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domingo, 14 de julho de 2019

MATERIALISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


Materialismo em Filosofia é um sistema que admite que as chamadas condições concretas materiais, são suficientes para explicar todos os fenômenos que se apresentam à investigação, inclusive os fenômenos mentais, sociais e históricos.

Resultado de imagem para MATERIALISTAMaterialismo Histórico

Materialismo histórico é uma doutrina social-filosófica que considera as formas de produção econômica como os únicos fatores realmente determinantes do desenvolvimento histórico e social. As demais esferas culturais, como religião, moral, direito, Estado, ciência, arte e filosofia são meras derivações que representam uma espécie de superestrutura sobre a infraestrutura econômica. A origem do materialismo histórico está ligada ao filósofo alemão Karl Marx (1818-1883).

A crescente sofisticação do conhecimento levou o homem a duvidar da milenar explicação mágica do mundo e a tentar compreendê-lo com teorias que, baseadas na experiência objetiva, abrangessem desde a natureza e a origem da vida e do universo até a relação do próprio ser humano com essa realidade. Essas teorias dividiram-se de modo esquemático em duas grandes tendências: materialismo e idealismo.
Materialismo é toda concepção filosófica que aponta a matéria como substância primeira e última de qualquer ser, coisa ou fenômeno do universo. Para os materialistas, a única realidade é a matéria em movimento, que, por sua riqueza e complexidade, pode compor tanto a pedra quanto os extremamente variados reinos animal e vegetal, e produzir efeitos surpreendentes como a luz, o som, a emoção e a consciência. O materialismo contrapõe-se ao idealismo, cujo elemento primordial é a ideia, o pensamento ou o espírito.
Evolução Histórica
Tales de Mileto e outros filósofos pré-socráticos, já no século VI a.C., argumentavam que a filosofia devia explicar os fenômenos pela observação da realidade e não pelos mitos religiosos. Todos os fenômenos da natureza consistiriam em transformações do mesmo princípio material, sem intervenção divina. Empédocles apontou a existência de quatro elementos substanciais: a terra, a água, o fogo e o ar.
A tradição materialista na filosofia ocidental, porém, começou com Demócrito, no século V a.C., que afirmou que tudo que existe compõe-se de átomos (partículas invisíveis de matéria) em constante movimento no espaço vazio. Esses átomos se associam ou se separam de acordo com seu formato. Conhecida como atomismo, a teoria explicou as mudanças nas coisas como conseqüência de mudanças na configuração de átomos imutáveis. A diversidade quantitativa dos átomos (forma, dimensão e ordem) determinaria os diferentes fenômenos da natureza.
Epicuro, o mais influente dos materialistas gregos, confirmou a teoria de Demócrito mas atribuiu aos átomos a propriedade de se desviarem de suas rotas, o que explicaria o encontro entre eles. Com essa hipótese, Epicuro procurou demonstrar que a origem do movimento está na própria natureza, é inerente a ela e prescinde de intervenção divina.
Na sistematização que fez do conhecimento da época, Aristóteles pretendeu conciliar as vertentes materialista e idealista da filosofia grega. Seu pensamento representou um compromisso entre a ciência e a teologia a tal ponto que foi utilizado, no final da Idade Média, como instrumento de defesa da fé cristã.
Desenvolvimento Posterior
Ao longo da Idade Média, o idealismo platônico e depois o aristotelismo dominaram o pensamento ocidental. Com o Renascimento, e sob a influência do progresso das ciências naturais e da técnica, o materialismo ressurgiu em suas diversas concepções. Nos séculos XVI e XVII, na Inglaterra, Francis Bacon defendeu o materialismo naturalista; Thomas Hobbes criou um sistema materialista baseado nas concepções de Descartes; e Locke investigou a origem, a essência e o alcance das idéias por meio das quais o conhecimento se constitui. Na França, Descartes lançou os fundamentos do materialismo mecanicista com sua teoria dualista, que separa radicalmente espírito e matéria. Na Itália, Tommaso Campanella e Giordano Bruno defenderam o pampsiquismo, segundo o qual toda matéria tem um ímpeto interior que adquire qualidade anímica ou consciente. A integração dos átomos em moléculas gigantes e matéria viva propicia o surgimento da memória e, no homem, a consciência.
A idéia atingiu plena maturidade com Spinoza, filósofo judeu-holandês que assegurou que matéria e alma constituem os aspectos externo e interno de uma mesma coisa, a natureza, que se confunde com Deus. No século XVIII, as teorias materialistas mecanicistas mais consistentes surgiram na França com os iluministas, sobretudo Condillac e Diderot. No século XIX, com os avanços científicos em diversas áreas, em particular a teoria evolucionista de Darwin, as concepções materialistas tiveram grande impulso. Destaca-se o epifenomenismo, defendido pelo britânico Thomas Huxley, que sustentou que os processos mentais prescindem de relevância causal e só os processos físicos dão causa a outros.
Em meados do século XX, Karl Popper, filósofo britânico de origem austríaca, distinguiu quatro tendências materialistas na filosofia ocidental: o epifenomenismo de Huxley, a teoria da identidade, o pampsiquismo e o materialismo ou fisicalismo radical. A figura principal da teoria da identidade é o filósofo alemão Herbert Feigl, para quem os processos mentais não passam de processos físicos. O pampsiquismo espinozista foi retomado pelo britânico Conrad Hal Waddington e o alemão Berhard Rensch. O materialismo radical foi representado pelo americano Willard von Ormar Quine, que sustentou a inexistência dos processos conscientes e mentais. O problema da dualidade entre o corpo e o espírito desaparece, uma vez que só a matéria existe. Logo, no homem, só o corpo existe.
Na era contemporânea, o novo saber científico que inclui a teoria da relatividade e a mecânica ondulatória parecia ameaçar a base do materialismo, mas outras descobertas no domínio da bioquímica, da física e da psicologia fisiológica, assim como tecnologias como a informática tornaram mais plausíveis as concepções do materialismo e levaram ao ressurgimento do interesse em torno de suas teorias centrais. A física constatou, por exemplo, que a matéria é formada não de átomos, mas de elétrons, prótons, mésons e outras partículas subatômicas e que não há distinção entre matéria e energia. O fisicalismo, portanto, admite que matéria é tudo aquilo que a física afirma que existe.
O progresso na tecnologia de computadores, que substituem o homem em muitas atividades intelectuais rotineiras como o cálculo, renovou a discussão sobre a natureza da inteligência e levou a reiteradas tentativas de criar inteligência artificial, que substituiria a mente humana e provaria que, como o cérebro, ela se compõe de matéria.
Materialismo Dialético
A doutrina marxista é uma ciência à qual o pensador alemão Karl Marx deu o nome de materialismo histórico e cujo objeto são as transformações econômicas e sociais, determinadas pela evolução dos meios de produção. O materialismo dialético pode ser definido como a filosofia do materialismo histórico, ou o corpo teórico que pensa a ciência da história. Os princípios fundamentais do materialismo dialético são quatro:
(1) a história da filosofia, que aparece como uma sucessão de doutrinas filosóficas contraditórias, dissimula um processo em que se enfrentam o princípio idealista e o princípio materialista;
(2) o ser determina a consciência e não inversamente;
(3) toda a matéria é essencialmente dialética, e o contrário da dialética é a metafísica, que entende a matéria como estática.
(4) a dialética é o estudo da contradição na essência mesma das coisas.
Baseado na dialética de Hegel, segundo a qual o progresso das ideias se dá pela sucessão de três momentos - tese, antítese e síntese -, o materialismo dialético pretende ser, ao mesmo tempo, o fim da filosofia e o início de uma nova filosofia, que não se limita a pensar o mundo, mas pretende transformá-lo.

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IDEALISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


O Idealismo é uma das mais importantes correntes filosóficas da modernidade. Muitos estudiosos afirmam que as origens dessa escola de pensamento estão na Grécia Antiga, sobretudo na filosofia de Platão (428/427 a.C. – 348/347 a.C.). Esse pensador afirmava que o mundo tal qual vemos é apenas uma extensão imperfeita do mundo das ideias, cujo estudo é matéria da metafísica.

Embora presente na Antiguidade Clássica, o idealismo recebeu influência direta do pensamento do período moderno. Para que possa existir, o idealismo exige necessariamente um ponto de vista central ancorado no subjetivismo, o que não acontecia na filosofia escolástica medieval. Foi através da revolução filosófica iniciada por René Descartes (1596 – 1650) que a mudança de perspectiva se deu. É notável que a grande maioria de pensadores dessa escola é alemã. Entre os nomes mais importantes estão Immanuel Kant (1724 – 1804) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831).

Definição de Idealismo

O idealismo parte da ideia de que o mundo não é cognoscível, ou seja, não pode ser compreendido. Isso porque os sentidos humanos deformam o objeto de análise impedindo que ele seja conhecido em si mesmo. O único caminho para descobrir o mundo é através de ideias e conceitos, como diz a teoria das ideias de Platão. O filósofo grego acreditava que a parte da realidade que vemos (a matéria) é tangível, mas imperfeita, enquanto o mundo ideal é intangível e perfeito.
Apesar dessa definição que remonta a Grécia Antiga, é difícil definir o conceito devido às muitas divergências entre os pensadores idealistas. Mas, ao vermos a partir de um aspecto geral, podemos definir o idealismo como o centralismo do Eu subjetivo. Podemos entender essa forma de pensar em três sentidos:
Sentido Ontológico: A realidade, em sua natureza, é essencialmente espiritual, sendo a matéria apenas uma ilusão inacabada da matriz perfeita, que se constitui de formas ideais inteligíveis. A filosofia de Platão está inserida no ideal ontológico.
Sentido Gnosiológico: O objeto é inteligível pelo ser humano devido às muitas diferenças entre cada indivíduo, o que faz com que cada um compreenda a realidade de uma forma. O mundo material é, então, carente de autossuficiência, estando sempre dependente de ideias subjetivas para ser interpretado. O kantianismo é um exemplo.
Sentido Prático: Trata-se de uma fundamentação de ideias de conduta como uma espécie de guia para o agir humano no mundo. Dessa forma, mesmo que seja impossível uma verificação empírica dos ideais, o idealismo propõe um sentido de ação. É o caso da ética kantiana, exemplo mais notável do idealismo de âmbito prático.
A dualidade existente entre Eu e objeto é modificada com a forma de pensar dos idealistas, pois esses acreditam que o Eu é o próprio objeto do Eu. Sendo impossível conhecer o objeto devido às deformações do sentido, conclui-se que o Eu é o centro da análise idealista. Uma filosofia ligada a essa escola tende a explicar o mundo material e objetivo através de uma verdade espiritual, mental ou subjetiva. Desse modo, o idealismo se opõe ao materialismo.
Essa outra corrente filosófica afirma que não existe nada além da matéria, e não aceita nenhuma explicação viável da natureza que não advenha do tangível e experimentável. Entre famosos materialistas estão os modernos Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) e os antigos Epicuro (341 a.C. – 271/270 a.C.) e Demócrito (460 a.C. – 370 a.C.).
Embora idealismo e materialismo sejam opostos, muitos filósofos de ambas as correntes recebem influências da outra. Platão criou sua teoria idealista dos elementos com base na ideia de Demócrito, segundo a qual o mundo é feito de minúsculos blocos de matéria chamados de átomos. Marx, que escreveu uma crítica aos contemporâneos no seu livro A Ideologia Alemã, inicialmente foi muito influenciado pela filosofia de Hegel.
As filosofias idealistas tendem a aumentar a importância da idealização da realidade e diminuir as considerações práticas. Devido a isso, a Escola Realista é outra divergente do idealismo, porque pressupõe que a realidade da natureza deve ser o ponto de partida, e não a imaginação humana.

Ramificações

Idealismo absoluto: Ligada à filosofia hegeliana, a doutrina absolutista do idealismo afirma que a única realidade existente é a espiritual. A compreensão materialista é pobre, sendo necessário um desenvolvimento gradual da consciência humana para conhecer o mundo verdadeiro.
Idealismo dogmático: O termo foi cunhado por Immanuel Kant para se referir à filosofia de George Berkeley (1685 – 1753), segundo a qual o mundo exterior à subjetividade humana é inexistente. Kant, opositor do berkelianismo, afirma que essa concepção é dogmática, e propõe um idealismo transcendental.
Idealismo imaterialista: Berkeley utiliza o empirismo para definir a realidade como uma mistura do que se percebe com o que é de fato. Para ele, os objetos que observamos são apenas ideias compartilhadas pelos humanos e Deus.
Idealismo transcendental: Por vezes chamado de idealismo formal ou crítico, essa doutrina kantiana afirma que o mundo exterior à mente humana é imperceptível porque a subjetividade deforma seu sentido natural. Ou seja, elas não aparecem para nós como coisas em si, mas como representações imperfeitas criadas pela subjetividade da mente.

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CINISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


Resultado de imagem para CINISMO FILOSOFICOCinismo, palavra com origem no termo grego kynismós, é um sistema doutrina filosófica dos cínicos. Em sentido figurado o cinismo tem uma conotação pejorativa, sendo que designa um homem agudo e mordaz que não respeita os sentimentos e valores estabelecidos nem as convenções sociais.
Alguém considerado cínico também pode ser alguém que é desavergonhadodescaradoimprudenteimpassível ou obsceno.
O cinismo foi uma escola filosófica grega, fundada por Antístenes, discípulo de Sócrates. O seu nome deriva, segundo vários testemunhos, do fato de alguns membros da escola se reunirem no Cinosargo, ginásio situado perto de Atenas. Segundo outros, a sua origem vem da palavra grega kýon (que significa "cão"), pelo fato de Diógenes de Sinope dormir no local que era usado frequentemente como abrigo para cães, para assim demonstrar o seu desacordo com o modo de viver dos homens.
A maior virtude para eles era a autarcia, o que se basta a si mesmo, e renunciar os bens e prazeres terrenos até conseguir uma total independência das necessidades vitais e sociais. O autodomínio permitia alcançar a felicidade, entendida como o não ser afetado pelas coisas más da vida, pelas leis e convencionalismos, que eram valorizados de acordo com o seu grau de conformidade com a razão.
O ideal do sábio era a indiferença perante o mundo. As origens da escola, que remontam aos séculos III e II A.C., com um ressurgimento posterior, nos séculos I e II d.C., foram objeto de discussão. Alguns filósofos a classificam como escola socrática, na linha de Sócrates-Antístenes-Diógenes. Outros negam a relação Antístenes-Diógenes, não a consideram uma escola socrática e vêm em Diógenes o seu fundador e inspirador.

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ESTOICISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


Estoicismo é um movimento filosófico que surgiu na Grécia Antiga e que preza a fidelidade ao conhecimento, desprezando todos os tipos de sentimentos externos, como a paixão, a luxúria e demais emoções.
Este pensamento filosófico foi criado por Zenão de Cício, na cidade de Atenas, e defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional.
Para o ser humano alcançar a verdadeira felicidade, deveria depender apenas de suas “virtudes” (ou seja, o conhecimento, de acordo com os ensinamentos de Sócrates), abdicando totalmente o “vício”, que é considerado pelos estoicos um mal absoluto.
Para a filosofia estoica, a paixão é considerada sempre má, e as emoções um vício da alma, seja o ódio, o amor ou a piedade. Os sentimentos externos tornariam o homem um ser irracional e não imparcial.
Um verdadeiro sábio, segundo o estoicismo, não deveria sofrer de emoções externas, pois estas influenciariam em suas decisões e em seus raciocínios.
Fases do estoicismo
Etimologicamente, o termo estoicismo surgiu a partir da expressão grega stoà poikile, que significa “Pórtico das Pinturas”, o local onde o fundador desta doutrina filosófica ensinava os seus discípulos em Atenas.

O estoicismo é dividido em três principais períodos: ético (antigo), eclético (médio) e religioso (recente).

O chamado estoicismo antigo ou ético foi vivido pelo fundador da doutrina, Zenão de Cício (333 a 262 a.C.), e foi concluído por Crisipo de Solunte (280 a 206 a.C.), que teria desenvolvido a doutrina estoica e a transformado no modelo que é conhecido na atualidade.
Já no estoicismo médio ou eclético, o movimento começa a se disseminar entre os romanos, sendo o principal motivador da introdução do estoicismo na sociedade romana Panécio de Rodes (185 a 110 a.C.).
A característica mais marcante deste período, no entanto, foi o ecletismo que a doutrina sofreu a partir da absorção de pensamentos de Platão e Aristóteles. Posidônio de Apaméia (135 a.C. a 50 d.C.) foi o responsável por esta mistura.
Resultado de imagem para ESTOICISMOPor fim, a terceira fase do estoicismo é conhecida como religiosa ou recente. Os membros deste período enxergavam a doutrina filosófica não como parte de uma ciência, mas como uma prática religiosa e sacerdotal. O imperador romano Marco Aurélio foi um dos principais representantes do estoicismo religioso.
Objetivos da filosofia estoica
Veja abaixo alguns dos principais objetivos da filosofia estoica:
Ataraxia
O cerne da filosofia estoica era a conquista da felicidade por meio da ataraxia, que é um ideal de tranquilidade no qual é possível viver de forma serena e com paz de espírito.
Para os estoicos, o homem apenas poderia conseguir essa felicidade através de suas próprias virtudes, ou seja, de seus conhecimentos.
Autossuficiência
A autossuficiência é um dos principais objetivos dos estoicos.
O estoicismo prega que cada ser deve viver de acordo com a sua natureza, ou seja, deve agir como um ser autárquico; como senhor de si mesmo.
Assim sendo, como ser racional que é, o homem deve se valer das suas próprias virtudes em prol da conquista do seu maior propósito: a felicidade.
Negação de sentimentos externos
Os estoicistas consideravam que os sentimentos externos (paixão, luxúria, etc.) eram nocivos ao homem, pois faziam com que ele deixasse de ser imparcial e passasse a ser irracional.
Todos esses sentimentos eram tidos como vícios e como causadores de males absolutos que comprometiam as tomadas de decisões e a organização dos pensamentos de forma lógica e inteligente.
Indiferença aos problemas
Na busca pela vida tranquila e feliz, a filosofia estoica defendia que todos os fatores externos que comprometessem a perfeição moral e intelectual deveriam ser ignorados, ou seja, tratados com apatia.
Essa linha de pensamento defendia que, mesmo na adversidade, em situações problemáticas ou difíceis, o homem deve optar por reagir sempre com calma e tranquilidade e com a cabeça no lugar, sem deixar que os fatores externos comprometam sua capacidade de julgamento e ação.
Saiba mais sobre apatia.
Características do estoicismo
·         Virtude é o único bem e caminho para a felicidade;
·         Indivíduo deve negar os sentimentos externos e priorizar o conhecimento;
·         O prazer é um inimigo do homem sábio;
·         Universo governado por uma razão universal natural;
·         Valorização da apatia (indiferença);
·         As atitudes tinham mais valor que as palavras, ou seja, o que era feito tinha mais importância do que o que era dito;
·         As emoções eram consideradas como vícios da alma;
·         Considerava-se que os sentimentos externos tornavam o homem irracional;
·         Acreditava-se que a alma deveria ser cultivada.
Ver também o significado de Sofismo.
Como o estoico concebe a realidade
A concepção da realidade por parte dos estoicos considera que existe um destino e que ele não é controlável pelo homem.
No entanto, a filosofia estoica defende que o homem deve se posicionar perante esse destino sempre de forma positiva, sempre praticando o bem, mesmo diante de situações problemáticas ou desagradáveis.
Para os estoicos, não se deve perder a cabeça com nada que seja externo (como sentimentos, etc.), visto não serem questões que o homem possa controlar.
O objetivo é agir sempre com bondade e sabedoria, pois para os estoicos um ser sábio é um ser feliz.

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EPICURISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


Epicurismo é um sistema filosófico, que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos.
No entanto, quando os desejos são exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito.
Epicurismo é um sistema criado por um filósofo ateniense chamado Epicuro de Samos no século IV a.C. Existem vários fundamentos básicos do Epicurismo, porém, se distingue o desejo para encontrar a felicidade, buscar a saúde da alma, lembrando que o sentido da vida é o prazer, objetivo imediato de cada ação humana considerando sem sentido as angústias em relação à morte, e a preocupação com o destino.
Os seguidores do epicurismo são chamados de epicuristas e, de acordo com o sistema filosófico, devem procurar evitar a dor e as perturbações, levar uma vida longe das multidões (mas não solitário), dos luxos excessivos, se colocando em harmonia com a natureza e desfrutando da paz.
Outro valor defendido pelo epicurismo e seus defensores é a amizade. A amizade traz uma grande felicidade para as pessoas, já que a convivência pode ocasionar uma troca saudável de pensamentos e opiniões enriquecedoras.
Segundo Epicuro, o criador do epicurismo, as pessoas não podem viver de forma agradável se não forem prudentes, gentis com os outros e justas em suas atitudes e pensamentos sem viver prazerosamente. As virtudes então devem ser praticadas como garantia dos prazeres.


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sábado, 13 de julho de 2019

CETICISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


Ceticismo filosófico
Resultado de imagem para ceticismo filosoficoO ceticismo filosófico teve a sua origem na filosofia grega e consistia em uma negação da validade fundamental de algumas teses ou correntes filosóficas.
Este tipo de ceticismo pressupõe uma atitude que duvida da noção de verdade absoluta ou conhecimento absoluto. O ceticismo filosófico se opôs a correntes como o Estoicismo e Dogmatismo.
1.    Ceticismo absoluto e relativo
O ceticismo pode ter alguns graus de intensidade. Como o próprio nome indica, o ceticismo absoluto, criado por Górgia, revela que não é possível conhecer a verdade, porque os sentidos enganam. Assim, tudo é considerado como uma ilusão.
Por outro lado, o ceticismo relativo não nega tão veementemente a possibilidade de conhecer a verdade, negando apenas em parte a possibilidade do conhecimento, mas ao mesmo tempo admitindo que existe uma probabilidade. Algumas correntes que apresentavam ideias do ceticismo relativo são: pragmatismo, relativismo, probabilismo e subjetivismo.
Ceticismo e dogmatismo
Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ceticismo é o oposto do dogmatismo. Enquanto o dogmatismo indica uma crença numa verdade absoluta e indiscutível, o ceticismo é próprio de uma atitude de dúvida em relação a essas verdades ou à capacidade de solucionar definitivamente questões filosóficas.
Ceticismo científico
O ceticismo científico indica uma atitude baseada no método científico, que pretende questionar a verdade de uma hipótese ou tese científica, tentando apresentar argumentos que a comprovem ou neguem.
Ceticismo religioso
Frequentemente, o ceticismo é visto como uma atitude oposta à fé. Assim, o ceticismo religioso duvida das tradições e cultura religiosa, questionando também as noções e ensinamentos transmitidos pelas religiões.

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ATOMISMO - CORRENTES FILOSÓFICAS


Atomismo
Entre as teorias dos filósofos gregos sobre a composição da matéria, o atomismo foi aquela cujas intuições mais se aproximaram das modernas concepções científicas.
Atomismo, no sentido lato, é qualquer doutrina que explique fenômenos complexos em termos de partículas indivisíveis. Enquanto as chamadas teorias holísticas explicam as partes em relação ao todo, o atomismo se apresenta como uma teoria analítica, pois considera as formas observáveis na natureza como um agregado de entidades menores. Os objetos e relações do mundo real diferem, pois, dos objetos do mundo que conhecemos com os nossos sentidos.
Atomismo Clássico
A teoria atomista foi desenvolvida no século V a.C. por Leucipo de Mileto e seu discípulo Demócrito de Abdera. Com extraordinária simplicidade e rigor, Demócrito conciliou as constantes mudanças postuladas por Heráclito com a unidade e imutabilidade do ser propostas por Parmênides.
Segundo Demócrito, o todo, a realidade, se compõe não só de partículas indivisíveis ou "átomos" de natureza idêntica, respeitando nisso o ente de Parmênides em sua unidade, mas também de vácuo, tese que entra em aberta contradição com a ontologia parmenídea. Ambos, ente e não-ente ou vácuo, existem desde a eternidade em mútua interação e, assim, deram origem ao movimento, o que justifica o pensamento de Heráclito. Os átomos por si só apresentam as propriedades de tamanho, forma, impenetrabilidade e movimento, dando lugar, por meio de choques entre si, a corpos visíveis. Além disso, ao contrário dos corpos macroscópicos, os átomos não podem interpenetrar-se nem dividir-se, sendo as mudanças observadas em certos fenômenos químicos e físicos atribuídas pelos atomistas gregos a associações e dissociações de átomos. Nesse sentido, o sabor salgado dos alimentos era explicado pela disposição irregular de átomos grandes e pontiagudos.
Filosoficamente, o atomismo de Demócrito pode ser considerado como o ápice da filosofia da natureza desenvolvida pelos pensadores jônios. O filósofo ateniense Epícuro, criador do epicurismo, entre os séculos IV e III a.C. e o poeta romano Lucrécio, dois séculos depois, enriqueceram o atomismo de Leucipo e Demócrito, atribuindo aos átomos a propriedade do peso e postulando sua divisão em "partes mínimas", além de uma "espontaneidade interna", no desvio ou declinação atômica que rompia a trajetória vertical do movimento dos átomos, o que, em termos morais, explicava a liberdade do indivíduo.
Desenvolvimentos Posteriores
A doutrina atomista teve pouca repercussão na Idade Média, devido à predominância das ideias de Platão e Aristóteles. No século XVII, porém, essa doutrina foi recuperada por diversos autores, como o francês Pierre Gassendi, em sua interpretação mecanicista da realidade física, e pelo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz, que lhe deu um sentido mais metafísico em sua obra Monadologia. Também os ingleses Robert Boyle e Isaac Newton aceitaram algumas ideias da doutrina atomística, ao sustentarem que as variações macroscópicas se deviam a mudanças ocorridas na escala sub macroscópica. No século XX, com base no modelo da teoria atômica, o inglês Bertrand Russell postulou o chamado "atomismo lógico", em que transpôs para a lógica os conceitos analíticos subjacentes ao atomismo clássico.
Atomismo e Teoria Atômica
Ao comparar-se o atomismo grego com a ciência atual, é necessário destacar que o primeiro, dada a unidade de filosofia e ciência, pretendia tanto solucionar os problemas da mutabilidade e pluralidade na natureza quanto encontrar explicações para fenômenos específicos. Já a moderna teoria atômica tem seu interesse centrado na relação entre as propriedades dos átomos e o comportamento exibido por eles nos diversos fenômenos em que estão envolvidos. Através do controle das reações nucleares, alcançou-se um novo nível, no qual os átomos são descritos como constituídos por partículas elementares, as quais podem transformar-se em energia e esta, por sua vez, em partículas.

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