vida perturbada, o que não é condizente com a felicidade.
Segundo
a filosofia de Epicuro (EPICURISMO), é preferível a sabedoria feliz do que a insensatez feliz
e a justiça é somente um acordo feito entre os homens para atingirem um fim
comum que é o de impedir fazerem-se o mal reciprocamente.
Para
suas idéias sobre teoria do conhecimento e sobre lógica Epicuro deu o nome de
Canônica pois as duas servem como regra para expor um critério de verdade, um
cânon, que é um princípio que vai direcionar o homem para a felicidade. O cânon
é formado pelas sensações pelas antecipações e pelas emoções.
O
fluir dos átomos é o que produz as sensações nos homens. O fluir dos átomos é o
que cria as imagens que são similares às coisas que os produzem. O fluxo dos
átomos de uma árvore é o que cria em nós a imagem da árvore. Nós temos
sensações dessas imagens e nossa percepção de mundo é produzida pela combinação
de diversas imagens diferentes. Nossos conceitos são formulados pela repetição
dessas sensações e pela recordação de sensações que vivemos no passado. As
percepções do futuro também terão por base os conceitos que formulamos no
presente. Essas sensações são o segundo e principal fundamento da verdade. O
terceiro fundamento para Epicuro é a emoção que se constitui em nossa percepção
do prazer e da dor.
Nossas
opiniões podem ser equivocadas quando não são confirmadas pela demonstração das
sensações. Um bom raciocínio é aquele que está em conformidade com os fenômenos
percebidos.
Os
estudos de física de Epicuro buscam rejeitar as coisas sobrenaturais como
princípios de explicação do mundo.
Para ele a física deve ser:
1° materialística, rejeitando como seu fundamento qualquer explicação
sobrenatural.
2° mecanística, utilizando-se do movimento dos corpos como única
explicação, rejeitando ainda qualquer explicação que busque uma finalidade para
esses movimentos. Nada vem do nada, todo corpo é formado por corpúsculos
menores e indivisíveis que são os átomos e os átomos se movimentam no vazio
infinito. Nesse vazio os átomos colidem uns contra os outros podendo criar
entre si as mais variadas combinações. O número dos átomos não é infinito, mas
também não pode ser definido.
A alma é formada por partículas corpóreas que estão espalhadas por todo
corpo. Essas partículas são mais tênues e delicadas e se movimentam de forma
mais fácil que as outras pois são mais redondas. Com a morte os átomos da alma
se separam e nós não podemos mais ter as sensações. A morte é o fim tanto do
corpo quanto da alma e por essa razão nós não precisamos ter medo dos deuses
Sentenças:
- As almas pequenas na sorte se desenvolvem, nas adversidades regridem.
- O homem sereno busca serenidade para si e para os outros.
- A morte não é nada para nós. Quando nos dissolvemos não temos mais
sensibilidade e sem sensibilidade não nos resta nada.
- A vida do justo não é perturbada pelas inquietações, mas a vida do
injusto é cheia delas.
- Toda amizade tem por base o proveito próprio.
- As pessoas terminam sua vida como se tivessem acabado de nascer.
- Não faça nada que teu vizinho não possa saber.
- Não devemos pedir aos deuses o que podemos realizar.
- O melhor da auto-suficiência é a liberdade.
- A morte não significa nada para nós pois quando nós somos ela não é e
quando ela é, nós não somos.
- Nada é suficiente para quem considera o suficiente pouco.
- O prazer é o principal bem, ele é a ausência de dor no corpo e de
inquietações na alma
Obras
de Epicuro
Segundo Diógenes Laércio, um estudioso do século III d. C.
escreveu um livro Vida direito dos mais famosos filósofos gregos e é essencial
para atender a certos autores da Antiguidade, Epicuro até escreveu 300 obras,
formando um conjunto coerente e estruturado (aparentemente havia 34 livros
dedicados ao estudo da a natureza). Infelizmente, o que chegou até nós é
muito escasso e consiste em várias letras e fragmentos espalhados. Precisamente
Diógenes Laércio, que nos transmitiu algumas dessas cartas e ele dedicado a
Epicuro o último e mais longo capítulo do trabalho já mencionado, agora mais do
que sabemos da obra de Epicuro.
É também de salientar, ao reconstruir o pensamento de Epicuro,
poema de Lucrécio Sobre a natureza das coisas e dos comentários do Cicero Roman
ou Filodemo, nascido por volta de 105 a. C., e fundador de uma biblioteca
na que reuniu numerosos volumes da obra de Epicuro, ainda que tal biblioteca
acabou sendo devastada pelo incêndio.
filosofia aversão de Epicuro levantada em outras escolas
filosóficas ou doutrinas religiosas, e a deturpação dos seus conteúdos, causou
inúmeras vezes que o epicurismo foi simplesmente ignorado, dificultando assim a
transmissão das obras do fundador. Por exemplo, quando no ano 155 a. C.
os atenienses enviado a Roma um grupo de filósofos como embaixada para o senado
romano, escolheu um estóico, a peripatética de Aristóteles Lyceum e um cético,
mas os epicuristas não estavam representados. Por outro lado, isso não
deve ofendê-los nem um pouco, já que os epicuristas rejeitaram a participação
política e formaram grupos isolados que viviam juntos em um feliz retiro
espiritual. Estas circunstâncias, no entanto,
Os textos que temos hoje são a Carta aos Idomeneo (que é ao mesmo
tempo a vontade de Epicuro, que foi escrito o dia da sua morte), a Carta aos
Meneceo, a Carta a Heródoto e a Carta Pitocles e as Máximas do Capital e os
Escritos do Vaticano, sendo estes dois últimos uma série de máximas e frases
curtas.
Período Helenístico
Lista dos Filósofos dos Filósofos do período Helenístico:
Helênicos
Romanos
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